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O Estado na Sociedade Capitalista - Associação Palotina

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TEORIA GERAL DO<br />

ESTADO<br />

introdução teórica


Buscando uma Teoria Geral do<br />

<strong>Estado</strong><br />

Dallari (Elementos de Teoria Geral do <strong>Estado</strong>),<br />

procura elaborar uma síntese:<br />

– Conceito: “Ordem jurídica sobera<strong>na</strong> que tem por fim o<br />

bem comum de um povo situado em um território”<br />

– Quanto à fi<strong>na</strong>lidade: “O <strong>Estado</strong> consiste em meio para<br />

os indivíduos e demais sociedades possam atingir seus<br />

fins particulares, assim, pois, podemos concluir que o<br />

fim do <strong>Estado</strong> é o bem comum”<br />

Não é um teoria GERAL do <strong>Estado</strong>, mas uma<br />

teoria particular apresentada como universal: a<br />

teoria LIBERAL do ESTADO!


A concepção marxista de<br />

<strong>Estado</strong><br />

“O <strong>Estado</strong> não é de forma alguma, uma força<br />

imposta, do exterior, à sociedade. (...) É um produto<br />

da sociedade numa certa fase de seu<br />

desenvolvimento. É a confissão de que esta<br />

sociedade se embaraçou numa insolúvel contradição<br />

inter<strong>na</strong>, se dividiu em antagonismos inconciliáveis de<br />

que não pode desvencilhar-se. Mas, para que as<br />

classes antagônicas, com interesses econômicos<br />

contrários, não se entredevorassem e não devorassem<br />

a sociedade numa luta estéril, sentiu-se a necessidade<br />

de uma força que se colocasse aparentemente acima<br />

da sociedade, com o fim de atenuar o conflito nos<br />

limites da ‘ordem’.” (Engels)


“Como o <strong>Estado</strong> <strong>na</strong>sceu da necessidade de<br />

refrear os antagonismos de classe, no próprio<br />

conflito destas classes, resulta, em princípio<br />

que o <strong>Estado</strong> é sempre o <strong>Estado</strong> da classe<br />

mais poderosa, da classe economicamente<br />

domi<strong>na</strong>nte que, graças a ele, se tor<strong>na</strong><br />

politicamente domi<strong>na</strong>nte e adquire, assim,<br />

novos meios de oprimir e explorar a classe<br />

domi<strong>na</strong>da.” (Engels)


“O <strong>Estado</strong> representativo moderno é um<br />

instrumento de exploração do trabalho<br />

assalariado pelo capital. Há, no entanto,<br />

períodos excepcio<strong>na</strong>is em que as classes em<br />

luta atingem tal equilíbrio de forças, que o<br />

poder público adquire momentaneamente<br />

certa independência em relação às mesmas e<br />

se tor<strong>na</strong> uma espécie de árbitro entre elas”.<br />

(Engels)


“ O <strong>Estado</strong> é um órgão de domi<strong>na</strong>ção<br />

de classe, um órgão de submissão de<br />

uma classe por outra; é a criação de<br />

uma ‘ordem’ que legalize e consolide<br />

essa submissão, amortecendo a<br />

colisão das classes” (Lenin)


Diferentes posturas diante do<br />

<strong>Estado</strong><br />

Mencheviques: o <strong>Estado</strong> tor<strong>na</strong> possível a<br />

conciliação dos interesses de classe em nome da<br />

sociedade, sendo possível disputá-lo, ocupá-lo<br />

politicamente.<br />

Bolcheviques: o <strong>Estado</strong> é um órgão de<br />

domi<strong>na</strong>ção de classe, deve ser aniquilado pela<br />

Revolução e criado um novo <strong>Estado</strong> Proletário de<br />

Transição<br />

Kautsky: depende da conjuntura da luta política,<br />

ora é um órgão exclusivo que exige sua<br />

aniquilação, ora está em equilíbrio tor<strong>na</strong>ndo<br />

possível a disputa.


O que é o <strong>Estado</strong> sob o Capitalismo?<br />

O que é o <strong>Estado</strong> contemporâneo?<br />

“A sociedade atual é a sociedade capitalista, que<br />

existe em todos os países civilizados (...). O<br />

‘<strong>Estado</strong> atual’, pelo contrário, muda com a<br />

fronteira (...), é, pois, uma ficção. No entanto, a<br />

despeito das suas formas, os diferentes <strong>Estado</strong>s<br />

dos diferentes países civilizados têm todos, de<br />

comum, o fato de repousarem no solo da<br />

moder<strong>na</strong> sociedade burguesa, ape<strong>na</strong>s mais ou<br />

menos desenvolvidas do ponto de vista<br />

capitalista”. (Marx)


Diferença entre FORMA e CONTEÚDO:<br />

FORMA : Republica Democrática, Mo<strong>na</strong>rquia<br />

Absoluta, Mo<strong>na</strong>rquia Parlamentar, Ditadura<br />

Militar, <strong>Estado</strong> Democrático de Direito, etc.<br />

CONTEÚDO: garantia da reprodução das<br />

relações sociais de produção burguesas, da<br />

propriedade e da acumulação de capitais.<br />

D – M ... P ... M’ – D’<br />

Mp<br />

FT


Fi<strong>na</strong>lidade Fundamental do<br />

<strong>Estado</strong>:<br />

Garantir a propriedade privada dos meios<br />

de produção.<br />

Organizar a subordi<strong>na</strong>ção e controle<br />

hierárquico da força de trabalho pelo<br />

capital<br />

Manter as relações assalariadas como<br />

relações hegemônicas e domi<strong>na</strong>ntes


O que fazer com o <strong>Estado</strong>?<br />

Na sociedade Atual<br />

(capitalismo)<br />

ESTADO<br />

BURGUÊS<br />

Relações : Burguesia<br />

(prop. Privada dos MP)<br />

X<br />

Vendedores livres da FT<br />

Relações <strong>Capitalista</strong>s de<br />

Produção (Forças Prod.<br />

Materiais)<br />

Transição Socialista<br />

<strong>Estado</strong> Proletário:<br />

Ditadura do Proletariado<br />

Socializar os meios de produção e abolir a<br />

força de trabalho como mercadoria<br />

• escravizante subordi<strong>na</strong>ção dos<br />

indivíduos à divisão social do<br />

trabalho<br />

•Trabalho manual x trabalho<br />

intelectual<br />

•Trabalho NÃO como maio de<br />

vida<br />

•Desenvolvimento dos indivíduos<br />

em todos os sentidos<br />

•Abundância<br />

•De cada um segundo a<br />

capacidade, à cada um segundo a<br />

necessidade (superação do<br />

Direito Burguês)<br />

<strong>Sociedade</strong><br />

Comunista<br />

SOCIEDADE<br />

SEM ESTADO<br />

Livre associação<br />

dos produtores:<br />

fim das classes<br />

sociais<br />

Desenvolvimento<br />

das Forças<br />

produtivas para<br />

além do Capital


E o <strong>Estado</strong> sob o capitalismo<br />

contemporâneo?<br />

O <strong>Estado</strong> mudou de <strong>na</strong>tureza, não é mais<br />

um mero comitê executivo da burguesia.<br />

O <strong>Estado</strong> se ampliou, pois mudou a<br />

<strong>na</strong>tureza da sociedade (pós-industrial, pósmoder<strong>na</strong>)<br />

e as classes não são mais o<br />

conceito explicativo central.


Bobbio:<br />

“Em uma sociedade fortemente dividida em<br />

classes contrárias, é provável que o interesse da<br />

classe domi<strong>na</strong>nte seja assumido e sustentado até<br />

mesmo coercitivamente enquanto interesse<br />

coletivo. Em uma sociedade pluralista e<br />

democrática, <strong>na</strong> qual as decisões coletivas são<br />

tomadas pela maioria (pelos próprios cidadãos ou<br />

por seus representantes), considera-se interesse<br />

coletivo aquilo que foi aprovado pela maioria”.


Gramsci<br />

Diferença entre as sociedades “orientais” e<br />

“ocidentais”<br />

<strong>Estado</strong><br />

<strong>Sociedade</strong><br />

<strong>Estado</strong><br />

<strong>Sociedade</strong>


“O que representa o <strong>Estado</strong> para os socialistas? O<br />

<strong>Estado</strong> é a organização econômico-política da classe<br />

burguesa. O <strong>Estado</strong> é a classe burguesa <strong>na</strong> sua concreta<br />

força atual.”<br />

“O <strong>Estado</strong> socialista existe já potencialmente <strong>na</strong>s<br />

instituições da vida social, características da classe<br />

trabalhadora explorada. Coligar entre os trabalhadores<br />

estas instituições, coordená-las e subordiná-las a uma<br />

hierarquia de competência e de poderes, centralizá-las<br />

fortemente, embora respeitando as necessárias<br />

autonomias e articulações, significa criar desde já uma<br />

verdadeira e própria democracia operária em<br />

contraposição eficiente e ativa com o <strong>Estado</strong> burguês,<br />

preparada desde já para substituir o <strong>Estado</strong> burguês em<br />

todas as suas funções essenciais de gestão e de domínio<br />

do patrimônio <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l”.


“O Proletariado só pode reconhecer no <strong>Estado</strong>,<br />

conjunto da classe burguesa, o seu direto<br />

antagonista. Não pode entrar em concorrência para<br />

a conquista do <strong>Estado</strong>, nem direta nem<br />

indiretamente, sem se suicidar, sem se des<strong>na</strong>turar e<br />

transformar em puro setor político, fora da<br />

atividade histórica do proletariado, e se transformar<br />

num enxame de moscas de cavalariça em busca dos<br />

doces a que se agarrar, morrendo ingloriosamente.”


“É preciso que o<br />

próprio poder<br />

passe para os<br />

trabalhadores,<br />

mas estes jamais o<br />

poderão ter até<br />

que se iludam de<br />

podê-lo conquistar<br />

e exercer através<br />

dos órgãos do<br />

<strong>Estado</strong> Burguês”.<br />

(Gramsci)

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