II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008 Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo das esfenófitas da Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional (Permiano, Bacia do Parnaíba); data de entrada na pós-graduação: Março-2008; nº de créditos concluídos: 48; data prevista de defesa: Março-2012; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq. 85
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008 EVOLUÇÃO METAMÓRFICA P-T-T DE GRANULITOS E MIGMATITOS DO COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, SP RODRIGO PRUDENTE DE MELO Orientador: Marcos Aurelio Farias de Oliveira A região de São João da Boa Vista é composta por um conjunto de rochas de origem metamórfica de alto grau, predominando granulitos e migmatitos. Os dados geoquímicos em conjunto com os dados de razões isotópicas de Sm/Nd e Rb/Sr sugerem que a origem dos protólitos das unidades presentes na área se deu no Mesoproterozóico, com a formação de magmas toleíticos a calcioalcalinos, aparentemente em um ambiente de margem continental ativa. Dados U/Pb datam um evento ocorrido no Neoproterozóico que recristalizou totalmente o zircão apagando heranças anteriores. Atribui-se a essa época o pico metamórfico da área que ocorreu a aproximadamente 639 Ma. Os dados de geotermobarometria mostram que esse pico chegou a 11,5 kbar de P e acima de 820ºC de T. Os cálculos mostram que após o pico metamórfico houve um processo de descompressão isotérmica. Esse processo pode ser explicado pela exumação das rochas aliviando a pressão litostática com gradiente térmico ainda elevado, ou então pode ser resultante de relaxamento de esforços que ocorrem após colisões continentais, passando-se então a ter esforços tectônicos de tração que reduzem a pressão. Processo de descompressão isotérmica pode gerar fusão de porções da crosta devido à inclinação positiva da reta dT/dP, isso explicaria os processos de fusão parcial posteriores ao pico metamórfico. Esse tipo de trajetória metamórfica, com sentido horário, é típico de processos tectônicos convergentes, com espessamento crustal causado por colisão continental, o que justificaria processo de anatexia por relaxamento de esforços pós-colisão continental. O magma gerado por anatexia teria cristalizado durante o metamorfismo, em um regime de alto grau em ambiente anidro e pode explicar a ocorrência das rochas charnockíticas associadas com os leucognaisses e granitos porfiróides. Essa fase de anatexia, em locais que não sofreram tanto os efeitos do metamorfismo em um ambiente anidro, explica a ocorrência de leucossomas cinza pouco espessos por toda a área. Outra hipótese para a formação dessas leucossomas de primeira fase é a de que se trata de uma fase de fusão parcial que pode ter ocorrido junto com o pico metamórfico, quando começa o processo de descompressão. O fato é que essa fase de anatexia ocorreu sob regime tectônico ativo que posteriormente deformou os leucossomas. Os leucosssomas da segunda fase podem ter sido gerados a partir da fusão dos leucossomas da primeira, formando novos leucossomas mais enriquecidos em ETR leves e mais pobres em ETR pesados. A ultima fase de anatexia fica regitrada pela presença de corpos de aplito e pegmatitos de dimensões métricas, com contatos difusos e discordantes com os demais leucossomas, evidenciando formação na ausência total de esforços tectônicos. A presença de rochas paraderivadas, calciossilicatadas e kinzigitos sugere que rochas sedimentares, presentes na área, podem ter sido soterradas por grandes blocos crustais, cavalgados durante o processo de colisão continental. Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Evolução metamórfica P-T-t de granulitos e migmatitos do Complexo Guaxupé na região de São João da Voa Vista, SP; Linha de pesquisa: Estudos da evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas; 86