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7.ROCHAS ÍGNEAS - UNESP - Rio Claro

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ROCHAS <strong>ÍGNEAS</strong><br />

A. R.I. INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS<br />

Correspondem as rochas intrudidas em outras rochas (rochas encaixantes)<br />

1. Textura<br />

• Textura grossa – fanerítica (cristais visíveis a olho nú) (faneros = visível).<br />

Resfriamento lento possibilita o crescimento de cristais maiores<br />

• Tipos de Textura: Fanerítica: equigranular ou inequigranular<br />

Porfirítica-fanerítica (fenocristais)<br />

2. Formas das Intrusões Magmáticas Deduzidas por mapeamento e por sondagens<br />

2.1.Plútons – corpos ígneos de grande porte que se formam em profundidade; dimensão: 1km 3 a centenas km 3<br />

• No contato do magma com as rochas encaixantes pode ocorrer:<br />

Fusão da encaixante;<br />

Arqueamento das rochas encaixantes;<br />

Penetração do magma em fendas (apófises da câmara magmática)<br />

Blocos de rochas encaixantes podem ser assimilados pelo magma, modificando localmente sua<br />

composição e formando xenólitos<br />

a. Tipos de Plútons<br />

• Batólitos – grandes massas irregulares > 100 km 2 de extensão, geralmente com 10-15 km de espessura<br />

• Stocks – plútons menores<br />

• Apófises – intrusões de menor porte; projetam-se de plutons maiores, em fraturas da rocha encaixante<br />

Obs. Todos são intrusões discordantes.<br />

2.2. Sill – intrusão tabular formada pela injeção de magma entre camadas paralelas de rochas encaixantes;<br />

contatos concordantes com o acamamento.<br />

a. Dimensões – Espessura = cm a centenas de metros<br />

– Extensão – pode ser grande – dezenas de km<br />

b. No registro geológico podem assemelhar-se a derrames de rochas vulcânicas<br />

Distinção:: Ausência de vesículas e geodos preenchidos, comuns em rochas vulcânicas<br />

Cristais + grossos devido resfriamento mais lento<br />

Metamorfismo no contato com as rochas encaixantes acima e abaixo ⇒ alteração de minerais<br />

Inexistência de paleosolos ou rochas intemperizadas no contato inferior<br />

2.3. Diques - correspondem à principal rota de transporte de magma na crosta<br />

• são tabulares e discordantes, cortando vertical ou obliquamente as rochas encaixantes<br />

• preenchem fraturas preexistentes ou criadas pela pressão da injeção magmática<br />

• Dimensões - largura – cm a vários metros; comprimento – km<br />

• Presença comum de xenólitos<br />

• Em geral ocorrem em grande número numa determinada área (enxame de diques)<br />

B. R.I. EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS<br />

1. Textura<br />

• Fina – afanítica (cristais não são visíveis a olho nu)<br />

Resfriamento muito rápido da lava não permite crescimento de cristais maiores antes do extravamento<br />

a. Tipos de Texturas<br />

• Afanítica – cristais finos<br />

• Porfirítica-afanítica (crescimento de cristais antes do extravasamento da lava)<br />

• Vítrea – não cristalina = amorfo (vidro vulcânico)<br />

• Púmice – material afanítico ou vítreo, muito poroso, devido presença de gases que escapam<br />

posteriormente e formam vesículas (bolhas)<br />

• Fragmentária – fragmentos de lava (finos; grossos), consolidados na ejeção, após explosões vulcânicas<br />

2. As erupções vulcânicas formam duas categorias de rochas vulcânicas: Consolidação de derrames de lavas e<br />

de pedaços de lava durante erupções explosivas (piroclastos)


• Piroclastos – incluem cristais formados antes da explosão, fragmentos de lava que se consolidam durante<br />

erupção e pedaços de vidros vulcânicos que se quebram durante erupção<br />

• Podem ser muito finos (cinzas) a grossos (bombas)<br />

C. COMPOSIÇÃO DAS R.I. (QUÍMICA/MINERALÓGICA)<br />

• Devido grande quantidade de minerais de silicatos, as R.I. podem ser classificadas segundo o:<br />

Teor em SiO2 - Ácidas (ricas em sílica)<br />

- Básicas (deficientes em sílica)<br />

1. Classificação<br />

1.1. Rochas Félsicas ( Fd + sílica) ou Ácidas (teor em sílica)<br />

• 65% SiO2 (rica em sílica); Rochas têm Qz (SiO2 em excesso)<br />

• Minerais félsicos – Minerais claros Qz – SiO2<br />

K Fd – KAl Si3O8<br />

Plagioclásios - Na Al Si3O8 ? Ca Al2 Si3O8<br />

Moscovita - K Al3 Si3 O10 (OH)2<br />

• Cores claras – rochas leucocráticas (leuco = clara)/ (cráticas = cor)<br />

• Ex: R.I. Ácida intrusiva – granito<br />

R.I. Ácida extrusiva – riolito (massa rósea, afanítica, com fenocristais de KFd)<br />

– obsidiana (vidro vulcânico ácido)<br />

• Composição essencial – Qz + K Fd<br />

• Minerais acessórios – biotita; anfibólio (hornblenda), plagioclásio Na (albita)<br />

•<br />

1.2. Rochas Intermediárias<br />

• 65 - 52% sílica; Raramente têm Qz (muito fino,


D. MINERAIS VS TEMPERATURA DE FUSÃO E VISCOSIDADE DO MAGMA<br />

• Tfmin. Máficos > Tf min. félsicos ⇒ máficos se cristalizam em T›<br />

• Félsicos > teor SiO2 ⇒ estrutura cristalina + complexa (tectossilicatos)<br />

< habilidade de fluxo (resistência ao fluxo) ” viscosidade (rochas ácidas)<br />

E. FORMAÇÃO DE MAGMAS<br />

• Crosta é sólida. No entanto, vulcões trazem material líquido, vindo de profundezas da crosta<br />

• Como e onde se formam os magmas? Ver Tectônica de Placas!<br />

• Conhecimento sobre magmas resulta de observações e estudos laboratoriais de erupções vulcânicas e de<br />

simulações experimentais de fusão de rochas.<br />

1. Condicionantes na formação dos Magmas<br />

• A fusão de rochas que forma os magmas depende da composição das rochas e das condições de P e T.<br />

a. Grau Geotérmico<br />

• Refere-se ao aumento de T com a profundidade → > Profundidade > T<br />

• Grau geotérmico (≡ taxa) = T ( o C) / D (profundidade, km)<br />

• O grau geotérmico varia de região para região<br />

Regiões vulcânicas ⇒ Grau Geotérmico elevado<br />

Regiões estáveis tectonicamente ⇒ Grau Geotérmico menor<br />

Ex: → 1000 o C a 40 km profundidade em áreas vulcânicas (1000/40 = 25 o C/km)<br />

→ 500 o C a 40km profundidade em áreas estáveis (500/40 = 12,5 o C/km)<br />

b. Temperatura<br />

• Fusão parcial – minerais que compõem as rochas fundem a T diferentes. Portanto, a uma determinada<br />

T, alguns minerais atingem P fusão e outros não<br />

• Fusão parcial = fração da rocha fundida a uma determinada T<br />

c. Composição<br />

• Proporção com que uma rocha se funde depende:<br />

Composição da rocha;<br />

T fusão minerais;<br />

T e P da crosta onde ocorre a fusão<br />

• Assim, composição de magmas resultantes da fusão parcial ou de toda rocha são muito diferentes e<br />

Magmas diferentes resultam de „s proporções de Fusão parcial<br />

d. Pressão<br />

• P aumenta com profundidade > P > Ponto fusão<br />

(em profundidade, é exigida maior T para fusão das rochas)<br />

Ex: 1000 o C à superfície → 1300 o C em grande profundidade (razão pela qual as rochas se mantêm sólidas<br />

em profundidade na crosta e no manto)<br />

e. Água<br />

• Magmas contém vapor d´água em grande quantidade.<br />

• Experimentos sobre fusão de rochas, com quantidades variáveis de água, mostram que a maior quantidade<br />

de água provoca redução do ponto de fusão (presença de água ⇒ < Ponto fusão minerais)<br />

Ex: Albita (Na plagioclásio) 1000 o C → ~800 o C<br />

2. Câmaras Magmáticas<br />

• Fusão parcial pode estar ocorrendo em diversas partes da crosta<br />

• Esse material líquido (menos denso que a rocha) pode migrar através dos poros e contatos entre cristais,<br />

indo alojar-se em rochas mais rasas, onde formam grande acúmulo de material fundido<br />

• Geofísica (ondas sísmicas) revela presença de câmaras magmáticas em profundidade, geralmente<br />

associadas a atividades vulcânicas<br />

• Câmaras magmáticas - expandem-se por fusão das rochas encaixantes<br />

- contraem-se pela saída do magma para erupções vulcânicas<br />

3. Conclusões<br />

• Rochas sofrem fusão em profundidade, formando magmas<br />

• Diferentes tipos de magmas se formam, em T? s e em regiões ? s da crosta<br />

• A tectônica de placas é importante no entendimento da gênese de magmas.

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