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Alimentação de equipamentos com uma única fonte de ... - APC Media

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<strong>Alimentação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>equipamentos</strong> <strong>com</strong><br />

<strong>uma</strong> <strong>única</strong> <strong>fonte</strong><br />

<strong>de</strong> alimentação<br />

num ambiente <strong>de</strong><br />

circuitos duplos<br />

Por Victor Avelar<br />

Aplicação<br />

Técnica nº 62


Sumário Executivo<br />

A utilização <strong>de</strong> <strong>uma</strong> arquitectura <strong>de</strong> circuitos <strong>de</strong> alimentação duplos em <strong>com</strong>binação <strong>com</strong><br />

equipamento <strong>de</strong> TI equipado <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s e cabos <strong>de</strong> alimentação duplos é <strong>uma</strong> das melho-<br />

res práticas da indústria. Em instalações que utilizam este tipo <strong>de</strong> estratégia, é inevitável<br />

que subsistam alguns dispositivos <strong>de</strong> TI equipados apenas <strong>com</strong> um único cabo <strong>de</strong> alimen-<br />

tação. Existe <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> opções que permitem a integração <strong>de</strong> dispositivos<br />

<strong>com</strong> <strong>uma</strong> <strong>única</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação em centros <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> elevada disponibilida<strong>de</strong> <strong>com</strong><br />

circuitos duplos. Esta Aplicação Técnica explica as diferenças existentes entre as diversas<br />

opções e funciona <strong>com</strong>o guia para seleccionar a estratégia mais a<strong>de</strong>quada.<br />

©2004 American Power Conversion. Todos os direitos reservados. Nenh<strong>uma</strong> parte <strong>de</strong>sta publicação po<strong>de</strong> ser utilizada, reproduzida,<br />

fotocopiada, transmitida nem guardada em qualquer tipo <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> dados sem o consentimento por escrito do proprietário<br />

dos direitos <strong>de</strong> autor. www.apc.<strong>com</strong> Rev 2004-0<br />

2


Introdução<br />

A maioria dos centros <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> elevada disponibilida<strong>de</strong> utilizam um sistema <strong>de</strong> alimentação <strong>com</strong> circuitos<br />

duplos até ao ponto on<strong>de</strong> se encontram as cargas mais críticas e <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> parte das empresas que<br />

fornecem equipamento <strong>de</strong> TI instalam <strong>fonte</strong>s e cabos <strong>de</strong> alimentação redundantes que permitem manter<br />

os circuitos <strong>de</strong> alimentação duplos até ao bus <strong>de</strong> alimentação interno do equipamento <strong>de</strong> TI. Desta forma,<br />

o equipamento continua a funcionar, mesmo que se tenha verificado <strong>uma</strong> avaria em qualquer ponto <strong>de</strong> um<br />

dos circuitos <strong>de</strong> alimentação. No entanto, o equipamento que possui apenas <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

(cabo único) introduz <strong>uma</strong> fraqueza num centro <strong>de</strong> dados que até aí apresentava <strong>uma</strong> elevada disponibilida<strong>de</strong>.<br />

São muitas vezes utilizados <strong>com</strong>utadores para melhorar a disponibilida<strong>de</strong> do equipamento <strong>de</strong> <strong>fonte</strong><br />

<strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> e proporcionar benefícios idênticos aos dos circuitos redundantes. Quando não<br />

<strong>com</strong>preendida, esta prática po<strong>de</strong> provocar tempos <strong>de</strong> paragem que po<strong>de</strong>riam ter sido evitados <strong>de</strong> outra<br />

forma.<br />

Existem três estratégias fundamentais para a alimentação <strong>de</strong> equipamento <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong><br />

num ambiente <strong>de</strong> circuitos duplos. São elas:<br />

• Alimentar o equipamento a partir <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> – Figura 1a<br />

• Utilizar um <strong>com</strong>utador no local para seleccionar <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> preferida e quando essa <strong>fonte</strong> falhar mudar<br />

para o segundo circuito <strong>de</strong> alimentação – Figura 1b<br />

• Utilizar um <strong>com</strong>utador centralizado <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão alimentado a partir <strong>de</strong> duas <strong>fonte</strong>s, para<br />

criar um novo bus <strong>de</strong> alimentação que alimente um gran<strong>de</strong> grupo <strong>de</strong> cargas <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>única</strong> – Figura 1c<br />

Figura 1a – Uma <strong>fonte</strong> Figura 1b – Comutador local<br />

Figura 1c – Comutador centralizado<br />

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Funções do <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia<br />

Um <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia é um <strong>com</strong>ponente normal nos centros <strong>de</strong> dados e é utilizado para executar as<br />

seguintes funções:<br />

1. Comutar a UPS e outras cargas, da corrente pública para o gerador, durante <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong><br />

energia<br />

2. Comutar <strong>de</strong> um módulo <strong>de</strong> UPS <strong>com</strong> avaria para a corrente pública ou outra UPS (em função<br />

da configuração)<br />

3. Comutar cargas <strong>de</strong> TI críticas do bus <strong>de</strong> saída da UPS para outro num sistema <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>de</strong> circuitos duplos<br />

Esta nota centra-se apenas na terceira função. Se todas as cargas <strong>de</strong> TI possuíssem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

aceitar <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação redundantes, então não existiria qualquer necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar esta aplicação.<br />

De facto, a maioria dos <strong>equipamentos</strong> que utiliza a internet, os dispositivos <strong>de</strong> armazenamento e os<br />

servidores encontram-se equipados <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação totalmente redundantes. No entanto, os<br />

<strong>equipamentos</strong> <strong>com</strong> <strong>uma</strong> <strong>única</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação ainda perfazem cerca <strong>de</strong> 10 - 20 % da totalida<strong>de</strong> dos<br />

<strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> TI existentes em instalações cruciais para a empresa. Quando um equipamento <strong>com</strong><br />

<strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> é ligado a um circuito simples <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> circuitos duplos, coloca-se<br />

em causa a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todo negócio da empresa. De acordo <strong>com</strong> a Aplicação Técnica nº 48 da<br />

<strong>APC</strong>, “Comparação da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> várias configurações <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> bastidores”, um centro<br />

<strong>de</strong> dados totalmente equipado <strong>com</strong> cabos duplos e circuitos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e redundantes po<strong>de</strong> sofrer<br />

10.000 vezes menos paragens do que um equipado <strong>com</strong> <strong>uma</strong> arquitectura <strong>de</strong> alimentação simples. Os<br />

<strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia ajudam a limitar esta grave lacuna, aproximando os circuitos <strong>de</strong> alimentação<br />

redundantes da carga.<br />

Tipos <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia<br />

Existem dois tipos principais <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores que são utilizados <strong>com</strong>o os melhores selectores <strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s:<br />

estáticos e electromecânicos. Baseiam-se ambos no princípio <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação entre <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

principal e <strong>uma</strong> outra alternativa. Apesar <strong>de</strong> o resultado final ser idêntico, a estratégia utilizada é totalmente<br />

diferente. Cada tipo <strong>de</strong> <strong>com</strong>utador possui características <strong>única</strong>s que beneficiam diferentes tipos <strong>de</strong><br />

aplicações. Em seguida é apresentada <strong>uma</strong> visão geral <strong>de</strong> <strong>com</strong>o funciona cada um dos tipos e no Anexo A<br />

é apresentada <strong>uma</strong> <strong>de</strong>scrição mais <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong> cada um.<br />

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Comutador Estático (STS)<br />

Aplicações<br />

A potência dos <strong>com</strong>utadores estáticos disponíveis actualmente varia entre os 5 kVA e os 35 MVA. As<br />

unida<strong>de</strong>s STS são utilizadas n<strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicações incluindo instalações eléctricas,<br />

instalações <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> automóveis, instalações <strong>de</strong> fabrico <strong>de</strong> semicondutores, refinarias <strong>de</strong> petróleo<br />

e centros <strong>de</strong> dados. A potência da maioria <strong>de</strong>stes <strong>com</strong>utadores varia entre 100 - 300 kVA e normalmente<br />

a superfície ocupada é a <strong>de</strong> dois bastidores <strong>de</strong> TI lado a lado. Em aplicações <strong>com</strong>o refinarias, em que a<br />

instalação e a arquitectura eléctricas são menos fiáveis do que as que são utilizadas nos centros <strong>de</strong> dados<br />

mais importantes da empresa, não subsistem gran<strong>de</strong>s dúvidas em relação aos benefícios dos <strong>com</strong>utadores<br />

estáticos. No entanto, também é verda<strong>de</strong> que a instalação e a arquitectura eléctricas dos centros <strong>de</strong> dados<br />

mais importantes da empresa são muito mais robustas. Nestes casos, a diminuição da fiabilida<strong>de</strong> associada<br />

à instalação do STS ultrapassa os benefícios proporcionados. Na Figura 2 é apresentado um exemplo <strong>de</strong><br />

um STS <strong>de</strong> 200 kVA. Os <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong>sta capacida<strong>de</strong> são mais a<strong>de</strong>quados para cargas trifásicas<br />

<strong>com</strong> <strong>uma</strong> <strong>única</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão, <strong>com</strong>o as que são utilizadas por máquinas<br />

CNC e outros <strong>equipamentos</strong> importantes. Apesar <strong>de</strong> actualmente se encontrar disponível equipamento <strong>de</strong><br />

TI trifásico e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão, tais <strong>com</strong>o dispositivos <strong>de</strong> armazenamento, estes apresentam geralmente<br />

cabos duplos <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação redundantes. No caso <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> cabos duplos, a fiabilida<strong>de</strong><br />

e a disponibilida<strong>de</strong> da alimentação são optimizadas através da ligação directa das <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> corrente<br />

duplas à carga.<br />

Os <strong>com</strong>utadores estáticos da gama 5 - 10 kVA são geralmente concebidos para montagem em bastidores<br />

<strong>de</strong> TI normalizados <strong>de</strong> 19 polegadas (483 mm), tal <strong>com</strong>o é <strong>de</strong>monstrado na Figura 3. Os <strong>com</strong>utadores<br />

estáticos <strong>de</strong>ste tipo são geralmente utilizados em ambientes <strong>de</strong> TI, <strong>com</strong>o bastidores <strong>de</strong> cablagem e salas <strong>de</strong><br />

dados. A utilização <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> pequena dimensão evita que a avaria <strong>de</strong> um STS afecte gran<strong>de</strong><br />

parte do centro <strong>de</strong> dados e limita o tempo <strong>de</strong> paragem ao equipamento que possui <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>única</strong>. Ao contrário dos STS <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>, os <strong>com</strong>utadores montados em bastidores permitem<br />

utilizar <strong>uma</strong> estratégia <strong>de</strong> escalabilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong>. O prazo <strong>de</strong> entrega dos <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> menor dimensão<br />

permite aos gestores <strong>de</strong> TI adquirir o equipamento apenas quando este é absolutamente necessário.<br />

Além disso, estes <strong>com</strong>utadores po<strong>de</strong>m ser facilmente instalados e <strong>de</strong>slocados enquanto <strong>uma</strong> função <strong>de</strong> TI<br />

é actualizada.<br />

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Fonte: www.cyberex.<strong>com</strong><br />

Figura 2 – STS <strong>de</strong> 200 kVA<br />

Figura 3 – STS montado em bastidor<br />

Fonte: www.spdtech.<strong>com</strong><br />

Funcionamento<br />

Tal <strong>com</strong>o o nome indica, os <strong>com</strong>utadores estáticos não possuem peças móveis. Tal apenas é possível<br />

graças à tecnologia dos semicondutores. O “<strong>com</strong>utador” num STS monofásico é constituído essencialmente<br />

por dois pares <strong>de</strong> semicondutores <strong>de</strong>nominados <strong>com</strong>o rectificadores controladores <strong>de</strong> silício (SCR), também<br />

conhecidos <strong>com</strong>o tirístores, os quais são controlados por um circuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção. Quando o circuito <strong>de</strong>tecta<br />

que o sistema principal ultrapassou a tolerância, <strong>de</strong>sliga o <strong>com</strong>utador principal e activa o <strong>com</strong>utador alternativo.<br />

A duração da <strong>com</strong>utação é normalmente <strong>de</strong> 4 milissegundos, mas po<strong>de</strong> ser ligeiramente maior em<br />

função do estado <strong>de</strong> ambas as <strong>fonte</strong>s.<br />

Modos <strong>de</strong> avaria<br />

Em termos gerais, quanto mais <strong>com</strong>plexo é um sistema, mais modos <strong>de</strong> avaria são possíveis. Em <strong>com</strong>paração<br />

<strong>com</strong> os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência electromecânicos, os <strong>com</strong>utadores estáticos são muito mais<br />

<strong>com</strong>plexos <strong>de</strong>vido à rapi<strong>de</strong>z <strong>com</strong> que as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>vem ser tomadas aquando da <strong>com</strong>utação entre <strong>fonte</strong>s.<br />

** Por exemplo, o controlador <strong>de</strong>ve monitorizar diversas variáveis para ambos os lados, incluindo os ângulos<br />

<strong>de</strong> fase, os estados do SCR e os estados dos disjuntores, voltagens e tensões.<br />

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• Avaria no controlo do <strong>com</strong>utador estático<br />

Os controlos são o <strong>com</strong>ponente mais importante dos <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência estática <strong>de</strong>vido à<br />

sua <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>. Se os controlos interrompessem o envio <strong>de</strong> sinais para os SCRs, o estado pre<strong>de</strong>finido<br />

dos SCRs seria permanecerem abertos, ou seja, interromperem a alimentação <strong>com</strong> a consequente<br />

<strong>de</strong>sactivação da carga. É por esta razão que a maioria dos interruptores estáticos possuem controladores<br />

e <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação redundantes. Os <strong>com</strong>utadores SCR são controlados individualmente e por<br />

essa razão, o controlador apresenta quatro modos <strong>de</strong> avaria geral.<br />

1) O controlador indica que o <strong>com</strong>utador primário está fechado, mas <strong>de</strong>veria estar aberto. Esta condição<br />

provoca <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga caso a <strong>fonte</strong> primária não consiga suportar a carga.<br />

2) O controlador indica que o <strong>com</strong>utador primário está aberto, mas <strong>de</strong>veria estar fechado. Esta condição<br />

provoca <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga caso o <strong>com</strong>utador alternativo esteja aberto ou a <strong>fonte</strong> alternativa<br />

não consiga suportar a carga.<br />

3) O controlador indica que o <strong>com</strong>utador alternativo está fechado, mas <strong>de</strong>veria estar aberto. Esta<br />

condição provoca <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga caso a <strong>fonte</strong> alternativa não consiga suportar a carga.<br />

4) O controlador indica que o <strong>com</strong>utador alternativo está aberto, mas <strong>de</strong>veria estar fechado. Esta<br />

condição provoca <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga caso o <strong>com</strong>utador preferido esteja aberto ou a <strong>fonte</strong> alternativa<br />

não consiga suportar a carga.<br />

• Avaria num <strong>com</strong>ponente do SCR<br />

Um SCR é bastante fiável, mas quando surge <strong>uma</strong> avaria, 98 % das vezes provoca <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga,<br />

em caso <strong>de</strong> falha da energia <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong>sse <strong>com</strong>utador. A <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> avaria num SCR<br />

é difícil, <strong>uma</strong> vez que a diferença em termos <strong>de</strong> resistência (perda <strong>de</strong> tensão) entre um <strong>com</strong>utador avariado<br />

e outro em bom estado é normalmente inferior a 0,5 volts. Este facto apenas contribui para a<br />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos controlos.<br />

• Avaria no disjuntor <strong>de</strong> saída<br />

Se o disjuntor <strong>de</strong> saída abre quando tal não é suposto suce<strong>de</strong>r, verifica-se <strong>uma</strong> perda <strong>de</strong> carga. Em<br />

alguns casos são utilizados dois disjuntores <strong>de</strong> saída para eliminar um foco <strong>de</strong> avaria, mas este procedimento<br />

po<strong>de</strong> tornar a coor<strong>de</strong>nação entre disjuntores mais difícil.<br />

• Avaria por falha h<strong>uma</strong>na<br />

Tal <strong>com</strong>o acontece na maioria dos ambientes cruciais, a falha h<strong>uma</strong>na é um modo <strong>de</strong> avaria bastante<br />

<strong>com</strong>um. Dada a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>com</strong>utador estático e das suas interacções <strong>com</strong> as diversas<br />

<strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação, a falha h<strong>uma</strong>na po<strong>de</strong> acontecer <strong>de</strong> diversas formas. Alguns exemplos<br />

<strong>com</strong>uns são:<br />

- A escolha ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições do <strong>com</strong>utador estático po<strong>de</strong> provocar interacções negativas<br />

específicas do local<br />

- A utilização ina<strong>de</strong>quada dos disjuntores <strong>de</strong> bypass do STS. Por exemplo, se alguém fechasse o<br />

disjuntor <strong>de</strong> bypass preferido, mas a <strong>fonte</strong> preferida não se encontrasse disponível, a perda <strong>de</strong><br />

carga seria inevitável.<br />

- Procedimentos <strong>de</strong> manutenção ina<strong>de</strong>quados<br />

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Por fim, torna-se importante tomar em consi<strong>de</strong>ração que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do modo <strong>de</strong> avaria, os <strong>com</strong>utadores<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão efectuam <strong>uma</strong> <strong>de</strong>scarga da carga total proporcionalmente maior do que os<br />

<strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> menor dimensão.<br />

Comutadores electromecânicos ou <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência automática (ATS)<br />

Aplicações<br />

A maioria dos <strong>com</strong>utadores electromecânicos, também <strong>de</strong>nominados <strong>com</strong>o <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência<br />

automática (ATS), utilizados nesta aplicação não efectua a <strong>com</strong>utação para além dos 10 kVA <strong>de</strong> potência<br />

<strong>de</strong>vido a limitações físicas dos relés nestas capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> potência mais elevadas. É por essa razão que<br />

estes <strong>com</strong>utadores automáticos <strong>de</strong> montagem em bastidor apresentam <strong>uma</strong> tendência para possuir 1U<br />

<strong>de</strong> altura, tal <strong>com</strong>o é <strong>de</strong>monstrado na Figura 4. Tal <strong>com</strong>o acontece <strong>com</strong> os STS montados em bastidor,<br />

os ATS <strong>de</strong> montagem em bastidor permitem limitar as avarias <strong>de</strong>tectadas a um só bastidor em vez <strong>de</strong> a<br />

<strong>de</strong>zenas ou centenas <strong>de</strong> bastidores. Da mesma forma, os ATS montados em bastidor permitem utilizar <strong>uma</strong><br />

estratégia <strong>de</strong> escalabilida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong>. No entanto, a instalação <strong>de</strong> um ATS montado em bastidor torna-se<br />

mais simples do que a <strong>de</strong> um STS <strong>de</strong>vido à sua dimensão e peso mais reduzidos.<br />

Figura 4 – ATS montado em bastidor<br />

Funcionamento<br />

Os <strong>com</strong>utadores electromecânicos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>com</strong>binação <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s eléctricas e mecânicas.<br />

Tal <strong>com</strong>o acontece <strong>com</strong> os STS, estes <strong>com</strong>utadores incluem um controlador que monitoriza as <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong><br />

entrada. Neste caso, o mecanismo <strong>de</strong> transferência da carga baseia-se exclusivamente num relé. Um relé<br />

é um <strong>com</strong>utador mecânico que é mantido n<strong>uma</strong> posição através da acção <strong>de</strong> <strong>uma</strong> força magnética. Quando<br />

o controlador <strong>de</strong>tecta que a <strong>fonte</strong> principal ultrapassou a tolerância, <strong>de</strong>sactiva o relé e <strong>uma</strong> mola força o<br />

<strong>com</strong>utador a seleccionar a <strong>fonte</strong> secundária. O período <strong>de</strong> transferência total para este tipo <strong>com</strong>utador <strong>de</strong><br />

transferência varia entre 8 e 16 milissegundos.<br />

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Modos <strong>de</strong> avaria<br />

Os <strong>com</strong>utadores electromecânicos são mais pequenos e menos <strong>com</strong>plexos do que os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong><br />

transferência estática. Isto <strong>de</strong>ve-se ao facto <strong>de</strong> os <strong>com</strong>utadores electromecânicos serem mais fáceis <strong>de</strong><br />

controlar e <strong>de</strong> não necessitarem <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> sincronização entre as <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação. Devido<br />

ao movimento físico <strong>de</strong> um relé, os modos <strong>de</strong> avaria dos <strong>com</strong>utadores electromecânicos apresentam <strong>uma</strong><br />

tendência para se verificarem ao nível do “hardware”.<br />

• Avaria por bloqueio do relé<br />

Um modo <strong>de</strong> avaria possível resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> o relé po<strong>de</strong>r colar ao contacto. Esta situação acontece<br />

no caso <strong>de</strong> <strong>uma</strong> transferência <strong>de</strong> alta tensão, a qual provoca <strong>uma</strong> elevação da temperatura que acaba<br />

por colar as superfícies metálicas. Num relé trifásico, esta situação po<strong>de</strong> ocorrer num ou mais <strong>com</strong>utadores<br />

<strong>de</strong> relé.<br />

• Avaria do controlador<br />

Apesar <strong>de</strong> ser pouco provável que tal venha a ocorrer em capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> potência mais baixas, é possível<br />

que o controlador tome <strong>uma</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação incorrecta. Por exemplo, se a potência do lado<br />

principal ultrapassar a tolerância, o controlador po<strong>de</strong> <strong>com</strong>utar para o lado secundário, o qual não possui<br />

qualquer tipo <strong>de</strong> potência.<br />

• Avaria da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação do controlador<br />

A <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação do controlador também po<strong>de</strong> influenciar o funcionamento do controlador. Se a<br />

tensão da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação se tornar <strong>de</strong>masiado instável, o controlador po<strong>de</strong> funcionar <strong>de</strong> forma<br />

imprevisível ou não funcionar <strong>de</strong> todo.<br />

• Avaria no disjuntor<br />

Um modo <strong>de</strong> avaria importante a que se <strong>de</strong>ve prestar atenção relaciona-se <strong>com</strong> os disjuntores danificados<br />

que protegem a saída do <strong>com</strong>utador. Estes disjuntores são muitas vezes peças pouco fiáveis e<br />

representam um foco <strong>de</strong> avaria.<br />

Fontes <strong>de</strong> alimentação dos <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> TI<br />

É importante ter em consi<strong>de</strong>ração que ambos os tipos <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores analisados anteriormente, apresentam<br />

um período <strong>de</strong> transferência menor durante o qual não é possível efectuar a alimentação da carga<br />

crucial. Como é que é possível manter o equipamento <strong>de</strong> TI em funcionamento durante as perdas <strong>de</strong><br />

energia? A Aplicação Técnica nº 79, “Comparação técnica das concepções <strong>de</strong> UPS On-line vs. Lineinteractive”<br />

respon<strong>de</strong> a esta questão pormenorizadamente e volta a repetir a explicação no Anexo B para<br />

maior <strong>com</strong>odida<strong>de</strong>. Essencialmente, a <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>com</strong>utada (SMPS) do equipamento <strong>de</strong> TI<br />

necessita <strong>de</strong> sofrer breves perturbações na alimentação para retirar energia da tensão sinusoidal <strong>de</strong> entrada<br />

CA. As especificações da norma IEC 61000-4-11, <strong>uma</strong> norma internacional, <strong>de</strong>finem limites relativamente<br />

à magnitu<strong>de</strong> e duração das perturbações <strong>de</strong> tensão que são admissíveis para <strong>uma</strong> carga SMPS. Da<br />

mesma forma, o Information Technology Industry Council (ITI, anteriormente <strong>de</strong>nominado <strong>com</strong>o Computer &<br />

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Business Equipment Manufacturers Association [CBEMA]) publicou <strong>uma</strong> nota <strong>de</strong> aplicação na qual <strong>de</strong>finia<br />

“a tensão <strong>de</strong> entrada CA que normalmente é tolerada (sem interrupção do funcionamento) pela maioria do<br />

equipamento utilizado em tecnologia <strong>de</strong> informação (ITE).” A Figura 5 mostra a curva ITIC e <strong>de</strong>monstra que<br />

o equipamento <strong>de</strong> TI continua a funcionar normalmente durante 20 milisegundos a zero volts. A curva e esta<br />

nota <strong>de</strong> aplicação encontram-se disponíveis no en<strong>de</strong>reço: www.itic.org/technical/iticurv.pdf<br />

Figura 5 – Curva ITIC<br />

Seleccionar os <strong>com</strong>utadores mais a<strong>de</strong>quados<br />

Os <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão apresentam <strong>uma</strong> maior capacida<strong>de</strong> do que os <strong>com</strong>utadores<br />

montados em bastidores. Apesar <strong>de</strong> a maioria do equipamento <strong>de</strong> TI existente num centro <strong>de</strong> dados necessitar<br />

<strong>de</strong> menos <strong>de</strong> 6 kW <strong>de</strong> potência, existem <strong>equipamentos</strong>, <strong>com</strong>o os dispositivos <strong>de</strong> armazenamento, que<br />

necessitam <strong>de</strong> mais potência. Nestes casos torna-se necessário utilizar <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão <strong>de</strong> modo a proporcionar redundância <strong>de</strong> energia ao equipamento. No entanto, os <strong>equipamentos</strong><br />

<strong>de</strong> TI <strong>de</strong>sta dimensão encontram-se normalmente equipados <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação / cabos redundantes<br />

que não necessitam <strong>de</strong> um <strong>com</strong>utador estático. No quadro 1 é apresentada <strong>uma</strong> lista das capacida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> potência para cada tipo <strong>de</strong> <strong>com</strong>utador que funciona <strong>com</strong>o um guia <strong>de</strong> selecção do <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia<br />

mais a<strong>de</strong>quado. É incluída <strong>uma</strong> opção adicional para que não seja utilizado qualquer <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia.<br />

As subsecções abaixo <strong>de</strong>screvem pormenorizadamente cada factor <strong>de</strong> selecção.<br />

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TCO<br />

O custo total <strong>de</strong> exploração inclui os custos <strong>de</strong> capital utilizados na aquisição e instalação do(s) <strong>com</strong>utador(es)<br />

<strong>de</strong> transferência, bem <strong>com</strong>o os custos operacionais associados à utilização <strong>de</strong>sse equipamento.<br />

Este tema é analisado mais pormenorizadamente na Aplicação Técnica nº 37 da <strong>APC</strong>, “Evitar custos <strong>de</strong><br />

infra-estruturas sobredimensionadas em centros <strong>de</strong> dados e salas <strong>de</strong> re<strong>de</strong>”.<br />

Custos <strong>de</strong> capital<br />

Os <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> alta capacida<strong>de</strong> e sobredimensionados não são apenas mais dispendiosos,<br />

<strong>com</strong>o representam também perca <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s. Os <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão (superiores a 10 kVA) encontram-se geralmente ligados à infra-estrutura eléctrica do edifício.<br />

Os <strong>com</strong>utadores ATS e estáticos, <strong>de</strong> menor dimensão, são simplesmente ligados a um receptáculo, evitando-se<br />

assim a <strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> electricistas.<br />

Custos operacionais<br />

Os custos operacionais incluem instalações eléctricas, manutenção e impostos. Os <strong>com</strong>utadores estáticos<br />

são menos eficazes do que os <strong>com</strong>utadores electromecânicos, <strong>uma</strong> vez que possuem um maior número <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>ponentes. A eficácia torna-se <strong>uma</strong> das principais preocupações quando os <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> se encontram ligeiramente carregados. Os custos <strong>de</strong> manutenção variam em função<br />

das re<strong>com</strong>endações do fornecedor; no entanto, em termos gerais, os custos <strong>de</strong> manutenção para os <strong>com</strong>utadores<br />

estáticos são superiores aos dos <strong>com</strong>utadores ATS <strong>de</strong>vido à elevada <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>ponentes. Os impostos não são normalmente levados em consi<strong>de</strong>ração aquando da selecção <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência, mas po<strong>de</strong>m resultar n<strong>uma</strong> economia significativa em função da dimensão<br />

do centro <strong>de</strong> dados. A Aplicação Técnica nº 115 da <strong>APC</strong>, “Declaração e benefícios fiscais da infra-estrutura<br />

modular e portátil do centro <strong>de</strong> dados” <strong>de</strong>screve <strong>com</strong>o os dispositivos eléctricos portáteis e modulares<br />

po<strong>de</strong>m ser classificados <strong>com</strong>o equipamento <strong>de</strong> negócios, o que resulta em poupança fiscal (maior índice<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>dução). Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência que são simplesmente ligados e <strong>de</strong>slocados <strong>de</strong> forma muito<br />

simples po<strong>de</strong>m obter benefícios significativos <strong>com</strong> esta regra.<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão da infra-estrutura eléctrica é crucial para a integrida<strong>de</strong> da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TI e <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações.<br />

Muitas vezes, os modos <strong>de</strong> avaria mais importantes apenas se i<strong>de</strong>ntificam quando o <strong>com</strong>utador<br />

necessita <strong>de</strong> efectuar <strong>uma</strong> transferência para a <strong>fonte</strong> alternativa. Este facto torna-se significativamente<br />

importante no caso dos <strong>com</strong>utadores estáticos, <strong>uma</strong> vez que estes apresentam mais modos <strong>de</strong> avaria do<br />

que os <strong>com</strong>utadores electromecânicos. A gestão remota dos <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia permite aos gestores<br />

<strong>de</strong> TI e <strong>de</strong> instalações monitorizar o estado, os eventos da sessão, as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> configuração, efectuar<br />

actualizações <strong>de</strong> firmware e receber alertas através <strong>de</strong> correio electrónico e SNMP. Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong>vem<br />

permitir a gestão baseada em normas, através <strong>de</strong> HTTP (Web), SNMP e Telnet.<br />

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11


Período <strong>de</strong> transferência<br />

O <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>ve po<strong>de</strong>r alternar entre <strong>fonte</strong>s em 20 milisegundos ou menos quando estiver a<br />

apoiar equipamento <strong>de</strong> TI e <strong>de</strong> tele<strong>com</strong>unicações.<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalação<br />

Dada a elevada frequência das actualizações <strong>de</strong> TI (1 ½ a 2 anos), os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>vem<br />

permitir <strong>uma</strong> rápida reconfiguração. Por exemplo, nos casos em que o equipamento <strong>de</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>única</strong> é <strong>de</strong>slocado, o <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia <strong>de</strong>veria ser facilmente reconfigurado.<br />

Fiabilida<strong>de</strong><br />

Em termos gerais, quanto mais <strong>com</strong>plexo é um sistema, maior é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que venha a suce<strong>de</strong>r<br />

algo <strong>de</strong> errado não apenas <strong>com</strong> os seus <strong>com</strong>ponentes e controlos, mas também <strong>com</strong> a intervenção h<strong>uma</strong>na.<br />

Os <strong>com</strong>utadores estáticos são essencialmente mais <strong>com</strong>plexos do que os <strong>com</strong>utadores electromecânicos,<br />

pelo que requerem um nível <strong>de</strong> conhecimento mais elevado aquando da sua utilização e reparação.<br />

Os <strong>com</strong>utadores electromecânicos encontram-se apenas limitados pelo número <strong>de</strong> vezes que o relé<br />

é activado. Prevê-se que os relés utilizados nestas operações sejam normalmente activados 100.000 vezes.<br />

Em média, os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> dados são <strong>de</strong>slocados quatro vezes por ano. Assim<br />

sendo, os relés apresentam <strong>uma</strong> vida útil mais longa em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> a vida útil dos centros <strong>de</strong> dados.<br />

Qualida<strong>de</strong> da reparação<br />

Quando os sistemas falham, o objectivo <strong>de</strong> qualquer gestor <strong>de</strong> TI ou <strong>de</strong> instalações <strong>de</strong>ve ser o <strong>de</strong> substituir<br />

todo o módulo por um equipamento reparado / actualizado pelo fabricante. Os <strong>com</strong>utadores estáticos e<br />

electromecânicos montados em bastidores po<strong>de</strong>m ser <strong>com</strong>pletamente substituídos, ao contrário dos <strong>com</strong>utadores<br />

STS <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão cuja reparação é efectuada no local, sem que seja necessário qualquer<br />

tipo <strong>de</strong> ambiente normalizado. No entanto, a maioria dos <strong>com</strong>utadores estáticos encontra-se equipada <strong>com</strong><br />

disjuntores <strong>de</strong> bypass que permitem a manutenção e reparação do equipamento enquanto a carga é suportada.<br />

Em função da configuração, torna-se também possível substituir <strong>com</strong>utadores electromecânicos <strong>de</strong><br />

pequena dimensão sem que se verifique qualquer perda da carga crucial.<br />

Sincronização <strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s<br />

Quando se alterna entre duas <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação, existe a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que as <strong>fonte</strong>s não se encontrem<br />

sincronizadas, o que po<strong>de</strong> danificar o equipamento a jusante do <strong>com</strong>utador ou provocar o disparo dos<br />

disjuntores. A probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que esta situação venha a ocorrer aumenta <strong>com</strong> a velocida<strong>de</strong> da <strong>com</strong>utação<br />

e a dimensão do <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia. Por esta razão, é muito mais provável que esta situação ocorra nos<br />

<strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão no que nos <strong>de</strong> menor dimensão. A <strong>com</strong>utação não sincronizada<br />

<strong>com</strong> <strong>com</strong>utadores electromecânicos não representa um problema ao nível das cargas, mas po<strong>de</strong> provocar<br />

um bloqueio dos relés do <strong>com</strong>utador, o que justifica a inclusão em alguns <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> relé<br />

adicional que permite evitar picos eléctricos.<br />

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12


Escalabilida<strong>de</strong><br />

O equipamento existente nos centros <strong>de</strong> dados é actualizado <strong>de</strong> dois em dois anos, mas um centro <strong>de</strong><br />

dados apresenta um tempo <strong>de</strong> vida superior a 10 anos. Durante as actualizações, os gestores são confrontados<br />

<strong>com</strong> diversas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tensão, níveis <strong>de</strong> redundância, tensões e tipos <strong>de</strong> ligações. A escalabilida<strong>de</strong><br />

permite o dimensionamento correcto, simplifica o planeamento e reduz o capital inicial associado a<br />

estas variáveis. Quanto maior for o <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia, maior será a dificulda<strong>de</strong> em dimensionar e<br />

adaptar o equipamento para estas alterações constantes, especialmente quando se preten<strong>de</strong> evitar tempos<br />

<strong>de</strong> paragem. A utilização <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> menor dimensão permite aos gestores reagir<br />

rapidamente a requisitos <strong>de</strong> negócios em constante alteração sem <strong>de</strong>sactivar sistemas cruciais.<br />

Mistura <strong>de</strong> <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> <strong>com</strong> <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong><br />

alimentação múltiplas<br />

A maioria dos centros <strong>de</strong> dados organiza os <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> TI por processos ou <strong>de</strong>partamentos, mas<br />

nunca exclusivamente por dispositivos <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> ou dupla. Por essa razão, a maioria<br />

dos bastidores <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> dados apresenta um conjunto misto <strong>de</strong> máquinas <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>única</strong> e dupla. Na maioria dos casos, os dispositivos <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação dupla necessitam <strong>de</strong><br />

dois cabos <strong>de</strong> alimentação e fichas <strong>de</strong> saída in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. No entanto, os dispositivos <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong><br />

alimentação <strong>única</strong> necessitam apenas <strong>de</strong> um cabo <strong>de</strong> alimentação e <strong>de</strong> <strong>uma</strong> ficha <strong>de</strong> saída. Esta situação<br />

representa um problema no caso dos <strong>com</strong>utadores estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão porque se torna necessário<br />

que o mesmo bastidor passe a a<strong>com</strong>odar 3 cabos <strong>de</strong> alimentação e fichas <strong>de</strong> saída in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, as<br />

quais ocupam o espaço previsto para a cablagem e equipamento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>. Em alternativa, os <strong>com</strong>utadores<br />

<strong>de</strong> pequena dimensão montados em bastidor são alimentados directamente a partir <strong>de</strong> dois cabos <strong>de</strong><br />

alimentação e fichas <strong>de</strong> saída enquanto o equipamento <strong>com</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> é ligado directamente<br />

às saídas do <strong>com</strong>utador.<br />

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13


Característica Sem<br />

<strong>com</strong>utador<br />

<strong>de</strong> energia<br />

Quadro 1 – Características dos três tipos <strong>de</strong> <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia<br />

STS <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão<br />

20 kVA - 35 MVA<br />

STS<br />

montado em<br />

bastidor<br />

5 - 10 kVA<br />

ATS<br />

montado em<br />

bastidor<br />

5 - 10 kVA<br />

TCO € 0 / kW € 200 - €300 / kW € 550 - € 700 / kW € 100 - € 150 / kW<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gestão<br />

Período <strong>de</strong><br />

transferência<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

instalação<br />

Fiabilida<strong>de</strong><br />

Não é necessária<br />

qualquer capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> gestão<br />

Sem período <strong>de</strong><br />

transferência<br />

Sem necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> instalação<br />

Per<strong>de</strong>m-se os<br />

benefícios da<br />

fiabilida<strong>de</strong> dos<br />

circuitos <strong>de</strong><br />

alimentação 2N<br />

Modo <strong>de</strong> avaria Não aplicável<br />

Os protocolos<br />

baseados em<br />

normas não são os<br />

normais<br />

Os protocolos<br />

baseados em<br />

normas não são<br />

os normais<br />

Incluem normalmente<br />

protocolos<br />

baseados em<br />

normas<br />

4 ms 4 ms 8 ms – 16 ms<br />

Requer a instalação<br />

<strong>de</strong> cabos eléctricos<br />

MTBF = 400.000 a<br />

1.000.000 horas<br />

Circuito aberto ou<br />

curto-circuito linha a<br />

linha<br />

Montagem em<br />

bastidor / sem<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cabos<br />

MTBF = 400.000 a<br />

1.000.000 horas<br />

Circuito aberto ou<br />

curto-circuito linha<br />

a linha<br />

Montagem em<br />

bastidor / sem<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

cabos<br />

MTBF = 700.000 a<br />

1.500.000 horas<br />

Bloqueado n<strong>uma</strong><br />

<strong>fonte</strong><br />

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Observação<br />

O custo inicial <strong>de</strong> um<br />

bastidor STS é cerca<br />

<strong>de</strong> seis vezes superior<br />

ao <strong>de</strong> um bastidor ATS<br />

A maioria dos <strong>com</strong>utadores<br />

<strong>de</strong> transferência<br />

possuem por pre<strong>de</strong>finição<br />

relés <strong>de</strong> contacto<br />

seco, mas po<strong>de</strong>m<br />

incluir ferramentas <strong>de</strong><br />

gestão baseadas em<br />

normas <strong>com</strong>o opção<br />

O equipamento <strong>de</strong> TI<br />

requer períodos <strong>de</strong><br />

transferência inferiores<br />

a 20 ms<br />

Apenas electricistas<br />

certificados <strong>de</strong>vem<br />

ligar os <strong>com</strong>utadores<br />

estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão<br />

Os <strong>com</strong>utadores<br />

estáticos apresentam<br />

mais <strong>com</strong>ponentes e<br />

<strong>uma</strong> maior <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong><br />

do que os<br />

<strong>com</strong>utadores ATS,<br />

mas não incluem<br />

peças móveis. Os<br />

valores MTBF<br />

baseiam-se em<br />

estimativas da<br />

indústria<br />

As avarias <strong>de</strong>vido a<br />

circuito aberto provocam<br />

a perda da carga.<br />

Os curto-circuitos linha<br />

a linha po<strong>de</strong>m provocar<br />

a abertura dos<br />

disjuntores a montante<br />

14


Característica Sem<br />

<strong>com</strong>utador<br />

<strong>de</strong> energia<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

reparação<br />

Sincronização <strong>de</strong><br />

<strong>fonte</strong>s<br />

A manutenção<br />

simultânea da<br />

arquitectura<br />

eléctrica não é<br />

possível<br />

Não é necessário<br />

efectuar a sincronização<br />

<strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s<br />

STS <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dimensão<br />

20 kVA - 35 MVA<br />

A reparação <strong>de</strong>ve<br />

ser efectuada no<br />

local<br />

Necessário para<br />

<strong>uma</strong> transferência<br />

mais segura<br />

STS<br />

montado em<br />

bastidor<br />

5 - 10 kVA<br />

Substituição por<br />

<strong>uma</strong> unida<strong>de</strong><br />

reparada em<br />

fábrica<br />

A transferência<br />

sem sincronização<br />

não é tão<br />

importante<br />

ATS<br />

montado em<br />

bastidor<br />

5 - 10 kVA<br />

Substituição por<br />

<strong>uma</strong> unida<strong>de</strong><br />

reparada em fábrica<br />

Não é necessário<br />

efectuar a sincronização<br />

<strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s<br />

Escalabilida<strong>de</strong> Não aplicável Sem escalabilida<strong>de</strong> Dimensionável Dimensionável<br />

Mistura <strong>de</strong><br />

<strong>equipamentos</strong><br />

<strong>de</strong> cabo único<br />

e duplo<br />

Requer apenas<br />

2 circuitos por<br />

bastidor – sem<br />

qualquer benefício<br />

para cargas <strong>de</strong><br />

cabo único<br />

Devem existir<br />

3 circuitos por<br />

bastidor<br />

Requer apenas<br />

2 circuitos por<br />

bastidor<br />

Requer apenas<br />

2 circuitos por<br />

bastidor<br />

Nota: O sombreado a azul indica o melhor <strong>de</strong>sempenho para a característica especificada<br />

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Observação<br />

Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong><br />

energia montados em<br />

bastidor são normalmente<br />

substituídos por<br />

<strong>uma</strong> unida<strong>de</strong> nova ou<br />

actualizada em caso<br />

<strong>de</strong> avaria<br />

Os efeitos adversos<br />

provocados pela<br />

<strong>com</strong>utação sem fase<br />

continuam a subsistir<br />

nos <strong>com</strong>utadores STS<br />

montados em bastidor,<br />

mas afectam <strong>uma</strong> zona<br />

<strong>de</strong> menor dimensão do<br />

centro <strong>de</strong> dados<br />

Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong><br />

transferência montados<br />

em bastidor são<br />

flexíveis e po<strong>de</strong>m<br />

a<strong>com</strong>panhar o crescimento<br />

do centro <strong>de</strong><br />

dados<br />

A distribuição da<br />

alimentação dos<br />

<strong>com</strong>utadores estáticos<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão<br />

torna a cablagem do<br />

bastidor mais <strong>com</strong>plicada<br />

e consome<br />

espaço valioso<br />

15


Conclusões<br />

À medida que os anos passam, os dados tornam-se cada vez mais importantes para todos os negócios,<br />

pelo que é sem surpresa que se verifica que todos os <strong>equipamentos</strong> mais importantes incluem <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong><br />

alimentação duplas. No entanto, os gestores <strong>de</strong> TI e <strong>de</strong> instalações continuam a hesitar no que diz respeito<br />

à melhor forma <strong>de</strong> proporcionar alimentações redundantes aos restantes <strong>equipamentos</strong> <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong><br />

alimentação <strong>única</strong>s ou até se esse procedimento <strong>de</strong>ve ser implementado <strong>de</strong> todo. A disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alimentação para <strong>equipamentos</strong> <strong>de</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>única</strong> <strong>com</strong> potências inferiores a 10 kVA é optimizada<br />

através da implementação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> redundância directamente no bastidor. Este procedimento<br />

po<strong>de</strong> ser efectuado através da utilização <strong>de</strong> um <strong>com</strong>utador estático ou <strong>de</strong> um ATS montados em bastidor.<br />

No entanto, tendo em conta os critérios apresentados nesta nota, a solução i<strong>de</strong>al é a utilização <strong>de</strong> um<br />

<strong>com</strong>utador ATS montado em bastidor.<br />

Acerca do autor:<br />

Victor Avelar é Engenheiro <strong>de</strong> Disponibilida<strong>de</strong> da <strong>APC</strong>. É responsável pela consultoria <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong><br />

e análise <strong>de</strong> arquitecturas eléctricas e concepção <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> dados para clientes. Victor <strong>com</strong>pletou<br />

o bacharelato em Engenharia mecânica no Rensselaer Polytechnic Institute em 1995 e é membro da<br />

ASHRAE e da Socieda<strong>de</strong> americana para a qualida<strong>de</strong> (ASQ).<br />

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16


Anexo A<br />

Comutador <strong>de</strong> energia estático: método <strong>de</strong> funcionamento<br />

Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia estática, também <strong>de</strong>nominados relés <strong>de</strong> estado sólido (SSR), são dispositivos<br />

electrónicos utilizados para <strong>com</strong>utar entre duas <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação. A estes <strong>com</strong>utadores é atribuída a<br />

<strong>de</strong>signação “sólido” e “estático” <strong>de</strong>vido às proprieda<strong>de</strong>s dos <strong>com</strong>ponentes <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação electrónicos.<br />

Os <strong>com</strong>ponentes <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação <strong>de</strong>signam-se por rectificadores controladores <strong>de</strong> silício (SCR), também<br />

conhecidos <strong>com</strong>o tirístores. Para <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>com</strong>o funciona um SCR, é necessário <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r em<br />

primeiro lugar o material que o <strong>com</strong>põe.<br />

Tal <strong>com</strong>o o nome indica, todos os SCRs são fabricados a partir <strong>de</strong> um material semicondutor <strong>de</strong>signado<br />

silício, que é o elemento principal da areia e do quartzo. Os materiais semicondutores resultam <strong>de</strong> um<br />

cruzamento entre os isolantes e os condutores eléctricos. Os isolantes evitam o fluxo <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong><br />

enquanto os condutores permitem que o fluxo <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> se processe normalmente. No seu estado<br />

natural, os semicondutores po<strong>de</strong>m funcionar <strong>com</strong>o isoladores e condutores através <strong>de</strong> alterações na sua<br />

temperatura. Para melhor controlar estas proprieda<strong>de</strong>s condutoras, os semicondutores <strong>com</strong>o o silício são<br />

sujeitos a um processo conhecido <strong>com</strong>o dopagem, que adiciona impurezas ao semicondutor no seu estado<br />

natural. Através da introdução <strong>de</strong> <strong>uma</strong> pequena tensão no SCR estas impurezas permitem que este se<br />

torne condutor. Na Figure A1 é apresentado o símbolo <strong>de</strong> um SCR e <strong>uma</strong> imagem <strong>de</strong> um SCR real.<br />

Ánodo<br />

Figura A1 – Rectificador controlador <strong>de</strong> silício<br />

Símbolo do SCR<br />

Porta<br />

SCR circular<br />

Cátodo<br />

Basicamente, um SCR funciona <strong>com</strong>o <strong>uma</strong> válvula que permite o fluxo da corrente apenas n<strong>uma</strong> direcção.<br />

O seu funcionamento é semelhante ao <strong>de</strong> <strong>uma</strong> válvula cardíaca, <strong>uma</strong> vez que permite o fluxo sanguíneo<br />

apenas n<strong>uma</strong> direcção. Para activar ou “fechar” um SCR, é-lhe aplicada <strong>uma</strong> pequena tensão que permite<br />

o fluxo <strong>de</strong> energia do ânodo para o cátodo. No entanto, a “válvula” <strong>de</strong> um SCR é <strong>de</strong>sligada (aberta) automaticamente<br />

quando a onda sinusoidal da corrente alternada (CA) atinge a barreira zero, tal <strong>com</strong>o é <strong>de</strong>monstrado<br />

na Figura A2. Nesta altura, o SCR <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> funcionar <strong>com</strong>o um condutor e passa a funcionar in<strong>de</strong>finidamente<br />

<strong>com</strong>o um isolante, a não ser que seja enviado outro sinal para a respectiva porta. O SCR não<br />

permite em situação alg<strong>uma</strong> que se verifique <strong>uma</strong> inversão do fluxo da tensão, do cátodo para o ânodo.<br />

Assim sendo <strong>com</strong>o é que é possível “processar” as duas partes (positiva e negativa) <strong>de</strong> <strong>uma</strong> onda sinusoidal<br />

CA?<br />

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17


Sinal enviado<br />

para a porta<br />

SCR 1<br />

Sinal enviado<br />

para a porta<br />

SCR 2<br />

Figura A2 – Onda sinusoidal<br />

Barreira<br />

zero<br />

A <strong>única</strong> forma <strong>de</strong> permitir o fluxo <strong>de</strong> toda a onda sinusoidal é proce<strong>de</strong>r à utilização <strong>de</strong> dois SCRs em simultâneo,<br />

tal <strong>com</strong>o é <strong>de</strong>monstrado na Figura A3. Desta forma, é possível enviar um sinal para a porta do<br />

SCR 2 permitindo o fluxo da parte inferior (negativa) da onda sinusoidal indicada na Figura A2. Isto quer<br />

dizer que para permitir o fluxo <strong>de</strong> duas ondas sinusoidais <strong>com</strong>pletas, tal <strong>com</strong>o é indicado na Figura A2,<br />

o SCR 1 <strong>de</strong>ve ser activado na primeira e na terceira barreira zero, enquanto o SCR 2 apenas necessita<br />

<strong>de</strong> ser activado na segunda e na quarta barreira zero. Deve ter-se em consi<strong>de</strong>ração que o controlador <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>utação estático <strong>de</strong>ve enviar estes sinais para a porta <strong>de</strong> forma muito rápida e fiável enquanto o circuito<br />

<strong>de</strong> alimentação principal continuar disponível. Assim sendo, se <strong>uma</strong> instalação fornecer corrente CA a<br />

50 Hz (50 ondas sinusoidais por segundo), o controlador <strong>de</strong>ve enviar 100 sinais por segundo para a porta.<br />

E este procedimento apenas é válido para um <strong>com</strong>utador estático monofásico. Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia<br />

são normalmente trifásicos, o que significa que o controlador <strong>de</strong>ve enviar 100 sinais por segundo para a<br />

porta, por fase, para um total <strong>de</strong> 300 sinais por segundo.<br />

Na Figura A3 encontra-se representado um <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia estática monofásico. Isto quer dizer que<br />

os lados primário e alternativo <strong>de</strong> um <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia estático trifásico seriam constituídos cada um<br />

por 3 pares <strong>de</strong> SCRs lado a lado (6 SCRs em cada lado ou 12 no total). Nota: Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia<br />

<strong>de</strong> alta capacida<strong>de</strong> utilizam a configuração que acabou <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita, em “coluna”, tornando possível a<br />

existência <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> SCRs no mesmo <strong>com</strong>utador.<br />

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18


Fonte 1<br />

Fonte 2<br />

Figura A3 – Comutador estático monofásico<br />

K<br />

K<br />

LOGIC<br />

K<br />

K<br />

Bypass <strong>de</strong> manutenção<br />

Bypass <strong>de</strong> manutenção<br />

SCRs<br />

lado a lado<br />

K<br />

SCRs<br />

lado a lado<br />

K<br />

Bloqueio Kirk Key<br />

Agora que o SCR e o seu controlo já foram <strong>de</strong>scritos, <strong>com</strong>o é que um <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia estático transfere<br />

tensão <strong>de</strong> <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> para outra? A resposta resi<strong>de</strong> na forma <strong>com</strong>o o SCR se <strong>com</strong>porta. Devemos<br />

lembrar-nos que quando um SCR é activado, este continua a conduzir electricida<strong>de</strong> até que a onda sinusoidal<br />

atinja a barreira zero. Nesta altura, os controlos do <strong>com</strong>utador <strong>de</strong> energia po<strong>de</strong>riam activar o mesmo<br />

SCR ou o SCR do lado alternativo caso a <strong>fonte</strong> principal não se encontrasse disponível. Estas <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong>vem ser tomadas em microssegundos <strong>de</strong> forma a evitar a perda <strong>de</strong> carga crucial. Ao contrário dos<br />

<strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia montados em bastidor, os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> energia estáticos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão<br />

são ainda mais sujeitos a este tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão suportam um maior<br />

número <strong>de</strong> cargas e encontram-se mais sujeitos a curto-circuitos a jusante. A transferência <strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s<br />

durante um curto-circuito a jusante po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>vastadora, <strong>uma</strong> vez que a perturbação se propaga a um<br />

circuito estável. Assim sendo, para além <strong>de</strong> todas as <strong>de</strong>cisões que <strong>de</strong>vem ser tomadas, os <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> dimensão <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>cidir em primeiro lugar se existe um curto-circuito e, se for esse o caso, evitar<br />

que a <strong>com</strong>utação ocorra.<br />

Comutadores electromecânicos ou <strong>com</strong>utadores <strong>de</strong> transferência automática (ATS):<br />

método <strong>de</strong> funcionamento<br />

Ao passo que os <strong>com</strong>utadores estáticos utilizam SCRs, os <strong>com</strong>utadores electromecânicos utilizam <strong>com</strong>ponentes<br />

<strong>de</strong>nominados relés para <strong>com</strong>utar entre <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação principais e alternativas. Os relés<br />

baseiam-se no princípio <strong>de</strong> funcionamento simples e económico <strong>de</strong> um electromagneto. É possível criar um<br />

electromagneto simples, enrolando um arame em redor <strong>de</strong> um prego e ligando as extremida<strong>de</strong>s do arame a<br />

<strong>uma</strong> pilha, tal <strong>com</strong>o é indicado na Figura A4. Quando a pilha é ligada ao arame, provoca o fluxo <strong>de</strong> tensão<br />

Saída<br />

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através da bobina, produzindo <strong>de</strong>sta forma um campo magnético. Este campo magnético magnetiza o<br />

prego, o qual po<strong>de</strong> ser utilizado para recolher outros objectos metálicos <strong>com</strong>o clips <strong>de</strong> papel. É este mesmo<br />

princípio que permite às gruas electromagnéticas <strong>de</strong>slocar os carros num ferro-velho, <strong>com</strong> a diferença <strong>de</strong><br />

que estas necessitam <strong>de</strong> muito mais energia do que a que é fornecida por <strong>uma</strong> pilha <strong>de</strong> pequena dimensão.<br />

Figura A4 – Um electromagneto simples<br />

Então <strong>com</strong>o é que um electromagneto permite que um relé efectue a <strong>com</strong>utação entre <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação?<br />

A Figura A5 fornece alg<strong>uma</strong>s respostas intuitivas. O funcionamento <strong>de</strong> um relé baseia-se em dois<br />

circuitos: o circuito <strong>de</strong> activação e o circuito <strong>de</strong> contacto. O electromagneto encontra-se no lado <strong>de</strong> activação<br />

e os contactos do relé (C1 e C2) no lado do contacto. Uma vez que o electromagneto atrai metal<br />

quando é activado, este encontra-se posicionado perto da armadura. Uma armadura, num relé, é o dispositivo<br />

<strong>de</strong> metal que se <strong>de</strong>sloca entre os contactos eléctricos. Quando o electromagneto é activado, a sua força<br />

magnética atrai e bloqueia a armadura <strong>de</strong> encontro ao contacto C1, <strong>com</strong>pletando <strong>de</strong>sta forma o circuito. No<br />

entanto, quando o electromagneto é <strong>de</strong>sactivado, <strong>de</strong>ve existir <strong>uma</strong> forma <strong>de</strong> permitir que a armadura entre<br />

em contacto <strong>com</strong> o contacto C2. Este procedimento apenas é possível se for colocada <strong>uma</strong> mola na outra<br />

extremida<strong>de</strong> da armadura. Desta forma, aconteça o que acontecer, a armadura encontra-se sempre em<br />

contacto <strong>com</strong> C1 ou C2.<br />

Figura 5A – Esquema <strong>de</strong> um relé mecânico<br />

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Tal <strong>com</strong>o acontece <strong>com</strong> o <strong>com</strong>utador estático, um ATS também necessita <strong>de</strong> um controlador para monitorizar<br />

a tensão <strong>de</strong> entrada das <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação principal e alternativa. No entanto, os controlos são<br />

muito mais simples <strong>uma</strong> vez que não é necessário enviar sinais para a porta centenas <strong>de</strong> vezes por segundo.<br />

Em vez disso, o controlador monitoriza apenas o estado das <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação principal e alternativa<br />

e <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quando <strong>de</strong>ve activar e <strong>de</strong>sactivar o relé.<br />

Anexo B<br />

Equipamento <strong>de</strong> TI e alimentação CA: <strong>com</strong>o funciona a <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação do modo <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>utação (SMPS)?<br />

Como é que é possível manter o equipamento <strong>de</strong> TI em funcionamento durante as perdas <strong>de</strong> energia?<br />

Em primeiro lugar, <strong>de</strong>vemos ter em consi<strong>de</strong>ração a forma <strong>com</strong>o a electricida<strong>de</strong> é produzida. Normalmente,<br />

a electricida<strong>de</strong> é distribuída <strong>com</strong>o alimentação <strong>de</strong> corrente alterna (CA) a partir da corrente pública e <strong>de</strong><br />

geradores <strong>de</strong> segurança. A voltagem CA “alterna” entre positiva e negativa — i<strong>de</strong>almente <strong>com</strong>o <strong>uma</strong> onda<br />

sinusoidal perfeita — passando duas vezes por ciclo pelo ponto zero. Apesar <strong>de</strong> não ser <strong>uma</strong> situação<br />

<strong>de</strong>tectada pelo olho h<strong>uma</strong>no, <strong>uma</strong> lâmpada ligada à corrente pública pisca 100 ou 120 vezes por segundo<br />

(para 50 ou 60 ciclos CA) à medida que a tensão cruza o ponto zero para alterar a polarida<strong>de</strong>. O equipamento<br />

<strong>de</strong> TI também é “<strong>de</strong>sligado” 100 vezes ou mais por segundo à medida que a tensão da linha muda<br />

<strong>de</strong> polarida<strong>de</strong>? É evi<strong>de</strong>nte que existe aqui um problema que <strong>de</strong>ve ser resolvido pelo equipamento <strong>de</strong> TI.<br />

A forma <strong>com</strong>o virtualmente todo o equipamento mo<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> TI resolve este problema é através da <strong>fonte</strong><br />

<strong>de</strong> alimentação (SMPS). 1 Uma SMPS converte em primeiro lugar a tensão CA <strong>com</strong> todos os seus <strong>com</strong>ponentes<br />

(picos <strong>de</strong> tensão, distorções, variações na frequência, etc.) em tensão CC simples (corrente contínua).<br />

Este processo permite carregar um elemento <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> energia, <strong>de</strong>nominado con<strong>de</strong>nsador,<br />

que se encontra entre a entrada <strong>de</strong> CA e a restante <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação. Este con<strong>de</strong>nsador é carregado<br />

pela entrada <strong>de</strong> CA em impulsos que surgem duas vezes por ciclo <strong>de</strong> CA quando a onda sinusoidal<br />

atinge ou se encontra próximo dos seus picos (positivo e negativo) e <strong>de</strong>scarrega <strong>com</strong> a frequência ditada<br />

pelas necessida<strong>de</strong>s dos circuitos <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> TI a jusante. O con<strong>de</strong>nsador foi concebido para<br />

absorver <strong>de</strong> forma contínua estes impulsos CA normais bem <strong>com</strong>o picos <strong>de</strong> tensão anómalos ao longo <strong>de</strong><br />

toda a sua vida útil. Assim sendo, e ao contrário das lâmpadas a piscar, o equipamento <strong>de</strong> TI funciona <strong>com</strong><br />

base num fluxo contínuo <strong>de</strong> tensão CC em vez dos impulsos <strong>de</strong> tensão CA da instalação pública.<br />

Mas esta história não termina por aqui. Os circuitos microelectrónicos requerem tensões CC bastante<br />

baixas (3,3 V, 5 V, 12 V, etc.), mas a tensão do con<strong>de</strong>nsador que acabámos <strong>de</strong> mencionar po<strong>de</strong> atingir<br />

valores da or<strong>de</strong>m dos 400 V. A SMPS converte igualmente esta elevada tensão CC em saídas <strong>de</strong> CC<br />

niveladas e <strong>de</strong> baixa tensão.<br />

1<br />

O “modo <strong>de</strong> <strong>com</strong>utação” refere-se a <strong>uma</strong> funcionalida<strong>de</strong> do circuito interno da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação que não se encontra<br />

relacionada <strong>com</strong> esta análise.<br />

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Através <strong>de</strong>sta redução da tensão, a SMPS efectua <strong>uma</strong> outra função importante: proporciona isolamento<br />

galvânico. O isolamento galvânico é <strong>uma</strong> separação física no circuito, que serve dois objectivos. O primeiro<br />

objectivo é a segurança — a protecção contra choques eléctricos. O segundo objectivo é a protecção contra<br />

avarias ou danos no equipamento <strong>de</strong>vido a tensão <strong>de</strong> modo <strong>com</strong>um (baseada em ligação terra) ou ruído.<br />

Po<strong>de</strong> encontrar informações acerca <strong>de</strong> ligações terra e tensão <strong>de</strong> modo <strong>com</strong>um nas Aplicações Técnicas<br />

nº 9, “Common Mo<strong>de</strong> Susceptibility of Computers” e nº 21, “Neutral Wire Facts and Mythology” da <strong>APC</strong>.<br />

Da mesma forma que a SMPS “ignora” os intervalos entre picos da onda sinusoidal da entrada CA, acaba<br />

por ignorar igualmente outras anomalias e interrupções breves da alimentação CA. Esta é <strong>uma</strong> funcionalida<strong>de</strong><br />

importante para os fabricantes <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> TI, <strong>uma</strong> vez que estes preten<strong>de</strong>m que o seu<br />

equipamento continue a funcionar mesmo nos casos em que não se encontra presente <strong>uma</strong> UPS. Nenhum<br />

fabricante <strong>de</strong> equipamento <strong>de</strong> TI <strong>de</strong>seja colocar em causa a sua reputação em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e<br />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>vido a <strong>uma</strong> <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação que não consiga suportar a mínima anomalia da linha CA.<br />

Este facto torna-se particularmente verda<strong>de</strong>iro para equipamento informático e <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> gama alta, que é<br />

naturalmente fabricado <strong>com</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> maior qualida<strong>de</strong>.<br />

Tendo em vista a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sta capacida<strong>de</strong> para ignorar estes eventos, aplicou-se <strong>uma</strong> carga<br />

pesada sobre a <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> um <strong>com</strong>putador normal e, em seguida, retirou-se a entrada<br />

CA. A saída da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação foi monitorizada para <strong>de</strong>terminar até que ponto a tensão <strong>de</strong> saída<br />

disponível continuava a ser fornecida após a perda da entrada CA. Os resultados obtidos são indicados na<br />

Figura B1. As ondas apresentadas referem-se à tensão <strong>de</strong> entrada, corrente <strong>de</strong> entrada e tensão <strong>de</strong> saída<br />

CC da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação.<br />

Voltagem <strong>de</strong><br />

entrada<br />

Tensão <strong>de</strong><br />

entrada<br />

Figura B1 – Características da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação<br />

18 ms<br />

Entrada CA interrompida<br />

Falha na saída CC<br />

Linha superior: Saída <strong>de</strong><br />

baixa voltagem CC na <strong>fonte</strong><br />

<strong>de</strong> alimentação<br />

Linhas do meio: Voltagem e<br />

tensão <strong>de</strong> entrada<br />

Após a eliminação da voltagem CA, a saída da <strong>fonte</strong> <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> um <strong>com</strong>putador sujeito a <strong>uma</strong> carga pesada<br />

sofre um colapso, mas apenas após um atraso significativo.<br />

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Antes <strong>de</strong> ter sido removida, a tensão <strong>de</strong> entrada era representada pela onda sinusoidal indicada no lado<br />

esquerdo da Figura B1. A tensão <strong>de</strong> entrada — o tracejado indicado abaixo da curva da tensão — é<br />

constituída por um impulso breve no pico positivo da tensão <strong>de</strong> entrada e outro impulso breve no pico<br />

negativo. O con<strong>de</strong>nsador da SMPS apenas é carregado durante estes impulsos <strong>de</strong> tensão. Durante o<br />

período restante, a tensão é retirada do con<strong>de</strong>nsador e enviada para os circuitos <strong>de</strong> processamento.<br />

A voltagem CC na saída da SMPS é representada pelo tracejado superior da Figura B1. Note que a tensão<br />

<strong>de</strong> saída permanece rigorosamente nivelada durante 18 milisegundos após a remoção da entrada CA.<br />

A <strong>APC</strong> testou <strong>uma</strong> gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> vários fabricantes <strong>de</strong> <strong>com</strong>putadores e<br />

outro equipamento <strong>de</strong> TI e obteve resultados semelhantes. Se as <strong>fonte</strong>s <strong>de</strong> alimentação apresentarem <strong>uma</strong><br />

carga leve, o período <strong>de</strong> espera é maior <strong>uma</strong> vez que o con<strong>de</strong>nsador é <strong>de</strong>scarregado mais lentamente.<br />

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