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RESUMOS - UNESP - Rio Claro

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

IMAGEAMENTO ELÉTRICO APLICADO NO MONITORAMENTO DA<br />

PLUMA DE CONTAMINAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE RIO<br />

CLARO (SP): RESULTADOS INICIAIS<br />

JOSÉ RICARDO MELGES BORTOLIN<br />

E-mail: jrmb@bol.com.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Walter Malagutti Filho<br />

Atualmente, milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são geradas por dia, em<br />

todo o mundo. Dois fatores que contribuem significativamente para tanto são o Modelo<br />

de Produção e Consumo Capitalista (MPCC) e a constante busca do ser humano por<br />

melhores condições de vida. Ambos os fatores contribuem de modo eficiente para a<br />

geração descontrolada de resíduos sólidos urbanos. A disposição final de tais resíduos<br />

muitas vezes é feita de forma incorreta e em locais geologicamente impróprios,<br />

acarretando em sérios problemas ambientais, como a contaminação de águas<br />

superficiais e subterrâneas. Uma das melhores e mais importantes ferramentas para<br />

estudos de contaminação ambiental é a geofísica. Dentre as principais vantagens da<br />

aplicação das técnicas geofísicas em relação aos métodos tradicionais de investigação<br />

de subsuperfície, como, por exemplo, as sondagens e os poços de monitoramento,<br />

destaca-se a rapidez na avaliação de grandes áreas com custo relativamente menor<br />

(CETESB, 1999). Diante desse cenário, são apresentados aqui os resultados e<br />

discussões iniciais de um trabalho de monitoramento da contaminação ambiental,<br />

desenvolvido no aterro controlado desativado do município de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (SP),<br />

objetivando-se determinar possíveis alterações nas dimensões e nos valores de<br />

resistividade elétrica da pluma de contaminação sob o aterro. Para tanto, utilizou-se<br />

Geofísica Elétrica, método da Eletrorresistividade, técnica do Imageamento Elétrico<br />

com arranjo Dipolo-Dipolo, para o levantamento de 2 linhas na área supra citada, entre<br />

os meses de Abril e Maio de 2008. Tais linhas foram executadas nos mesmos locais<br />

onde, em Abril de 2000, Moura (2002) executou ensaios semelhantes. Os dados obtidos<br />

em 2000 e em 2008 foram processados e comparados entre si, de modo a se estabelecer<br />

uma evolução temporal da pluma (monitoramento). A Linha 1, com abertura de dipolo<br />

de 10m e 5 níveis de investigação, foi realizada paralelamente ao eixo maior do aterro,<br />

às margens da Rodovia SP 127 “Fausto Santomauro”, que liga <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> a Piracicaba.<br />

A Linha 2, com abertura de dipolo de 5m e, também, 5 níveis de investigação, foi<br />

realizada transversalmente ao eixo menor do aterro, sobre a cava de resíduos. Os dados<br />

de ambas as campanhas de campo foram processados no software Res2dinv, gerando<br />

perfis de resistividade aparente. Pôde-se verificar que existem alterações nos valores de<br />

resistividade e estes são mais evidentes na Linha 1, na qual a tendência geral é de<br />

aumento de tais valores, de aproximadamente 40Ω.m para >200Ω.m. Em profundidades<br />

maiores (± 13m) houve diminuição da resistividade, de cerca de 40Ω.m para a ordem de<br />

1Ω.m. A princípio, pode-se concluir que houve redução da produção de chorume pelos<br />

resíduos da porção mais superficial da cava, ocasionando a elevação dos valores da<br />

resistividade local a níveis característicos de ambiente sem contaminação, determinados<br />

através da Linha 3 (Moura, 2002) e adotada como referência. A migração do percolado<br />

para níveis mais profundos, próximo à zona saturada, pode ter sido ocasionada por ação<br />

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