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RESUMOS - UNESP - Rio Claro

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II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />

MODELOS DINÂMICOS EXPERIMENTAIS EM CAIXAS DE AREIA:<br />

INFLUÊNCIA DE ESTRUTURAS PRETÉRITAS NA HALOCINESE NA BACIA<br />

DE SANTOS<br />

FERNANDO SANTOS CORRÊA<br />

E-mail: fscorrea@rc.unesp.br<br />

Orientador: Prof. Dr. Chang Hung Kiang<br />

Co-Orientador: Dr. Jean Letouzey (Instituto Francês do Petróleo – IFP)<br />

A Bacia de Santos foi gerada durante a ruptura dos continentes africano e sul<br />

americano, onde grande número de falhas normais foram geradas nas fases iniciais do<br />

rifte devido ao processo de distensão. Tais falhas são observadas afetando a base dos<br />

evaporitos, indicando processos de relaxamento da crosta antes da ruptura, provocando<br />

reativações das falhas. Coincidentemente, estruturas diapíricas são observadas sobre<br />

estes ressaltos do embasamento, os quais funcionam como anteparos ao fluxo de sal,<br />

resultando na construção de diápiros assimétricos e simétricos com presença facultativa<br />

de falhas lístricas no topo. Contudo, importantes falhas normais de direção N10-15E<br />

com mergulho para SW, região central da bacia, parecem controlar inicialmente a mais<br />

expressiva feição sedimentar na calha central, onde imensas cunhas clásticas<br />

progradantes avançam bacia adentro deslocando a linha de costa cerca de 200 km para<br />

leste durante o Senoniano. Isso por que, o grande aporte de sedimentos sobre a espessa<br />

camada de sal, no bloco baixo da falha, causou a expulsão do sal para leste, resultando<br />

no crescimento contínuo do diápiro à frente das cunhas progradantes, dando origem a<br />

uma grande falha antitética denominada de Cabo Frio. Esta estrutura se estende desde a<br />

porção central da bacia, defronte a Ilhabela (SP), até as proximidades do Alto de Cabo<br />

Frio, já no limite com a Bacia de Campos. Experimentos em escala de laboratório<br />

ajudaram a entender a dinâmica da criação da falha de Cabo Frio. Para tanto foram<br />

utilizados matérias como: silicone para representar a camada evaporítica; coríndon na<br />

granulometria areia para representar os carbonatos (mais densos) e areia quartzosa de<br />

fontainebleau para representar os sedimentos como: arenitos, folhelhos, siltitos e etc. A<br />

caixa utilizada no experimento tem dimensões de 39cm x 72cm, tamanho ideal para<br />

inserir no tomógrafo de Raios-X, onde a cada passo de sedimentação era feito uma<br />

varredura. Desta forma, foi possível acompanhar o experimento em tempo real, sem que<br />

houvesse a necessidade de destruir-lo. Na base do modelo foi introduzido um obstáculo<br />

transversal a largura da caixa, a fim de representar a falha na porção sul da bacia. O<br />

bloco baixo da falha foi preenchido com 1cm de silicone e as demais regiões com<br />

0.8cm. Deposições iniciais de coríndon foram efetuadas na tentativa de representar os<br />

depósitos carbonáticos albianos. Diversas camadas de sedimentos foram depositadas em<br />

sequencia, variando de 2mm a 5mm conforme a posição da coluna sedimentar da bacia<br />

que se estava tentando representar. Durante o processo, notou-se na região do obstáculo<br />

o crescimento de diápiros de silicone à frente da cunha de sedimentação. Com a<br />

evolução do experimento, a configuração do modelo se assemelhou muito com os dados<br />

sísmicos da área real, demonstrando que estas heterogeneidades da base do sal<br />

apresentam grande influência no desenvolvimento da halocinese na Bacia de Santos.<br />

Levando em consideração que a deposição sedimentar se processou de sul para norte, é<br />

possível que estas heterogeneidades tenham sido o ponto inicial da grande falha de<br />

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