Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>RESUMOS</strong>
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”<br />
Instituto de Geociências e Ciências Exatas<br />
Programas de Pós-Graduação em Geociências<br />
Geociências e Meio Ambiente<br />
Prof. Dr. José Alexandre J. Perinotto<br />
Geociências e Meio Ambiente<br />
Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />
Coordenadores dos programas<br />
Vices-coordenadores dos programas<br />
Geologia Regional<br />
Prof. Dr. Norberto Morales<br />
Geologia Regional<br />
Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />
Membros da comissão organizadora do II Encontro<br />
Ana Olivia Baruf Franco<br />
Fabiano do Nascimento Pupim<br />
Frederico dos Santos Gradella<br />
Gustavo Marques e Amorim<br />
Juliano Oliveira Martins Coelho<br />
Patrick Thomaz de Aquino Martins<br />
Rafael Riani Costa Perinotto<br />
Wagner Roberto Hansted Pocay<br />
Antenor Zanardo<br />
Antonio Carlos Artur<br />
Antonio Celso Oliveira Braga<br />
Antonio José Ranalli Nardy<br />
Antonio Misson Godoy<br />
Antonio Roberto Saad<br />
Carlos Alberto Tello Sáenz<br />
Chang Hung Kiang<br />
Daniel Marcos Bonotto<br />
Dimas Dias de Brito<br />
Fabiano Tomazini da Conceição<br />
Gilberto José Garcia<br />
Gilda Carneiro Ferreira<br />
Jairo Roberto Jiménez Rueda<br />
João Carlos Dourado<br />
Joel Carneiro de Castro<br />
José Alexandre J. Perinotto<br />
José Eduardo Zaine<br />
José Ricardo Sturaro<br />
Juércio Tavares de Mattos<br />
Leandro Eugênio da Silva Cerri<br />
Corpo docente<br />
Luiz Roberto Cottas<br />
Marcelo Guimarães Simões<br />
Luis Sérgio Amarante Simões<br />
Marcos Aurélio F. Oliveira<br />
Maria Margarita Torres Moreno<br />
Maria Rita Caetano Chang<br />
Mario Luis Assine<br />
Nelson Angeli<br />
Norberto Morales<br />
Osmar Sinelli<br />
Paulina Setti Riedel<br />
Paulo Milton Barbosa Landim<br />
Peter Christian Hackspacher<br />
Reinaldo José Bertini<br />
Rosemarie Rohn Davies<br />
Sebastião Gomes de Carvalho<br />
Tamar Milca Bortolozzo Galembeck<br />
Walter Malagutti Filho<br />
Washington Barbosa Leite Júnior<br />
Yociteru Hasui
APOIO
APRESENTAÇÃO<br />
Este CD de resumos reúne os trabalhos apresentados no “II EPGG –<br />
ENCONTRO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS”.<br />
Apresentando como tema central para o ano de 2008: Pós-Graduação em Geociências:<br />
avaliação e perspectivas para os egressos, este evento busca a interação entre os<br />
alunos dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, além da divulgação das<br />
diversas linhas de pesquisa que configuram o cenário atual de ambos os programas.<br />
As percepções da comunidade geocientista sobre o destino profissional de<br />
nossos mestres e doutores, a atuação do Programa de Pós-Graduação em Geociências e<br />
debates sobre a formação de alto-nível de mestre e doutores são alguns dos temas<br />
abordados neste evento.<br />
Dessa forma, os trabalhos aqui expostos pretendem incrementar o entendimento<br />
dos temas supramencionados, e outros surgidos no decorrer do evento, na discussão de<br />
novas idéias, na contribuição na formação do profissional, mas, sobretudo, nas<br />
implicações dessas atitudes para a política de Pós-Graduação em Geociências.<br />
Comissão Organizadora
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
SUMÁRIO<br />
PROGRAMA DE GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE 8<br />
ÁGATA FERNANDES ROMERO 9<br />
MAPA DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL AO ÓLEO E CARTAS SAO.<br />
TRECHO: PRAIA GRANDE – ILHA COMPRIDA, LITORAL PAULISTA<br />
AGUINALDO SILVA 11<br />
CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS DO RIO PARAGUAI, BORDA<br />
NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />
ALESSANDRA RODRIGUES GOMES 12<br />
CONTRIBUIÇÃO DAS IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA O<br />
MONITORAMENTO DE FAIXAS DE DUTOS<br />
BEATRIZ LIMA DE PAULA 13<br />
ANÁLISE DA APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO<br />
PARA A PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO<br />
GEOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO<br />
CÉSAR AUGUSTO MOREIRA 14<br />
DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E ALTERAÇÕES NA<br />
RESISTIVIDADE ELÉTRICA E POTENCIAL REDOX<br />
CLEITON MANFREDINI 15<br />
CAPACIDADE DE SUPORTE E SUSTENTABILIDADE DA BACIA DO RIBEIRÃO<br />
GRANDE EM PINDAMONHANGABA-SP, UM MODELO DE GERENCIAMENTO<br />
HÍDRICO<br />
CRISTIANE ALESSANDRA DE MOURA 17<br />
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA FAIXA DE DUTOS OSVAT/OSPLAN -<br />
SÃO SEBASTIÃO, SP<br />
ELEONICE DE FÁTIMA DAL MAGRO 19<br />
METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS<br />
HÍDRICOS NA BACIA DO RIO CORUMBIARA<br />
ELIOMAR PEREIRA SILVA FILHO 21<br />
ÁREAS DEGRADADAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO/RO, E SEUS<br />
IMPACTOS ABIÓTICOS SOBRE O SOLO<br />
ELIZANDRA GOLDONI GOMIG 23<br />
ANÁLISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO SUBSÍDIO<br />
AO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM DE<br />
IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL<br />
2
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
FABIANO DO NASCIMENTO PUPIM 25<br />
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O<br />
PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR<br />
FABRÍCIO ANÍBAL CORRADINI 26<br />
EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO MEGALEQUE FLUVIAL DO RIO SÃO<br />
LOURENÇO, PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />
FÁTIMA SUELI MARCON DOS SANTOS 27<br />
ANÁLISE DOS FATORES AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO<br />
PROCESSO EROSIVO LINEAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DAS<br />
PEDRAS, QUIRINÓPOLIS (GO)<br />
FERNANDO SANTOS CORRÊA 28<br />
MODELOS DINÂMICOS EXPERIMENTAIS EM CAIXAS DE AREIA:<br />
INFLUÊNCIA DE ESTRUTURAS PRETÉRITAS NA HALOCINESE NA BACIA DE<br />
SANTOS.<br />
FREDERICO DOS SANTOS GRADELLA 30<br />
PALEOCLIMA E PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE<br />
FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL.<br />
HEROS AUGUSTO SANTOS LOBO 31<br />
IMPACTOS AMBIENTAIS NAS TAXAS DE CO 2 ATMOSFÉRICO CAUSADOS<br />
POR UM EVENTO MUSICAL NA GRUTA DO MORRO PRETO I (PETAR-SP)<br />
JANE DELANE VERONA 32<br />
RECONTRUÇÃO PALEO-GEOGRÁFICA POR ISOBASES CONFLUENTES NO<br />
MUNICÍPIO DE CRISTAIS PAULISTAS – SP<br />
JOSÉ RICARDO MELGES BORTOLIN 33<br />
IMAGEAMENTO ELÉTRICO APLICADO NO MONITORAMENTO DA PLUMA<br />
DE CONTAMINAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE RIO CLARO (SP):<br />
RESULTADOS INICIAIS<br />
JULIANA BROGGIO BASSO 35<br />
ESTIMATIVA DO FATOR DE RETARDAMENTO (R d)<br />
E DA DISPERSÃO<br />
HIDRODINÂMICA (D h)<br />
EM SOLO ARENOSO DO SUBGRUPO ITARARÉ – SP:<br />
APLICAÇÃO DE TESTE DE COLUNA<br />
JULIANO OLIVEIRA MARTINS COELHO 36<br />
APLICAÇÃO DO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO DE<br />
OBRAS LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ<br />
LEONARDO BRASIL FELIPE 37<br />
COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA, CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E<br />
CARTOGRAFIA TEMÁTICA APLICADA À ANÁLISE DE TERRENOS COMO<br />
SUBSÍDIOS PARA PROTEÇÃO, MANUTENÇÃO E GERENCIAMENTO DE<br />
TRANSPORTES DUTOVIÁRIOS<br />
3
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
LEONARDO ZANI CASTELLO 38<br />
APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA<br />
CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS EM MODELO<br />
REDUZIDO DE CAMPO<br />
LUZIANE SANTOS RIBEIRO 40<br />
EVOLUÇÃO MORFOESTRUTURAL E MORFOTECTÔNICA DA PAISAGEM DO<br />
MUNICÍPIO DE CAMPOS/RJ DETERMINADA PELA ERODIBILIDADE DO<br />
CONJUNTO SOLO-ROCHA NO DECORRER DO TEMPO GEOLÓGICO<br />
MATEUS VIDOTTI FERREIRA 41<br />
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O<br />
MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE EROSÃO E DE USO DA TERRA EM<br />
TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE DE<br />
CAXIAS (RJ) E BETIM (MG)<br />
PATRICK THOMAZ DE AQUINO MARTINS 42<br />
SENSIBILIDADE AMBIENTAL A DERRAME DE ÓLEO E DERIVADOS NA<br />
RODOVIA DOS TAMOIOS (SP-099): PROPOSIÇÃO METODOLÓGICA<br />
RAFAEL RIANI COSTA PERINOTTO 44<br />
MAPEAMENTO DE SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS<br />
ILHAS DE SÃO VICENTE E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO DE<br />
ÓLEO<br />
SIDNEY KUERTEN 46<br />
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO PANTANAL DO<br />
NABILEQUE, UM MEGALEQUE PECULIAR NA BORDA SUL DO PANTANAL<br />
MATO-GROSSENSE<br />
SIMONE FERREIRA DINIZ 47<br />
ESTUDO INTEGRADO DO VALE DO BAIXO CURSO DO RIO ACARAÚ COM<br />
FUNDAMENTO NA ANÁLISE DA PAISAGEM E QUALIDADE DA ÁGUA E<br />
SOLOS<br />
SUELI ROBERTA DA SILVA 49<br />
HIDROGEOQUÍMICA DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI NO MUNICÍPIO DE<br />
BAURU<br />
SUSANA BELÉN CORVALÁN 50<br />
VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA APA-CORUMBATAÍ MEDIANTE USO<br />
DE GEOTECNOLOGIAS<br />
VANESSA CRISTINA DOS SANTOS 51<br />
VARIAÇÃO TEMPORAL DO FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE<br />
BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO RIO<br />
PARANÁ (PORTO RICO-PR)<br />
4
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PROGRAMA DE GEOLOGIA REGIONAL 52<br />
ANA OLIVIA BARUFI FRANCO 53<br />
TERMOTECTÔNICA MESO-CENOZÓICA DO ARCO DE PONTA GROSSA:<br />
IMPLICAÇÕES NA ABERTURA DO OCEANO ATLÂNTICO-SUL E NA<br />
EVOLUÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA BACIA DE SANTOS<br />
CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO 54<br />
REVISÃO HISTÓRICA, PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS DE<br />
VERTEBRADOS, ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES<br />
FOSSILÍFERAS ENTRE LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU, FORMAÇÃO<br />
ADAMANTINA), SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO<br />
CARLOS EDUARDO MAIA DE OLIVEIRA 55<br />
ASSOCIAÇÃO DE OVOS DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO<br />
ADAMANTINA, GRUPO BAURU, CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE<br />
JALES – SP<br />
CAROLINA DEL ROVERI 56<br />
ESTRATIGRAFIA TECNOLÓGICA DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ (REGIÃO<br />
DE RIO CLARO – SP) E PRODUTOS CERÂMICOS<br />
CAROLINA MATHIAS DOS SANTOS 58<br />
AVALIAÇÃO DA TAXA DE REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO DEVIDO<br />
AO INTEMPERISMO QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NA BACIA DO<br />
RIBEIRÃO PRETO<br />
CÁSSIO SANTOS DE CARVALHO 59<br />
ESTUDO DO COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO E DE ALTERABILIDADE<br />
DAS ROCHAS ORNAMENTAIS SILICÁTICAS VERDE AMAZONAS, PRETO<br />
CAJUGRAM E BEGE IPANEMA - ES<br />
CLEBER JOSÉ SOARES 60<br />
COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DAS POPULAÇÕES E O MÉTODO DO<br />
DETECTOR EXTERNO EM APATITA<br />
DANIEL FIGUEIRA DE BARROS 62<br />
ESTUDO COMPARATIVO DA LEGISLAÇÃO NUCLEAR BRASILEIRA E A<br />
INTERNACIONAL COM RELAÇÃO À INDÚSTRIA DE URÂNIO<br />
DIEGO DE SOUZA SARDINHA 63<br />
AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS CÁTIONS E ÂNIONS NAS ÁGUAS<br />
SUPERFICIAIS DA BACIA DO ALTO SOROCABA (SP)<br />
FELIPE JOSÉ DE MORAES PEDRAZZI 65<br />
AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO DE ITUPARANGA<br />
EM ÉPOCA DE SECA<br />
GUSTAVO MARQUES E AMORIM 67<br />
5
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
A CARACTERIZAÇÃO GEOTURÍSTICA DA BORDA LESTE DA BACIA DO<br />
PARANÁ (SP) E A DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS GEOCIENTÍFICOS POR<br />
MEIO DE UMA APLICAÇÃO DE WEB-MAPPING<br />
JACQUELINE PEIXOTO NEVES 69<br />
TAFONOMIA DE ROCHAS CARBONÁTICAS CONCHÍFERAS DA FORMAÇÃO<br />
TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO, BACIA DO PARANÁ)<br />
JESUÉ ANTONIO DA SILVA 71<br />
POTENCIALIDADE E PADRÃO TECNOLÓGICO DAS ROCHAS ORNAMENTAIS<br />
E DE REVESTIMENTO SW DE MATO GROSSO<br />
JOSÉ REINALDO CARDOSO NERY 73<br />
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE SEDIMENTAÇÃO NA FOZ DO RIO<br />
AMAZONAS USANDO O Pb-210 COMO GEOCRONÔMETRO<br />
JULIANA MACHADO DAVID 75<br />
BIVALVES PERMIANOS DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS BACIAS<br />
DO GONDWANA OCIDENTAL: SISTEMÁTICA, PALEOGEOGRAFIA E<br />
BIOESTRATIGRAFIA<br />
LYGIA RODRIGUES DE MORAES DE ANDRADE 77<br />
SISTEMAS TURBIDÍTICOS DA FORMAÇÃO TACIBA/MEMBRO RIO SEGREDO<br />
NA FAIXA AFLORANTE CATARINENSE<br />
MAGNÓLIA BARBOSA DO NASCIMENTO 79<br />
EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO GUAXUPÉ<br />
NA REGIÃO DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG<br />
PEDRO OLIVEIRA PAULO 81<br />
PALEOVERTEBRATES FROM THE GOIÁS STATE<br />
RAIMUNDO HUMBERTO CAVALCANTE LIMA 83<br />
MINERALOGIA E GEOQUIMICA DOS SEDIMENTOS ALUVIAIS DO BAIXO<br />
RIO JAGUARIBE, CEARÁ<br />
RODRIGO NEREGATO 84<br />
PALINOLOGIA DAS FORMAÇÕES TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO,<br />
GRUPO PASSA DOIS, BACIA DO PARANÁ) NOS FUROS DE SONDAGEM SP-<br />
23-PR E SP-58-PR (MUNICÍPIO DE CONGONHINHAS, NORDESTE DO ESTADO<br />
DO PARANÁ): CONSIDERAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS<br />
RODRIGO PRUDENTE DE MELO 86<br />
EVOLUÇÃO METAMÓRFICA P-T-T DE GRANULITOS E MIGMATITOS DO<br />
COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, SP<br />
ROGERS RAPHAEL DA ROCHA 88<br />
PREPARAÇÃO DE MASSA ATOMIZADA COM ARGILAS DA FORMAÇÃO<br />
CORUMBATAÍ<br />
6
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
SAMIA DE MOURA PASSARELLA 90<br />
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA,<br />
PORÇÃO SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS<br />
TATIANE MARINHO VIEIRA TAVARES 91<br />
PERMIAN PETRIFIED FERTILE FERN LEAVES FROM THE CENTRAL NORTH<br />
BRAZIL (PARNAIBA BASIN, ARAGUAINA REGION, MARRATIALLES)<br />
TATIANI DE PAULA PINOTTI SABARIS 93<br />
O MÉTODO GEOCRONOLÓGICO DO Pb-210 APLICADO NO ESTUDO DE<br />
PROCESSOS INTEMPÉRICOS NA BACIA DO RIO ATIBAIA (SP)<br />
TERCILIO DE ALMEIDA COUTINHO JUNIOR 95<br />
ESTUDO DE DEFEITOS ASSOCIADOS A CARBONATOS EM PISOS E<br />
REVESTIMENTOS CERÂMICOS POR VIA SECA FABRICADOS NO PÓLO<br />
CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES<br />
WAGNER MASSAYUKI NAKASUGA 97<br />
MÉTODO DE TRAÇOS DE FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE ANNEALING<br />
WAGNER ROBERTO HANSTED POCAY 98<br />
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DO DEPÓSITO DE Au E Cu DO MUNICIPIO<br />
DE PARAN, REGIÃ DE HUAURA, PERU<br />
7
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PROGRAMA DE GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE<br />
8
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
MAPA DE VULNERABILIDADE AMBIENTAL AO ÓLEO E CARTAS SAO.<br />
TRECHO: PRAIA GRANDE – ILHA COMPRIDA, LITORAL PAULISTA<br />
ÁGATA FERNANDES ROMERO<br />
E-mail: agatafr@gmail.com<br />
Orientador: Profa. Dra. Paulina Setti Riedel<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. João Carlos Carvalho Milanelli (CETESB)<br />
As cartas SAO e os Mapas de Vulnerabilidade Ambiental ao óleo devem estar presentes<br />
nos Planos Individuais de Emergência e nos processos de licenciamento ambiental das<br />
atividades ligadas ao setor de petróleo e gás. Foram elaboradas Cartas SAO para alguns<br />
municípios da Baixada Santista e Litoral Sul de São Paulo, utilizando método proposto<br />
pelo Ministério do Meio Ambiente. O índice de sensibilidade do litoral (ISL), classifica<br />
os ambientes de acordo com sua sensibilidade ao óleo, através de escala de 1 a 10, do<br />
menos sensível para o mais sensível. O Mapa de Vulnerabilidade será elaborado para<br />
duas regiões do litoral estudado: (1) próximo à Praia Grande, na área de fundeadouro do<br />
Porto de Santos; e (2) em Peruíbe, na área onde está prevista a construção do berço de<br />
atracação do Porto Brasil. O modelo de derrame de óleo e impacto biológico SIMAP,<br />
desenvolvido pela Applied Science Associates (ASA), será utilizado na geração de<br />
contornos de probabilidade do óleo. Ao se sobrepor os contornos de probabilidades à<br />
Carta SAO, obtém-se o Mapa de Vulnerabilidade. A utilização de um modelo numérico<br />
capaz de apresentar a concentração do óleo na coluna d’água após um derramamento,<br />
permite avaliar a dimensão real da mancha de óleo que tem potencial para causar algum<br />
impacto. Isso porque existem frações tóxicas do petróleo que podem estar solubilizadas<br />
na água, mesmo que a mancha não seja mais visível (fração hidrossolúvel ou FHS). Por<br />
outro lado, para que o Mapa de Vulnerabilidade seja uma ferramenta eficiente durante<br />
as ações de combate de um incidente de derramamento de óleo, é preciso também<br />
representar o comportamento do óleo na superfície da água e linha de costa, orientando<br />
os trabalhos de contenção, remoção e limpeza. Assim, os Mapas de Vulnerabilidades<br />
gerados representarão a probabilidade do óleo na coluna d’água, linha de costa e<br />
superfície da água. As Cartas SAO apresentam informações sobre os recursos<br />
socioeconômicos, recursos biológicos e sensibilidade do litoral ao petróleo. A maioria<br />
das praias mapeadas foram classificadas com ISL 3. As praias do Una e <strong>Rio</strong> Verde, em<br />
Peruíbe, foram classificadas com ISL 4. Os costões rochosos presentes na área foram<br />
classificados com ISL 1, 2, 6 ou 8, dependendo de sua morfologia, declividade e grau de<br />
exposição às ondas. Os manguezais presentes na região do Complexo Estuarino-lagunar<br />
de Cananéia e Iguape foram classificados com ISL 10 e os banco de lamas não<br />
vegetados com ISL 9, caracterizando uma região de elevada sensibilidade.<br />
Palavras-chave: Carta SAO, derramamento de óleo, litoral paulista, sensibilidade ao<br />
óleo.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Mapa de Vulnerabilidade<br />
Ambiental ao Óleo e Cartas SAO. Trecho: Praia Grande – Ilha Comprida, litoral<br />
9
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
paulista; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Nome do grupo de<br />
pesquisa: Grupo de Pesquisa em Sensibilidade Ambiental; Projeto guarda-chuva:<br />
Concepção, desenvolvimento e implementação de um sistema de informação aplicado à<br />
elaboração de cartas de sensibilidade ambiental a derrames de petróleo: litoral paulista -<br />
Edital CT-PETRO/MCT/CNPQ 16/2005, processo n° 550233/05-9; data de entrada na<br />
pós-graduação: 03/ 2005; nº de créditos concluídos: 48; Exame de qualificação:<br />
23/11/2007; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: ANP.<br />
10
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS DO RIO PARAGUAI, BORDA<br />
NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />
AGUINALDO SILVA<br />
E-mail: aguinald_silva@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />
Fluindo de norte para sul, o Paraguai é o rio de tronco de uma área depositional aluvial<br />
caracterizado por uma complexa zona geomorfológica que foi o resultado de uma<br />
evolução geológica desde o Pleistoceno Recente. Na parte norte do Pantanal, o rio<br />
Paraguai flui em uma planície fluvial agradacional, com uma largura média de 5 km<br />
cortando depósitos aluviais mais velhos. O rio exibe um estilo sinuoso na maioria do<br />
seu curso, apresentando índice de sinuosidade de 2.2 para 1.1 perto da borda noroeste<br />
do Pantanal onde o rio tem formado o megaleque do Paraguai. Na região próxima ao<br />
Morro Pelado, rio inclina 90º para o leste na entrada do Pantanal, mudando seu estilo<br />
fluvial a jusante devido a uma perda progressiva da declividade. A partir deste ponto o<br />
rio fica mais sinuoso e adota um padrão distributário, provocando a criação do lóbulo<br />
depositional moderno, caracterizado por uma sedimentação ativa e um aumento do<br />
espaço de acomodação permitindo desta forma uma progradação. Pontos de avulsão e<br />
um complexo sistema de canal-dique são preservados na zona sujeita a inundações. Ao<br />
sul após a convergência dos dois canais principais que definem a Ilha Taiamã, uma<br />
perda de gradiente marca a base do lóbulo deposicional.<br />
Palavras chaves: <strong>Rio</strong> de Paraguai, Pantanal, padrões fluviais, megaleque fluvial.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: GEOMORFOLOGIA DO<br />
LEQUE DO PARAGUAI, BORDA NORTE DO PANTANAL MATO-GROSSENSE,<br />
REGIÃO DE CÁCERES-MT; Nome do grupo de pesquisa: LEQ – Laboratório de<br />
Estudos do Quaternário; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e globais);<br />
data de entrada na pós-graduação: Março/2006; nº de créditos concluídos: 78; data<br />
prevista de defesa: Março/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
11
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
CONTRIBUIÇÃO DAS IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA<br />
O MONITORAMENTO DE FAIXAS DE DUTOS<br />
ALESSANDRA RODRIGUES GOMES<br />
E-mail: agomes@rc.unesp.br<br />
Orientador: Dra. Paulina Setti Riedel<br />
Co-Orientador: Dra. Corina da Costa Freitas (INPE)<br />
O oleoduto ORBEL está localizado na região sudeste, iniciando-se no município de<br />
Betim (MG) atravessando os estados de Minas Gerais e <strong>Rio</strong> de Janeiro, até chegar em<br />
Duque de Caxias. Ele ocupa uma faixa de aproximadamente 363,9 km, compartilhando<br />
faixa com outros gasodutos e oleodutos. Cruzando um total de 24 municípios entre os<br />
estados do <strong>Rio</strong> de Janeiro e Minas Gerais, estima-se que a população dos municípios<br />
que ele atravessa chega a 3 milhões de habitantes. Devido a isso, as pressões antrópicas<br />
são grandes e fazem parte de um processo dinâmico, onde o acompanhamento temporal<br />
das mudanças tanto ambientais quanto antrópicas se torna extremamente necessário para<br />
garantir o abastecimento bem como a integridade da obra. A aplicação das técnicas de<br />
sensoriamento remoto se mostra fundamental para o diagnóstico e monitoramento dos<br />
fenômenos que ocorrem na superfície da terra e são essenciais na compreensão e<br />
modelagem das dinâmicas das mudanças no uso e cobertura da terra, além de contribuir<br />
na identificação de alvos que podem constituir risco ao duto. Conseqüentemente, as<br />
imagens de radar se tornam uma alternativa importante para obter dados em regiões<br />
tropicais, onde a grande quantidade de nuvens difíceis torna difícil a aquisição de<br />
informação. Dentro das pesquisas com radar, as informações polarimétricas fornecidas<br />
por novos sensores indicam um produto recente, com ampla necessidade de avaliação.<br />
Por conta disso, o principal objetivo desta pesquisa é avaliar a contribuição e<br />
potencialidades de diferentes imagens polarimétricas de radar SAR, com variação em<br />
freqüência e polarização, para a análise do uso e ocupação do solo em diferentes<br />
condições geomorfológicas encontradas na área de estudo. Este estudo faz parte de um<br />
projeto de pesquisa entre a <strong>UNESP</strong>/<strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> e a PETROBRAS firmado para testar<br />
diferentes imagens óticas e de radar com o intuito de desenvolver métodos para a<br />
análise das mudanças ocorridas ao longo do tempo.<br />
Palavras-chave: sensoriamento remoto, polarimetria SAR, condições geomorfológicas,<br />
detecção de mudanças, dutos.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: CONTRIBUIÇÃO DAS<br />
IMAGENS DE RADAR SAR POLARIMÉTRICO PARA O MONITORAMENTO DE<br />
FAIXAS DE DUTOS; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Projeto<br />
guarda-chuva: Avaliação de produtos de sensoriamento remoto e técnicas de detecção<br />
de mudanças para o monitoramento de riscos antrópicos em faixas de dutos- estudo de<br />
caso: Duto Orbel; data de entrada na pós-graduação: Março/2006; nº de créditos<br />
concluídos: 71; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
12
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ANÁLISE DA APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO<br />
PARA A PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO<br />
GEOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO<br />
BEATRIZ LIMA DE PAULA<br />
E-mail: beatrizlpaula@yahoo.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Leandro Eugenio da Silva Cerri<br />
A ocorrência de processos da geodinâmica interna e externa em áreas ocupadas pode<br />
provocar sérios acidentes geológicos. Tais acidentes afetam diretamente o homem,<br />
inclusive com o registro de mortes e de grandes prejuízos econômicos. O acidente<br />
geológico pode ser considerado como um acontecimento no qual a ocorrência de um<br />
processo de natureza geológica, ou seja, um fenômeno envolvendo o solo e/ou rocha,<br />
tenha provocado conseqüências ao homem e/ou a suas propriedades. No Brasil há<br />
muitas ocorrência de morte e acidentes nas encostas ocupadas devido a precariedade das<br />
moradias e a situação da população. Por isso, em muitos municípios foram elaborados<br />
os Planos Municipais de Redução de Risco (PMRR). No município de São Paulo já<br />
foram realizados dois mapeamentos, um em 2003 e outro 2004. Para cada situação de<br />
risco identificada são indicadas alternativas de intervenção adequadas, que variam desde<br />
a sugestão de obras de engenharia e programas de monitoramento, até a elaboração de<br />
planos preventivos e planos de contingências. A análise de risco como subsídio para<br />
medidas preventivas a desastres é fundamental para o sucesso e segurança de muitos<br />
empreendimentos. Embora seja improvável a eliminação da subjetividade nas atividades<br />
de identificação e análise de risco, é perfeitamente possível aplicar técnicas que<br />
possibilitem resultados mais precisos e objetivos. Considerando esses fatos, na presente<br />
pesquisa estão sendo analisadas a aplicação de técnicas que auxiliam na tomadas de<br />
decisões baseadas em critérios qualitativos e quantitativos. As técnicas serão aplicados<br />
nos critérios de priorização das intervenções no mapeamento realizado em São Paulo,<br />
onde se tem os registros de ocorrência de escorregamentos. Dentre essas técnicas<br />
possíveis de serem avaliadas destacam-se a AHP (Analytical Hierarch Process), Lógica<br />
Difusa (Fuzzy Logic) e Redes Neurais. Essas técnicas serão analisadas para verificar<br />
quais delas apresentam resultados mais precisos para uma melhor compreensão do meio<br />
físico e também, uma prevenção mais adequada para escorregamentos em encostas,<br />
auxiliando na tomada de decisão por parte dos órgãos públicos.<br />
Palavras-chave: risco geológico, mapeamento de risco, tomada de decisão.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ANÁLISE DA<br />
APLICABILIDADE DE TÉCNICAS DE TOMADA DE DECISÃO PARA A<br />
PRIORIZAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM ÁREAS DE RISCO GEOLÓGICO NO<br />
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO; Linha de pesquisa: Riscos geológicos: diagnóstico,<br />
prevenção e remediação; data de entrada na pós-graduação: Agosto 2006; nº de créditos<br />
concluídos: 72; data prevista de defesa: Julho 2010; Possui bolsa: sim; Agência:<br />
CAPES.<br />
13
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E ALTERAÇÕES<br />
NA RESISTIVIDADE ELÉTRICA E POTENCIAL REDOX<br />
CÉSAR AUGUSTO MOREIRA<br />
E-mail: cesargeologia@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Antonio Celso de Oliveira Braga<br />
Variações do parâmetro resistividade elétrica e potencial de redox obtidos a partir de<br />
medidas realizadas em sete valas em um aterro de resíduos sólidos domiciliares, com<br />
datas de fechamento entre 2001 e 2007, permitiu a análise de variações no<br />
comportamento geoquímico do produto lixiviado, durante o processo de degradação de<br />
materiais orgânicos. A ausência de intervalos de resistividade inferiores a 30 .m na<br />
linha referência e sua ocorrência nas linhas sobre as valas indicam a presença de<br />
material percolado enriquecido em íons. A linha sobre a vala de 2007 é bastante<br />
semelhante à linha referência, enquanto que as linhas sobre as valas de 2004, 2005 e<br />
2006 apresentam amplos intervalos de baixa resistividade, concomitantes a medidas<br />
elevadas de potencial redox. A linha sobre a vala de 2003 representa uma ruptura no<br />
padrão descrito anteriormente, com extenso intervalo altamente resistivo combinado a<br />
medidas de potencial redox bastante baixas, com ocorrência de padrão semelhante, mas<br />
de menor intensidade para as valas de 2002 e 2001. A correlação entre baixa<br />
resistividade e alto consumo de O2 indica elevada atividade geoquímica entre 2004 e<br />
2006. O padrão definido na vala de 2003, aparentemente indica desaceleração da<br />
atividade geoquímica devido à precipitação de íons anteriormente em solução. A<br />
retomada do processo de degradação é evidenciada pela presença concomitante de<br />
intervalos de alta e baixa resistividade e pelo aumento no consumo de O2 nas valas de<br />
2001 e 2002.<br />
Palavras-chave: Chorume, aterro sanitário, geofísica, eletrorresistividade.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Decomposição de Resíduos<br />
Sólidos Domiciliares e alterações em parâmetros Geoelétricos; Linha de pesquisa:<br />
Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: 08/2006; nº de<br />
créditos concluídos: 70; Exame de qualificação: 07/10/2008; data prevista de defesa:<br />
08/2010; Possui bolsa: sim ; Agência: CNPq.<br />
14
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
CAPACIDADE DE SUPORTE E SUSTENTABILIDADE DA BACIA DO<br />
RIBEIRÃO GRANDE EM PINDAMONHANGABA-SP, UM MODELO DE<br />
GERENCIAMENTO HÍDRICO<br />
CLEITON MANFREDINI<br />
E-mail: cleiton@feg.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Osmar Sinelli<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />
A degradação dos recursos naturais, principalmente do solo e da água, vem crescendo<br />
assustadoramente em todas regiões brasileiras, atingindo a níveis críticos que refletem<br />
na deterioração do meio ambiente, no assoreamento e poluição dos cursos d'água com<br />
graves prejuízos para a saúde humana e animal, na disponibilidade de água para<br />
abastecimento e irrigação, na redução da produtividade e na diminuição da renda líquida<br />
dos produtores, com reflexos danosos para a economia rural local. A região em estudo,<br />
Bacia do Ribeirão Grande, localizada no município de Pindamonhnagaba, São Paulo,<br />
devido a ação da especulação imobiliária e do uso inadequado de suas terras, está sendo<br />
ocupada e explorada de forma desordenada, aumentando a preocupação das autoridades<br />
e moradores quanto sua capacidade de suporte e sustentabilidade. O potencial que a<br />
Bacia do Ribeirão Grande apresenta para o lazer e para a adequabilidade de suas terras a<br />
culturas e pastagens, se bem gerenciadas por meio de um planejamento hídrico, tem a<br />
possibilidade de se tornar um pólo de desenvolvimento de lazer e agro-negócios.A<br />
região possui cerca de 200 propriedades com população estimada segundo o IBGE<br />
(2005), de 2.000 habitantes, sendo que 90% das áreas, são compostas de micros,<br />
pequenas e médias propriedades. Grande parte das terras agricultáveis da bacia<br />
apresenta alto grau de suscetibilidade a erosão em sulcos e ravinas, alem de<br />
suscetibilidade a inundações e assoreamentos. O trabalho tem por objetivo caracterizar a<br />
bacia por meio de técnicas de sensoriamento remoto orbital, analisando as informações<br />
das características sob a ótica dos processos formadores e modeladores do relevo<br />
(tectônica e clima) que favoreceram a formação da bacia. A partir destas informações,<br />
utilizando-se de ferramentas como Sistema de Informação Geográrfica-SIG para<br />
associação, análise, manipulação e integração dos dados, resultará em mapas temáticos<br />
e analíticos que fornecerão subsídios para compartimentação da bacia em regiões, subregiões,<br />
setores e zonas gerando um Mapa Integrado Geoambiental. A discussão dos<br />
resultados irá definir a classificação do uso da terra, base para um modelo de<br />
“Gerenciamento Hídrico” que contemple a capacidade de suporte e vulnerabilidade da<br />
bacia hidrográfica em estudo.<br />
Palavras-chave: Ribeirão Grande, Gerenciamento Hídrico, suporte, sustentabilidade,<br />
vulnerabilidade.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Sustentabilidade da Bacia do<br />
Ribeirão Grande no município de Pindamonhangaba/SP, um modelo de Gerenciamento<br />
15
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Hídrico; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na<br />
pós-graduação: 2008; data prevista de defesa: 2011; Possui bolsa: não.<br />
16
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL DA FAIXA DE DUTOS OSVAT/OSPLAN -<br />
SÃO SEBASTIÃO, SP<br />
CRISTIANE ALESSANDRA DE MOURA<br />
E-mail: cristimoura@hotmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />
Neste trabalho executou-se o zoneamento geoambiental da faixa de dutos OSPLAN e<br />
OSVAT – localizada no município de São Sebastião entre as coordenadas<br />
23°30´/45°45’e 24°00´/45°15’ no estado de São Paulo, dentro do Planalto Atlântico e da<br />
Província Costeira. O trecho da faixa do polidutos Osvat/Osplan mapeado possui<br />
aproximadamente 39 km de extensão. Esta faixa é considerada de grande importância<br />
econômica, pois transporta o maior volume de hidrocarbonetos do Brasil, se estendendo<br />
do Terminal de São Sebastião - considerado o maior da América Latina- as refinarias do<br />
Planalto Atlântico Paulista. Para a execução do mapeamento foram aplicadas técnicas<br />
de sensoriamento remoto na compartimentação da área de estudo dividindo-a em zonas<br />
e unidades geoambientais. A compartimentação fisiográfica foi efetuada diretamente na<br />
tela do computador numa escala fixada de 1:50.000. Nesse estudo optou-se por uma<br />
compartimentação estruturada em quatro níveis hierárquicos associados às condições<br />
morfoambientais da região. Esta compartimentação consistiu em: setor geomorfológico<br />
regional, domínio litológico, domínio morfológico e unidades básicas de<br />
compartimentação (Unidades Geoambientais). O primeiro nível hierárquico (setor<br />
geomorfológico) foi delimitado pela análise das formas dos elementos texturais de<br />
drenagem e relevo na imagem, neste nível foram delimitadas três setores: Planalto<br />
Atlântico, Serrania Costeira e Planície Costeira, conforme trabalhos de Almeida (1964)<br />
e IPT (1981). Posteriormente o setor Planalto Atlântico foi subdividido em Planalto do<br />
Moraes, Planalto do Lourenço Velho e Planalto do Juqueriquerê. No segundo nível<br />
hierárquico foram identificadas subdivisões associadas ao domínio litológico e no<br />
terceiro nível hierárquico as subdivisões associavam se ao domínio morfológico<br />
conforme mapas geológicos e geomorfológicos compilados. Os limites das unidades<br />
foram estabelecidos na imagem de satélite, buscando o detalhamento desses limites. O<br />
quarto nível de compartimentação (unidades geoambientais) identificou as subdivisões<br />
nos níveis anteriores, determinadas por variações nas propriedades das formas dos<br />
elementos texturais de relevo e drenagem. Uma vez determinadas, essas unidades são<br />
caracterizadas através de propriedades e características geoambientais de interesse<br />
específico, ou seja, de acordo com o objetivo do trabalho. O zoneamento geoambiental<br />
permite a partir da determinação dos elementos do meio físico o estabelecimento de<br />
áreas prioritárias para monitoramento e avaliação de estratégias preventivas para<br />
garantir a integridade de obras de engenharia. As obras lineares possuem<br />
especificidades quanto a sua escala de interferência, portanto, necessitam de estratégias<br />
que viabilizem tecnicamente e financeiramente esses mapeamentos. O uso de<br />
tecnologias de sensoriamento remoto na compartimentação de zonas homólogas<br />
comporta esses dois objetivos, pois permite o desenvolvimento desse trabalho a baixos<br />
custos e com eficiência técnica.<br />
17
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras-chave: compartimentação; meio físico; sensoriamento remoto; obras lineares.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Zoneamento geoambiental<br />
como subsídio na determinação de áreas de instabilidade em faixas de intervenção de<br />
dutos; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Nome do grupo de<br />
pesquisa: Dutovias e meio ambiente; data de entrada na pós-graduação: 03/2007; nº de<br />
créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 10/10/2008; data prevista de defesa:<br />
03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: ANP.<br />
18
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
METODOLOGIA PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS<br />
HÍDRICOS NA BACIA DO RIO CORUMBIARA<br />
ELEONICE DE FÁTIMA DAL MAGRO<br />
E-mail: eleonice@unir.br<br />
Orientador: Dr. Antonio Celso de Oliveira Braga<br />
Co-Orientador: Dr. Dorisvalder Dias Nunes<br />
RESUMO: Encontramo-nos, neste início de terceiro milênio às portas de um<br />
gravíssimo problema que aflige a humanidade como um todo: a escassez dos recursos<br />
hídricos, uma vez que a escalada dos problemas ambientais do mundo moderno, boa<br />
parte em decorrência da industrialização e da massificação do consumo, acaba se<br />
refletindo nas águas, que se constitui no depositório final dos resíduos gerados por<br />
praticamente todas as atividades antrópicas. A importância do presente estudo reside na<br />
necessidade e discutir a problemática ambiental na bacia, a partir da constatação das<br />
condições atuais dos cursos d´água e de condições locais como o uso e ocupação de seu<br />
solo, considerando-se a organização das atividades urbanas, industriais e agrícolas da<br />
bacia. Objetivos: O presente trabalho propõe, a partir da contextualização e análise da<br />
atual problemática ambiental, identificar causas e efeitos da redução da oferta de<br />
recursos hídricos na Bacia do <strong>Rio</strong> Corumbiara, no sul do Estado de Rondônia, com<br />
vistas a contribuir com uma proposta de (re)ordenação de seu uso, por meio da<br />
participação da sociedade nas discussões inerentes à gestão, conforme preconiza a Lei<br />
9.433/97. Instrumentos de coleta de dados: realizou-se um levantamento dos<br />
instrumentos de coleta de dados, com base na leitura de autores como Gil (2002),<br />
Furasté (2005) e CHRISTOFOLETTI (1999), além das informações relativas às normas<br />
técnicas disponíveis no sitio da <strong>UNESP</strong>. A metodologia adotada denomina-se de<br />
metodologia do Ordenamento Sustentável do Território, segundo proposta por<br />
Botequilha Leitão (2001), a qual contempla itens como: a) Baseia-se em princípios de<br />
ecologia da paisagem; b) Fornece um enquadramento geral ao planejamento, um<br />
conjunto de ferramentas aplicáveis, além de apresentar uma abordagem sistêmica e<br />
holística que permite relacionar componentes e processos e compreender a evolução das<br />
paisagens; c) Baseia-se no princípio de que o desenvolvimento sustentável é possível,<br />
ao passo que objetiva contribuir para com tal desenvolvimento. De Christofoletti<br />
(1999), adotou-se modelos de suporte à decisão, que embasam o tratamento e análise de<br />
dados. O banco de dados da SEDAM (2007) referente ao zoneamento constituiu<br />
elemento imprescindível para a realização do trabalho. Aplicação dos instrumentos de<br />
coleta: Inicialmente, procedeu-se uma visita ao município, com vistas a conhecer o<br />
local da pesquisa, promover o contato e a sensibilização da população e autoridades<br />
locais acerca do projeto, apresentando seus objetivos. Nesta fase, foram visitados órgãos<br />
como: prefeitura, órgãos estaduais, escolas, empresas e algumas propriedades rurais.<br />
Ato contínuo, a metodologia abarca a realização das seguintes fases: I) Identificação das<br />
questões prioritárias a serem consideradas no ordenamento do território com vistas a<br />
gerar dados para análise e proposição de um planejamento e gestão dos recursos<br />
hídricos na Bacia; II) Contextualização da área de estudo e análise de seus<br />
componentes; III) Elaboração de dois cenários futuros de planejamento para a área de<br />
estudo, o que possibilita a identificação de possíveis conseqüências de diferentes<br />
19
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
políticas ou estratégias na qualidade e quantidade da água superficial da Bacia; IV)<br />
Análise dos resultados das simulações e conseqüente sugestão de sistema de<br />
planejamento e gestão dos recursos hídricos da Bacia do <strong>Rio</strong> Corumbiara.<br />
Palavras-chave: Água. Solo. Gestão. Ordenamento sustentável.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: METODOLOGIA PARA O<br />
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA DO RIO<br />
CORUMBIARA; Linha de pesquisa: Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento<br />
sustentável); data de entrada na pós-graduação: 08/2004; nº de créditos concluídos: 84;<br />
Exame de qualificação: 03.08.2007; data prevista de defesa: 12/2008; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
20
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ÁREAS DEGRADADAS DE PASTAGENS EM PORTO VELHO/RO, E SEUS<br />
IMPACTOS ABIÓTICOS SOBRE O SOLO<br />
ELIOMAR PEREIRA DA SILVA FILHO<br />
E-mail: eliomar@unir.br<br />
Orientador: Luiz Roberto Cottas<br />
O estudo das áreas de pastagens degradadas na Amazônia deve ser objeto da<br />
multidisciplinaridade de análise, pois seus efeitos ultrapassam a relação da inadequação<br />
do manejo dos seus solos, podendo envolver outros parâmetros como o econômico e<br />
cultural que interferem significativamente no processo de deterioração desse ambiente<br />
na região. O avanço do desmatamento em novas áreas florestadas devido à<br />
capitalização dos antigos proprietários das áreas de pastagens degradadas. A venda<br />
dessas áreas a custo relativamente baixo para os monocultores, que introduzem a soja<br />
na região amazônica e capitalizam os agentes promovedores de desmatamentos, que<br />
visam a criação de novas áreas de pastagens, promovendo um ciclo abrangente quanto<br />
aos impactos ambientais e sociais na região. As grandes áreas desmatadas na Amazônia<br />
nos últimos 37 anos formaram um quadro diversificado quanto a relação de ocupação e<br />
de uso dos solos, e suas diferentes conseqüências no que se refere aos impactos<br />
ambientais desenvolvidos. De acordo com Toni & Kaimowitz (2003), os problemas<br />
considerados de grande impacto para região são variados e abrangem diferentes áreas<br />
de conhecimento, destacando-se entre estas: As questões de deterioração das áreas de<br />
pastagens, e os impactos abióticos associados, em especial a compactação dos solos e a<br />
erosão, a questão do aquecimento global e carbono, a biodiversidade associada a<br />
extinção de espécies vegetais e animais, as questões de zoonose e zoonosológicas<br />
existentes, as contaminações de aqüíferos em áreas rurais e urbanas, entre outras. O<br />
trabalho, avaliou níveis de compactação dos solos, no caso de um Latossolo Amarelo,<br />
cuja ocupação e o uso nos últimos 20 anos estiveram associados a pastagens com sobre<br />
carga de animais, e que hoje se encontra deterioradas.A compactação dos solos pode<br />
influenciar processos como a erosão devido a sua atuação na modificação da estrutura<br />
dos mesmos, e na taxa de infiltração de água devido à mudança dos índices de sua<br />
porosidade total entre outras propriedades físico-hídricas relacionadas, segundo Yong<br />
& Voorhees (1982). Foi escolhida uma área de pastagem, no município de Porto Velho-<br />
RO, com de 20 anos de pastoreio em macha de Latossolo Amarelo. Utilizou-se um<br />
penetrômetro de impacto para medição de compactação no solo de acordo com Jorge<br />
(1985). Os valores obtidos em KGF/cm² foram transformados em Mega Pascal (MPa).<br />
Utilizou-se o programa R 2.4.0 (software livre) para análises estatísticas. Com base na<br />
classe de resistência a penetração no solo (RPS), foram observados valores entre a<br />
superfície e os 40 cm de profundidade. Os valores MPa analisados estatisticamente,<br />
foram definidos como normais a 5%, sendo que o valor de coeficiente de variação<br />
(CV%) calculado, foi de 29,84%, indicando uma alta homogeneidade dos dados,<br />
segundo Nascimento (1976). A classificação da resistência a penetração nos solos, foi<br />
definida como: moderada, alta e muito alta .Os valores alto e muito alto<br />
corresponderam a 87% das amostras, evidenciando a compactação no caso por pisoteio<br />
animal, principalmente entre os primeiros 20 cm de profundidade do solo, em níveis<br />
preocupantes que atestam a falta de manejo correto dos mesmos. Níveis de<br />
21
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
compactação acima de 2,5 MPa, invariavelmente promovem problemas no<br />
desenvolvimento de diferente culturas, devido a dificuldade do desenvolvimento<br />
radicular das mesmas, inclusive em áreas de extração de minério que promovam a<br />
recuperação vegetativa das mesmas.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do<br />
meio físico; data de entrada na pós-graduação: 2005; nº de créditos concluídos: 48;<br />
Exame de qualificação: 15/8/2007; data prevista de defesa: 2008; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
22
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ANÁLISE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO<br />
SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM<br />
DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL.<br />
ELIZANDRA GOLDONI GOMIG<br />
E-mail: eligomig@yahoo.com.br<br />
Orientador: Luiz Roberto Cottas<br />
Co-orientador:Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />
A gestão administrativa responsável pelos territórios brasileiros necessita de estudos<br />
preliminares que forneçam um banco de dados confiável para a geração de mapas de<br />
adequação do uso da terra, ocupação humana nas zonas urbano-rural e para estabelecer<br />
áreas prioritárias ao desenvolvimento sócio-econômico sem afetar a qualidade de vida<br />
da população local. Um instrumento importante para os estudos de adequabilidade<br />
territorial é a Análise Ambiental, gerador de estudos-base que auxiliam na análise<br />
conjunta e integrada dos dados físicos com os dados de classificações técnicas das terras<br />
(aptidão agrícola, classes de capacidade de uso, zoneamento agrícola, uso potencial da<br />
terra e outros). O Município de Canarana - MT, objeto desse estudo, está inserido na<br />
meso-região Norte Matogrossense e na micro-região Canarana, possui uma área total<br />
10.870 km 2 e uma população atual de 17.183 habitantes, e não apresenta estudos do<br />
meio físico que detenha informações relevantes para a geração de um Zoneamento<br />
Geoambiental e Geotécnico da região, levando a necessidade de um levantamento<br />
ambiental que possua como resultado final cartas temáticas que vão de encontro com as<br />
necessidades e problemas da área, servindo de apoio à tomada de decisões<br />
sóciopolíticas e ambientais de toda a região Norte Matogrossense e acessíveis aos<br />
habitantes do município. Este estudo sistemático de integração e inter-relação dos<br />
fatores ambientais levantados, principalmente do meio físico, resulta em uma análise<br />
que identifica as unidades fisiográficas integrando-as em padrões, possibilitando a<br />
compreensão da evolução da paisagem e consequentemente de sua ecodinâmica. O<br />
conhecimento dos condicionantes ecodinâmicos, interpretação e compreensão dos<br />
processos endógenos e exógenos da dinâmica da paisagem permitirão inferir sobre a<br />
capacidade suporte do meio físico para diferentes tipos de uso e ocupação. Já o<br />
levantamento topográfico, o relevo, a constituição das rochas e materiais de cobertura,<br />
bem como, as propriedades geotécnicas das mesmas e as características dos potenciais<br />
hídricos, permitirão a orientação de expansão urbana e locação adequada da rede de<br />
esgoto, de distribuição de água e aterros sanitários do município. As informações<br />
obtidas através do estudo proposto constituirão um banco de dados consistente da<br />
micro-região Canarana, que servirá como um modelo de aplicação para os diversos<br />
municípios matogrossenses que não possuem Plano Diretor e que buscam o equilíbrio<br />
entre o crescimento sócio-econômico e a preservação ambiental.<br />
Palavras-chave: Zoneamento Geoambiental, Levantamento Ambiental, Geotécnica,<br />
Plano Diretor, Canarana-MT<br />
23
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: ANÁLISE AMBIENTAL DO<br />
MUNICÍPIO DE CANARANA-MT, COMO SUBSÍDIO AO ZONEAMENTO<br />
GEOAMBIENTAL E GEOTÉCNICO A FIM DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO<br />
DIRETOR MUNICIPAL; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico;<br />
data de entrada na pós-graduação: 03/2010; nº de créditos concluídos: 26; data prevista<br />
de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
24
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O<br />
PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR<br />
FABIANO DO NASCIMENTO PUPIM<br />
E-mail: fabianopupim@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />
Este plano de pesquisa visa o estudo integrado do meio físico para contribuir com o<br />
planejamento territorial do município de Morretes-PR, visando múltiplos usos, como<br />
aptidão agrícola do solo, seleção de área de proteção ambiental, estudos de recursos<br />
hídricos (superficiais e profundos), obras de engenharia, aterros sanitários, turismo,<br />
planejamento urbano e rural. A análise do meio físico será realizada a partir de produtos<br />
de sensoriamento remoto, verificações de campo e análises laboratoriais (quando<br />
necessário), de acordo com procedimentos propostos pela sistemática de Zoneamento<br />
Geoambiental, que contempla as principais características litológicas, morfoestruturais,<br />
hidrológicas, fisiográficas, climáticas e de alterações intempéricas e solos. A análise<br />
integrada das propriedades do meio físico possibilita compartimentar a área em zonas e<br />
subzonas geoambientais. Todas as informações serão armazenadas em um banco de<br />
dados georreferenciados, o que facilitará a manipulação dessas informações e a<br />
elaboração de cartas temáticas orientativas para o planejamento de políticas públicas.<br />
Palavras-chave: Zoneamento Geoambiental, Análise Integrada do Meio Físico,<br />
Planejamento Territorial, Cobertura de Alteração Intempérica, Morretes-PR.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: ZONEAMENTO<br />
GEOAMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO PARA O PLANEJAMENTO<br />
TERRITORIAL: caso do município de Morretes-PR; Linha de pesquisa: Planejamento<br />
e gestão do meio físico; Projeto guarda-chuva: ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL<br />
COMO UM INSTRUMENTO PARA O PLANEJAMENTO TERRITORIAL: caso do<br />
município de Morretes-PR; data de entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de<br />
créditos concluídos: 18; data prevista de defesa: 03/03/2010; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
25
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
EVOLUÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO MEGALEQUE FLUVIAL DO RIO<br />
SÃO LOURENÇO, PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />
FABRÍCIO ANÍBAL CORRADINI<br />
E-mail: f_coradini@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />
A Bacia do Alto Paraguai apresenta paisagens naturais bem distintas que diferenciam<br />
quanto à forma, litologia, cobertura vegetal e ocupação da terra. Os poucos estudos e<br />
dados existentes não respondem questões norteadoras sobre a origem e funcionamento<br />
do ambiente pantaneiro, principalmente a Bacia do rio São Lourenço, caracterizada por<br />
elevadas taxas de erosão. Uma vez que as modificações são impostas na bacia a<br />
montante, uma nova situação se impõe (re) configurando completamente o padrão, a<br />
direção do canal fluvial e toda a manutenção dos ecossistemas que se associam. A bacia<br />
do São Lourenço desenvolve três sistemas bem distintos com inúmeros canais<br />
tributários em planalto, sendo as áreas das nascentes acima de 800 m, a planície fluvial<br />
entrincheirada formada por meandros abandonados em altitudes inferiores a 200 m e<br />
que adentrando a jusante encontra-se um sistema distributário em leque aluvial a 150 m<br />
de altitude. A área estudada na bacia está entre as coordenadas 16º10’ S e 54º30’ W a<br />
17º20’ S e 56º50’ W. Os objetivos principais da pesquisa são os seguintes: 1)<br />
compartimentação geomorfológica em detalhe da área objeto de pesquisa; 2)<br />
caracterização dos padrões de canal e comportamento do regime hidrológico em<br />
diferentes segmentos do rio São Lourenço e seu afluente Vermelho; e 3) investigação da<br />
evolução dos processos deposicionais do megaleque fluvial no Quaternário. Para isso<br />
serão realizadas análises abordando a morfometria do canal; a tipologia das barras<br />
fluviais; dados hidrológicos; dados sedimentológicos; análise dos perfis transversais e<br />
longitudinais; e ensaios geofísicos na bacia sedimentar. Espera-se que com as<br />
ferramentas de pesquisa adotada seja possível compreender os eventos paleogeográficos<br />
e os processos fluviais regentes na bacia.<br />
Palavras-chaves: megaleque fluvial, rio São Lourenço, <strong>Rio</strong> Vermelho, geomorfologia<br />
fluvial, Pantanal.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução Geomorfológica Do<br />
Megaleque Fluvial Do <strong>Rio</strong> São Lourenço, Pantanal Mato-Grossense; Linha de pesquisa:<br />
Mudanças ambientais (regionais e globais); Projeto guarda-chuva: Projeto Pantanal:<br />
Trato de Sistemas Deposicionais do Quaternário (Pleistoceno Tardio/Holoceno) da<br />
Bacia do Pantanal Mato-Grossense, Centro-Oeste do Brasil; data de entrada na pósgraduação:<br />
03/2007; data prevista de defesa: 03/2011; Possui bolsa: sim; Agência:<br />
CAPES.<br />
26
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ANÁLISE DOS FATORES AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO<br />
PROCESSO EROSIVO LINEAR NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO<br />
DAS PEDRAS, QUIRINÓPOLIS (GO)<br />
FÁTIMA SUELI MARCON DOS SANTOS<br />
E-mail: suelimarconn@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. José Eduardo Zaine<br />
O Ribeirão das Pedras é o principal manancial para o abastecimento de água da cidade<br />
de Quirinópolis. Sua Bacia Hidrográfica localiza-se no Município de Quirinópolis-<br />
Goiás, a noroeste da cidade, com sua principal nascente à 26 quilômetros da área urbana<br />
e a uma altitude de 850m, desaguando no <strong>Rio</strong> Preto à 2 quilômetros e a Sul da área<br />
urbana, a uma altitude de 425m. Ocupa uma área de aproximadamente 247 Km 2 ,<br />
localizada entre as coordenadas 18º16”43” e 18º30’55” de Latitude Sul e 50º25’10” e<br />
50º37’42” de Longitude Oeste. Caracteriza-se como objetivo desta pesquisa, identificar e<br />
avaliar o estado atual da área de estudo quanto à fragilidade do ambiente, apontando os<br />
fatores geomorfológicos e antrópicos que condicionam os processos morfodinâmicos na<br />
área. A pesquisa será realizada através de levantamentos bibliográficos, trabalhos de<br />
campo, levantamentos cartográficos e análises laboratoriais para identificação das áreas<br />
de maior fragilidade ao processo erosivo, analisando as diferentes características<br />
geomorfológicas face ao atual processo de uso da terra na Bacia, que apresenta<br />
características geoambientais propícias à ocupação humana. Entretanto, a presença de<br />
relevos residuais contornados por escarpas erosivas, com condições naturais nem sempre<br />
adequadas para a utilização antrópica da terra, leva a um processo acelerado de<br />
degradação ambiental. As evidências dessa degradação são dadas pelas mudanças no<br />
quadro natural, através dos processos de formação de ravinas e boçorocas, aceleradas<br />
pelos desmatamentos e do uso intensivo através de atividades agrícolas. Nessa unidade<br />
os terrenos são fortemente inclinados, verificando-se o predomínio da morfogênese em<br />
relação a pedogênese, conduzidos pelo escoamento superficial de água das chuvas e pela<br />
intensa infiltração de água no arenito da Formação Marília (Km), principalmente durante<br />
o período chuvoso, elementos estes favoráveis a diminuição da estabilidade do manto e<br />
aos deslizes do regolito. O cruzamento das informações através dos mapas elaborados,<br />
permitirá apontar as divergências entre a utilização atual da terra e a capacidade de uso<br />
para cada unidade.<br />
Palavras-chave: Fragilidade, processo erosivo, Quirinópolis.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ANÁLISE DOS FATORES<br />
AMBIENTAIS NATURAIS E ANTRÓPICOS NO PROCESSO EROSIVO LINEAR<br />
NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIBEIRÃO DAS PEDRAS, QUIRINÓPOLIS<br />
(GO); Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pósgraduação:<br />
04/08/2008; nº de créditos concluídos: 8; data prevista de defesa:<br />
04/08/2012; Possui bolsa: não.<br />
27
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
MODELOS DINÂMICOS EXPERIMENTAIS EM CAIXAS DE AREIA:<br />
INFLUÊNCIA DE ESTRUTURAS PRETÉRITAS NA HALOCINESE NA BACIA<br />
DE SANTOS<br />
FERNANDO SANTOS CORRÊA<br />
E-mail: fscorrea@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Chang Hung Kiang<br />
Co-Orientador: Dr. Jean Letouzey (Instituto Francês do Petróleo – IFP)<br />
A Bacia de Santos foi gerada durante a ruptura dos continentes africano e sul<br />
americano, onde grande número de falhas normais foram geradas nas fases iniciais do<br />
rifte devido ao processo de distensão. Tais falhas são observadas afetando a base dos<br />
evaporitos, indicando processos de relaxamento da crosta antes da ruptura, provocando<br />
reativações das falhas. Coincidentemente, estruturas diapíricas são observadas sobre<br />
estes ressaltos do embasamento, os quais funcionam como anteparos ao fluxo de sal,<br />
resultando na construção de diápiros assimétricos e simétricos com presença facultativa<br />
de falhas lístricas no topo. Contudo, importantes falhas normais de direção N10-15E<br />
com mergulho para SW, região central da bacia, parecem controlar inicialmente a mais<br />
expressiva feição sedimentar na calha central, onde imensas cunhas clásticas<br />
progradantes avançam bacia adentro deslocando a linha de costa cerca de 200 km para<br />
leste durante o Senoniano. Isso por que, o grande aporte de sedimentos sobre a espessa<br />
camada de sal, no bloco baixo da falha, causou a expulsão do sal para leste, resultando<br />
no crescimento contínuo do diápiro à frente das cunhas progradantes, dando origem a<br />
uma grande falha antitética denominada de Cabo Frio. Esta estrutura se estende desde a<br />
porção central da bacia, defronte a Ilhabela (SP), até as proximidades do Alto de Cabo<br />
Frio, já no limite com a Bacia de Campos. Experimentos em escala de laboratório<br />
ajudaram a entender a dinâmica da criação da falha de Cabo Frio. Para tanto foram<br />
utilizados matérias como: silicone para representar a camada evaporítica; coríndon na<br />
granulometria areia para representar os carbonatos (mais densos) e areia quartzosa de<br />
fontainebleau para representar os sedimentos como: arenitos, folhelhos, siltitos e etc. A<br />
caixa utilizada no experimento tem dimensões de 39cm x 72cm, tamanho ideal para<br />
inserir no tomógrafo de Raios-X, onde a cada passo de sedimentação era feito uma<br />
varredura. Desta forma, foi possível acompanhar o experimento em tempo real, sem que<br />
houvesse a necessidade de destruir-lo. Na base do modelo foi introduzido um obstáculo<br />
transversal a largura da caixa, a fim de representar a falha na porção sul da bacia. O<br />
bloco baixo da falha foi preenchido com 1cm de silicone e as demais regiões com<br />
0.8cm. Deposições iniciais de coríndon foram efetuadas na tentativa de representar os<br />
depósitos carbonáticos albianos. Diversas camadas de sedimentos foram depositadas em<br />
sequencia, variando de 2mm a 5mm conforme a posição da coluna sedimentar da bacia<br />
que se estava tentando representar. Durante o processo, notou-se na região do obstáculo<br />
o crescimento de diápiros de silicone à frente da cunha de sedimentação. Com a<br />
evolução do experimento, a configuração do modelo se assemelhou muito com os dados<br />
sísmicos da área real, demonstrando que estas heterogeneidades da base do sal<br />
apresentam grande influência no desenvolvimento da halocinese na Bacia de Santos.<br />
Levando em consideração que a deposição sedimentar se processou de sul para norte, é<br />
possível que estas heterogeneidades tenham sido o ponto inicial da grande falha de<br />
28
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Cabo Frio, a qual foi propagada para norte acompanhando a migração dos depocentros<br />
senonianos.<br />
Palavras-chave: Bacia de Santos, halocinese, falhas, diápiros de sal, experimentos de<br />
caixa de areia.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução Tectono-<br />
Sedimentar da Porção Centro-Norte da Bacia de Santos: influências da fase rifte na<br />
interação sedimentação e halocinese; Linha de pesquisa: Recursos hídricos e energéticos<br />
(desenvolvimento sustentável); Nome do grupo de pesquisa: Laboratório de Estudos de<br />
Bacias - LEBAC; data de entrada na pós-graduação: 01/08/2005; Exame de<br />
qualificação: 01/11/2008; data prevista de defesa: 02/2009; Possui bolsa: sim; Agência:<br />
Fundunesp.<br />
29
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PALEOCLIMA E PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE<br />
FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL<br />
FREDERICO DOS SANTOS GRADELLA<br />
E-mail: fregradella@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Arnaldo Yoso Sakamoto<br />
O Pantanal é uma bacia sedimentar, relativamente plana, onde ocorrem inundações<br />
anuais. Está localizado no centro da América do Sul, na Bacia do Alto rio Paraguai, em<br />
maior parte no território brasileiro, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<br />
Sua extensa área é marcada pela presença de notáveis megaleques fluviais, dentre eles,<br />
o mais representativo é o do rio Taquari, com uma área de aproximadamente 49.000<br />
km². O canal atual do Taquari flui com sentido predominante E-W, dividindo em duas<br />
regiões a superfície do megaleque: Paiaguás, ao norte e Nhecolândia, ao sul, essa última<br />
limitada pelo rio Taquari ao norte e rio Negro ao sul. A Nhecolândia é conhecida por<br />
apresentar um grande número de lagoas doces, salinas, vazantes e corixos. As lagoas<br />
concentram-se na porção SW da área, intercaladas por cordilheiras (cordões arenosos<br />
elevados entre 3 e 4 metros) que impedem a entrada de água nas lagoas salinas, mesmo<br />
durante as inundações. Os processos que originaram a Nhecolândia ainda são pouco<br />
conhecidos. Estudos apontam para mudanças climáticas regionais, de um período árido<br />
no final do Pleistoceno para um período úmido no Holoceno. Com base nesta hipótese,<br />
o presente estudo tem por objetivo estabelecer a cronologia dos processos que<br />
originaram a região da Nhecolândia, bem como reconstituir o cenário paleoclimático e<br />
paleogeográfico regional. Para isso, serão realizadas sondagens com vibro-core e o<br />
material recuperado será datado pelos métodos da Luminescência Oticamente<br />
Estimulada (LOE) de cristais de Quartzo e C 14 . Os sedimentos também serão<br />
analisados para a verificação de conteúdo palinológico e correlação cronológica.<br />
Espera-se compreender a gênese da porção sul do megaleque do Taquari e,<br />
posteriormente, correlacionar as informações obtidas com as demais áreas do Pantanal<br />
Mato-Grossense.<br />
Palavras-chave: Pantanal; lagoas; Quaternário; paleoclima; paleogeografia.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: PALEOCLIMA E<br />
PALEOGEOGRAFIA NA PORÇÃO SUL DO MEGALEQUE FLUVIAL DO TAQUARI, PANTANAL DA<br />
NHECOLÂNDIA/MS-BRASIL; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e<br />
globais); Nome do grupo de pesquisa: Geologia aplicada a recursos hídricos e<br />
energéticos Projeto guarda-chuva: Trato de Sistemas Deposicionais do Quaternário<br />
(Pleistoceno tardio/Holoceno) da Bacia do Pantanal Mato-Grossense, Centro-Oeste do<br />
Brasil - 07/55987-3 FAPESP; data de entrada na pós-graduação: 03/2008; nº de créditos<br />
concluídos: 34; data prevista de defesa: 03/2012; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
30
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
IMPACTOS AMBIENTAIS NAS TAXAS DE CO2 ATMOSFÉRICO CAUSADOS<br />
POR UM EVENTO MUSICAL NA GRUTA DO MORRO PRETO I (PETAR-SP)<br />
HEROS AUGUSTO SANTOS LOBO<br />
E-mail: heroslobo@hotmail.com<br />
Orientador: José Alexandre de Jesus Perinotto<br />
Co-Orientador: Paulo César Boggiani (Instituto de Geociências – IGc/USP)<br />
O uso de cavernas para eventos no Brasil não é muito comum, e restrito normalmente<br />
àquelas onde tradicionalmente se realizam cultos religiosos, algumas até com<br />
edificações em seu interior. Partindo deste cenário, o presente trabalho apresenta os<br />
resultados do processo de monitoramento de dois atributos microclimáticos<br />
(Temperatura Ambiente – T – e Umidade Relativa do Ar – UR) e da concentração de<br />
Gás Carbônico – CO2 – atmosférico durante um evento musical na Gruta do Morro<br />
Preto I, Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – PETAR. A coleta e registro de<br />
dados – realizada antes, durante e depois do evento – se deu através de dataloggers para<br />
T e UR e registros pontuais para o CO2, aferido por meio de um aparelho com análise<br />
por infra-vermelho. Realizou-se também a contagem de pessoas presentes no dia do<br />
evento, de forma a relacionar os dados coletados com o total de visitantes. Os dados<br />
receberam dois tipos de tratamento estatístico: descritivo e multivariado, com aplicação<br />
da regressão linear múltipla. Foram elaborados perfis térmicos de momentos temporais<br />
antes e depois do evento, por meio de superfícies de tendência de terceira ordem,<br />
usando para tanto o aplicativo surfer. Concluiu-se que a presença de 237 visitantes na<br />
Gruta do Morro Preto I não causou alterações significativas nos parâmetros de T e UR.<br />
Por outro lado, identificou-se uma relação de alteração nas taxas de CO2 da ordem de<br />
13,2% no ambiente em relação ao evento.<br />
Palavras-chave: Espeleoturismo; Manejo Espeleológico; Microclima; Estudo de<br />
Impactos Ambientais.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Microclimatologia e<br />
Geoespeleologia das Cavernas do PETAR: Subsídios Para o Manejo Turístico; Linha de<br />
pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />
Jul/07; nº de créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: Jul/11; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
31
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
RECONTRUÇÃO PALEO-GEOGRÁFICA POR ISOBASES CONFLUENTES<br />
NO MUNICÍPIO DE CRISTAIS PAULISTAS – SP<br />
JANE DELANE VERONA<br />
E-mail: janeverona@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jimènez-Rueda<br />
O interesse na reconstrução paleogeográfica se faz presente em vários ramos das<br />
ciências da Terra, e, entre eles o da pedologia em especial, por buscar explicar a origem<br />
e a evolução dos solos que recobrem a superfície, auxiliando na elaboração de<br />
mapeamentos e zoneamentos geoambientais para diversas finalidades. Com base nisso,<br />
essa pesquisa busca verificar o número de paisagens pretéritas em detalhe possíveis de<br />
serem reconstruídas utilizando-se a metodologia de isobases confluentes. Ela conta com<br />
a participação dos alunos de graduação do terceiro ano de Ecologia da <strong>UNESP</strong> de <strong>Rio</strong><br />
<strong>Claro</strong> - SP, que participaram no processamento dos dados durante as aulas ministradas<br />
pela autora no âmbito do estágio-docência estimulado pela CAPES (Coordenação de<br />
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O município escolhido foi o de Cristais<br />
Paulistas, situado ao norte de Franca, nordeste do estado de São Paulo. Foram utilizadas<br />
vinte e sete cartas planialtimétricas na escala de 1:10.000. Cada carta foi escaneada e<br />
registrada à projeção UTM, datum Córrego Alegre. Em seguida foram importadas para<br />
o SPRING v 4.3.3, onde foram extraídas as curvas de nível e drenagens com seus<br />
prolongamentos. Cada aluno se responsabilizou por uma carta. Três tipos de modelos<br />
conceituais foram criados para os dados: imagem, para a carta digitalizada; temático,<br />
para a drenagem; e MNT (modelo numérico de terreno), para as isolinhas e pontos<br />
cotados. Cada trecho de drenagem foi classificado segundo o grau do rio e segundo a<br />
ordem de confluência, assumindo-se que a cada confluência de um rio é somado um<br />
grau ao valor da mesma, independente do valor de sua ordem. Das amostras altimétricas<br />
foram geradas grades retangulares e triangulares, por representarem melhor o relevo,<br />
das quais foram extraídos os valores de altitude de cada isobase confluente. Para cada<br />
ordem de confluência a ser obtida serão geradas novas grades e suas respectivas<br />
representações tridimensionais serão apresentadas. Além de se avaliar a sensibilidade da<br />
metodologia nesse nível de detalhe, espera-se que dos resultados gerados sejam<br />
recuperadas as informações dos antigos níveis de base do relevo e que, pela suas<br />
representações tridimensionais sejam possíveis reconstruir e visualizar alguns modelos<br />
das antigas paisagens ocorridas no município, que certamente servirão como guia para<br />
futuros trabalhos.<br />
Palavras-chave: mapeamento, isobases, reconstrução, paleo-geográfica, modelo<br />
tridimensional.<br />
32
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
IMAGEAMENTO ELÉTRICO APLICADO NO MONITORAMENTO DA<br />
PLUMA DE CONTAMINAÇÃO DO ATERRO CONTROLADO DE RIO<br />
CLARO (SP): RESULTADOS INICIAIS<br />
JOSÉ RICARDO MELGES BORTOLIN<br />
E-mail: jrmb@bol.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Walter Malagutti Filho<br />
Atualmente, milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos são geradas por dia, em<br />
todo o mundo. Dois fatores que contribuem significativamente para tanto são o Modelo<br />
de Produção e Consumo Capitalista (MPCC) e a constante busca do ser humano por<br />
melhores condições de vida. Ambos os fatores contribuem de modo eficiente para a<br />
geração descontrolada de resíduos sólidos urbanos. A disposição final de tais resíduos<br />
muitas vezes é feita de forma incorreta e em locais geologicamente impróprios,<br />
acarretando em sérios problemas ambientais, como a contaminação de águas<br />
superficiais e subterrâneas. Uma das melhores e mais importantes ferramentas para<br />
estudos de contaminação ambiental é a geofísica. Dentre as principais vantagens da<br />
aplicação das técnicas geofísicas em relação aos métodos tradicionais de investigação<br />
de subsuperfície, como, por exemplo, as sondagens e os poços de monitoramento,<br />
destaca-se a rapidez na avaliação de grandes áreas com custo relativamente menor<br />
(CETESB, 1999). Diante desse cenário, são apresentados aqui os resultados e<br />
discussões iniciais de um trabalho de monitoramento da contaminação ambiental,<br />
desenvolvido no aterro controlado desativado do município de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (SP),<br />
objetivando-se determinar possíveis alterações nas dimensões e nos valores de<br />
resistividade elétrica da pluma de contaminação sob o aterro. Para tanto, utilizou-se<br />
Geofísica Elétrica, método da Eletrorresistividade, técnica do Imageamento Elétrico<br />
com arranjo Dipolo-Dipolo, para o levantamento de 2 linhas na área supra citada, entre<br />
os meses de Abril e Maio de 2008. Tais linhas foram executadas nos mesmos locais<br />
onde, em Abril de 2000, Moura (2002) executou ensaios semelhantes. Os dados obtidos<br />
em 2000 e em 2008 foram processados e comparados entre si, de modo a se estabelecer<br />
uma evolução temporal da pluma (monitoramento). A Linha 1, com abertura de dipolo<br />
de 10m e 5 níveis de investigação, foi realizada paralelamente ao eixo maior do aterro,<br />
às margens da Rodovia SP 127 “Fausto Santomauro”, que liga <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> a Piracicaba.<br />
A Linha 2, com abertura de dipolo de 5m e, também, 5 níveis de investigação, foi<br />
realizada transversalmente ao eixo menor do aterro, sobre a cava de resíduos. Os dados<br />
de ambas as campanhas de campo foram processados no software Res2dinv, gerando<br />
perfis de resistividade aparente. Pôde-se verificar que existem alterações nos valores de<br />
resistividade e estes são mais evidentes na Linha 1, na qual a tendência geral é de<br />
aumento de tais valores, de aproximadamente 40Ω.m para >200Ω.m. Em profundidades<br />
maiores (± 13m) houve diminuição da resistividade, de cerca de 40Ω.m para a ordem de<br />
1Ω.m. A princípio, pode-se concluir que houve redução da produção de chorume pelos<br />
resíduos da porção mais superficial da cava, ocasionando a elevação dos valores da<br />
resistividade local a níveis característicos de ambiente sem contaminação, determinados<br />
através da Linha 3 (Moura, 2002) e adotada como referência. A migração do percolado<br />
para níveis mais profundos, próximo à zona saturada, pode ter sido ocasionada por ação<br />
33
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
da gravidade e pelo próprio fluxo subterrâneo, o qual apresenta sentido para onde as<br />
anomalias condutivas (da ordem de 1Ω.m) são mais freqüentes.<br />
Palavras-chave: aterro, contaminação ambiental, geofísica, imageamento elétrico,<br />
monitoramento.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Eletrorresistividade aplicada na<br />
análise temporal da pluma de contaminação do aterro controlado de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (SP);<br />
Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pósgraduação:<br />
Agosto/2007; nº de créditos concluídos: 52; data prevista de defesa:<br />
Julho/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
34
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTIMATIVA DO FATOR DE RETARDAMENTO (Rd) E DA DISPERSÃO<br />
HIDRODINÂMICA (Dh) EM SOLO ARENOSO DO SUBGRUPO ITARARÉ –<br />
SP: APLICAÇÃO DE TESTE DE COLUNA<br />
JULIANA BROGGIO BASSO<br />
E-mail: julibb@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Chang Hung Kiang<br />
Este trabalho apresenta resultados de ensaio de coluna em solo arenoso do Subgrupo<br />
Itararé, compactado e saturado, percolado com solução aquosa de cloreto de potássio<br />
(K + = 500 mg.L -1 ). Neste solo arenoso foram avaliadas a composição mineralógica, as<br />
características físico-químicas e as propriedades físicas. Curvas de Chegada foram<br />
construídas para os íons potássio e cloreto e determinados o fator de retardamento (Rd) e<br />
o coeficiente de dispersão hidrodinâmica (Dh). Os resultados indicaram valores baixos<br />
de retenção para os íons K + e Cl - , compatíveis com características de solos arenosos.<br />
Palavras-chave: Ensaios de Coluna, Contaminação de Água Subterrânea, Solos<br />
arenosos<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudos Mineralógicos e de<br />
Sorção por meio de Ensaios de Coluna e Equilíbrio em Lote com Contaminantes<br />
Inorgânicos em Solos do Subgrupo Itararé - SP; Linha de pesquisa: Riscos geológicos:<br />
diagnóstico, prevenção e remediação; data de entrada na pós-graduação: Agosto/2005;<br />
nº de créditos concluídos: 82; Exame de qualificação: 19/08/2008;data prevista de<br />
defesa: Agosto/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
35
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
APLICAÇÃO DO ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO<br />
DE OBRAS LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ<br />
JULIANO OLIVEIRA MARTINS COELHO<br />
E-mail: julianogeografia@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Juércio Tavares de Mattos<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />
O objetivo deste trabalho é aplicar a sistemática do Zoneamento Geoambiental, numa<br />
análise integrada do meio físico, para avaliar a capacidade de suporte do meio físico à<br />
intervenção por obras lineares superficiais e enterradas. A área de estudo se localiza no<br />
eixo rodoviário que faz a ligação entre a região metropolitana de Curitiba ao porto de<br />
Paranaguá. As principais unidades geomorfológicas presentes na área são o Planalto<br />
Atlântico e as planícies Costeira e Fluvial. O método de investigação adotado se baseia<br />
na aplicação da sistemática do Zoneamento Geoambiental como compartimentação e<br />
caracterização do meio físico, servindo de base para a avaliação da capacidade de<br />
suporte do meio físico. Após a compartimentação é realizada uma análise<br />
morfoestrutural a partir de lineamentos estruturais, traços de junta e assimetrias de<br />
relevo e drenagem, permitindo a Avaliação da Capacidade de Suporte do Meio Físico à<br />
intervenção por obras lineares, na forma de um mapa síntese, onde as propriedades do<br />
meio físico consideradas no estudo são submetidas a uma análise estatística com<br />
atribuição de pesos às propriedades mais significativas à conservação das obras lineares.<br />
A partir da carta de capacidade de suporte do meio físico pode ser realizada uma<br />
correlação com o uso do solo, o que permitirá analisar o traçado das obras lineares e<br />
identificar áreas com risco de erosão acelerada, instabilidade de encostas, abatimentos e<br />
outros problemas que possam afetar a conservação das obras e oferecer risco aos<br />
usuários. Todos os produtos obtidos com o estudo serão organizados processados em<br />
um SIG, na forma de um Banco de Dados Georreferenciados, que constituirá um<br />
instrumento de gestão passível de manipulação e atualização dos dados.<br />
Palavras-chave: zoneamento geoambiental, sensoriamento remoto, dutovias, meio<br />
físico.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DO<br />
ZONEAMENTO GEOAMBIENTAL NO PLANEJAMENTO DE OBRAS<br />
LINEARES: O CASO DO EIXO CURITIBA-PARANAGUÁ; Linha de pesquisa:<br />
Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: 03/2008; data<br />
prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
36
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
COMPARTIMENTAÇÃO FISIOGRÁFICA, CARACTERIZAÇÃO<br />
GEOTÉCNICA E CARTOGRAFIA TEMÁTICA APLICADA À ANÁLISE DE<br />
TERRENOS COMO SUBSÍDIOS PARA PROTEÇÃO, MANUTENÇÃO E<br />
GERENCIAMENTO DE TRANSPORTES DUTOVIÁRIOS<br />
LEONARDO BRASIL FELIPE<br />
E-mail: lbfelipe@ufpa.br<br />
Orientador: Profa. Dra. Paulina Setti Riedel<br />
A área em estudo refere-se à região compreendida entre as cidades de Betim (MG) e<br />
Duque de Caxias (RJ), com extensão aproximada de 364 km, onde se situa um aparato<br />
tecnológico desenvolvido para transporte de petróleo e derivados em dutos subterrâneos<br />
(Duto Orbel I). O entendimento do meio físico, incluindo a constituição da litologia,<br />
estruturação, morfologia e regime de tensões, torna-se fundamental para a<br />
caracterização da estabilidade geológica, principalmente para o planejamento e<br />
gerenciamento de obras de engenharia e para a previsão de riscos de estabilização de<br />
massas de rochas, sedimentos e solos, para o planejamento da ocupação urbana. Este<br />
trabalho tem como principal objetivo analisar, identificar e produzir documentos<br />
cartográficos geotécnicos e diversos, através de técnicas de Geoprocessamento<br />
(Sensoriamento Remoto e Sistema de Informações Georreferenciadas) e atividades de<br />
campo, sobre os ambientes naturais encontrados na superfície da Terra e seus diferentes<br />
componentes, que se articulam e interagem através de mecanismos de funcionamento e<br />
interdependência. Para isso, serão utilizados os princípios de Análise dos Terrenos, que<br />
compreende etapas de compartimentação fisiográfica, caracterização geotécnica e<br />
cartografia final. Esses ambientes naturais possuem regiões onde os dutos precisam de<br />
mais proteção ou reforços estruturais, em virtude da quantidade de escorregamentos<br />
superficiais na região. Aliado a esses mecanismos, é cada vez mais significativa a ação<br />
humana que, ao se apropriar do território e de seus recursos naturais, causa grandes<br />
alterações na paisagem com um ritmo muito mais intenso que o determinado pela<br />
natureza.<br />
Palavras-chave: Fisiografia, morfologia, geotecnia, geoprocessamento, duto Orbel.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Compartimentação<br />
Fisiográfica, Caracterização Geotécnica e Cartografia Temática Aplicada à Análise de<br />
Terrenos como Subsídios para Proteção, Manutenção e Gerenciamento de Transportes<br />
Dutoviários; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Projeto guardachuva:<br />
Avaliação de Produtos e Técnicas de Sensoriamento Remoto no Monitoramento<br />
dos Riscos Geotécnicos e Antrópico em Dutos - Caso de Estudo Duto Orbel; data de<br />
entrada na pós-graduação: 04/08/2008; data prevista de defesa: 04/08/2012; Possui<br />
bolsa: não.<br />
37
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
APLICAÇÃO DE MÉTODOS GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA<br />
CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS EM MODELO<br />
REDUZIDO DE CAMPO<br />
LEONARDO ZANI CASTELLO<br />
e-mail: leonardocastello@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Antônio Celso de Oliveira Braga<br />
A elevada utilização de combustíveis fósseis, como a gasolina, em diversos setores da<br />
sociedade há tempos tem gerado uma elevada demanda na produção, estocagem e<br />
distribuição desses produtos, causando um aumento considerável nos casos de<br />
vazamentos de tanques subterrâneos utilizados para armazenamento, e outros incidentes<br />
envolvendo a contaminação do meio físico, o que torna imprescindível o conhecimento<br />
das interações entre esses possíveis contaminantes com solos, rochas e águas<br />
subterrâneas. As análises acerca da área impactada normalmente são realizadas através<br />
de métodos diretos de investigação, tais como sondagens mecânicas e coleta de<br />
amostras para análise química, entretanto, uma aquisição de dados efetuada com relativa<br />
acurácia através desses métodos está relacionada com seu custo e, em alguns casos, com<br />
dificuldades operacionais. Os produtos derivados do petróleo são caracterizados como<br />
uma mistura de hidrocarbonetos e apresentam uma alta gama de arranjos moleculares<br />
em suas constituições, que são compostos, em sua maioria, por átomos de carbono e<br />
hidrogênio e, em menor escala por átomos de oxigênio, nitrogênio e enxofre. A<br />
assinatura de resistividade de alguns derivados do petróleo, como a gasolina, se mostra<br />
variável em função do tempo quando em contato com sedimentos, com isso, estudos<br />
que analisaram a variação temporal do parâmetro físico resistividade elétrica de<br />
sedimentos alterados por esse tipo de contaminante em diversos contextos apresentaram<br />
resultados distintos em função de heterogeneidades do meio geológico e distinções de<br />
clima envolvidas, assim, ainda não é possível definir um claro padrão de<br />
comportamento para esse tipo de contaminante. É importante salientar a composição<br />
característica da gasolina no Brasil, que recebe a adição de álcool etílico anidro<br />
combustível (AEAC)-pouco estudado com relação aos parâmetros geoelétricos- em<br />
proporção aproximada de 23%. O álcool é um composto distinto dos hidrocarbonetos, e<br />
também se mostra presente em casos de contaminação do meio físico, pois, é utilizado<br />
em larga escala em vários processos que necessitam da energia associada a ele. O<br />
presente trabalho visa avaliar as variações temporais dos parâmetros físicos<br />
resistividade e cargabilidade elétrica, através dos métodos da eletrorresistividade e<br />
polarização induzida, em modelos reduzidos de campo constituídos por dois tanques de<br />
fibra preenchidos com sedimentos arenosos saturados a níveis controlados por sondas<br />
instaladas no interior dos tanques. Os sedimentos serão submetidos a contaminações<br />
induzidas de gasolina e álcool, sendo que, cada tanque será contaminado com apenas<br />
um tipo de combustível. O estudo do comportamento desses contaminantes em escala<br />
laboratorial visa gerar subsídios técnicos para melhor compreensão de resultados acerca<br />
da caracterização geoelétrica em estudos de caso em áreas que apresentem alterações<br />
devido à presença desses combustíveis, que não raro apresentam resultados conflitantes.<br />
A análise sobre os métodos de interpolação utilizados no processamento dos dados<br />
geofísicos será realizada com o objetivo de determinar o mais viável a ser empregado<br />
38
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
em estudos envolvendo esses contaminantes, e também como critério de controle sobre<br />
as variáveis determinantes para a variação dos parâmetros geoelétricos envolvidos em<br />
contaminações de ambientes análogos ao utilizado por gasolina e álcool.<br />
Palavras-chave: resistividade, cargabilidade, contaminação, gasolina, álcool.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DE MÉTODOS<br />
GEOELÉTRICOS EM ESTUDO DA CONTAMINAÇÃO DE SEDIMENTOS POR<br />
COMBUSTÍVEIS EM MODELO REDUZIDO DE CAMPO; Linha de pesquisa:<br />
Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); Projeto guarda-chuva:<br />
MÉTODOS GEOELÉTRICOS APLICADOS EM ESTUDOS DA CONTAMINAÇÃO<br />
DE SEDIMENTOS POR COMBUSTÍVEIS; data de entrada na pós-graduação:<br />
03/03/2008; nº de créditos concluídos: 22; Possui bolsa: não.<br />
39
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
EVOLUÇÃO MORFOESTRUTURAL E MORFOTECTÔNICA DA PAISAGEM<br />
DO MUNICÍPIO DE CAMPOS/RJ DETERMINADA PELA ERODIBILIDADE<br />
DO CONJUNTO SOLO-ROCHA NO DECORRER DO TEMPO GEOLÓGICO<br />
LUZIANE SANTOS RIBEIRO<br />
E-mail: kdluziane@yahoo.com.br<br />
Orientador: Jairo Roberto Jiménez-Rueda<br />
Freqüentemente o homem precisa reorganizar o espaço superficial que ocupa em virtude<br />
de inúmeros fatores, mas principalmente por que deve utilizar os recursos naturais<br />
disponíveis de forma sustentável. Essa premissa o tem levado a incertezas quanto o<br />
método apropriado de disposição na superfície do solo. Infelizmente, e talvez por<br />
simples falta de orientação, ele não tem utilizado o espaço de maneira racional. Muito<br />
pelo contrário, ele tem aplicado às terras procedimentos que têm maximizado perdas de<br />
solo e produtividade devido a taxas cada vez maiores de erosão. Se a sociedade ao<br />
menos conhecesse a capacidade natural de erosão de uma determinada região antes da<br />
implantação de qualquer obra de engenharia, por exemplo, os prejuízos e os custos<br />
poderiam ser minimizados. No município de Campos alguns trabalhos foram realizados<br />
neste sentido. Porém, determinaram apenas a erodibilidade do solo pela aplicação de<br />
equações matemáticas desenvolvidas para terras de clima temperado, como a EUPS, por<br />
exemplo. Entretanto, sabe-se hoje que para determinação da erodibilidade natural das<br />
terras é necessário que se estude também a condição geológica em que a camada de solo<br />
está assentada. De acordo com o “Método Morfoestrutural para Mapeamentos<br />
Geoambientais” desenvolvido por Jiménez-Rueda & Mattos (1992), os processos<br />
deformacionais das rochas se apresentam na superfície através de falhas, lineamentos<br />
estruturais, juntas e feições anômalas de drenagem. A análise deste conjunto de<br />
observações permite estabelecer o grau de erodibilidade do conjunto solo/rocha,<br />
condicionada por sua permeabilidade e grau de cisalhamento. Outra faceta deste estudo<br />
permite também visualizar como se deu a evolução da paleogeográfica paisagem no<br />
município de Campos ao longo do tempo geológico pela geração de superfícies de<br />
“Isobases de Confluências”. De posse destes dados, é então gerado um modelo do<br />
comportamento geoambiental da região capaz de determinar sua erodibilidade natural e<br />
sua evolução geológica, além da delimitação das zonas erosivas mais sensíveis. O<br />
resultado é a compartimentação fisiográfica do município de Campos, com indicadores<br />
de potencialidades e restrições do meio físico ao uso e ocupação do solo.<br />
Palavras-chave: Campos/RJ, morfortectônica, morfoestrutura, erodibilidade, geologia<br />
estrutural.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Evolução morfoestrutural e<br />
morfotectônica da paisagem do município de Campos/RJ determinada pela<br />
erodibilidade do conjunto solo-rocha no decorrer do tempo geológico; Linha de<br />
pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />
03/2006; nº de créditos concluídos: 68; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa:<br />
Sim; Agência: CNPq.<br />
40
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O<br />
MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE EROSÃO E DE USO DA TERRA EM<br />
TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE<br />
DE CAXIAS (RJ) E BETIM (MG)<br />
MATEUS VIDOTTI FERREIRA<br />
E-mail: mateusvidotti@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dra. Paulina Setti Riedel<br />
Detecção de mudanças é o processo de identificar diferenças no estado de um objeto ou<br />
fenômeno qualquer através da observação em diferentes espaços de tempo. As fontes<br />
dos dados podem ser diversas, no entanto, os produtos advindos de sensores remotos<br />
têm se mostrado uma excelente fonte de informação para essa finalidade. Os sistemas de<br />
informação geográficos (SIG) são considerados então uma ferramenta indispensável<br />
para organizar e processar toda informação adquirida pelos satélites, além de sobrepôlas<br />
com outras informações espaciais. Pretende-se analisar neste trabalho a<br />
aplicabilidade das técnicas de detecção de mudanças para o monitoramento de feições<br />
erosivas e de uso da terra em trechos de dutos. Assim espera-se como resultado definir<br />
os potenciais e limitações das principais técnicas e produtos para o monitoramento de<br />
feições de erosão e uso da terra em regiões de dutos.<br />
Palavras-chave: Detecção de Mudanças, Sensoriamento Remoto, Monitoramento.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS<br />
DE DETECÇÃO DE MUDANÇAS PARA O MONITORAMENTO DE FEIÇÕES DE<br />
EROSÃO E DE USO DA TERRA EM TRECHO DE DUTOS LOCALIZADOS<br />
ENTRE OS MUNICÍPIOS DE DUQUE DE CAXIAS (RJ) E BETIM (MG); Linha de<br />
pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação:<br />
08/2007; nº de créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa:<br />
Não.<br />
41
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
SENSIBILIDADE AMBIENTAL A DERRAME DE ÓLEO E DERIVADOS NA<br />
RODOVIA DOS TAMOIOS (SP-099): PROPOSIÇÃO METODOLÓGICA<br />
PATRICK THOMAZ DE AQUINO MARTINS<br />
E-mail: patrick_thomaz@yahoo.com.br<br />
Orientador: Profª. Drª. Paulina Setti Riedel<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. João Carlos Carvalho Milanelli<br />
O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo. Apesar do domínio de<br />
avançadas técnicas de transporte, é comum a ocorrência de acidentes. Os ambientes<br />
costeiros e marítimos possuem um índice de sensibilidade ambiental a derramamento de<br />
óleo que, embora constitua importante elemento norteador para o planejamento de ações<br />
mitigadoras, é direcionado a áreas litorâneas, não contemplando outros ambientes<br />
também susceptíveis ao óleo. O aquecimento da economia, as recentes descobertas de<br />
reservas petrolíferas no território nacional e as ainda incipientes malhas dutoviária e<br />
ferroviária sugerem as rodovias como o modal mais provável para o transporte. Os<br />
espaços adjacentes a esse modal acendem como importantes áreas para estudos piloto de<br />
sensibilidade a derrame de óleo, com critérios integrados envolvendo a avaliação dos<br />
parâmetros do meio físico, biológicos e socioeconômicos, a sensibilidade dos<br />
ecossistemas naturais e antrópicos, e a discussão de índices a serem aplicados às áreas<br />
terrestres e águas interiores, já que diferentes ambientes a margeiam, estando estes<br />
inevitavelmente propícios a impactos desse tipo. A presente constatação ressalta a<br />
necessidade de se avançar na consolidação de metodologia específica para o<br />
mapeamento ambiental de sistemas lineares terrestres. Nesse sentido, a hipótese busca<br />
provar que a rodovia pode ser utilizada como espaço para o estabelecimento e<br />
mapeamento de índices de sensibilidade ambiental a derramamento de óleo em áreas<br />
continentais. Foi definido como meta o desenvolvimento de um método à elaboração e<br />
mapeamento desses índices, apoiado em soluções geotecnológicas, tendo como área<br />
piloto de aplicação a Rodovia dos Tamoios (SP-099), São Paulo. Com este objetivo,<br />
será realizada uma análise crítica das metodologias de mapeamento da sensibilidade<br />
ambiental a derramamento de óleo existentes e sua aplicabilidade em rodovias; o<br />
mapeamento e caracterização dos ambientes adjacentes à Rodovia dos Tamoios; o<br />
reconhecimento da sensibilidade a derrames de óleo desses ambientes, seus recursos<br />
físicos, biológicos e composição socioeconômica; a discussão, elaboração e avaliação<br />
de um sistema de índices de sensibilidade para áreas rodoviárias; e a aplicação do<br />
método de mapeamento à Rodovia dos Tamoios. A operacionalização do método será<br />
iniciada a partir da análise bibliográfica, em base de periódicos correlacionados com a<br />
temática, acompanhada de uma pesquisa documental, onde buscará um elenco de mapas<br />
e imagens de sensoriamento remoto, definindo, dentre outros, a demarcação do recorte<br />
espacial da área de influência do impacto e a definição da escala de trabalho. Após a<br />
aquisição desses documentos, serão realizados a digitalização e o mapeamento dos<br />
dados. Essa etapa compreenderá o levantamento e mapeamento dos meios físico,<br />
biológico, do uso do solo e de elementos administrativos do espaço em estudo.<br />
Concomitantemente, serão realizadas saídas de campo, consolidando as informações<br />
aferidas a partir da interpretação das imagens. Complementando o método, será<br />
realizado o levantamento de dados referentes à rodovia, as quais comporão um banco de<br />
42
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
dados. Este será analisado e subsidiará a produção das cartas de sensibilidade ambiental<br />
da Rodovia Tamoios, bem como a proposta metodológica para modais lineares<br />
terrestres.<br />
Palavras-chave: geotecnologias; metodologia; vulnerabilidade ambiental.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Mapa de sensibilidade<br />
ambiental a derrames de óleo em rodovias: proposta aplicada à Rodovia dos Tamoios<br />
(SP-099); Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; Grupo de pesquisa:<br />
Sensibilidade ambiental a derrames de óleo; data de entrada na pós-graduação:<br />
Março/2008; nº de créditos concluídos: 42; data prevista de defesa: Março/2012; Possui<br />
bolsa: Sim; Agência: ANP.<br />
43
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
MAPEAMENTO DE SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS<br />
ILHAS DE SÃO VICENTE E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO<br />
DE ÓLEO<br />
RAFAEL RIANI COSTA PERINOTTO<br />
E-mail: rafa.riani@gmail.com<br />
Orientadora: Profª. Drª. Paulina Setti Riedel<br />
Co-Orientador: Dr. João Carlos Carvalho Milanelli<br />
Derramamentos de óleo têm trazido recorrentes e graves prejuízos aos ecossistemas<br />
costeiros em várias regiões do mundo. O óleo derramado, quando atinge a zona<br />
litorânea, provoca sérios danos à vida selvagem, aos ambientes naturais e às atividades<br />
sócio-econômicas. Os planos de contingência estabelecem as diretrizes de ações de<br />
resposta aos derramamentos de óleo, e sua elaboração em nível nacional é uma das<br />
metas do país. O mapeamento de sensibilidade ambiental é um componente essencial e<br />
fonte de informação primária para o planejamento de contingência. Estes mapas<br />
incluem informações sobre os recursos biológicos; os recursos de uso humano de valor<br />
comercial, recreacional ou de subsistência; e a sensibilidade dos ecossistemas costeiros<br />
e marinhos (medidos através de um índice de sensibilidade do litoral, baseado<br />
principalmente nas características geomorfológicas dos ambientes). A metodologia de<br />
mapeamento será baseada na proposta elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente,<br />
“Especificações e Normas Técnicas para Elaboração de Cartas de Sensibilidade<br />
Ambiental para Derramamentos de Óleo”, com algumas modificações de acordo com<br />
aspectos da região de estudo; e com a utilização de um Sistema de Informação<br />
Geográfica (SIG) e um Sistema de Banco de Dados Geográficos. A região da Baixada<br />
Santista (que contém o Porto de Santos, píeres, o Pólo Petroquímico de Cubatão, e uma<br />
extensa rede de oleodutos) foi sugerida como prioritária para o mapeamento em escala<br />
operacional (de 1:10.000 a 1:50.000) devido à sua sensibilidade e ao alto risco de<br />
ocorrência de eventos com derrame de petróleo. O objetivo central deste trabalho é<br />
definir as áreas prioritárias de proteção e áreas de sacrifício, de acordo com as<br />
peculiaridades da região, através do mapeamento de sensibilidade ambiental a<br />
derramamentos de óleo dos ambientes costeiros da Ilha de São Vicente e da Ilha de<br />
Santo Amaro (SP), em nível detalhado (escala operacional), com avaliação das<br />
diferenças espaciais e sazonais do ISL (Índice de Sensibilidade do Litoral) nos<br />
ambientes estudados. Os principais resultados esperados são a confecção das Cartas<br />
SAO (Sensibilidade Ambiental ao Óleo), organizadas em um Atlas de Sensibilidade<br />
Ambiental a Derramamentos de Óleo; e a inserção destes dados no Atlas de<br />
Sensibilidade Ambiental ao Óleo do Litoral Paulista, desenvolvido pelo Grupo de<br />
Pesquisa em Sensibilidade Ambiental Costeira do PRH-05 (<strong>UNESP</strong>/MCT/FINEP/ANP)<br />
Palavras-chave: Cartas SAO, Baixada Santista, derramamento de óleo, sensibilidade<br />
ambiental costeira.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: MAPEAMENTO DE<br />
SENSIBILIDADE DOS AMBIENTES COSTEIROS DAS ILHAS DE SÃO VICENTE<br />
44
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
E DE SANTO AMARO (SP) AO DERRAMAMENTO DE ÓLEO; Linha de pesquisa:<br />
Planejamento e gestão do meio físico; Grupo de pesquisa: Sensibilidade Ambiental a<br />
Derrames de Petróleo – CNPq/Grupo de Pesquisa em Sensibilidade Ambiental - PRH-<br />
05 (<strong>UNESP</strong>/MCT/FINEP/ANP); data de entrada na pós-graduação: 03/2008; nº de<br />
créditos concluídos: 34; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência:<br />
FAPESP.<br />
45
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO PANTANAL DO<br />
NABILEQUE, UM MEGALEQUE PECULIAR NA BORDA SUL DO<br />
PANTANAL MATO-GROSSENSE<br />
SIDNEY KUERTEN<br />
E-mail: sidneykuerten@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Mario Luis Assine<br />
Co-Orientadora: Profa. Dra. Edna Maria Facincani<br />
O Pantanal do Nabileque, localizado na borda meridional da Bacia sedimentar do<br />
Pantanal Mato-Grossense, abrange terras do Estado do Mato Grosso do Sul, Bolívia e<br />
Paraguai. Esta região foi analisada com auxílio de geotecnologias que possibilitaram o<br />
reconhecimento e o mapeamento de diferentes unidades geomorfológicas. Reconheceuse<br />
uma vasta planície recortada por densa rede de paleocanais distributários, orientados<br />
NE-SW, obliterados em sua maior parte por recentes e erosivos canais tributários. Além<br />
disso, foram identificados dois notáveis cinturões de meandros encaixados: o primeiro,<br />
recente e ativo, abriga o atual canal do rio Paraguai; o segundo, pretérito e inativo, é<br />
marcado pela grande quantidade de registros de paleocanais e barras em pontal<br />
pertencentes a um antigo sistema fluvial meandrante com grande energia. Sedimentos<br />
arenosos de 4 amostras foram obtidos em perfurações com “vibro-core” na região da<br />
planície do rio Nabileque, área que abriga o antigo cinturão de meandros (20º 10’/20º<br />
20’ S - 57º 35’ / 57º 43’ W). Os sedimentos foram datados pelo método da<br />
Luminescência Oticamente Estimulada (LOE) de cristais de Quartzo e obtiveram os<br />
seguintes resultados: 6.850 ± 750 anos AP (172 cm profundidade), 6.100 ± 700 anos AP<br />
(176 cm profundidade), 16.800 ± 2500 anos AP (233 cm profundidade) e 13.000 ± 1500<br />
anos AP (160 cm profundidade). As informações geomorfológicas obtidas indicam que<br />
o Pantanal do Nabileque constitui um antigo megaleque aluvial (9100 km²) que passou<br />
por ajustes decorrentes de processos alogênicos (tectonismos e mudanças climáticas) e<br />
autogênicos (alterações no fluxo fluvial e aporte/transporte de sedimentos) durante o<br />
Quaternário. Dentre todos os megaleques existentes na Bacia do Pantanal, o do<br />
Nabileque é o único que não possui lobo de deposição ativo e não desenvolve<br />
progradação sedimentar, o que o torna assim um exemplo peculiar.<br />
Palavras-chave: Pantanal do Nabileque, geomorfologia, datação LOE, megaleque<br />
aluvial, Quaternário.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Nabileque: Um Megaleque<br />
Fluvial Construído pelo <strong>Rio</strong> Paraguai na Saída da Bacia do Pantanal Mato-Grossense,<br />
Centro-Oeste do Brasil; Linha de pesquisa: Mudanças ambientais (regionais e globais);<br />
Projeto guarda-chuva: Sistemas deposicionais da bacia sedimentar do Pantanal Mato-<br />
Grossense, Centro-Oeste do Brasil; data de entrada na pós-graduação: Agosto/2006; nº<br />
de créditos concluídos: 82; data prevista de defesa: Agosto/2010; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
46
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTUDO INTEGRADO DO VALE DO BAIXO CURSO DO RIO ACARAÚ<br />
COM FUNDAMENTO NA ANÁLISE DA PAISAGEM E QUALIDADE DA<br />
ÁGUA E SOLOS<br />
SIMONE FERREIRA DINIZ<br />
E-mail: dinfersim@hotmail.com<br />
Orientador: Jairo Roberto Jimenez Rueda<br />
No estado do Ceará, os recursos naturais encontram-se muito alterados tendo em vista a<br />
contínua expansão das atividades produtivas do homem. Estas características<br />
determinam a alta vulnerabilidade dos recursos hídricos, agravados pelos grandes<br />
desmatamentos e remoção de matas ciliares. Dentro desse contexto, a água constitui-se<br />
em um dos recursos mais atingidos, o que vem aumentando os impactos ambientais,<br />
diminuindo a qualidade de vida da população ribeirinha (Zanella, 2005). A ação humana<br />
tem causado significativas alterações no ambiente natural principalmente em bacias<br />
hidrográficas que são ocupadas de forma desordenada e têm as suas sustentabilidades<br />
ameaçadas, principalmente onde a água é mais escassa, ou onde a sua distribuição<br />
temporal é muito irregular, como é o caso da região nordeste, que tem potenciado usos<br />
específicos, gerando em determinados trechos do recurso hídrico um estrangulamento<br />
de atividades que utiliza em excesso água causando assim um desequilíbrio na<br />
capacidade de suporte dos aquíferos. Fato este que tem alertado a comunidade científica<br />
nos últimos anos, para a relação crescente entre os problemas de natureza quantitativa e<br />
qualitativa, e os problemas de natureza ambiental que são suscitados pela intensificação<br />
e diversificação de utilizações dos recursos de água. Nas regiões semi-áridas, como é o<br />
caso do Ceará, a escassez da água tem sido há muito tempo, motivo de preocupação e<br />
discussão. Destaca-se a irrigação e a criação de camarão com o fim de tornar produtivas<br />
as áreas áridas e semi-áridas, é comum percebermos no delineamento de uso do solo de<br />
bacias hidrográfica da região nordeste, extensas áreas destinadas a perímetros irrigados<br />
e viveiros de camarão. Os principais impactos ambientais devido a este uso são<br />
modificação do meio, consumo exagerado da disponibilidade hídrica, contaminação dos<br />
recursos, salinização do solo, assoreamento dos rios, problemas de saúde pública. A<br />
situação agrava-se pela insuficiente proteção das fontes e mananciais, que muitas vezes<br />
inviabiliza o aproveitamento dessa água para outros usos, ou onera seu custo devido à<br />
necessidade de tratamento que, em última instância, será tributado à comunidade. No<br />
sentido de prevenir tal ordem de problemas assume particular importância o<br />
estabelecimento de um estudo integrado que aborde os aspectos associados a evolução<br />
da paisagem e aos diversos usos deste ambiente natural. O objetivo principal da<br />
presente pesquisa é fazer um estudo ambiental de seu uso, ocupação e reorganização, a<br />
partir da ordenação territorial das atividades econômicas, e políticas de conservação<br />
ambiental, que visem a gestão sustentável da água e do solo. A primeira etapa do<br />
trabalho consistirá no levantamento dos dados físicos existentes acerca da bacia<br />
(estudos e produtos dos Planos de Informação) e dados de qualidade de água e solo,<br />
seleção da escala de trabalho para levantar a demanda de adequação e correção de<br />
mapas, digitalização de material cartográfico, gerando assim um banco de dados em<br />
ARCGIS, elaborando mapas de Zoneamento geoambiental.<br />
47
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras-chave: Análise ambiental, Bacia hidrográfica, <strong>Rio</strong> Acaraú.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo integrado do vale do<br />
baixo curso do rio Acaraú com fundamento na análise da paisagem e qualidade da água<br />
e solos; Linha de pesquisa: Planejamento e gestão do meio físico; data de entrada na<br />
pós-graduação: Agosto/2006; nº de créditos concluídos: 64; data prevista de defesa:<br />
Agosto/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CAPES.<br />
48
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
HIDROGEOQUÍMICA DO SISTEMA AQÜÍFERO GUARANI NO MUNICÍPIO<br />
DE BAURU<br />
SUELI ROBERTA DA SILVA<br />
Orientador: Prof. Dr. Maria Rita Caetano-Chang<br />
O Sistema Aqüífero Guarani (SAG), composto pelas formações Botucatu e Pirambóia,<br />
ocupa no estado de São Paulo aproximadamente 76% do território, aflorando numa<br />
faixa estreita e irregular no centro leste do estado. No sentido de leste para oeste, varia<br />
em profundidade de algumas dezenas a mais de 1900 m (Silva, 1983).<br />
Aproximadamente 90% do aqüífero está confinado pelos basaltos da Formação Serra<br />
Geral. No município de Bauru, a água subterrânea captada do SAG, em conjunto com<br />
os sistemas aqüíferos Bauru e Serra Geral, corresponde a 60% do abastecimento hídrico<br />
(DAE, 2008). Este município dista 352 km da capital de São Paulo e está localizado no<br />
Planalto Ocidental sobre os sedimentos cretáceos do Grupo Bauru (Formações Marília e<br />
Adamantina), que estão sobrepostos por discordância angular e erosiva (Paula e Silva &<br />
Cavaguti, 1994) às formações Serra Geral (Cretáceo Inferior), Botucatu (Cretáceo<br />
Inferior) e Pirambóia (Triássico a Jurássico). O SAG na área urbana do município de<br />
Bauru, diferentemente da maior parte do oeste paulista, não está totalmente confinado<br />
pela Formação Serra Geral (que apresenta ocorrência restrita na porção leste desta área).<br />
Estudos preliminares, a partir da coleta em 24 poços de abastecimento da área urbana do<br />
município de Bauru, mostram que a água apresenta pH alcalino de 7,9 a 9,6,<br />
condutividade elétrica entre 95 e 237uS/cm, predomínio das espécies químicas<br />
bicarbonato e sódio. São classificadas como bicarbonatadas sódicas e possuem<br />
características hidroquímicas semelhantes às amostras do aqüífero confinado do SAG<br />
em São Paulo, caracterizadas por Silva (1983), embora as baixas concentrações de Cl - e<br />
SO4 2- sejam características das amostras próximas à área de recarga. O equilíbrio<br />
químico com a calcita e a relação inversa entre as concentrações do Ca 2+ e o Na +<br />
indicam possível troca catiônica do Ca (na água) pelo Na (na rocha).<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Hidrogeoquímica dos Sistemas<br />
Aquíferos Bauru e Guarani no município de Bauru; Linha de pesquisa: Recursos<br />
hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); data de entrada na pós-graduação:<br />
03/2007; nº de créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 05/09/2008; data<br />
prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
49
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
VULNERABILIDADE AMBIENTAL DA APA-CORUMBATAÍ MEDIANTE<br />
USO DE GEOTECNOLOGIAS<br />
SUSANA BELÉN CORVALÁN<br />
E-mail: corvalansu@yahoo.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Gilberto Garcia<br />
A área de estudo selecionada neste trabalho é a Área de Proteção Ambiental (APA)<br />
perímetro Corumbataí, criada em 1983 pelo Decreto Estadual n. 20.960. Compreende<br />
uma superfície de 272.692 e foi criada para proteger as cuestas basálticas, áreas de<br />
recarga do aqüífero guarani e os remanescentes de vegetação de cerrado e mata<br />
atlântica. O Geoprocessamento e o Sensoriamento Remoto são ferramentas eficientes<br />
para a avaliação da vulnerabilidade ambiental e coordenação de ações. Alem disso,<br />
permitem uma rápida atualização das informações sobre a variabilidade ambiental, no<br />
tempo e no espaço. Ao analisar esses mapas, podem-se diagnosticar áreas mais<br />
sensíveis a problemas ambientais, mostrando a intensidade e a sua distribuição,<br />
permitindo recomendações para um melhor aproveitamento das atividades de controle e<br />
proteção. A abordagem multicriterial é uma das técnicas empregadas para a tomada de<br />
decisão e integrada com os Sistema de Informação Geográfica (SIGs) envolve a<br />
utilização de dados georreferenciados. A sensibilidade ambiental pode ser definida por<br />
vários fatores que freqüentemente atuam em conjunto. Assim, para a integração dos<br />
diferentes fatores que serão avaliados conforme a capacidade dos recursos naturais<br />
resistir à degradação com base na abordagem multicriterial, vários métodos vêm sendo<br />
utilizados, mais recentemente o de “Método da Media Ponderada Ordenada”, tendo<br />
permitido a obtenção de resultados muito satisfatórios na avaliação de vulnerabilidade<br />
ambiental, e que será aplicado no presente trabalho de pesquisa. A principio os fatores<br />
selecionados foram: distancia aos corpos da água e das nascentes, erodibilidade do solo,<br />
declividade, geologia, pedologia, geomorfologia, cobertura vegetal, Áreas de<br />
Preservação Permanente e como restrição, a delimitação da área de estudo. Para a<br />
obtenção desses fatores foram necessários os seguintes planos de informação: uso da<br />
Terra e Vegetação Natural, Rede Hidrográfica, Modelo Numérico de Terreno, mapas<br />
Geológico, Geomorfológico e Pedológico. Como resultados preliminares foram obtidos<br />
os mapas de: MDT, declividade e Uso da terra e Vegetação Natural, para o qual foram<br />
utilizadas imagens do satélite CCD/CBERS-2, sendo que o cultivo de cana de açúcar<br />
representa mais de 27% da área total, seguida de mata com 21% e pastagem com 18%.<br />
Assim, se visará avaliar a vulnerabilidade ambiental da APA-Corumbataí, prévio<br />
diagnostico da situação atual e estruturação do banco de dados geográficos mediante<br />
técnicas de geoprocessamento.<br />
Palavras-chaves: APA-Corumbataí, Geoprocessamento, Abordagem Multicriterial.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Vulnerabilidade Ambiental da<br />
APA-Corumbataí mediante uso de Geotecnologias; Linha de pesquisa: Planejamento e<br />
gestão do meio físico; data de entrada na pós-graduação: Ago/2005; data prevista de<br />
defesa: Ago/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
50
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
VARIAÇÃO TEMPORAL DO FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE<br />
BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO<br />
RIO PARANÁ (PORTO RICO-PR)<br />
VANESSA CRISTINA DOS SANTOS<br />
E-mail: vcsgeo@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Mario Luiz Assine<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. José Cândido Stevaux<br />
O Paraná é um rio aluvial com fundo essencialmente arenoso e dominado por formas de<br />
leito do tipo dunas e ondas-de-areia. Em nível médio e baixo de água essas formas<br />
afloram em superfície formando barras arenosas de morfologia e posição variada. Estas<br />
barras têm grande extensão e sua morfologia muda rapidamente ao longo do tempo,<br />
podendo, em alguns casos, ser rapidamente deformadas ou removidas pelo fluxo<br />
ordinário. Com implantação da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta (Porto<br />
Primavera), o regime de fluxo do alto rio Paraná sofreu alterações (descargas mínimas<br />
e máximas), além da retenção de boa parte da carga sedimentar. Estas alterações podem<br />
modificar os processos de erosão e sedimentação, levando o rio a se adaptar a um novo<br />
perfil. Estudos identificaram uma série de alterações na textura da carga de fundo<br />
(“armoring effect”), na intensidade processos erosivos, na carga suspensa e, mais<br />
recentemente, na dinâmica de incisão e agradação do canal. A detecção das alterações<br />
neste sistema fluvial é importante, pois tais modificações não afetam somente os<br />
aspectos físicos do sistema, mas o biológico (redução da biodiversidade) e também o<br />
homem, que utiliza os rios como fonte de água potável e recursos alimentares. Este<br />
estudo pretende-se analisar o comportamento hidrossedimentológico e morfológico das<br />
barras fluviais. Para tanto, serão realizados levantamentos de estrutura de fluxo, da<br />
textura do material de fundo e da morfometria das barras selecionadas. Espera-se com<br />
isto compreender o comportamento das barras fluviais e identificar as possíveis<br />
mudanças da dinâmica hidrossedimentar resultantes do fechamento da barragem.<br />
Palavras-chave: Barras fluviais, rio Paraná, hidrossedimentologia e morfologia.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: VARIAÇÃO TEMPORAL DO<br />
FLUXO E PROCESSO DE FORMAÇÃO DE BARRAS FLUVIAIS EM SISTEMA<br />
ANASTOMOSADO: EXEMPLO ALTO RIO PARANÁ (PORTO RICO-PR); Linha de<br />
pesquisa: Recursos hídricos e energéticos (desenvolvimento sustentável); data de<br />
entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de créditos concluídos: 34; data prevista de<br />
defesa: 03/03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CAPES.<br />
51
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PROGRAMA DE GEOLOGIA REGIONAL<br />
52
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
TERMOTECTÔNICA MESO-CENOZÓICA DO ARCO DE PONTA GROSSA:<br />
IMPLICAÇÕES NA ABERTURA DO OCEANO ATLÂNTICO-SUL E NA<br />
EVOLUÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA DA BACIA DE SANTOS<br />
ANA OLIVIA BARUFI FRANCO<br />
E-mail: aobf@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />
O Arco de Ponta Grossa (APG) é uma das feições tectônicas mais expressivas da porção<br />
sul-oriental da Plataforma Sulamericana. Delineado como uma megaestrutura soerguida,<br />
com eixo dirigido para NW, é caracterizado por cinco alinhamentos estruturaismagnéticos<br />
com extensões de aproximadamente 500 km e larguras variáveis entre 20 e<br />
100 km. Diversos estudos têm mostrado que o APG e seus alinhamentos estruturais<br />
parecem condicionar, muito fortemente, a evolução tectônica dessa faixa de estruturação<br />
desde o Devoniano, porém com maior acentuação à partir do Cretáceo Inferior, durante<br />
os processos responsáveis pela ruptura do Gondwana Sul-Ocidental e conseqüente<br />
abertura do Oceano Atlântico-Sul. Nesse contexto, a reconstrução de histórias térmicas<br />
(gráficos tempo x temperatura) utilizando termocronômetros de baixa temperatura –<br />
traços de fissão em apatitas (geotermômetro de 120ºC) e zircão (geotermômetro de<br />
240ºC) – têm se mostrado uma ferramenta bastante útil no entendimento de eventos<br />
ocorridos na porção superior da crosta, tais como denudação e exumação. Dessa forma,<br />
os primeiros resultados mostram um importante evento tectonomagmático responsável<br />
pelo extravasamento das lavas da Formação Serra Geral da Bacia do Paraná e pelo<br />
break-up do Gondwana Sul-Ocidental no Cretáceo Inferior. Outros dois importantes<br />
eventos foram registrados: em 90 Ma, associado à um provável soerguimento térmico<br />
relacionado às intrusões alcalinas neocretácicas de Cananéia, Barra do Teixeira, Mato<br />
Preto, dentre outras. Em cerca de 30 Ma, um evento de resfriamento encontra-se<br />
relacionado às reativações responsáveis pela origem das bacias terciárias que compõem<br />
a porção sul do denominado Rifte Continental do Sudeste do Brasil, representado pela<br />
Bacia de Curitiba, Formações Pariquera-Açu e Alexandra, e Gráben da Cananéia.<br />
Palavras-chave: termocronologia, Arco de Ponta Grossa, Evolução termotectônica do<br />
Sudeste Brasileiro<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: TERMOTECTONICA<br />
MESO-CENZOICA DO ARCO DE PONTA GROSSA: IMPLICACOES NA<br />
ABERTURA DO OCEANO ATLANTICO-SUL E NA EVOLUCAO TECTONO-<br />
ESTRATIGRAFICA DA BACIA DE SANTOS; Nome do grupo de pesquisa:<br />
Laboratório de Cronologia por traços de fissão; Linha de pesquisa: Sistemas e processos<br />
geológicos superficiais ou quasi superficiais; data de entrada na pós-graduação:<br />
03/2006; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim; Agência: FAPESP.<br />
53
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
REVISÃO HISTÓRICA, PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS<br />
DE VERTEBRADOS, ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES<br />
FOSSILÍFERAS ENTRE LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU,<br />
FORMAÇÃO ADAMANTINA), SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO<br />
CAIO FABRICIO CEZAR GEROTO<br />
E-mail: cgeroto@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo José Bertini<br />
A Formação Adamantina tem se revelado, nos últimos 15 anos, como significativa<br />
fronteira para prospecção e investigação de vertebrados fósseis, incluindo titanossauros,<br />
grupo de saurópodos típicos do Cretáceo, com tamanhos que variavam, de 4 a 22 m de<br />
comprimento, hábitos alimentares herbívoros e vértebras caudais procélicas. O grande<br />
número de espécies, e a distribuição cosmopolita deste grupo, os distinguem como um<br />
clado de importância para estudos paleoecológicos, biocronológicos, paleogeográficos,<br />
paleobiogeográficos e filogenéticos no Cretáceo.<br />
Palavras-chave: saurópodo, titanossauro, Cretáceo, Formação Adamantina,<br />
paleobiogeográfia<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: REVISÃO HISTÓRICA,<br />
PROSPECÇÃO E LEVANTAMENTO DOS FÓSSEIS DE VERTEBRADOS,<br />
ESPECIALMENTE TITANOSSAUROS, NAS REGIÕES FOSSILÍFERAS ENTRE<br />
LUCÉLIA E PACAEMBU (GRUPO BAURU, FORMAÇÃO ADAMANTINA),<br />
SUDOESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO; Linha de pesquisa: Bacias sedimentares<br />
e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação: 04/08/2008;<br />
nº de créditos concluídos: 0; data prevista de defesa: 04/08/2010; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CAPES.<br />
54
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ASSOCIAÇÃO DE OVOS DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO<br />
ADAMANTINA, GRUPO BAURU, CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE<br />
JALES – SP<br />
CARLOS EDUARDO MAIA DE OLIVEIRA.<br />
E-mail: edumaiaoli@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Paulo Milton Barbosa Landim.<br />
Co-orientador: Prof. Dr. Rodrigo Miloni Santucci.<br />
A Formação Adamantina do Grupo Bauru, Cretáceo Superior, é muito rica em fósseis<br />
de vertebrados. Dentre estes fósseis, destacam-se os restos de crocodilomorfos, em<br />
especial os do gênero Baurusuchus. Neste trabalho, é relatado pela primeira vez um<br />
grande conjunto de associações de ovos e cascas de crocodilomorfos fósseis restrito em<br />
uma área relativamente pequena nesta unidade litológica na região de Jales – SP. Este<br />
conjunto de associações revela informações inéditas sobre a biologia reprodutiva de<br />
Baurusuchus sp que não puderam ser obtidas, até então, através da análise de materiais<br />
osteológicos. A análise da morfologia e da histoestrutura dos ovos revelou que a<br />
espessura da casca, as unidades básicas e o padrão e formato dos poros são diferentes de<br />
todos os outros ovos de crocodilomorfos fósseis já descritos na literatura. O estudo das<br />
associações de ovos mostrou que: estas não foram construídas em nível de lençol<br />
freático e por isso não sofreram transporte; que alguns ovos eclodiram; o gênero<br />
Baurusuchus nidificava em grupo, construía ninhos principais e secundários e retornava<br />
ao mesmo local de nidificação periodicamente.<br />
Palavras-chave: Baurusuchus sp; Ovos de crocodilomorfos fósseis; Grupo Bauru.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: ASSOCIAÇÕES DE OVOS<br />
DE CROCODILOMORFOS DA FORMAÇÃO ADAMANTINA, GRUPO BAURU,<br />
CRETÁCEO SUPERIOR, NA REGIÃO DE JALES - SP; Linha de pesquisa: Bacias<br />
sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação:<br />
Março/2005; nº de créditos concluídos: 50; Exame de qualificação: 26/04/2008; data<br />
prevista de defesa: Novembro/2008; Possui bolsa: não.<br />
55
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTRATIGRAFIA TECNOLÓGICA DA FORMAÇÃO CORUMBATAÍ<br />
(REGIÃO DE RIO CLARO – SP) E PRODUTOS CERÂMICOS<br />
CAROLINA DEL ROVERI<br />
E-mail: cdroveri@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Antenor Zanardo<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Anselmo Ortega Boschi<br />
O Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes, que em 2006 fabricou 312 milhões de m 2 de<br />
placas, é o maior do Brasil e das Américas. O surgimento e desenvolvimento deste<br />
Sistema Produtivo Local se deram pelo fato de ocorrer na região matéria-prima<br />
cerâmica com qualidade excepcional e em grande quantidade, proveniente da Formação<br />
Corumbataí (Permiano da Bacia do Paraná), cujas propriedades não são conhecidas<br />
integralmente. Este trabalho, em andamento, tem como objetivos: cartografar as<br />
unidades tecnológicas com base nos dados gerados nas diferentes etapas da pesquisa,<br />
como laboratório (químico-mineralógicos, granulométricos, petrográficos e<br />
tecnológicos), escritório (pesquisas bibliográficas, interpretação de fotos aéreas e<br />
imagens) e de campo, envolvendo a topografia, geomorfologia e, principalmente, o<br />
detalhamento geológico. Assim, está sendo coletado um grande número de informações,<br />
objetivando a geração de um mapa de aproveitamento tecnológico das argilas da região,<br />
relacionando sua posição estratigráfico-geomorfológica com propriedades cerâmicas,<br />
visando o embasamento científico para o domínio tecnológico da matéria-prima<br />
utilizada pelo Pólo. Também está sendo enfocada a diagênese ocorrida nas rochas da<br />
Formação Corumbataí, relacionando-a com as propriedades tecnológicas. Os estudos<br />
vêm mostrando que o enorme sucesso das matérias-primas para a produção de<br />
revestimentos cerâmicos reside na composição mineralógica e granulométrica dos<br />
materiais e em sua variação. Estas características são fatores de diferenciação entre as<br />
minas e estão relacionadas ao posicionamento estratigráfico (variações de fácies, na<br />
lateral e principalmente na vertical), geomorfológico e tectônico e os estudos destes<br />
fatores vêm gerando informações essenciais para a implantação de métodos racionais de<br />
lavra, com importantes ganhos econômicos e ambientais. A matéria-prima proveniente<br />
da base e do topo da Formação Corumbataí apresenta comportamentos químicomineralógicos<br />
distintos, acarretando assim em propriedades igualmente distintas,<br />
fazendo com que a generalização destas qualidades pelos mineradores seja<br />
completamente errônea. Observou-se que a evolução geomorfológica tem extrema<br />
importância no grau de alteração dos materiais da Formação Corumbataí, uma vez que<br />
estes, quando recobertos por platôs de material arenoso, provenientes principalmente da<br />
Formação <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> sofrem intemperismo diferenciado (profundo), pela percolação<br />
acentuada de fluidos ácidos que lentamente vão dissolvendo os carbonatos e removendo<br />
os álcalis da illita e dos feldspatos. Esta alteração diferenciada também pode ocorrer<br />
quando há proximidade com sills e diques de diabásio, cujo calor e percolação de<br />
fluidos geram brechas hidráulicas e zonas de metamorfismo de contato, que modificam<br />
as características gerais das rochas. O efeito termal causado pelo diabásio pode ser<br />
constatado pela presença de veios irregulares de magnetita, estruturas interpretáveis<br />
como brechas hidráulicas, evidências de hidrotermalismo, pela albitização generalizada<br />
e pela dimensão média dos cristais de illita que aliada à orientação que gera aspecto<br />
56
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
filítico. De maneira geral as análises realizadas contribuíram para a compreensão de<br />
como é o comportamento dos materiais da Formação Corumbataí tanto lateralmente,<br />
como verticalmente. Estas etapas foram de extrema importância para consolidar<br />
conceitos e elaborar modelos preliminares.<br />
Palavras-chave: matérias-primas, mineralogia, hidrotermalismo, argilas, cerâmica<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estratigrafia Tecnológica da<br />
Formação Corumbataí (região de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, SP) e Produtos Cerâmicos; Linha de<br />
pesquisa: Recursos minerais metálicos e não-metálicos; Nome do grupo de pesquisa:<br />
Qualidade em Cerâmica; Projeto guarda-chuva: Evolução Geológica e Bens Minerais<br />
Não Metálicos da Porção Centro-Sudeste da Região Sudeste do Brasil (processo<br />
303267/2002-0 – GL – PQ); data de entrada na pós-graduação: 06/03/2006; nº de<br />
créditos concluídos: 72; data prevista de defesa: 10/01/2010;Possui bolsa: sim; Agência:<br />
FAPESP.<br />
57
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
AVALIAÇÃO DA TAXA DE REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO<br />
DEVIDO AO INTEMPERISMO QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL<br />
NA BACIA DO RIBEIRÃO PRETO<br />
CAROLINA MATHIAS DOS SANTOS<br />
E-mail: carolinamathias_santos@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Marcos Aurélio F. Oliveira<br />
Este trabalho teve como objetivo efetuar um estudo sobre a taxa de remoção de material<br />
dissolvido devido ao intemperismo químico das rochas da Formação Serra Geral na<br />
bacia do Ribeirão Preto, São Paulo. A taxa de intemperismo em rochas é um parâmetro<br />
de extrema importância na caracterização geomorfológica dos continentes, de maneira<br />
que todas as ferramentas disponíveis devem ser empregadas na sua avaliação, inserindose<br />
nesse contexto o método utilizado neste trabalho. Para tanto, foi avaliada a<br />
concentração dos principais cátions e ânions nas águas pluviais e fluviais desta bacia. A<br />
bacia do Ribeirão Preto apresenta graves problemas ambientais na qualidade das destas<br />
águas ocasionados pelas contribuições antropogênicas neste sistema natural, que<br />
provavelmente estão interferindo no estudo do intemperismo das rochas nesta bacia. O<br />
balanço geoquímico efetuado na bacia do Ribeirão Preto, utilizando os principais<br />
cátions e ânions, apresentou alguns inconvenientes, não sendo possível utilizar o sódio,<br />
o potássio e o magnésio como traçadores naturais a partir da modelagem empregada. A<br />
taxa de remoção de material dissolvido, obtida a partir da utilização do Ca como<br />
traçador natural, indicou um valor de 24,48 ton/km 2 /ano para as rochas básicas da<br />
Formação Serra Geral encontradas na bacia do Ribeirão Preto. Quando o valor<br />
encontrado neste trabalho é comparado com as rochas sedimentares (argilitos, siltitos,<br />
arenitos e carbonatitos) encontradas na Bacia do Paraná, fica evidente que as rochas da<br />
Formação Serra Geral possuem uma maior facilidade de serem intemperizadas devido a<br />
sua composição mineralógica, indicando a seguinte seqüência de intemperismo para as<br />
rochas da Bacia do Paraná: rochas ígneas básicas>arenitos>argilitos/siltitos.<br />
Palavras-chave: Taxa de remoção de material dissolvido, intemperismo químico,<br />
influências antropogênicas.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: AVALIAÇÃO DA TAXA DE<br />
REMOÇÃO DE MATERIAL DISSOLVIDO DEVIDO AO INTEMPERISMO<br />
QUÍMICO DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NA BACIA DO RIBEIRÃO PRETO;<br />
Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais;<br />
data de entrada na pós-graduação: 06/08/2007; nº de créditos concluídos: 40; data<br />
prevista de defesa: 06/08/2009; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
58
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTUDO DO COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO E DE<br />
ALTERABILIDADE DAS ROCHAS ORNAMENTAIS SILICÁTICAS VERDE<br />
AMAZONAS, PRETO CAJUGRAM E BEGE IPANEMA - ES.<br />
CÁSSIO SANTOS DE CARVALHO<br />
E-mail: emailducassio@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Antonio Carlos Artur<br />
O presente projeto de pesquisa enfoca aspectos da caracterização tecnológica e de<br />
alterabilidade das rochas ornamentais silicáticas comercialmente denominadas de Verde<br />
Amazonas, Preto Cajugram e Bege Ipanema, exploradas pela Empresa CAJUGRAM<br />
Granitos e Mármores do Brasil Ltda., sediada no Município de Mimoso do Sul - ES. O<br />
principal objetivo da pesquisa consiste, além da obtenção de novos dados tecnológicos,<br />
no levantamento e estabelecimento das principais relações entre os aspectos<br />
petrográficos e os respectivos comportamentos físico-mecânico e de alterabilidade<br />
exibidos pelas referidas rochas. As rochas selecionadas para os estudos revelam-se<br />
bastante favoráveis às finalidades propostas, considerando que representam materiais<br />
petrograficamente distintos, quartzo-feldspáticos e feldspáticos, e que, portanto,<br />
permitem o estabelecimento de comparaçõs dos comportamentos tecnológicos em<br />
função de suas variações composicionais. Espera-se, através de ensaios físicomecânicos<br />
e de simulações laboratoriais de envelhecimento acelerado, o melhor<br />
entendimento do comportamento tecnológico das rochas frente às diversas solicitações<br />
quando do uso em obras civis e, conseqüentemente, contribuir na orientação para uma<br />
correta especificação dos materiais pétreos.<br />
Palavras-chave: rochas silicáticas, Espírito Santo, ensaios tecnológicos.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos e<br />
não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 07/2008; nº de créditos concluídos:<br />
16; data prevista de defesa: 04/08/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
59
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DAS POPULAÇÕES E O MÉTODO DO<br />
DETECTOR EXTERNO EM APATITA<br />
CLEBER JOSÉ SOARES<br />
E-mail: pccj13@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Norberto Morales<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto Tello Sáenz<br />
Nas últimas duas décadas o Método do Traço de Fissão, MTF, tem sido utilizado<br />
tanto para datação de amostras como para auxiliar em estudos geológicos. Podem ser<br />
citados: 1) datações utilizadas na análise dos processos de soerguimento e evolução do<br />
relevo associado à abertura do Oceano Atlântico e a historia recente do Litoral Sudeste<br />
do Brasil; 2) no estudo da proveniência de manufaturados pré-históricos e 3) como<br />
ferramenta na localização de depósitos de minerais. Para a datação pelo MTF deve-se<br />
realizar analises dos traços espontâneos do U-238 (esses traços são acumulativos nos<br />
minerais em tempos geológicos), e analises dos traços induzidos do U-235 pela captura<br />
de nêutrons térmicos, quando a amostra é submetida a uma irradiação em um reator<br />
nuclear. Esta irradiação é utilizada para evitar medidas diretas do fator de eficiência de<br />
observação (que é a razão entre o numero de traços analisados, por unidade de<br />
superfície, e o numero de fissões ocorridas no mineral, por unidade de volume) e da<br />
quantidade de urânio presente no mineral. Dentro da metodologia, há diversas maneiras<br />
de se analisar os traços. Se os mesmos grãos forem utilizados para análise dos traços de<br />
fissão espontânea e induzida, tem-se o procedimento denominado grão por grão<br />
(Método do Detector Externo, MDE). Se duas parcelas do mineral forem utilizadas,<br />
uma para analise dos traços espontâneos e a outra para analise dos traços induzidos,<br />
tem-se um procedimento por populações de grãos (Método das populações, MP). No<br />
PM as idades calculadas são as médias das idades dos grãos de apatita analisados. Para<br />
isso considera-se, a priori, que todos estes grãos pertencem a uma mesma população.<br />
No caso do MDE, os grãos de apatita são datados individualmente o que torna possível<br />
observar flutuações significativas nas suas idades e possíveis variações no conteúdo de<br />
urânio. O objetivo deste trabalho é comparar as idades obtidas por ambas as<br />
metodologias. Para isso deve-se considerar que no MP as medidas dos traços<br />
espontâneos e induzidos são realizados em uma mesma geometria (4π para a apatita).<br />
No MDE os traços espontâneos são analisados na apatita e os traços induzidos no<br />
detector externo (geometria 2π). No ultimo caso, como as medidas são realizadas em<br />
geometrias diferentes, deve ser acrescentado um fator de geometria para correção das<br />
idades. Foram utilizadas para o calculo das idades via MDE três fatores de eficiência<br />
existentes na literatura e que ainda são motivos de discussões acerca do melhor valor a<br />
ser adotado. Todas essas medidas foram comparadas com as idades via o MP que não<br />
necessita de correções geométrica. O observado foi que todas as idades obtidas via<br />
MDE utilizando as três medias do fator de eficiência de geometria são estatisticamente<br />
concordantes com as idades obtidas através do MP. Desta forma, para se evitar maiores<br />
propagações nos erros das idades, a metodologia pelo MP foi escolhida para futuras<br />
analises pelo MTF. Isso porque as amostras utilizadas no presente estudo são granitos e<br />
rochas alcalinas, o que permite considerar que as apatitas retiradas pertencem a uma<br />
mesma população.<br />
60
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras-chave: Método de Traços de Fissão, Apatita, Detector Externo, Método das<br />
Populações.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Geocronologia por Traço de<br />
Fissão em Apatita de rochas alcalinas: Comparação dos diferentes métodos de datação e<br />
calibração da dosimetria de nêutrons; Linha de pesquisa: Sistemas e processos<br />
geológicos superficiais ou quasi superficiais; Nome do grupo de pesquisa: Laboratório<br />
de cronologia por traço de fissão- Grupo de cronologia e cronometria; data de entrada<br />
na pós-graduação: 03/2008; nº de créditos concluídos: 24; data prevista de defesa:<br />
03/2012; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
61
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTUDO COMPARATIVO DA LEGISLAÇÃO NUCLEAR BRASILEIRA E A<br />
INTERNACIONAL COM RELAÇÃO À INDÚSTRIA DE URÂNIO<br />
DANIEL FIGUEIRA DE BARROS<br />
E-mail: figueiradebarros@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto.<br />
A futura tese de doutorado buscará demonstrar se o interesse e evolução da legislação<br />
nuclear brasileira estão em sintonia com o ditado internacionalmente na indústria de<br />
urânio. Serão tomados como parâmetros de comparação: a situação atual da indústria de<br />
urânio no mundo; a exploração (mineração) e interesse por urânio de países, como por<br />
exemplo: EUA, França, Argentina, Índia, Japão, China, Coréia do Norte e Sul,<br />
Alemanha, Rússia etc. com foco na produção de energia nuclear oriunda de urânio; as<br />
origens e as peculiaridades do direito nuclear em diversos países; as normas dos usos<br />
pacíficos da energia nuclear; a proteção contra a radiação ionizante; o seguro de<br />
responsabilidade de terceiros; o transporte do material e combustível nuclear; a proteção<br />
física do material e instalações nucleares; acidentes e emergências nucleares; o cuidado<br />
ambiental; o gerenciamento do rejeito radioativo; a prevenção da proliferação de<br />
armamentos nucleares; a implantação das agências reguladoras ao longo dos anos e a<br />
evolução das políticas de proteção do público e do meio ambiente contra os possíveis<br />
danos da radiação ionizante. Será estudado se a nova edição do Red Book de 2007 está<br />
adequada para as solicitações futuras de urânio no planeta. Serão pesquisados através<br />
de um levantamento histórico, organizado em ordem cronológica a evolução da legislação<br />
nuclear, o interesse internacional no setor uranífero e também como é tratada a produção de<br />
urânio de cada nação em destaque, tomando-se como base uma comparação ao que ocorre<br />
no Brasil. Deste modo será apresentada a evolução, num plano geral, das legislações no campo<br />
da indústria de urânio, com o propósito de demonstrar como a legislação brasileira sobre esta<br />
indústria pode ser aperfeiçoada e melhorada, se necessário.<br />
Palavras-chave: urânio, legislação nuclear, mineração, radioatividade, indústria<br />
uranífera.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo comparativo da<br />
legislação nuclear brasileira e a internacional com relação à indústria de urânio; data de<br />
entrada na pós-graduação: 03/03/2008; nº de créditos concluídos: 0; data prevista de<br />
defesa: Jan/2012, Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
62
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS CÁTIONS E ÂNIONS NAS ÁGUAS<br />
SUPERFICIAIS DA BACIA DO ALTO SOROCABA (SP)<br />
DIEGO DE SOUZA SARDINHA<br />
E-mail: sardinha@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />
Este trabalho teve como objetivo avaliar a contribuição de cátions e ânions na bacia<br />
hidrográfica do Alto Sorocaba, além de indicar como as influências antropogênicas<br />
estão afetando esses valores. Oito pontos de amostragem foram estabelecidos e<br />
realizaram-se seis coletas (13/08/06, 20/09/06, 18/10/06, 23/11/06, 10/12/06 e 10/01/07)<br />
abrangendo o período seco e chuvoso. As seguintes variáveis foram quantificadas:<br />
vazão, temperatura, pH, condutividade, oxigênio dissolvido, sólidos totais dissolvidos e<br />
em suspensão, cálcio, magnésio, sódio, potássio, alcalinidade, cloreto, sulfato, fosfato e<br />
nitrato. Os resultados indicaram que as nascentes dos afluentes do <strong>Rio</strong> Sorocaba (rios<br />
Una, Sorocabuçu e Sorocamirim) estão situadas em regiões com mínima presença de<br />
poluição, assim, estes pontos possuem características próximas ao comportamento<br />
natural de cátions e ânions dissolvidos nas águas, permitindo discutir as suas origens.<br />
Em geral, as maiores concentrações foram obtidas no ponto, que flui somente sobre o<br />
Granito Ibiúna, composto por quartzo, feldspato potássico, plagioclásio, biotita e<br />
hornblenda. As águas do <strong>Rio</strong> Sorocamirim são dominadas pelo intemperismo do granito<br />
Caucaia e Ibiúna, que apresenta quartzo, feldspato potássico, plagioclásio e biotita em<br />
sua composição mineralógica. As menores concentrações foram obtidas para o <strong>Rio</strong><br />
Sorocabuçu que recebe a contribuição do intemperismo do Granito Caucaia e dos<br />
gnaisses migmatíticos do Complexo Embu, composto basicamente por biotita,<br />
muscovita e sillimanita. Além disso, os resultados indicam que as concentrações desses<br />
íons aumentam ao longo destes rios devido as atividades antropogênicas. O <strong>Rio</strong> Una, ao<br />
passar pelo município de Ibiúna, recebe todo o esgoto “in natura”, tendo como<br />
conseqüência, o aumento dos valores de sódio, cálcio, potássio, nitrato, fosfato, cloreto,<br />
sulfato, alcalinidade e sólidos. Já os <strong>Rio</strong>s Sorocabuçu e Sorocamirim drenam uma área<br />
onde a grande quantidade de propriedades agrícolas, com cultivo de olerícolas (repolho,<br />
alface, batata, tomate, etc.) pode ocasionar a liberação de grandes quantidades de<br />
macronutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio). Outro fator interessante que também<br />
pode ser observado é a diminuição da concentração de íons no <strong>Rio</strong> Sorocaba após o<br />
Reservatório de Itupararanga. A diminuição destes valores se deve provavelmente ao<br />
alto tempo de detenção hidráulica, à pequena entrada de elementos durante o percurso e<br />
à precipitação ou reação química dos mesmos, proporcionando uma recuperação da<br />
qualidade da água após o Reservatório de Itupararanga. Assim, de forma a manter a<br />
qualidade da água do <strong>Rio</strong> Sorocaba e seus afluentes, é de extrema importância para a<br />
integridade do sistema como um todo que ocorra a proteção dos mananciais de<br />
abastecimento de água de Ibiúna, Sorocaba, Mairinque, Votorantim e São Roque, além<br />
de outras cidades que eventualmente necessitem deste importante recurso natural.<br />
63
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras-chave: Bacia hidrográfica; Intemperismo; Composição mineralógica;<br />
Influências antropogênicas.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Abordagem Geoquímica e<br />
Isotópica na Avaliação do Potencial Hidrogeológico do Complexo Termal de Caldas<br />
Novas (GO); Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi<br />
superficiais; data de entrada na pós-graduação: 04/08/2008; data prevista de defesa:<br />
04/08/2012; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
64
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DO RESERVATÓRIO DE<br />
ITUPARANGA EM ÉPOCA DE SECA.<br />
FELIPE JOSÉ DE MORAES PEDRAZZI<br />
E-mail: felipe.pedrazzi@terra.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Fabiano Tomazini da Conceição<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Washington Barbosa Leite Júnior<br />
A qualidade da água em reservatórios é reflexo do efeito combinado de muitos<br />
processos que ocorrem ao longo do curso d’água que o alimentam, entre esses<br />
problemas podemos citar a poluição pelo despejo de efluentes urbanos e industriais a<br />
disposição inadequada de resíduos, da lixiviação dos solos onde houve a aplicação de<br />
fertilizantes fosfatados e defensivos agrícolas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar<br />
a qualidade da água superficiais do Reservatório de Itupararanga localizado na bacia<br />
hidrográfica do Alto Sorocaba (SP) no seu gradiente espacial horizontal, tendo em vista<br />
sua importância regional. As coletas de águas superficiais foram realizadas, abrangendo<br />
todo o reservatório, as amostras foram caracterizadas físico-quimicamente e<br />
quimicamente: temperatura, pH, condutividade e oxigênio dissolvido e teores de<br />
Fósforo total, clorofila-a, sólidos totais dissolvidos (STD) e em suspensão (STS). O<br />
fósforo total foi quantificado por espectofotometria, sólidos totais e dissolvidos foram<br />
quantificados por gravimetria. A quantificação da clorofila-a e Estado Trófico foram<br />
determinadas conforme metodologia da CETESB. Foi observada melhora da qualidade<br />
da água na direção barragem, as temperaturas da água ficaram entre 12,5ºC e 17,1ºC, a<br />
menor concentração de OD foi determinada na região próxima a zona urbana de<br />
Ibiúna/SP, devido a contribuição de efluentes domésticos, 4,6 mg/L, foi constatada<br />
presença de grande quantidade de cianobactérias (Microcystis), a variação de pH na<br />
entrada do reservatório registrou 6,6 mg/L, e 7,0 na barragem, todos os pontos<br />
apresentam condutividade elétrica baixa, entre 60 e 70 µS/cm. O comportamento de<br />
STD e STS também foram muito similares (P=0,68), devido a passagem de ambiente<br />
lótico para lêntico os maiores valores analisados no reservatório encontram-se altos<br />
próximos a sua entrada e diminuem ao longo no eixo do reservatório, estando<br />
relacionados às impurezas encontradas nos cursos d’água. Os maiores valores dos<br />
parâmetros de fósforo e clorofila-a, foram obtidos a montante do reservatório,<br />
decrescendo em direção a barragem. Essas variáveis apresentaram a maior correlação<br />
entre os parâmetros analisados (P=0,80), indicando a concentração de fósforo total<br />
como fator limitante na a proliferação de algas. Esses resultados indicam no tempo<br />
tendência de aumento da trofia para a barragem, podendo vir a comprometer a boa<br />
qualidade da água de abastecimento público da região.<br />
Palavras-chave: Reservatório, Hidroquímica, Itupararanga, Qualidade da água,<br />
Eutrofização.<br />
Dados acadêmicos: Título do Projeto: Avaliação da qualidade da água no Reservatório<br />
de Itupararanga - Alto Sorocaba (SP); data de entrada na pós-graduação: 08/2007; nº de<br />
65
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
créditos concluídos: 40; data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa: sim; Agência:<br />
CAPES.<br />
66
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
A CARACTERIZAÇÃO GEOTURÍSTICA DA BORDA LESTE DA BACIA DO<br />
PARANÁ (SP) E A DIFUSÃO DE CONHECIMENTOS GEOCIENTÍFICOS POR<br />
MEIO DE UMA APLICAÇÃO DE WEB-MAPPING.<br />
GUSTAVO MARQUES E AMORIM<br />
E-mail: gmamorim@yahoo.com<br />
Orientador: Norberto Morales<br />
A área de estudo, localizada no setor centro oriental do Estado de São Paulo,<br />
compreende as folhas topográficas, na escala 1:50.000, de São Carlos, Itirapina, São<br />
Pedro, Corumbataí, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, Piracicaba, Leme, Araras e Limeira. Abrange totalmente<br />
os sítios urbanos de Analândia, Araras, Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna,<br />
Iracemápolis, Itirapina, Leme, Limeira, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, Santa Gertrudes, São Pedro e<br />
abrange parcialmente, os sítios urbanos de Americana, São Carlos, Santa Bárbara do<br />
Oeste, Piracicaba e Pirassununga. Geomorfologicamente contida na Província<br />
“Depressão Periférica Paulista” a região abarca as unidades “zona do Médio Tietê”,<br />
“zona do Mogi-Guaçu” e “zona de Cuestas Basálticas”. Na área de transição entre a<br />
“zona das cuestas basálticas” e as outras duas subunidades existem diversos cenários<br />
naturais ou feições de relevo como as cachoeiras, rios, morros, cavernas e as escarpas<br />
que servem como subsídio para a aplicação de conhecimentos geocientíficos. Além<br />
desta diversidade o quadro geológico da região é distinto, pois coexistem registros<br />
geológicos e estratigráficos que documentam 250 milhões de anos de processos<br />
deposicionais, magmáticos e tectônicos pertencentes às Eras Paleozóica, Mesozóica e<br />
Cenozóica. Esta diversidade foi em parte concretizada pela ocorrência de três altos<br />
estruturais (Domo de Pitanga, Ártemis e Pau d`Alho) que promoveram um<br />
soerguimento diferencial da seqüência deposicional e contribuíram para o<br />
posicionamento de unidades mais antigas ao lado de unidades mais novas da Bacia<br />
Sedimentar do Paraná. A verificação destas peculiaridades é feita por meio da<br />
observação de diversos afloramentos que expõem as unidades afetadas por esta<br />
atividade tectônica como no caso do afloramento “Falha do Passa-Cinco” ou em locais<br />
onde se visualizam contatos litológicos de unidades geológicas de eras diferentes como<br />
no caso do “Afloramento das Três Eras”. A diversidade geológica e geomorfológica ou<br />
a geodiversidade presente na região contribui para a existência de belezas cênicas, pois<br />
estas condicionaram parcialmente o relevo e contribuíram para a formação de atrativos<br />
turísticos, visíveis em cachoeiras, cavernas e afloramentos. O conhecimento<br />
geocientífico acumulado sobre a região é vasto e inclui livros, artigos em periódicos,<br />
dissertações, teses, cursos, palestras e eventos científicos, mas o grau de especialização<br />
dos termos utilizados dificulta o acesso do público em geral. Atualmente a forma mais<br />
adequada de aproveitar a geodiversidade e contribuir com difusão de conhecimentos<br />
geocientíficos é o geoturismo, pois esta modalidade de turismo se ultrapassa o valor<br />
estético do local de interesse e fornece uma visão ampla ao abordar a temática<br />
geológica, geomorfológica e tópicos correlatos, valorizando toda geodiversidade do<br />
ambiente. As informações sobre a região podem ser compiladas, sistematizadas,<br />
organizadas, selecionadas e adaptadas para o púbico em geral para subsidiar a geração<br />
de um produto único e de acessibilidade facilitada, como no caso de aplicativos de<br />
Web-Mapping. Os trabalhos que integram informações relevantes sobre a região,<br />
capazes de aplicar e demonstrar os resultados obtidos, que utilizem uma linguagem<br />
67
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
adaptada e de acessibilidade facilitada inexistem. Neste projeto busca-se tornar<br />
acessível os interessados, os conhecimentos produzidos sobre o substrato geológico da<br />
área de estudo e contribuir na popularização do conhecimento gerado na grande área das<br />
geociências e ciências da terra.<br />
Palavras chave: Geodiversidade, Geoturismo, Acessibilidade.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: A caracterização geoturística<br />
da borda leste da Bacia do Paraná (SP) e a difusão de conhecimentos geocientíficos por<br />
meio de uma aplicação de Web-mapping; data de entrada na pós-graduação: 03/2006; nº<br />
de créditos concluídos: 80; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CNPq.<br />
68
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
TAFONOMIA DE ROCHAS CARBONÁTICAS CONCHÍFERAS DA<br />
FORMAÇÃO TERESINA E RIO DO RASTO (PERMIANO, BACIA DO<br />
PARANÁ)<br />
JACQUELINE PEIXOTO NEVES<br />
E-mail: nevesjp@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Rosemarie Rohn<br />
Co-Orientador: Marcello Guimarães Simões<br />
Na presente pesquisa, foram selecionadas as regiões de Prudentópolis, Irati (Distrito de<br />
<strong>Rio</strong> Preto) e Ribeirão <strong>Claro</strong>, PR e Taguaí, SP, para a análise tafonômica de coquinas e<br />
de rochas carbonáticas conchíferas em afloramentos das formações Teresina e <strong>Rio</strong> do<br />
Rasto, na borda leste da Bacia do Paraná. As regiões oferecem exemplos diversificados<br />
de situações tafonômicas e de relações complexas entre rochas carbonáticas e<br />
siliciclásticas. O trabalho objetiva (1) a descrição das características tafonômicas dos<br />
bioclastos; (2) interpretação dos processos sedimentares, controles ecológicos e<br />
trajetória tafonômica dos bioclastos e, se possível, (3) o estabelecimento de modelos de<br />
tafofácies integrados à interpretações no contexto da estratigrafia de seqüências. As<br />
rochas conchíferas estão sendo estudadas em afloramentos e em laboratório. A primeira<br />
etapa do trabalho consistiu no levantamento de perfis geológicos das seções com as<br />
camadas carbonáticas conchíferas, Em laboratório, as amostras foram descritas em<br />
detalhe e fotografadas, seguindo as determinações do protocolo tafonômico proposto<br />
por Simões & Ghilardi (2000), obedecendo, sempre que possível, os critérios<br />
recomendados por Kidwell & Holland (1991). Porções representativas das amostras<br />
foram selecionadas para a confecção de lâminas petrográficas. A análise microscópica<br />
permitiu a identificação das rochas carbonáticas. A maior parte dos bivalves das<br />
amostras analisadas da Formação Teresina está preservada em bioosparitos, biomicritos<br />
e coquinas, apresentando espessuras de alguns milímetros a, geralmente, 40<br />
centímetros. As acumulações de Prudentópolis e <strong>Rio</strong> Preto apresentam distribuição<br />
caótica dos bioclastos, formando pacotes aleatórios com conchas densamente<br />
empacotadas misturadas às conchas que estão dispersas na matriz sedimentar. Os<br />
bioclastos são representados principalmente por fragmentos de moluscos bivalves, que<br />
podem estar silicificados ou preenchidos por cimento após a dissolução da composição<br />
carbonática. Há evidente indício de bioturbação na acumulação de Prudentópolis. Em<br />
Taguaí as conchas estão dispersas na matriz micrítica impura. Os raros bioclastos<br />
presentes também foram dissolvidos e preenchidos por cimento. Na Formação <strong>Rio</strong> do<br />
Rasto, região dos municípios de Ribeirão <strong>Claro</strong> e Carlópolis, as rochas carbonáticas são,<br />
geralmente, biomicritos e coquinas, não existindo oosparitos. Os bioclastos são<br />
representados principalmente por fragmentos de conchas de moluscos bivalves e<br />
ostracodes, distribuídos caoticamente na matriz micrítica. O empacotamento dos<br />
bioclastos varia de frouxo a denso. Foi verificado o crescimento de estromatólitos sobre<br />
prováveis fragmentos de conchas. Constatou-se a presença de diversificadas situações<br />
deposicionais entre as concentrações estudadas. A partir da análise detalhada dos dados<br />
acima será realizada a interpretação dos processos envolvidos na gênese das<br />
acumulações estudadas.<br />
69
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras-chave: Tafonomia; Rochas carbonáticas; Grupo Passa Dois e Permiano.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Tafonomia das rochas<br />
carbonáticas conchíferas das formações Teresina e <strong>Rio</strong> do Rasto (Permiano, Bacia do<br />
Paraná); Linha de pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e<br />
energéticos); data de entrada na pós-graduação: 08/2007; nº de créditos concluídos: 38;<br />
data prevista de defesa: 08/2009; Possui bolsa: sim; Agência: FAPESP.<br />
70
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
POTENCIALIDADE E PADRÃO TECNOLÓGICO DAS ROCHAS<br />
ORNAMENTAIS E DE REVESTIMENTO SW DE MATO GROSSO<br />
JESUÉ ANTONIO DA SILVA<br />
E-mail: jesuesilva@yahoo.com.br<br />
Orientador: Antonio Misson Godoy<br />
A partir da caracterização geológica, petrográfica, geoquímica e tecnológica teve como<br />
objetivo os estudos da potencialidade e da qualificação tecnológica como material<br />
ornamental e de revestimento de granitos e movimentados do sudoeste de Mato Grosso,<br />
com novas variedades estéticas que apresentem padronização das características<br />
tecnológicas, além da adequada identificação e tipificação das variedades. O interesse na<br />
exploração de rochas ornamentais no centro-oeste brasileiro é recente, apresentando como<br />
único trabalho o Catálogo de Rochas Ornamentais do Estado de Mato Grosso publicado pelo<br />
Departamento Nacional de Produção Mineral. Ressalta-se também o trabalho de uma única<br />
empresa produtora, a “De Jorge Mineração Ltda.”, que nos anos de 1993 a 1995 beneficiou<br />
blocos oriundos do Granito São Vicente, o “Vermelho Pantanal”, e atualmente, no extremo<br />
noroeste de Mato Grosso no município de Rondolândia, situam-se as únicas jazidas de rochas<br />
ornamentais em atividade explorada pela “Gramazon Ltda.” de Rondônia, constituída pelo<br />
Granito Marrom, denominado de “Café da Amazônia” e o Granito Cinza Marrom,<br />
denominado de “Prata da Amazônia”. Os granitos e movimentados objetos deste estudo<br />
são relativamente conhecidos do ponto de vista geológico e demonstram clara<br />
exeqüibilidade econômica de lavra. Quanto aos aspectos geológicos regionais, as áreas<br />
pesquisadas situam-se no Cráton Amazônico e constituem 10 tipos agrupados pela<br />
coloração dominante: os granitos e movimentados vermelhos constituído pelo Granito<br />
Sararé, Granito <strong>Rio</strong> Branco, Ortognaisse Tarumã e Ortognaisse Indiavai Vermelho, os<br />
granitos e movimentados cinzas constituídos pelo Granito Nova Lacerda, Ortognaisse<br />
Indiavaí Cinza e Ortognaisse Cachoeirinha e os granitos e movimentados pretos<br />
constituídos pelo Anfibolito Canaã, Anfibolito Indiavaí e Diabásio Salto do Ceú. Foram<br />
realizados os principais ensaios para a determinação das propriedades físicas e<br />
mecânicas, obedecendo aos procedimentos normativos apresentados pela ABNT<br />
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) e ASTM (American Society for Testing<br />
and Materials). As análises foram realizadas no Laboratório de Rochas Ornamentais do<br />
Departamento de Petrologia e Metalogenia do Instituto de Geociências e Ciência Exatas<br />
da <strong>UNESP</strong>. Como referências na comparação dos dados obtidos em laboratório, foram<br />
utilizados os valores limítrofes para rochas graníticas estabelecidos pela norma C-615<br />
da ASTM (1992) e os sugeridos por Frazão e Farjallat (1995). Os valores dos<br />
parâmetros mineralógicos, petrográficos e físico-mecânicos encontram-se próximos e às<br />
vezes superiores aos valores médios de rochas semelhantes e obedecem<br />
satisfatoriamente aos padrões limítrofes fixados pela norma C615 (ASTM, 1992) e<br />
Frazão & Farjallat (1995). Do ponto de vista tecnológico e do estudo de alterabilidade e<br />
resistência ao manchamento apresentaram resultados satisfatórios para os tipos<br />
possibilitando também a sua recomendação como rocha ornamental com aplicação tanto<br />
em ambientes internos como externos como elemento de revestimento de pisos ou<br />
fachadas.<br />
71
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Caracterização Geológica e<br />
Tecnológica de Unidades Gnaissicas e Graniticas de Mato Grosso Para fins de<br />
Exploração como Rochas Ornamentais ou de Revestimento; data de entrada na pósgraduação:<br />
07/03/2005; nº de créditos concluídos: 56; Exame de qualificação:<br />
10/04/2008; data prevista de defesa: 07/03/2009; Colaboradores: Amarildo Salina Ruiz,<br />
Larissa Marques Barbosa de Araújo. Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
72
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE SEDIMENTAÇÃO NA FOZ DO RIO<br />
AMAZONAS USANDO O Pb-210 COMO GEOCRONÔMETRO.<br />
JOSÉ REINALDO CARDOSO NERY<br />
E-mail: jrnery@unifap.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Daniel Marcos Bonotto<br />
Este trabalho tem como objetivo principal a determinação da taxa de sedimentação na<br />
foz do rio Amazonas, no chamado canal Norte, região de divisa entre os estados do Pará<br />
e Amapá, no Norte do Brasil. A metodologia empregada é baseada na datação de<br />
sedimentos através do 210 Pb, elemento radioativo presente nos sedimentos. A datação<br />
através do 210 Pb é utilizada na cronologia de sedimentos recentes e possui grande<br />
importância no estabelecimento do histórico ambiental, ganhando maior relevância,<br />
ainda, quando aplicada em regiões de intensas atividades antrópicas. A presença de<br />
elementos radioativos nos sedimentos é decorrente do decaimento dos elementos<br />
radioativos presentes originalmente no sedimento como também de elementos<br />
radioativos removidos da atmosfera por precipitação e que se depositam nos sedimentos<br />
por processos de sedimentação. O 210 Pb é um elemento intermediário da cadeia de<br />
decaimento radioativo do 238 U. Na seqüência de decaimento, o 210 Pb é gerado após a<br />
formação do gás radônio ( 222 Rn) e está presente na atmosfera em decorrência do 222 Rn<br />
que escapa dos solos. Nos ambientes aquáticos, o suprimento de 210 Pb se dá por<br />
precipitação atmosférica, assim como pelo decaimento do 226 Ra presente nas águas. O<br />
210 Pb depositado nas superfícies aquáticas é adsorvido pela matéria sólida em<br />
suspensão, sendo adicionado aos sedimentos pelo fluxo de partículas de sedimentação.<br />
A quantificação do 210 Pb presente nas amostras de sedimentos poderá ser feita<br />
diretamente por espectrometria gama ou, indiretamente, através de métodos<br />
radioquímicos. Neste trabalho, a determinação do 210 Pb foi realizada de maneira<br />
indireta, mediante a quantificação de seu descendente 210 Po, por espectrometria alfa,<br />
após tratamento químico das amostras de sedimento. Para subsidiar as análises sobre a<br />
sedimentação, foram determinadas algumas características hidroquímicas da região<br />
investigada. Procedeu-se a coleta de testemunhos de sedimento, em profundidade de até<br />
1,0 metro, em três pontos dentro da região de interesse e, também, amostras de água em<br />
cada local de amostragem. Foram determinados parâmetros físicos e químicos, teores de<br />
210 Pb e presença dos principais óxidos, em cada testemunho, além da determinação das<br />
características básicas da água coletada. A análise da concentração de 210 Pb em função<br />
da profundidade do sedimento amostrado permitirá a determinação da taxa de<br />
sedimentação e a datação de camadas da coluna sedimentar.<br />
Palavras-chave: chumbo; taxa de sedimentação; sedimentos; espectrometria alfa.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Determinação da taxa de<br />
sedimentação na foz do rio Amazonas usando o Pb-210 como geocronômetro; Linha de<br />
pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais; Nome do<br />
grupo de pesquisa: Hidroquímica e Radioatividade na Geosfera (Unesp-RC); Geofísica<br />
Aplicada (Unifap-AP); data de entrada na pós-graduação: 07/03/2005; nº de créditos<br />
73
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
concluídos: 48; Exame de qualificação: 29/02/2008; data prevista de defesa: 02/2008;<br />
Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
74
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
BIVALVES PERMIANOS DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS<br />
BACIAS DO GONDWANA OCIDENTAL: SISTEMÁTICA,<br />
PALEOGEOGRAFIA E BIOESTRATIGRAFIA<br />
JULIANA MACHADO DAVID<br />
E-mail: juliana_mdavid@yahoo.com.br<br />
Orientador: Rosemarie Rohn Davies<br />
Co-Orientador: Marcello Guimarães Simões<br />
Moluscos bivalves estão entre os elementos mais comuns e conspícuos do registro fóssil<br />
do Grupo Passa Dois (Permiano), da Bacia do Paraná, Brasil. As principais ocorrências<br />
provêm, principalmente, das assembléias de Leinzia (ou Anhembia) froesi, Pinzonella<br />
illusa, Pinzonella neotropica, Leinzia similis e Terraia altissima, que ocorrem em<br />
sucessão estratigráfica nas formações Serra Alta, Teresina/Corumbataí e <strong>Rio</strong> do Rasto.<br />
A evolução dos moluscos do Grupo Passa Dois constitui um capítulo à parte na história<br />
evolutiva da Classe Bivalvia, dado seu desenvolvimento em bacia intracratônica, em<br />
ambiente do tipo lago/mar, sob condições de extremo isolamento geográfico e stress<br />
ambiental. De fato, a fauna do Grupo Passa Dois é conhecida pelo alto grau de<br />
endemismo dos gêneros e espécies presentes, porém, alguns autores reconheceram as<br />
afinidades desses bivalves (exclusive Formação <strong>Rio</strong> do Rasto) com ancestrais marinhos,<br />
em especial com os Megadesmidae, comuns no Permiano do Gondwana. Até 1980,<br />
cerca de duas dezenas de gêneros eram conhecidos para o Grupo Passa Dois, das quais<br />
mais de 90% da distribuição paleobiogeográfica era restrita à Bacia do Paraná. Em<br />
1984, M.R. Cooper e B. Kensley registraram na Formação Waterford (Permiano),<br />
Grupo Ecca, da Bacia do Karroo, África do Sul, algumas das espécies anteriormente<br />
descritas para as faunas das formações Teresina e Corumbataí. Mais recentemente, em<br />
2000, alguns autores (H. Stollhofen e colaboradores) mencionaram a presença de<br />
espécies da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto em rochas permianas da Namíbia (Formação Gaias).<br />
A principal espécie presente nestas rochas é Leinzia similis, entretanto estes fósseis<br />
nunca foram formalmente descritos ou ilustrados. A confirmação da presença desta<br />
espécie na Formação Gai-as, Namíbia, reveste-se de grande importância<br />
bioestratigráfica, pois no Grupo Passa Dois, ela está confinada aos níveis estratigráficos<br />
referentes ao Membro Serrinha, na parte inferior da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto. Na borda<br />
leste da Bacia do Paraná, os fósseis presentes nessa unidade litoestratigráfica,<br />
especialmente os conchostráceos, plantas vasculares e anfíbios são indicativos de idade<br />
pré-Triássica. Na Formação Gai-as, Namíbia, os fósseis de Leinzia similis são<br />
encontrados em abundância em horizonte pouco abaixo de tufos vulcânicos, cuja<br />
datação radiométrica de minerais de zircão indicam idades de aproximadamente<br />
265+2.5 Ma (limite Wordiano-Capitaniano). Dessa maneira, as ocorrências do gênero<br />
Leinzia no continente africano (formações Gai-as) sugerem idade pré-Triássica para o<br />
topo do Grupo Passa Dois, na Bacia do Paraná. Em adição a essas questões<br />
bioestratigráficas, outro aspecto importante da pesquisa em desenvolvimento refere-se a<br />
paleobiologia e evolução do gênero Leinzia e de outras formas semelhantes (Anhembia).<br />
Desde que foi proposto, em 1949, por J.C. Mendes, o posicionamento taxonômico deste<br />
gênero é problemático, em razão do parco conhecimento da anatomia interna de suas<br />
espécies. O re-exame de fósseis de Leinzia ou Anhembia, provenientes de rochas da<br />
porção basal da Formação Serra Alta, mostra a presença de cicatrizes musculares bem<br />
75
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
preservadas e também da charneira. Esses são elementos importantes para a sistemática<br />
e determinação da paleoecologia desses bivalves, com implicações no entendimento dos<br />
processos sedimentares operantes no ambiente deposicional onde foram preservados.<br />
Palavras-chaves: Bacia do Paraná, Grupo Passa Dois, Permiano, Bioestratigrafia,<br />
Bivalva.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: BIVALVES PERMIANOS<br />
DA FASE DE CONTINENTALIZAÇÃO DAS BACIAS DO GODWANA<br />
OCIDENTAL: SISTEMÁTICA, PALEOGEOGRAFIA E BIOESTRATIGRAFIA;<br />
Linha de pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de<br />
entrada na pós-graduação: Julho/2008; nº de créditos concluídos: 0; data prevista de<br />
defesa: Julho/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
76
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
SISTEMAS TURBIDÍTICOS DA FORMAÇÃO TACIBA/MEMBRO RIO<br />
SEGREDO NA FAIXA AFLORANTE CATARINENSE<br />
LYGIA RODRIGUES DE MORAES DE ANDRADE<br />
E-mail: lygiadeand@hotmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Joel Carneiro de Castro<br />
O Grupo Itararé (Pensilvaniano-Eopermiano) consiste de três ciclos/formações, na<br />
concepção de França & Potter (1988): Lagoa Azul, Campo Mourão e Taciba. Cada ciclo<br />
apresenta um perfil de argilosidade crescente para cima: conglomerado, arenito,<br />
diamictito, ritmito/siltito e folhelho. O Membro <strong>Rio</strong> Segredo do ciclo/Formação Taciba<br />
é o objeto deste estudo, na margem aflorante do centro e norte catarinense.<br />
Dois sistemas turbidíticos destacam-se naquela unidade: (a) turbidito canalizado, no<br />
vale do rio Itajaí do Sul; (b) turbidito em lençol, nos vales dos rios Hercílio e Forcação.<br />
O sistema canalizado pode ser observado ao longo das rodovias Ituporanga - <strong>Rio</strong> do Sul,<br />
<strong>Rio</strong> do Sul - Laurentino e BR-470. É amplamente dominado por arenitos médios a<br />
muito finos, com estratos espessos (espessura métrica e seqüência Bouma Tabc) e<br />
médios (espessura de 20-30cm e seqüência Bouma Tcde), e raras intercalações de<br />
diamictito. A espessura do sistema arenoso, levantado em Aurora, alcança 170m, que<br />
inclui um corpo de diamictito de 35m (Gonçalves e Tommasi, 1974); no poço<br />
1-BN-1-SC a espessura de turbidito é de 80m. Depósitos cronocorrelatos de turbiditos<br />
areno-argilosos médios e delgados ocorrem lateralmente ao turbidito, para leste, o que<br />
sugere um grande leque submarino dirigido para noroeste, com o turbidito canalizado<br />
em sua porção axial (Castro, 1991; Silva, 2005).<br />
O sistema de turbidito em lençol ocorre no norte catarinense a partir de Presidente<br />
Getúlio, incluindo os clássicos afloramentos da rodovia Dr. Pedrinho-Bonsucesso (rio<br />
Forcação), onde Castro (1998) identificou 20 m de turbiditos espessos e mais de 50 m<br />
de turbiditos delgados (thin-bedded). O contato inferior com o Folhelho Lontras é<br />
abrupto, e consiste de cinco tipos faciológicos, de acordo com a espessura dos estratos:<br />
muito espesso (> 1m), espesso (30-100cm), médio (10-30cm), delgado (3-10cm), e<br />
muito delgado (0,3-3cm; representado como “folhelho” nos perfis levantados). Os<br />
estratos médios e delgados têm seqüências Bouma Tbcde e Tcde. Também deve ser<br />
destacada a natureza “várvica” do Folhelho Lontras, com pares gradacionais arenitofolhelho<br />
de espessura milimétrica; tal litofácies pode ocorrer na parte inferior dos perfis<br />
levantados. Em três perfis faciológicos, nos vales dos rios Laeisz, Wiegand e Forcação,<br />
observam-se alguns ciclos de espessamento crescente nos turbiditos. Na base dos<br />
estratos espessos é comum a presença de terminações assintóticas relacionadas a<br />
estratificação sigmoidal, o que os diferencia dos turbiditos clássicos; por outro lado, tais<br />
estratos espessos sigmoidais são característicos da porção superior de lobos deltaicos<br />
progradando sobre varvitos lacustres, como se observa na região de Vidal Ramos. Tal<br />
constatação referenda uma origem relativamente rasa para os lobos turbidíticos,<br />
sobrepostos ao seu equivalente distal, o Folhelho Lontras.<br />
Palavras-chave: Bacia do Paraná, Grupo Itararé, Formação Taciba, Membro <strong>Rio</strong><br />
Segredo, Turbidito.<br />
77
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: PROCESSOS, FÁCIES E<br />
GEOMETRIAS DE SISTEMAS TURBIDÍTICOS DO GRUPO ITARARÉ/ FORMAÇÃO TACIBA<br />
(EOPERMIANO), BORDA LESTE DA BACIA DO PARANÁ; Linha de pesquisa: Bacias<br />
sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada na pós-graduação:<br />
05/03/07; nº de créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 05/09/08; data prevista<br />
de defesa: 05/03/09; Possui bolsa: Sim; Agência: ANP.<br />
78
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO<br />
GUAXUPÉ NA REGIÃO DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG.<br />
MAGNÓLIA BARBOSA DO NASCIMENTO<br />
E-mail: magbnascimento@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Marcos Aurélio Farias de Oliveira<br />
A região compreendida entre as cidades de Passos (MG) e Monteiro Lobato (SP), tem<br />
sido bastante trabalhada em pesquisas geológicas, incluindo mapeamentos regionais e<br />
locais. Por tratar-se de uma área com elevada complexidade em termos de unidades<br />
litoestratigráficas, a problemática surgida é bastante variada, considerando que esses<br />
terrenos na sua maioria são de médio a alto grau metamórfico e sua evolução aos níveis<br />
topográficos atuais, é bastante complexa. Diante disso o trabalho que está sendo<br />
realizado está voltado a análise petrológica, de química mineral, litogeoquímica e<br />
isotópica de rochas granulíticas presentes na área com o intuito de fazer uma<br />
comparação com os dados já existentes e tentar estabelecer a evolução metamórfica<br />
desses terrenos. Por ora são apresentados dados geológicos, petrográficos e<br />
geoquímicos dessa área. A área escolhida para o trabalho localiza-se na região de<br />
Arceburgo – Santa Cruz da Prata (MG), dentro da Faixa Brasília e mais especificamente<br />
do Complexo Guaxupé. A geologia inclui metassedimentos representados por quartzitos<br />
foliados e rochas com intercalações de quartzo detrítico, associados a tipos da suíte<br />
charnockítica (alaskitos, charnockitos, mangeritos, enderbitos) além de granulitos<br />
máficos e granada gnaisses. Essas rochas constituem faixas alongadas segundo a direção<br />
N60W, com ângulo de mergulho pequeno que varia entre 25 e 40 o , em média, para SW.<br />
As rochas da série charnockítica são predominantes, com mangeritos e enderbitos<br />
representando as principais ocorrências. Exibem foliação milonítica e bandamento<br />
metamórfico ressaltado pela deformação. As texturas predominantes são do tipo<br />
granoblástica ou mais freqüentemente blastomiloníticas, com quartzo e feldspato muito<br />
deformados e porfiroclastos de feldspato pertítico muito comuns, formando sigmóides.<br />
Os minerais essenciais são: feldspato potássico pertítico (mesopertita), plagioclásio<br />
(oligoclásio-andesina) antipertítico, hiperstênio, diopsídio, hornblenda marrom e biotita<br />
vermelha. Para os granulitos máficos, que ocorrem intercalados nos mangeritos e<br />
enderbitos os minerais principais são ortopiroxênio, clinopiroxênio, hornblenda marrom<br />
e plagioclásio (labradorita). Granada foi observada em alguns granulitos e gnaisses.<br />
Dados de análises litogeoquímicas em elementos maiores revelaram que, com relação<br />
aos óxidos desses elementos, observa-se uma tendência revelada nos gráficos SiO2 x<br />
TiO2, SiO2 x Fe2O3, SiO2 x MnO, SiO2 x CaO, com destaque para os granulitos<br />
máficos, formando isoladamente um conjunto que corresponde a rochas de composição<br />
básica a ultrabásica (SiO2 entre 46,03 a 49,07%) de afinidade toleítica. Para os<br />
elementos terras raras, suas assinaturas, de modo geral, evidenciam um enriquecimento<br />
em terras raras leves, principalmente para os mangeritos e charnockitos, que também<br />
exibem anomalias negativas de Eu.<br />
Palavras-chave: Granulitos – Litoquímica - Metamorfismo – Evolução Geotectônica.<br />
79
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: EVOLUÇÃO<br />
METAMÓRFICA DA PORÇÃO NORTE DO COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO<br />
DE ARCEBURGO-SANTA CRUZ DA PRATA, MG; Linha de pesquisa: Estudos da<br />
evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas; data de entrada na pós-graduação:<br />
03/2006; nº de créditos concluídos: 64; data prevista de defesa: 03/2010; Possui bolsa:<br />
Sim; Agência: CNPq.<br />
80
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PALEOVERTEBRATES FROM THE GOIÁS STATE<br />
PEDRO OLIVEIRA PAULO<br />
E-mail: pedro@rc.unesp.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Reinaldo José Bertini<br />
The Paleozoic strata, in the Goiás State, containing fossil vertebrates, up to now are<br />
restricted to the Irati and Corumbataí formations. The first one, from the Lower Permian<br />
Period, have yielded a vast number of mesosaurid remains. The second, Middle Permian<br />
in age, also outcrops on Central Goiás State, presenting some isolated and fragmented<br />
undescribed fish remains (teeth and scales).<br />
There are some areas in Brazil where, considering Upper Cretaceous strata, show<br />
several representative remains of a significative biotic diversity. One of the most<br />
important of these areas is the Bauru Basin, divided in two lithostratigraphic units,<br />
named Caiuá and Bauru groups. As one of the most expressive continental fossil<br />
assemblages from Brazil, the Bauru Group contains fossils associated to strata formed<br />
in depositional enviroments, mainly fluvial and lacustrine, covering areas in the states<br />
of Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná and São Paulo. The<br />
Bauru Group has an expressive occurrence on the Southern-Central portion of the Goiás<br />
State, where there are some Adamantina and Marília Formations outcrops. The<br />
Adamantina Formation has furnished several remains of vertebrate fossils, such as<br />
fishes, testudines, lacertilians, crocodyliforms, theropodomorphs, sauropods and<br />
mammals, from Minas Gerais and São Paulo states. Otherwise the Marília Formation<br />
occurs in the states of Goiás, Minas Gerais, and São Paulo. It has been rich in fossil<br />
remains, representing a wide array of taxons, such fishes, testudines, crocodyliforms,<br />
maniraptoriforms and sauropodomorphs. Despite both Marília and Adamantina<br />
formations, rich in fossil vertebrates, occur in the Goiás State, the fossil record related<br />
to these Cretaceous sequences only mentions some fossil localities, presenting citations,<br />
not descriptions of materials, about remains associated to theropodomorphs and<br />
sauropodomorphs. Therefore in these circumstances one may suppose that there are<br />
some regions on Southern-Central Goiás State that could shelter interesting<br />
prospectable vertebrate fossil outcrops. Then detailed searching and prospecting in these<br />
litostratigraphic units of the Bauru Basin, on the Goiás State, could yield new fossil<br />
remains, aiding to improve our understanding of the paleoecological, biochronological,<br />
paleobiogeographical comparisons to the vertebrate faunas previously revered in the<br />
Bauru Basin, especially from Minas Gerais and São Paulo states. In the same way it<br />
would also permit paleoecological, biochronological, paleobiogeographical<br />
comparisons to the Cambambe Group area, not associated to the Bauru Basin, located<br />
on the Mato Grosso State, until now not well known.<br />
Besides there are some areas, in the Goiás State, that have furnished some remains of<br />
fossil mammals, from both Pleistocene and sub-Holocene epochs.<br />
So this study aims to outline the vertebrate fossil fauna of this part of the Central Brazil,<br />
comprehending Permian and Cretaceous periods, besides Pleistocene Epoch. All<br />
bibliographic records about these groups, as well as detailed analysis of the housed<br />
materials in some institutional collections spread through Brazil, will improve our<br />
knowledge and understanding of the fossil vertebrates occurrences in the Goiás State,<br />
81
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
and identifying main groups represented. It will build a data base, to support future<br />
prospection and research.<br />
Key words: Fossil Vertebrates, Goiás State, Permian, Cretaceous, Pleistocene<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Os Vertebrados Fósseis do<br />
Estado de Goiás; Grupo de pesquisa: Núcleo de Evolução e Paleobiologia de<br />
Vertebrados; data de entrada na pós-graduação: 19/06/2007; nº de créditos concluídos:<br />
34; data prevista de defesa: 06/08/2009; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
82
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
MINERALOGIA E GEOQUIMICA DOS SEDIMENTOS ALUVIAIS DO BAIXO<br />
RIO JAGUARIBE, CEARÁ.<br />
RAIMUNDO HUMBERTO CAVALCANTE LIMA<br />
E-mail: humbertoclima@yahoo.com.br<br />
Orientadora: Profa. Dra. Maria Margarita Torres Moreno<br />
A bacia do baixo rio Jaguaribe está localizada na região leste do estado do Ceará,<br />
nordeste do Brasil. Compreende depósitos aluviais Holocênicos, composto por<br />
cascalho, areia fina e grossa , silte e argila. Na bacia existem cerca de 80 indústrias<br />
cerâmicas de pequeno e médio porte, constituindo o Pólo Ceramico de Russas. As<br />
cerâmicas explotam matéria-prima argilosa da bacia e fabricam, principalmente, telhas<br />
por extrusão, bem como tijolos maciços. Estes depósitos exibem estruturas em camadas<br />
que são diferenciadas em termos de cor, tamanho do grão, conteúdo da matéria orgânica<br />
e plasticidade. No intuito de determinar as propriedades mineralógicas e químicas dos<br />
materiais argilosos, foram feitas amostragens em duas minas (denominação Central-P e<br />
Cedan-NP). A composição mineralógica foi determinada por difração de raios X, e a<br />
composição quimica por fluorescência de raios X. As análises mineralógicas foram<br />
realizadas em amostras totais e na fração argila após serem separadas por sedimentação<br />
de acordo com a lei de Stokes. Nas duas amostras foram identificados os minerais:<br />
quartzo, fedspato sódico-cálcico, feldspato potássico e filossilicatos em amostra total,<br />
que foram melhor identificadas na fração argila: esmectita dioctaédrica, ilita<br />
dioctaédrica e caulinita. Analises semi-quantitativas dos minerais foram feitas de acordo<br />
com procedimentos padrões e mostraram que as amostras analisadas diferem<br />
principalmente na proporção dos minerais. Análises químicas identificaram os<br />
elementos maiores e alguns traços nas amostras totais. Similaridades foram encontradas<br />
entre os dados geoquímicos das duas amostras, sendo os valores de perda ao fogo (P.F.),<br />
essencialmente, relacionados às águas zeolítica e estrutural existentes nos<br />
argilominerais. Os dados analíticos obtidos mostraram uma complexidade, em termos<br />
de mineralogia e geoquímica das argilas estudadas, e sugerem que estas sejam<br />
provenientes de uma variedade de materiais geológicos depositados ao longo da bacia<br />
aluvial de solos oriundos de diferentes rochas. A constituição dos argilominerais<br />
identificados (composição ternária consistindo de ilita, caulinita e esmectita) é<br />
principalmente herdada. Nota-se um baixo conteúdo de minerais interestratificados<br />
irregulares de ilita-esmectita na mina Cedan em relação à Central indicando que esta<br />
contém menor quantidade de argilominerais em estado de transição.<br />
Palavras-chave: argilominerais, mineralogia, geoquímica, depósitos quaternários,<br />
Russas (Ce)<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo da Matéria Prima e de<br />
Formulação de Massa Utilizada em Ceramica Vermelha no Pólo Ceramista de Russas-<br />
Ceará; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos e não-metálicos; data de entrada<br />
na pós-graduação: 01.08.2005; nº de créditos concluídos: 72; Exame de qualificação:<br />
20.06.2008; data prevista de defesa: 01.08.2009; Possui bolsa: sim; Agência: CNPq.<br />
83
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PALINOLOGIA DAS FORMAÇÕES TERESINA E RIO DO RASTO<br />
(PERMIANO, GRUPO PASSA DOIS, BACIA DO PARANÁ) NOS FUROS DE<br />
SONDAGEM SP-23-PR E SP-58-PR (MUNICÍPIO DE CONGONHINHAS,<br />
NORDESTE DO ESTADO DO PARANÁ): CONSIDERAÇÕES<br />
BIOESTRATIGRÁFICAS<br />
RODRIGO NEREGATO<br />
E-mail: rodrigoneregato@hotmail.com<br />
Orientadora: Profa. Dra. Rosemarie Rohn<br />
Co-Orientador: Prof. Dr. Paulo Alves de Souza<br />
O presente trabalho é resultante da amostragem palinológica da Formação Teresina e da<br />
porção inferior da Formação <strong>Rio</strong> do Rasto (Membro Serrinha) numa extensão vertical<br />
de aproximadamente 600 m, em dois furos de sondagem da Companhia de Pesquisa de<br />
Recursos Minerais (CPRM), situados no sul do Município de Congonhinhas, nordeste<br />
do Estado do Paraná. Foram selecionadas 20 amostras de folhelhos e siltitos escuros do<br />
furo de sondagem SP-23-PR, das quais oito são férteis, e 17 do furo SP-58-PR, das<br />
quais dez são férteis, num espaçamento vertical entre 2 e 30 m. A correlação e a<br />
integração das informações dos dois furos foi possível devido à proximidade geográfica<br />
(aproximadamente 2,5 km) e à similaridade litofaciológica, sendo considerados como<br />
um perfil composto. Um total de 30 espécies de palinomorfos foi registrado, sendo 13<br />
referentes a esporos, incluídas em oito gêneros, e 17 grãos de pólen, relativas a dez<br />
gêneros. Dentre os esporos, há um predomínio absoluto das formas monoletes, sendo<br />
dominantes em determinados níveis. Esporos triletes ocorrem subordinadamente e são<br />
menos diversificados. Grãos de pólen ocorrem com uma freqüência bastante parecida<br />
com a dos esporos, sendo as formas bissacadas as mais abundantes. Neste estudo, de<br />
forma preliminar, foram reconhecidos dois intervalos informais de acordo com a<br />
abundância dos esporos monoletes: Intervalo 1, caracterizado pela grande abundância<br />
de Laevigatosporites vulgaris, correspondendo ao topo do primeiro terço da Formação<br />
Teresina do furo SP-58 PR até a base do Membro Serrinha do furo SP-23-PR, e<br />
Intervalo 2, caracterizado pela grande abundância de espécies do gênero Thymospora,<br />
correspondendo desde a base do Membro Serrinha do furo SP-23-PR até a penúltima<br />
amostra fértil neste furo, porção média do membro. Algumas espécies encontradas neste<br />
estudo ainda não haviam sido registradas para a Bacia do Paraná: Punctatosporites<br />
granifer, Leschikisporis chacoparanaense, Thymospora obscura, Thymospora<br />
thiessenni, Thymospora pseudothiessenii e Thymospora rugulosa, Alisporites grandis e<br />
Lueckisporites stenotaeniatus. Os conjuntos palinológicos são perfeitamente<br />
posicionados na Zona Lueckisporites virkkiae, sendo a seção analisada considerada de<br />
idade kunguriana-wordiana, tendo como base correlações com estratos<br />
palinologicamente similares ao longo do Gondwana e dados advindos de outros fósseis<br />
ocorrentes na bacia. Os intervalos reconhecidos têm significado paleoecológico,<br />
devendo ser rastreados em outras localidades para efeitos bioestratigráficos.<br />
Palavras-chave: Palinologia, Permiano, Bacia do Paraná, Grupo Passa Dois.<br />
84
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo das esfenófitas da<br />
Floresta Petrificada do Tocantins Setentrional (Permiano, Bacia do Parnaíba); data de<br />
entrada na pós-graduação: Março-2008; nº de créditos concluídos: 48; data prevista de<br />
defesa: Março-2012; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
85
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
EVOLUÇÃO METAMÓRFICA P-T-T DE GRANULITOS E MIGMATITOS DO<br />
COMPLEXO GUAXUPÉ NA REGIÃO DE SÃO JOÃO DA VOA VISTA, SP<br />
RODRIGO PRUDENTE DE MELO<br />
Orientador: Marcos Aurelio Farias de Oliveira<br />
A região de São João da Boa Vista é composta por um conjunto de rochas de origem<br />
metamórfica de alto grau, predominando granulitos e migmatitos. Os dados<br />
geoquímicos em conjunto com os dados de razões isotópicas de Sm/Nd e Rb/Sr<br />
sugerem que a origem dos protólitos das unidades presentes na área se deu no<br />
Mesoproterozóico, com a formação de magmas toleíticos a calcioalcalinos,<br />
aparentemente em um ambiente de margem continental ativa. Dados U/Pb datam um<br />
evento ocorrido no Neoproterozóico que recristalizou totalmente o zircão apagando<br />
heranças anteriores. Atribui-se a essa época o pico metamórfico da área que ocorreu a<br />
aproximadamente 639 Ma. Os dados de geotermobarometria mostram que esse pico<br />
chegou a 11,5 kbar de P e acima de 820ºC de T. Os cálculos mostram que após o pico<br />
metamórfico houve um processo de descompressão isotérmica. Esse processo pode ser<br />
explicado pela exumação das rochas aliviando a pressão litostática com gradiente<br />
térmico ainda elevado, ou então pode ser resultante de relaxamento de esforços que<br />
ocorrem após colisões continentais, passando-se então a ter esforços tectônicos de<br />
tração que reduzem a pressão. Processo de descompressão isotérmica pode gerar fusão<br />
de porções da crosta devido à inclinação positiva da reta dT/dP, isso explicaria os<br />
processos de fusão parcial posteriores ao pico metamórfico. Esse tipo de trajetória<br />
metamórfica, com sentido horário, é típico de processos tectônicos convergentes, com<br />
espessamento crustal causado por colisão continental, o que justificaria processo de<br />
anatexia por relaxamento de esforços pós-colisão continental. O magma gerado por<br />
anatexia teria cristalizado durante o metamorfismo, em um regime de alto grau em<br />
ambiente anidro e pode explicar a ocorrência das rochas charnockíticas associadas com<br />
os leucognaisses e granitos porfiróides. Essa fase de anatexia, em locais que não<br />
sofreram tanto os efeitos do metamorfismo em um ambiente anidro, explica a<br />
ocorrência de leucossomas cinza pouco espessos por toda a área. Outra hipótese para a<br />
formação dessas leucossomas de primeira fase é a de que se trata de uma fase de fusão<br />
parcial que pode ter ocorrido junto com o pico metamórfico, quando começa o processo<br />
de descompressão. O fato é que essa fase de anatexia ocorreu sob regime tectônico ativo<br />
que posteriormente deformou os leucossomas. Os leucosssomas da segunda fase podem<br />
ter sido gerados a partir da fusão dos leucossomas da primeira, formando novos<br />
leucossomas mais enriquecidos em ETR leves e mais pobres em ETR pesados. A ultima<br />
fase de anatexia fica regitrada pela presença de corpos de aplito e pegmatitos de<br />
dimensões métricas, com contatos difusos e discordantes com os demais leucossomas,<br />
evidenciando formação na ausência total de esforços tectônicos. A presença de rochas<br />
paraderivadas, calciossilicatadas e kinzigitos sugere que rochas sedimentares, presentes<br />
na área, podem ter sido soterradas por grandes blocos crustais, cavalgados durante o<br />
processo de colisão continental.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Evolução metamórfica P-T-t<br />
de granulitos e migmatitos do Complexo Guaxupé na região de São João da Voa Vista,<br />
SP; Linha de pesquisa: Estudos da evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas;<br />
86
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Grupo de pesquisa: Evolução de Terrenos Metamórficos; data de entrada na pósgraduação:<br />
05/03/07; Exame de qualificação: 03/10/2008; data prevista de defesa:<br />
05/2009; Possui bolsa: Não.<br />
87
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PREPARAÇÃO DE MASSA ATOMIZADA COM ARGILAS DA FORMAÇÃO<br />
CORUMBATAÍ<br />
ROGERS RAPHAEL DA ROCHA<br />
E-mail: rogers.rocha@rochaforte.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Antenor Zanardo<br />
As tecnologias de preparação de massa dos produtos cerâmicos foram desenvolvidas<br />
para otimizar o uso de algumas famílias de minerais, que apresentam propriedades e<br />
composição química ideais para a fabricação de produtos cerâmicos. Os componentes<br />
de uma massa cerâmica podem ser divididos em várias categorias: componentes<br />
plásticos, como as argilas e caulins, componentes inertes, como o quartzo e o talco,<br />
componentes fundentes, como os feldspatos e as nefelinas, aditivos e contaminantes.<br />
Raramente uma única matéria-prima apresentará todos os componentes químicos e nas<br />
proporções corretas para a obtenção de um produto, como ocorre no pólo cerâmico de<br />
Santa Gertrudes para a produção de massa via seca. Para descrever efetivamente uma<br />
matéria-prima ou uma massa, em relação às suas características cerâmicas é necessário<br />
fazer uma referência à análise mineralógica e à distribuição do tamanho de partículas, a<br />
análise química não é suficiente, a composição química de uma massa para<br />
revestimento, sanitário ou estrutural é muito semelhante, embora certos elementos como<br />
o Ca, Mg, Na e Fe possam direcionar certas propriedades. Estudos tecnológicos da<br />
Formação Corumbataí mostram que estratos diferentes com composição química<br />
semelhante apresentam propriedades cerâmicas diferentes. A etapa inicial da preparação<br />
da massa consiste na mistura e moagem das matérias-primas, leva-se em conta que<br />
existe uma dimensão limite, que permite o benefício da qualidade e economia de<br />
energia. Também deve ser considerado que cada família de mineral apresente uma<br />
dimensão ótima para a função que irá atuar durante o processamento cerâmico. Por<br />
exemplo, as matérias-primas que irão funcionar como fundentes, devem ter seu tamanho<br />
bem reduzido, enquanto as que formam o esqueleto (estrutura) podem ter uma dimensão<br />
maior, os contaminantes devem possuir um tamanho que neutralize sua ação. Com as<br />
matérias-primas moídas, torna-se necessário um processo que possa aglomerar as<br />
partículas mais finas para se obter dimensões maiores, o controle granulométrico passa<br />
a ser visto de forma diferente, pois há uma necessidade de obter uma massa que facilite<br />
a prensagem e as etapas posteriores do processo produtivo até o produto acabado, no<br />
qual se destacam as propriedades de distribuição granulométrica e fluidez, atualmente o<br />
processo que permite obter a melhor granulometria é a atomização da barbotina, o qual<br />
permite obter produtos de maior qualidade. Outro aspecto importante da moagem a<br />
úmido para o pólo cerâmico de Santa Gertrudes é o fato de não haver necessidade de<br />
secar a argila nos pátios de secagem, o que atualmente está provocando a ação dos<br />
órgãos ambientais devido à grande geração de poeira. Portanto a associação da melhora<br />
da qualidade dos produtos cerâmicos obtidos através do processo de preparação via<br />
úmida (moagem a úmido e granulação em atomizador) e a redução da emissão de poeira<br />
pode ser uma alternativa para o desenvolvimento do pólo. Este trabalho tem como<br />
objetivo a preparação de massa pelo processo de moagem via úmida das argilas da<br />
Formação Corumbataí com outras matérias-primas que resultem numa formulação de<br />
massa com características adequadas aos ciclos de queima rápida utilizados atualmente<br />
no pólo de Santa Gertrudes.<br />
88
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Preparação de Massa<br />
Atomizada com Argilas da Formação Corumbataí; Linha de pesquisa: Recursos<br />
minerais metálicos e não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 03/08; nº de<br />
créditos concluídos: 48; data prevista de defesa: 03/03/12; Possui bolsa: Não.<br />
89
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA,<br />
PORÇÃO SUDOESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS.<br />
SAMIA DE MOURA PASSARELLA<br />
E-mail: samiageo84@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Norberto Morales<br />
A região de Cássia, no sudoeste do estado de Minas Gerais, é caracterizada pela<br />
presença de relevo residual com testemunhos da superfície de aplainamento, a partir da<br />
qual se instalou o sistema de drenagem atual, com atuação de processos exógenos e<br />
endógenos. O substrato rochoso é representado por rochas metamórficas précambrianas,<br />
recobertas a oeste pelas rochas da Bacia do Paraná. A partir da realização<br />
de mapa geomorfológico e da caracterização de formas, sistemas, padrões e anomalias<br />
de relevo e de drenagem, com o objetivo de contribuir no conhecimento da evolução<br />
geomorfológica da região, foram investigadas feições associadas aos diferentes tipos<br />
litológicos, bem como às estruturas presentes nas rochas, resultando na<br />
compartimentação geomorfológica regional.<br />
Palavras-chave: Evolução geomorfológica, estruturas rochosas e região de Cássia.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: COMPARTIMENTAÇÃO<br />
GEOMORFOLÓGICA DA REGIÃO DE CÁSSIA, NO SUDOESTE DO ESTADO DE<br />
MINAS GERAIS; Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou<br />
quase superficiais; data de entrada na pós-graduação: 05-03-2007; nº de créditos<br />
concluídos: 40; Exame de qualificação: 05-09-2008; data prevista de defesa: 2009;<br />
Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
90
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
PERMIAN PETRIFIED FERTILE FERN LEAVES FROM THE CENTRAL<br />
NORTH BRAZIL (PARNAIBA BASIN, ARAGUAINA REGION,<br />
MARRATIALLES)<br />
TATIANE MARINHO VIEIRA TAVARES<br />
E-mail: tatipaleo@yahoo.com.br<br />
Orientador: Prof. Dr. Rosemarie Rohn<br />
The Natural Monument of Petrified Trees in Tocantin, Central North Brazil, is mainly<br />
characterized by the abundant well preserved tree fern stems (mainly Tietea and<br />
Psaronius), rare other ferns (Grammatopteris, Dernbachia), as well as gymnosperms<br />
(“Dadoxylon” and others). They occur in the southern margin of the Parnaíba Basin in<br />
fluvial fine sandstones and siltstones, probably of the Motuca Formation, tentatively<br />
positioned close to the Lower-Middle Permian boundary. The Buritirana Farm in the<br />
Monument additionally has provided outstanding pinnae preserved as petrifactions.<br />
Rare specimens may be included in the compression taxa Pecopteris, Sphenopteris and<br />
Lobatopteris, but the majority corresponds to very peculiar ferns of the Scolecopteris<br />
type. Their most intriguing characteristic is the pectinate pinnule margin with lobe<br />
sinuses very close to the midvein at the adaxial surface and narrow linear lobules curled<br />
under, reaching the midvein on the abaxial surface. The lobule lamina is relatively thick.<br />
Tangential sections of pinnules show a decurrent strong secondary vein at the middle of<br />
each lobule. In some specimens, the lobules were removed from the abaxial surface and<br />
the synangia are exposed in 3D. The synangia are borne in one row on each side of the<br />
pinnule midrib, disposed very closely, with pedicel apparently attached to the midrib.<br />
The shape is broadly oval, slightly acute at the distal part. They are composed of 3 or 4<br />
axially elongate sporangia, fused laterally, not well radially symmetrical. The pinnules<br />
are oblong, with rounded tips, closely spaced, attached at 90 o to the pinna rachis, which<br />
shows distinct trichomes and a W-shaped vascular trace. Scolecopteris species from the<br />
Permo-Carboniferous of Euramerica, Cathaysia and Triassic in Antarctica show<br />
pecopterid foliage with smooth to slightly lobed margins, or their shape cannot be<br />
determined in sections, being not taken into consideration for classification. The only<br />
apparently similar other fertile pectinate pinnules were observed in the Middle Permian<br />
of the Paraná Basin, southern Brazil, where Tietea and Psaronius also occur. Up to the<br />
moment, it was not possible to substantiate whether the fertile pinnae from both the<br />
Parnaíba and Paraná basins are related to Tietea, but their apparent restriction to<br />
Western Gondwana is significant. The ecological reason for the deep incisions at the<br />
pinnule margins must be further investigated, considering that thick leaf laminae and<br />
inrolled margins to the abaxial side may indicate a protection from dehydration.<br />
Palavras-chave: Permian, Marattiales, Scolecopteris, Parnaiba Basin.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo de Psaroniales da<br />
porcao setentrional de Tocantins, na Bacia do Parnaiba (Permiano, Brasil); Linha de<br />
pesquisa: Bacias sedimentares e seus recursos (hídricos e energéticos); data de entrada<br />
91
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
na pós-graduação: 7/8/2007; data prevista de defesa: 6/8/2011; Possui bolsa: Sim;<br />
Agência: CNPq.<br />
92
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
O MÉTODO GEOCRONOLÓGICO DO Pb-210 APLICADO NO ESTUDO DE<br />
PROCESSOS INTEMPÉRICOS NA BACIA DO RIO ATIBAIA (SP)<br />
TATIANI DE PAULA PINOTTI SABARIS<br />
E-mail: tatianisabaris@hotmail.com<br />
Orientador: Daniel Marcos Bonotto<br />
A determinação da taxa de intemperismo das rochas é de grande interesse atual devido<br />
ao fato da alteração ser um dos fenômenos fundamentais da geoquímica de<br />
superfície/caracterização geomorfológica dos continentes. Ela encontra aplicação em<br />
estudos relacionados a várias áreas do conhecimento como geologia, ecologia,<br />
pedologia e agronomia, subsidiando parâmetros necessários a uma melhor orientação na<br />
distribuição das culturas/exploração dos solos. O estudo das coberturas de alteração<br />
intempérica indica a viabilidade da ocupação humana e suas atividades, podendo ainda,<br />
intervir diretamente em problemas relacionados à construção de barragens, rodovias,<br />
fundações, etc. Sabendo que a caracterização do intemperismo é de fundamental<br />
importância para o planejamento urbano e rural de qualquer município, o presente<br />
projeto propõe o estudo da taxa de intemperismo em uma porção da bacia do <strong>Rio</strong><br />
Atibaia através da análise de sedimentos de fundo, utilizando a técnica de datação<br />
geocronológica do 210 Pb. A área de estudo localiza-se na porção sudeste do Estado de<br />
São Paulo e corresponde ao território municipal de Atibaia. O município de Atibaia está<br />
contido na bacia hidrográfica do <strong>Rio</strong> Atibaia, sendo drenado pelo <strong>Rio</strong> Atibaia e seus<br />
afluentes. O <strong>Rio</strong> Atibaia drena uma área de 2.817,88 Km 2 desde a divisa com o Estado<br />
de Minas Gerais até a confluência com o <strong>Rio</strong> Piracicaba. No seu curso estão<br />
compreendidos os municípios de Atibaia, Joanópolis, Piracaia, Nazaré Paulista, Jarinu,<br />
Bragança Paulista, Bom Jesus dos Perdões, Itatiba, Valinhos, Nova Odessa, Americana,<br />
Jaguariúna e Morungaba. Na área de estudo, a bacia hidrográfica do <strong>Rio</strong> Atibaia é<br />
subdividida em 13 sub-bacias (<strong>Rio</strong> dos Amarais, <strong>Rio</strong> Cachoeira, Ribeirão Caetetuba,<br />
Ribeirão Campo Largo, Ribeirão das Pedras, Ribeirão Folha Larga, Ribeirão Itapetinga,<br />
<strong>Rio</strong> Jundiazinho, Ribeirão Laranja Azeda, Ribeirão Mato Dentro, Ribeirão dos Porcos,<br />
Ribeirão Taboão e do Pequeno Porte do <strong>Rio</strong> Atibaia). Geologicamente, a região é<br />
constituída por diversas unidades (magmáticas, metamórficas e sedimentares). As<br />
unidades sedimentares são representadas por rochas miocênicas e pleistocênicas, além<br />
de material de origem fluvial depositado principalmente ao longo da calha do <strong>Rio</strong><br />
Atibaia. As rochas magmáticas e metamórficas são caracterizadas por xistos e gnaisses,<br />
derivados de metassedimentos, associados a metavulcânicas e metabasitos, migmatitos,<br />
destacando-se os granatíferos com estruturas bandadas e rochas graníticas em geral<br />
(Oliveira, 1986). São encontradas rochas graníticas do Complexo Socorro que se<br />
destacam pela textura porfirítica, com presença de megacristais de microclínio, presença<br />
de foliação cataclástica de baixo ângulo e feições migmatíticas. Nestes granitos é<br />
comum a ocorrência de granada. Os demais granitos pertencem ao maciço Atibaia e são<br />
bastante homogêneos, de coloração rosa. Ocorrem ainda na área rochas charnockíticas.<br />
O método geocronológico do 210 Pb proporcionará obter resultados como a concentração<br />
de 210 Pb e taxa de sedimentação na bacia em estudo, os quais auxiliarão na<br />
caracterização do intemperismo na área bem como avaliará sua aplicabilidade em<br />
iniciativas direcionadas ao planejamento territorial e ambiental.<br />
93
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Palavras chaves: Geocronologia, Pb-210, Intemperismo, Análises Radiométricas e<br />
Bacia do <strong>Rio</strong> Atibaia.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: O método geocronológico do<br />
Pb-210 aplicado no estudo de processos intempéricos na Bacia do <strong>Rio</strong> Atibaia (SP);<br />
Linha de pesquisa: Sistemas e processos geológicos superficiais ou quasi superficiais;<br />
data de entrada na pós-graduação: 03/03/2006; nº de créditos concluídos: 40; data<br />
prevista de defesa: 05/03/2010; Possui bolsa: Sim; Agência: CNPq.<br />
94
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ESTUDO DE DEFEITOS ASSOCIADOS A CARBONATOS EM PISOS E<br />
REVESTIMENTOS CERÂMICOS POR VIA SECA FABRICADOS NO PÓLO<br />
CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES<br />
TERCILIO DE ALMEIDA COUTINHO JUNIOR<br />
E-mail: terciliocoutinho@hotmail.com<br />
Orientador: Maria Margarita Torres Moreno<br />
Nos últimos anos a contaminação, a economia de energia, a mecanização e a<br />
automatização das instalações, tem sido o tema de numerosos encontros e<br />
manifestações, organizados pelas indústrias, associações e organizações, direta ou<br />
indiretamente interessados na produção cerâmica devido a suas implicações sociais e<br />
políticas, além das técnicas e econômicas. Dentro deste contexto o assunto “defeito“ ou<br />
então “qualidade” de um material será sempre atual, porque a melhoria da qualidade é<br />
um problema sempre “aberto” e “eterno” da produção. O controle de um defeito<br />
pressupõe o conhecimento de sua origem para ser eliminado satisfatoriamente. No caso<br />
da matéria-prima da formação do Corumbataí os mecanismos de formação de defeitos<br />
nas peças cerâmicas não são bem conhecidos e as soluções adotadas seguem processos<br />
empíricos. Estes nem sempre funcionam devido a que um mesmo defeito poder ter<br />
origens diferentes ou as variações de processo adotados nas diferentes fábricas<br />
minimizam ou acentuam sua ocorrência. Os equipamentos atuais de pesquisa,<br />
associados à experiência, permitem investigações mais apuradas capazes de indicar as<br />
causas e os limites de segurança que impeçam o aparecimento dos defeitos durante o<br />
processo de fabricação. Os carbonatos são minerais sempre presentes em quantidades<br />
variáveis nas frentes de lavra da Formação Corumbataí, podendo ser encontrados de<br />
forma localizada em níveis e fraturas onde houve percolação de fluídos; em forma<br />
estratificada com material siltoso ou disseminados na rocha. As formas dominantes são<br />
calcita e dolomita, provocando defeitos por decomposição incompleta ou tardia (reação<br />
de CaO com o esmalte) ou hidratação posterior. Este projeto pretende estudar os<br />
defeitos produzidos por carbonatos, quantificando os limites de tolerância quanto a<br />
porcentagem na massa, tamanho de grão, minerais associados e curva de queima<br />
utilizada no processo de fabricação, levando em consideração os efeitos do acabamento<br />
da superfície. A contaminação, a economia de energia, a mecanização e a automatização<br />
das instalações nestes últimos anos, tem sido o objeto de numerosos encontros e<br />
manifestações, organizados por indústrias, associações e organizações, direta ou<br />
indiretamente interessados na produção cerâmica. O assunto “defeito“ ou então<br />
“qualidade” de um material será sempre atual e nunca será “obsoleto”, porque a<br />
melhoria da qualidade é um problema sempre “aberto” e “eterno” da produção. A<br />
eliminação de um defeito pressupõe sempre o conhecimento de sua origem. No caso da<br />
matéria-prima da formação do Corumbataí os mecanismos de sua formação não são<br />
bem conhecidos, as soluções adotadas seguem processos empíricos, que nem sempre<br />
funcionam devido a que um mesmo defeito poder ter origens diferentes. O objetivo do<br />
presente trabalho é estudar as causas dos principais defeitos produzidos pelas argilas no<br />
processo de fabricação de pisos e revestimentos via seco e encontrar explicações<br />
cientificas para os problemas e direcionar as soluções cabíveis.<br />
95
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Doutorado; Título do Projeto: Estudo de Defeitos<br />
Associados a Carbonatos em Pisos e Revestimentos Cerâmicos por via Seca Fabricados<br />
no Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes; Linha de pesquisa: Recursos minerais metálicos<br />
e não-metálicos; data de entrada na pós-graduação: 05/03/2006; data prevista de defesa:<br />
05/03/2010; Possui bolsa: sim ; Agência: CNPq.<br />
96
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
MÉTODO DE TRAÇOS DE FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE<br />
ANNEALING<br />
WAGNER MASSAYUKI NAKASUGA<br />
E-mail: wamassa@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Peter Christian Hackspacher<br />
Co-Orientador: Dr. Eduardo Augusto Campos Curvo<br />
Os minerais, em geral, possuem algumas partes por milhão de urânio como impureza. O<br />
U-238, isótopo mais abundante do urânio natural, pode fissionar espontaneamente<br />
originando uma zona linear desarranjada (traços latentes) devido à carga e massa dos<br />
fragmentos da fissão. Esses traços latentes são termicamente instáveis, ou seja, com<br />
temperaturas relativamente elevadas pode-se ter um retorno dos átomos deslocados<br />
durante a formação do traço, ocasionando a reconstrução da rede cristalina do mineral<br />
nas imediações desta zona desarranjada, processo que é denominado “annealing” dos<br />
traços de fissão. Para análise dos traços em microscopia óptica é necessário que o<br />
mineral seja submetido a um ataque químico conveniente, para que os traços tenham seu<br />
tamanho aumentado (revelação dos traços). Realizando análises dos comprimentos dos<br />
traços e a sua densidade superficial (número de traços por unidade de superfície) podese<br />
obter a idade na qual os traços começaram a ser gravados. Isso pode expedir à<br />
formação do mineral, ou a algum evento geológico que apagou total ou parcialmente os<br />
traços pré-existentes. No caso do epídoto, é um mineral que possui cerca de 200 μg de<br />
urânio por grama do mineral (Wagner et al., 1992) e uma temperatura de fechamento de<br />
traços superior a 300ºC. Essas características, juntamente com o fato da “epidotização”<br />
ocorrer em falhas geológicas, tornam seu estudo muito atraente. Na década de 70 a<br />
comunidade científica tentou utilizá-lo para a realização de datações, contudo resultados<br />
discrepantes desencorajaram sua utilização (Naeser et al., 1970 e Saini et al., 1978).<br />
Entretanto, as potencialidades encerradas neste mineral, como sua temperatura de<br />
fechamento superior à da apatita (o termocronômetro atualmente mais utilizado),<br />
justificam a continuação de trabalhos relacionados ao mesmo, tendo em vista sua<br />
utilização no Método dos Traços de Fissão (MTF), bem como a aplicação dessa<br />
metodologia na investigação de eventos geotérmicos. No presente trabalho pretende-se<br />
obter um conjunto de dados de annealing através de aquecimentos de 1, 10 e 100 horas<br />
para 10 valores diferentes de temperatura, o que torna possível obter uma curva de<br />
correção de idades e obter parâmetros de ajuste nos modelos de annealing.<br />
Palavras-chave: traços de fissão, annealing, epídoto.<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: Caracterização Estrutural do<br />
Depósito de Au e Cu do Município de Paran, Região de Huaura – Peru; data de entrada<br />
na pós-graduação: 03/2007; data prevista de defesa: 03/2009; Possui bolsa: sim;<br />
Agência: CNPq.<br />
97
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DO DEPÓSITO DE Au E Cu DO<br />
MUNICIPIO DE PARAN, REGIÃ DE HUAURA, PERU<br />
WAGNER ROBERTO HANSTED POCAY<br />
E-mail: wrhpocay@gmail.com<br />
Orientador: Prof. Dr. Luis Sérgio Amarante Simões<br />
Este trabalho é resultado do mapeamento do prospecto de Au e Cu denominada Invicta,<br />
localizada nas proximidades da cidade de Paran, província de Huaura, Peru. Durante<br />
este mapeamento foram reconhecidos três tipos de eventos magmáticos, sendo estes<br />
representados por uma sucessão de eventos que formam várias seqüências andesíticas e<br />
de brechas e tufos vulcânicas, um evento posterior que é representado pela intrusão do<br />
Batólito Costeiro, cuja rocha encontrada pertencente a este evento foi um diorito, e por<br />
fim o evento de posterior que gera diques de andesitos, riolitos e dioritos, assim como<br />
intensas silicificações. Este estudo não está concluído sendo que falta uma melhor<br />
caracterização petrográfica das rochas. O principal enfoque do trabalho é a<br />
caracterização das várias estruturas que estão presentes na área, que é localizada no<br />
contexto tectônico da Cordilheira Andina Ocidental, onde ocorrem grandes lineamentos<br />
com direções NNW, e alguns com direções NE. Na área estudada são encontradas três<br />
direções principais de estruturas: NW, NE e E-W. Estas três direções são de extrema<br />
importância econômica para o prospecto já que em alguns casos, as falhas pertencentes<br />
à estes trends possuem veios mineralizados em ouro e cobre principalmente. Os dados<br />
colhidos foram concentrados nas estruturas que encaixavam veios mineralizados e assim<br />
extrapolou-se a caracterização destes resultados para as demais estruturas pertencentes a<br />
mesma família. No caso da família NW foram coletadas medidas de um veio de<br />
espessura variando de 2 a 5 metros e de comprimento em torno de 150 metros. Com os<br />
dados colhidos foi possível caracterizar as estruturas NW como sendo uma fase<br />
transcorrente sinistral, gerada por esforços E-W coerentes com o que atualmente é<br />
entendido para a Cordilheira Andina. Para a família NE, foram coletados dados em dois<br />
veios, um com comprimento em torno de 120 metros e espessura variando de 2 a 4<br />
metros, e outro com comprimento de 550 metros e espessura variando de 5 a 20 metros.<br />
As falhas NE mostram um evento cujo esforço principal de encurtamento é provindo de<br />
SE, com baixo ângulo de mergulho, sugerindo assim uma falha de mergulho para este<br />
sistema. O sistema de falhas E-W não foi caracterizado já que, apesar de apresentar<br />
mineralização, não é tão importante quanto os outros sistemas já descritos, e os dados<br />
colhidos não são estatisticamente confiáveis. As principais conclusões atingidas até o<br />
momento foram um melhor mapa geológico da área, onde são interpretadas e inferidos<br />
alguns contatos, a separação de unidades com maior critério, e a caracterização da falha<br />
que controla o veio de direção NW, que possui caráter transcorrente sinistral, enquanto<br />
que a falha que controla os veios NE possui caráter de mergulho.<br />
Palavras-chave: caracterização estrutural, mineralização de ouro, mapeamento<br />
estrutural.<br />
98
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
Dados acadêmicos: Nível: Mestrado; Título do Projeto: MÉTODO DE TRAÇOS DE<br />
FISSÃO EM EPÍDOTO: ESTUDO DE ANNEALING; Linha de pesquisa: Estudos da<br />
evolução da crosta terrestre em áreas cristalinas; data de entrada na pós-graduação:<br />
08/2008; data prevista de defesa: 08/2010; Possui bolsa: sim; Agência: CAPES.<br />
99
A<br />
AMORIM, G. M. 67<br />
ANDRADE, L. R. M. 77<br />
B<br />
BARROS, D. F. 62<br />
BASSO, J. B. 35<br />
BORTOLIN, J. R. M. 33<br />
C<br />
CARVALHO, C. S. 59<br />
CASTELLO, L. Z. 38<br />
COELHO, J. O. M. 36<br />
CORRADINI, F. A. 26<br />
CORRÊA, F. S. 28<br />
CORVALÁN, S. B. 50<br />
COUTINHO JUNIOR, T. A. 95<br />
D<br />
DAL MAGRO, E. F. 19<br />
DAVID, J. M. 75<br />
DEL ROVERI, C. 56<br />
DINIZ, S. F. 47<br />
F<br />
FELIPE, L. B. 37<br />
FERREIRA, M. V. 41<br />
FRANCO, A. O. B. 53<br />
G<br />
GEROTO, C. F. C. 54<br />
GOMES, A. R. 12<br />
GOMIG, E. G. 23<br />
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
ÍNDICE - AUTORES<br />
100<br />
GRADELLA, F. S. 30<br />
K<br />
KUERTEN, S. 46<br />
L<br />
LIMA, R. H. C. 83<br />
LOBO, H. A. S. 31<br />
M<br />
MANFREDINI, C. 15<br />
MARTINS, P. T. A. 42<br />
MELO, R. P. 86<br />
MOREIRA, C. A. 14<br />
MOURA, C. A. 17<br />
N<br />
NAKASUGA, W. M. 97<br />
NASCIMENTO, M. B. 79<br />
NEREGATO, R. 84<br />
NERY, J. R. C. 73<br />
NEVES, J. P. 69<br />
O<br />
OLIVEIRA, C. E. M. 55<br />
P<br />
PASSARELLA, S. M. 90<br />
PAULA, B. L. 13<br />
PAULO, P. O. 81<br />
PEDRAZZI, F. J. M. 65<br />
PERINOTTO, R. R. C. 44
POCAY, W. R. H. 98<br />
PUPIM, F. N. 25<br />
R<br />
RIBEIRO, L. S. 40<br />
ROCHA, R. R. 88<br />
ROMERO, A. F. 9<br />
S<br />
SABARIS, T. P. P. 93<br />
SARDINHA, D. S. 63<br />
SANTOS, C. M. 58<br />
SANTOS, F. S. M. 27<br />
SANTOS, V. C. 51<br />
SILVA, A. 11<br />
SILVA, J. A. 71<br />
SILVA, S. R. 49<br />
SILVA FILHO, E. P. 21<br />
SOARES, C. J. 60<br />
T<br />
TAVARES, T. M. V. 91<br />
V<br />
VERONA, J. D. 32<br />
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
101
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências, 2008<br />
II Encontro dos Programas de Pós-Graduação em Geociências<br />
12 e 13 de Novembro de 2008<br />
Prédio da Pós-Graduação em Geociências “Prof. Dr. Hans Dirk Ebert”<br />
Avenida 24A, 1515, Bela Vista<br />
13.506-900 <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> - SP<br />
E-mail: eppg@rc.unesp.br<br />
Web: http://www.rc.unesp.br/igce/geologia/gl/enc_insc.php<br />
102