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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008 TAFONOMIA DE ROCHAS CARBONÁTICAS CONCHÍFERAS DA FORMAÇÃO TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO, BACIA DO PARANÁ) JACQUELINE PEIXOTO NEVES E-mail: nevesjp@rc.unesp.br Orientador: Prof. Dr. Rosemarie Rohn Co-Orientador: Marcello Guimarães Simões Na presente pesquisa, foram selecionadas as regiões de Prudentópolis, Irati (Distrito de Rio Preto) e Ribeirão Claro, PR e Taguaí, SP, para a análise tafonômica de coquinas e de rochas carbonáticas conchíferas em afloramentos das formações Teresina e Rio do Rasto, na borda leste da Bacia do Paraná. As regiões oferecem exemplos diversificados de situações tafonômicas e de relações complexas entre rochas carbonáticas e siliciclásticas. O trabalho objetiva (1) a descrição das características tafonômicas dos bioclastos; (2) interpretação dos processos sedimentares, controles ecológicos e trajetória tafonômica dos bioclastos e, se possível, (3) o estabelecimento de modelos de tafofácies integrados à interpretações no contexto da estratigrafia de seqüências. As rochas conchíferas estão sendo estudadas em afloramentos e em laboratório. A primeira etapa do trabalho consistiu no levantamento de perfis geológicos das seções com as camadas carbonáticas conchíferas, Em laboratório, as amostras foram descritas em detalhe e fotografadas, seguindo as determinações do protocolo tafonômico proposto por Simões & Ghilardi (2000), obedecendo, sempre que possível, os critérios recomendados por Kidwell & Holland (1991). Porções representativas das amostras foram selecionadas para a confecção de lâminas petrográficas. A análise microscópica permitiu a identificação das rochas carbonáticas. A maior parte dos bivalves das amostras analisadas da Formação Teresina está preservada em bioosparitos, biomicritos e coquinas, apresentando espessuras de alguns milímetros a, geralmente, 40 centímetros. As acumulações de Prudentópolis e Rio Preto apresentam distribuição caótica dos bioclastos, formando pacotes aleatórios com conchas densamente empacotadas misturadas às conchas que estão dispersas na matriz sedimentar. Os bioclastos são representados principalmente por fragmentos de moluscos bivalves, que podem estar silicificados ou preenchidos por cimento após a dissolução da composição carbonática. Há evidente indício de bioturbação na acumulação de Prudentópolis. Em Taguaí as conchas estão dispersas na matriz micrítica impura. Os raros bioclastos presentes também foram dissolvidos e preenchidos por cimento. Na Formação Rio do Rasto, região dos municípios de Ribeirão Claro e Carlópolis, as rochas carbonáticas são, geralmente, biomicritos e coquinas, não existindo oosparitos. Os bioclastos são representados principalmente por fragmentos de conchas de moluscos bivalves e ostracodes, distribuídos caoticamente na matriz micrítica. O empacotamento dos bioclastos varia de frouxo a denso. Foi verificado o crescimento de estromatólitos sobre prováveis fragmentos de conchas. Constatou-se a presença de diversificadas situações deposicionais entre as concentrações estudadas. A partir da análise detalhada dos dados acima será realizada a interpretação dos processos envolvidos na gênese das acumulações estudadas. 69
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008 Palavras-chave: Tafonomia; Rochas carbonáticas; Grupo Passa Dois e Permiano. Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Tafonomia das rochas carbonáticas conchíferas das formações Teresina e Rio do Rasto (Permiano, Bacia do Paraná); Linha de pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação: 08/2007; nº de créditos concluídos: 38; data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa: sim; Agência: FAPESP. 70
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