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OPINIÃO
O que é ser Mãe...
* Vilmar Bitencourt
Por gostar muito de escrever
sobre o universo feminino, às
vezes eu entro dentro desse
universo e falo como se vivesse
por um leitor que leu uma de
minhas crônicas sobre a mulher
e me pediu para escrever sobre
a maior das mulheres, “Mãe”. A
pergunta foi: Como é ser mãe?
Eu poderia dar muitas respostas
-, falar da grandiosidade dos
sentimentos que a completam,
do carinho que elas recebem
todos os dias, da dedicação
dispensada a cada minuto, do
sorriso enorme que quase não
-
que é ser mãe. Mas vamos ser
sinceros, ser mãe é muito mais
do que apenas os carinhos, ou
as recompensas. Ser mãe é carregar
durante nove meses seu
com câimbras, é sentir enjoos e
ir ao banheiro a cada 2 minutos,
é chorar sem razão, é se sentir
gorda pelos quase vinte quilos
adquiridos, é sentir seus seios
explodindo de tanto leite, é ver
-
em quando, é fugir de festas -
principalmente de casamentos -
porque você sabe que nenhuma
roupa cairá bem em sua silhueta
arredondada. É ter vontade de
comer chocolate sem parar, é
querer dormir de barriga pra
baixo e não poder e se desesperar
pelos dias que não passam,
é não se sentir sensual diante de
seu companheiro, é andar com
um saquinho na bolsa caso seu
andar mesmo toda inchada por
horas procurando aquele lençol
bordado pra combinar com a
cortina do quarto do seu bebê...
É escolher pacientemente cada
peça de roupa, cada detalhe
morrer de medo só de pensar na
hora do parto.
E quando ele nasce tudo
muda novamente... Seu corpo
continua diferente só que agora
flácido e inchado, seus seios
duros e quentes, a pele do seu
corpo - principalmente da barriga
- já não é mais a mesma.
Ela se sente dolorida, com sono,
cansada... Às vezes até um pouco
carente. Nesse momento, e por
algum tempo-, você não dormirá
mais como antes... Suas noites
serão diferentes, suas vontades
serão outras, seu desejo sexual
também mudará, enfim... um
turbilhão de mudanças cairá
sobre sua vida de uma maneira
tão rápida que muitas vezes você
se sentirá perdida querendo que
tudo volte ao que era antes, por
muito tempo sua rotina será exatamente
a mesma, com regras,
horas... Até que ela entenda que
desse momento em diante existe
alguém que depende dela, do
seu carinho, da sua dedicação,
da sua renúncia por certas coisas...
Você entenderá que não
é mais a mesma, tudo em você
estará diferente, sua vaidade se
perderá por algum tempo... Você
vai se pegar por diversas vezes
chorando, se sentindo incapaz...
Mas com o passar dos dias você
vai perceber e sentir que algo
muito maior já se instalou em
sua vida, que embora a rotina
do dia e o cansaço tomem conta
dela, mesmo assim -, apesar de
tudo e dela estar diferente, algo
muito grandioso vai tomar conta
dela, um amor inexplicável e um
sentimento capaz de mudar sua
vida por completo e ainda assim
vai se sentir a pessoa mais feliz
do mundo. É chorar, não de tristeza,
mas por se dar conta que
nada no mundo a fará mais feliz
do que ser mãe. É perceber que
existe uma força tão imensa que
você escalaria a montanha mais
alta do mundo pra nunca perder
esse sentimento, e o melhor e
o mais louco de tudo, é que ela
viveria tudo de novo pra se mais
uma vez mãe. Ser mãe é isso e
mais um pouco. FELIZ DIIA
DAS MÃES...
*Vilmar Bitencourt – Es- Es-
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Acho curioso o modo como por
vezes são levados os debates. Se eu
criticar os Estados Unidos pela guerra
no Iraque ou pelo que acontece
na prisão de Guantánamo, ninguém
na face da terra vai me cobrar uma
crítica ao regime cubano. Ninguém.
Todos aceitarão que exerço um direito
natural de opinião. Mas se disser
qualquer coisa sobre a miséria, o
totalitarismo e a opressão que pesa
sobre a sociedade cubana imediata-
sição
sobre abusos praticados pelos
EUA. Entenderam? Junto à intelectualidade
brasileira, para falar mal do
comunismo tem que pagar pedágio.
Será o comunismo, como proclamam,
uma utopia, uma ideia generosa?
Seus 100 milhões de cadáveres
um ideal alheio que lhes custou bem
caro! Infelizmente mal conduzido,
amenizam alguns companheiros.
Que tremendo azar! Uma ideia tão
generosa e não produziu um caso
medíocre que possa ser exibido sem
passar vergonha. Durante um século
varreu com totalitarismos boa parte
da Ásia e da África, criou revoluções
na América Ibérica, instalou-se em
Cuba e não consegue apresentar à
História um único, solitário e singular
estadista. Que falta de sorte!
Tão generoso, tão ideal, tão utópico,
e nenhuma coisa parecida como democracia
para botar no currículo. E
há quem creia que ainda pode dar
certo.
Quanto ao sistema econômico
mo
(que não é sistema político nem
erro foi aceitar conviver com uma
designação deplorável. Contudo,
chamem-no assim, se quiserem, embora,
a exemplo de João Paulo II, eu
empresa”. Suas vantagens sobre um
modelo de economia centralizada,
estatizada, são irrefutáveis na teoria
O Trombeta
Capanema, 12 de maio de 2012
Sempre enganando os bobos *
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Fernanda Locatelli
É um sistema que não foi concebido
por qualquer intelectual. É um sistema
em construção na história, muito
compatível, também por isso, com
a democracia. Promove a liberdade
dos indivíduos e a criatividade humana.
Reconhece a importância do
mercado. A maior parte dos países
que adotam esse sistema atribui ao
Estado, em sua política e em seu
ordenamento jurídico, a tarefa de
zelar pelo respeito às regras do jogo
em proteção ao bem comum. Aliás,
quem quiser organizar as coisas
desconhecendo a autonomia do
econômico, submetendo-o a deter-
minações que contrariem o que é da
natureza dessa atividade (lembram
dos tabelamentos de preços?) vai se
dar mal. Vai gerar escassez, câmbio
negro, fome. Digam o que disserem
os arautos do fracasso do sistema
de economia de empresa em vista
da crise que afeta alguns países, os
embaraços deste momento só se
resolverão com atividade empresarial,
comércio, pessoas comprando,
indústrias produzindo, pesquisa e
investimento gerando, expandindo e
multiplicando a atividade produtiva.
Outro dia, nas redes sociais,
alguém acusou o capitalismo de haver
matado milhões. E não deixava
por menos. Dezenas de milhões! O
sistema? Onde? O capitalismo pode
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02
Percival Puggina
não resolver muitos casos de pobreza.
Mas essa pobreza sempre terá
sido endêmica, cultural, estrutural,
de causa política. Não se conhecem
sociedades abastadas que tenham
empobrecido com as liberdades econômicas.
Tampouco confundamos
economia livre, de empresa, com colonialismo
ou mercantilismo. Qualquer
economia que queira prosperar
e realizar desenvolvimento social
sustentável vai precisar do empreendedorismo
dos empreendedores,
da geração de riqueza e de renda, e
de coisas tão desejáveis quanto produção
e consumo, compra e venda,
lucro, salário e poupança interna.
Quem quiser atraso vá visitar
os países que ainda convivem com
economias centralizadas: Coreia do
Norte e Cuba, onde só o armamento
da polícia e das forças armadas não
é sucata. Ali se planta com a mão e se
mata lagarta com o pé. E o povo vive
da mão para a boca, prisioneiro do
“ideal” generoso que alguns insistem
em impingir aos demais.
O Brasil vem sendo governado
por socialistas e comunistas há
mais de uma década. Embora não
ocultem, no plano da política, as intenções
totalitárias que caracterizam
sua trajetória, num sentido geral
vêm respeitando os fundamentos
do sistema econômico no qual ainda
engatinhamos. E, algo que muito
os agrada, vão extraindo dividendo
político de seus resultados. Mas
procedem com indisfarçável esquizofrenia.
Agem de um modo, falam
de outro e vão enganando os bobos.
* Percival Puggina (67) é arquiteto,
empresário, escritor,
titular do site www.puggina.
org, articulista de Zero Hora
e de dezenas de jornais e sites
no país, autor de Crônicas
contra o totalitarismo; Cuba,
a tragédia da utopia e Pombas
e Gaviões.
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