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RESUMOS - UNESP - Rio Claro

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DAS POPULAÇÕES E O MÉTODO DO<br />

DETECTOR EXTERNO EM APATITA<br />

CLEBER JOSÉ SOARES<br />

E-mail: pccj13@yahoo.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Norberto Morales<br />

Co-Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz<br />

Nas últimas duas décadas o Método do Traço de Fissão, MTF, tem sido utilizado<br />

tanto para datação de amostras como para auxiliar em estudos geológicos. Podem ser<br />

citados: 1) datações utilizadas na análise dos processos de soerguimento e evolução do<br />

relevo associado à abertura do Oceano Atlântico e a historia recente do Litoral Sudeste<br />

do Brasil; 2) no estudo da proveniência de manufaturados pré-históricos e 3) como<br />

ferramenta na localização de depósitos de minerais. Para a datação pelo MTF deve-se<br />

realizar analises dos traços espontâneos do U-238 (esses traços são acumulativos nos<br />

minerais em tempos geológicos), e analises dos traços induzidos do U-235 pela captura<br />

de nêutrons térmicos, quando a amostra é submetida a uma irradiação em um reator<br />

nuclear. Esta irradiação é utilizada para evitar medidas diretas do fator de eficiência de<br />

observação (que é a razão entre o numero de traços analisados, por unidade de<br />

superfície, e o numero de fissões ocorridas no mineral, por unidade de volume) e da<br />

quantidade de urânio presente no mineral. Dentro da metodologia, há diversas maneiras<br />

de se analisar os traços. Se os mesmos grãos forem utilizados para análise dos traços de<br />

fissão espontânea e induzida, tem-se o procedimento denominado grão por grão<br />

(Método do Detector Externo, MDE). Se duas parcelas do mineral forem utilizadas,<br />

uma para analise dos traços espontâneos e a outra para analise dos traços induzidos,<br />

tem-se um procedimento por populações de grãos (Método das populações, MP). No<br />

PM as idades calculadas são as médias das idades dos grãos de apatita analisados. Para<br />

isso considera-se, a priori, que todos estes grãos pertencem a uma mesma população.<br />

No caso do MDE, os grãos de apatita são datados individualmente o que torna possível<br />

observar flutuações significativas nas suas idades e possíveis variações no conteúdo de<br />

urânio. O objetivo deste trabalho é comparar as idades obtidas por ambas as<br />

metodologias. Para isso deve-se considerar que no MP as medidas dos traços<br />

espontâneos e induzidos são realizados em uma mesma geometria (4π para a apatita).<br />

No MDE os traços espontâneos são analisados na apatita e os traços induzidos no<br />

detector externo (geometria 2π). No ultimo caso, como as medidas são realizadas em<br />

geometrias diferentes, deve ser acrescentado um fator de geometria para correção das<br />

idades. Foram utilizadas para o calculo das idades via MDE três fatores de eficiência<br />

existentes na literatura e que ainda são motivos de discussões acerca do melhor valor a<br />

ser adotado. Todas essas medidas foram comparadas com as idades via o MP que não<br />

necessita de correções geométrica. O observado foi que todas as idades obtidas via<br />

MDE utilizando as três medias do fator de eficiência de geometria são estatisticamente<br />

concordantes com as idades obtidas através do MP. Desta forma, para se evitar maiores<br />

propagações nos erros das idades, a metodologia pelo MP foi escolhida para futuras<br />

analises pelo MTF. Isso porque as amostras utilizadas no presente estudo são granitos e<br />

rochas alcalinas, o que permite considerar que as apatitas retiradas pertencem a uma<br />

mesma população.<br />

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