RESUMOS - UNESP - Rio Claro

II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008
ÁREAS DEGRADADAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO/RO, E SEUS
IMPACTOS ABIÓTICOS SOBRE O SOLO
ELIOMAR PEREIRA DA SILVA FILHO
E-mail: eliomar@unir.br
Orientador: Luiz Roberto Cottas
O estudo das áreas de pastagens degradadas na Amazônia deve ser objeto da
multidisciplinaridade de análise, pois seus efeitos ultrapassam a relação da inadequação
do manejo dos seus solos, podendo envolver outros parâmetros como o econômico e
cultural que interferem significativamente no processo de deterioração desse ambiente
na região. O avanço do desmatamento em novas áreas florestadas devido à
capitalização dos antigos proprietários das áreas de pastagens degradadas. A venda
dessas áreas a custo relativamente baixo para os monocultores, que introduzem a soja
na região amazônica e capitalizam os agentes promovedores de desmatamentos, que
visam a criação de novas áreas de pastagens, promovendo um ciclo abrangente quanto
aos impactos ambientais e sociais na região. As grandes áreas desmatadas na Amazônia
nos últimos 37 anos formaram um quadro diversificado quanto a relação de ocupação e
de uso dos solos, e suas diferentes conseqüências no que se refere aos impactos
ambientais desenvolvidos. De acordo com Toni & Kaimowitz (2003), os problemas
considerados de grande impacto para região são variados e abrangem diferentes áreas
de conhecimento, destacando-se entre estas: As questões de deterioração das áreas de
pastagens, e os impactos abióticos associados, em especial a compactação dos solos e a
erosão, a questão do aquecimento global e carbono, a biodiversidade associada a
extinção de espécies vegetais e animais, as questões de zoonose e zoonosológicas
existentes, as contaminações de aqüíferos em áreas rurais e urbanas, entre outras. O
trabalho, avaliou níveis de compactação dos solos, no caso de um Latossolo Amarelo,
cuja ocupação e o uso nos últimos 20 anos estiveram associados a pastagens com sobre
carga de animais, e que hoje se encontra deterioradas.A compactação dos solos pode
influenciar processos como a erosão devido a sua atuação na modificação da estrutura
dos mesmos, e na taxa de infiltração de água devido à mudança dos índices de sua
porosidade total entre outras propriedades físico-hídricas relacionadas, segundo Yong
& Voorhees (1982). Foi escolhida uma área de pastagem, no município de Porto Velho-
RO, com de 20 anos de pastoreio em macha de Latossolo Amarelo. Utilizou-se um
penetrômetro de impacto para medição de compactação no solo de acordo com Jorge
(1985). Os valores obtidos em KGF/cm² foram transformados em Mega Pascal (MPa).
Utilizou-se o programa R 2.4.0 (software livre) para análises estatísticas. Com base na
classe de resistência a penetração no solo (RPS), foram observados valores entre a
superfície e os 40 cm de profundidade. Os valores MPa analisados estatisticamente,
foram definidos como normais a 5%, sendo que o valor de coeficiente de variação
(CV%) calculado, foi de 29,84%, indicando uma alta homogeneidade dos dados,
segundo Nascimento (1976). A classificação da resistência a penetração nos solos, foi
definida como: moderada, alta e muito alta .Os valores alto e muito alto
corresponderam a 87% das amostras, evidenciando a compactação no caso por pisoteio
animal, principalmente entre os primeiros 20 cm de profundidade do solo, em níveis
preocupantes que atestam a falta de manejo correto dos mesmos. Níveis de
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