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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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1.2.1 Panorama Epi<strong>de</strong>miológico da AIDS no Brasil<br />

A AIDS, no que tange ao Sistema <strong>de</strong> Vigilância Epi<strong>de</strong>miológica, foi<br />

i<strong>de</strong>ntificada <strong>pela</strong> primeira vez no Brasil em 1982, quan<strong>do</strong> sete pacientes<br />

homo/bissexuais foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s, presume-se que<br />

o HIV entrou no país na década <strong>de</strong> 1970, e a sua difusão, em um primeiro momento,<br />

ocorreu entre as primeiras áreas metropolitanas <strong>do</strong> Centro-Sul, seguida <strong>de</strong> um<br />

processo <strong>de</strong> disseminação para as diversas macrorregiões, na década <strong>de</strong> 1980.<br />

Apesar <strong>do</strong> registro <strong>de</strong> casos em to<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s, a epi<strong>de</strong>mia da AIDS não se<br />

distribui <strong>de</strong> forma homogênea, observan<strong>do</strong>-se a maior concentração <strong>de</strong> casos nas<br />

regiões Su<strong>de</strong>ste e Sul, as mais <strong>de</strong>senvolvidas <strong>do</strong> Brasil (BRASIL, 1998; 2000a).<br />

Completadas duas décadas da epi<strong>de</strong>mia no Brasil, todas as 27 unida<strong>de</strong>s<br />

da Fe<strong>de</strong>ração já registravam notificação <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> AIDS. Dos 5.507 municípios<br />

brasileiros, cerca <strong>de</strong> 59% já apresentavam pelo menos um caso <strong>de</strong> AIDS<br />

diagnostica<strong>do</strong>, caracterizan<strong>do</strong> a tendência <strong>de</strong> ‘interiorizarão’ da epi<strong>de</strong>mia (BRASIL,<br />

1999). "Hoje, o que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia da AIDS no Brasil é, <strong>de</strong> fato, o<br />

somatório <strong>de</strong> subepi<strong>de</strong>mias microrregionais em interação permanente, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos<br />

movimentos migratórios, aos fluxos comerciais e <strong>de</strong> transporte, aos <strong>de</strong>slocamentos<br />

<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, ao turismo, ou seja, <strong>de</strong> maneira mais geral, à mobilida<strong>de</strong> da<br />

população" (SZWARCWALD et al. apud BRASIL, 2000a, p.3).<br />

A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento da epi<strong>de</strong>mia no país foi <strong>de</strong>, aproxi-<br />

madamente, 36% ao ano no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1987/89 a 1990/92, <strong>de</strong>crescen<strong>do</strong> para 12%,<br />

no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1990/92 a 1993/96. Apesar <strong>de</strong> apresentar as maiores taxas <strong>de</strong><br />

incidência, a região Su<strong>de</strong>ste é a que apresenta, atualmente, o menor ritmo <strong>de</strong><br />

crescimento e a maior tendência à estabilização. A análise da expansão da<br />

epi<strong>de</strong>mia, segun<strong>do</strong> as categorias populacionais <strong>do</strong>s tamanhos <strong>do</strong>s municípios,<br />

mostra que a epi<strong>de</strong>mia teve início nos gran<strong>de</strong>s centros urbanos, mas que esses<br />

mesmos centros <strong>de</strong>têm o menor aumento relativo <strong>do</strong> crescimento. Observa-se que<br />

os maiores ritmos <strong>de</strong> crescimento ocorrem entre pequenos municípios, com menos<br />

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