a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...
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denominação de origem por uma questão de identidade já incorporada pela comunidade e outras tantas instituições na cidade que encaminham pessoas ao CTA. Em 1995, quando aconteceu o processo de municipalização do SUS em Curitiba, o serviço passou a ser gerenciado pela SMS e incorporado como uma Unidade Especializada de Saúde, vinculada ao Distrito Sanitário da Matriz, por estar situado em uma região central da cidade. Fato que não delimita sua área de abrangência de atuação, pois a atenção é prestada ao usuário, independente da origem dele. A partir dessa data, a SMS passa a entender e a enfatizar o CTA como um serviço de grande relevância nos trabalhos de prevenção e controle da epidemia da AIDS em Curitiba. Busca incrementar, cada vez mais, a estrutura do serviço, seja no âmbito de seus recursos humanos, sua estrutura física e incorporação, 19 seja criação 20 de novas tecnologias com vistas na atenção à saúde ao HIV e à AIDS. Integram-se ao serviço uma equipe multiprofissional, composta por uma enfermeira/coordenadora, duas psicólogas, uma assistente social, um médico, quatro auxiliares de enfermagem e um assistente administrativo que operam de modo cooperativo participando de todas as fases do processo de trabalho, descritas logo a seguir. Ainda que com limites específicos da formação de cada profissional, todos buscam uma atitude de acolhimento e aconselhamento com o usuário, visando à consecução das diretrizes e dos objetivos do serviço. Contudo, garantir a coesão da equipe não é uma tarefa fácil, devido à rotatividade de recursos humanos. 19 O Laboratório Municipal de Curitiba realiza os testes anti-HIV de última geração, de forma tolamente automatizada e identificação do usuário por meio de leitura ótica. Fato que reduz a 'zero' a possibilidade de troca de amostras. 20 "Com base na experiência de informatização do CTA de Curitiba, iniciada em 1996, o MS desenvolveu um sistema de informações para guardar, transmitir e transformar informações clínicas, epidemiológicas e administrativas com o objetivo de instrumentalizar os técnicos e gestores dos Centros de Testagem e Aconselhamento em AIDS e das coordenações nacional, estadual e municipal de DST/AIDS no atendimento ao cliente e na gestão dos recursos humanos e materiais, além de compor o sistema de vigilância da infecção pelo HIV e propiciar a realização de investigação científica especiais (...). Este sistema foi disponibilizado para todos os CTA do Brasil, nos quais 75% dos serviços inscreveram-se espontaneamente para esta implantação nacional e encaminhamento técnicos para alguma das capacitações realizadas" (BRASIL, 2002, p.43). 89
E para sanar essas dificuldades, todos os membros do grupo passam por capacitações programadas, treinamento em serviço, com enfoque em discussão de casos, informações técnico-científicas e oficinas de vivência (ALMEIDA et al., 2004). O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h sem interrupção para o almoço. Acolhe o usuário seguindo um fluxograma básico. Ao chegar ao CTA ele é encaminhado à recepção, na qual o auxiliar administrativo por meio de uma conversa breve reconhece o motivo de ele ter vindo ao serviço e lhe encaminha, conforme sua necessidade. Informa-lhe também sobre os horários do aconselhamento coletivo pré-teste, e caso ele deseje permanecer receberá uma senha numérica que determinará a ordem para a coleta do exame, após o aconselhamento coletivo. Se o usuário manifestar o desejo de não participar desse momento, ele será encaminhado para o aconselhamento pré-teste individual. Após o aconselhamento, e se ele mantiver a intenção de realizar o exame, então o usuário é encaminhado para a coleta do sangue. É orientado para buscar o resultado num período de três a sete dias, e marcar por telefone o dia e a hora da entrega do resultado de seu exame. Este momento é chamado de aconselhamento pós-teste, realizado sempre de forma individualizada, no qual o aconselhador buscará diante das demandas do usuário oferecer-lhe: apoio emocional; apoio educativo que trata das trocas de informações sobre DST e HIV a AIDS, suas formas de transmissão, prevenção e tratamento; avaliação de sua vulnerabilidade, propiciando a reflexão sobre valores, atitudes e condutas, incluindo o planejamento de estratégias e redução de risco (BRASIL, 1999a). No caso de o exame ser reagente para o HIV, o usuário é encaminhado para coleta de nova amostra de sangue, conforme preconiza a Portaria do Ministério da Saúde – 488/2002, que orienta uma segunda coleta para descaracterizar troca de amostras ou problemas na realização do exame. Após este procedimento e o exame se configure novamente reativo para o HIV, o usuário é encaminhado para a Unidade de Saúde mais próxima a sua residência. Seu percurso dentro do serviço é 90
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E para sanar essas dificulda<strong>de</strong>s, to<strong>do</strong>s os membros <strong>do</strong> grupo passam por<br />
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Ao chegar ao CTA ele é encaminha<strong>do</strong> à recepção, na qual o auxiliar administrativo<br />
por meio <strong>de</strong> uma conversa breve reconhece o motivo <strong>de</strong> ele ter vin<strong>do</strong> ao serviço e<br />
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No caso <strong>de</strong> o exame ser reagente para o HIV, o usuário é encaminha<strong>do</strong><br />
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