I DIretrIz BrasIleIra De MIocarDItes e PerIcarDItes - Publicações ...
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compreender de um a três tempos e pode ser transitório.<br />
Podemos ter acometimento pleural, associado à presença de<br />
derrame ou atrito pleural. Por vezes, a pericardite encontra-se<br />
associada a miocardite, que deve ser suspeitada na presença<br />
de exame clínico de disfunção ventricular aguda.<br />
Os marcadores de alto risco da pericardite aguda são:<br />
elevação de enzimas de necrose miocárdica, febre acima<br />
de 38 o C e leucocitose (elevada possibilidade de pericardite<br />
purulenta), derrames pericárdicos volumosos com ou sem<br />
tamponamento cardíaco, pacientes imunocomprometidos,<br />
história prévia de anticoagulação oral, disfunção global pelo<br />
ecocardiograma, sugerindo miopericardite. Esses marcadores<br />
indicam a necessidade de admissão hospitalar, intensificação<br />
da avaliação etiológica e otimização terapêutica 173,174 .<br />
Abaixo, o fluxograma de avaliação admissional na<br />
pericardite (figura 3).<br />
Pericardite de alto risco:<br />
Elevação de TpI<br />
Pericardite recorrente<br />
Trauma<br />
Uso de anticoagulantes<br />
NÃO<br />
Tratamento<br />
ambulatorial<br />
SIM<br />
Internação<br />
hospitalar<br />
Figura 3 - Fluxograma de conduta admissional das pericardites.<br />
Suspeita de Pericardite:<br />
Dor típica<br />
Atrito pericárdico<br />
DP<br />
leve a moderado<br />
4.2. Tamponamento cardíaco<br />
I Diretriz Brasileira de<br />
Miocardites e Pericardites<br />
Diretrizes<br />
O saco pericárdico contém uma pequena quantidade de<br />
líquido (30 a 50 ml) que envolve o coração. Quando uma<br />
quantidade significativa de líquido se acumula e ultrapassa a<br />
capacidade de distensão do tecido fibroelástico pericárdico,<br />
ocorre progressiva compressão de todas as câmaras cardíacas<br />
decorrente do aumento da pressão intrapericárdica,<br />
redução do volume de enchimento cardíaco e maior<br />
interdependência ventricular 175 .<br />
O desenvolvimento do tamponamento depende da<br />
velocidade de instalação e do fator causal: o tamponamento<br />
cardíaco agudo ocorre em minutos, devido ao trauma, ruptura<br />
do coração e aorta, ou como complicação de procedimentos<br />
diagnósticos e terapêuticos (biópsias cardíacas, estudo<br />
eletrofisiológico, oclusão de apêndice atrial, oclusores de<br />
septo interatrial etc.), resultando num quadro de choque.<br />
Já o tamponamento cardíaco subagudo ocorre entre dias<br />
Ecocardiograma<br />
DP: <strong>De</strong>rrame Periocárdico; RMC: Ressonância Magnética Cardíaca; AINH: anti-inflamatório não hormonal;<br />
RT: Realce Tardio; Tpl: Tropomina I.<br />
DP<br />
importante c/ou sem<br />
Tamponamento<br />
Internação<br />
hospitalar<br />
RMC RT +/-<br />
Disfunção<br />
do VE<br />
Arq Bras Cardiol: 2013; 100(4 Supl. 1): 1-36<br />
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