a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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América, aproximadamente 40.000 novas infecções anuais são registradas entre afro- americanos, e são as mulheres que aumentam esta cifra, pois mantêm relações sexuais com seus parceiros de forma desprotegida; parceiros que, em grande parte, mantêm relacionamento sexual com outros homens ou consomem drogas injetáveis. Na Grécia, Alemanha e Países Baixos, o modo mais comum de transmissão pelo HIV se dá pelo relacionamento sexual entre homens, importante característica das epidemias nos países ricos. Vem se observando nos últimos anos que, nesses países, o aumento de ocorrências de doenças sexualmente transmissíveis pode pressagiar novos incrementos na incidência do HIV (ONUSIDA/OMS, 2003). FONTE: ONUSIDA/OMS (2003) 29

1.2.1 Panorama Epidemiológico da AIDS no Brasil A AIDS, no que tange ao Sistema de Vigilância Epidemiológica, foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1982, quando sete pacientes homo/bissexuais foram identificados. Segundo estudos realizados, presume-se que o HIV entrou no país na década de 1970, e a sua difusão, em um primeiro momento, ocorreu entre as primeiras áreas metropolitanas do Centro-Sul, seguida de um processo de disseminação para as diversas macrorregiões, na década de 1980. Apesar do registro de casos em todos os estados, a epidemia da AIDS não se distribui de forma homogênea, observando-se a maior concentração de casos nas regiões Sudeste e Sul, as mais desenvolvidas do Brasil (BRASIL, 1998; 2000a). Completadas duas décadas da epidemia no Brasil, todas as 27 unidades da Federação já registravam notificação de casos de AIDS. Dos 5.507 municípios brasileiros, cerca de 59% já apresentavam pelo menos um caso de AIDS diagnosticado, caracterizando a tendência de ‘interiorizarão’ da epidemia (BRASIL, 1999). "Hoje, o que denominamos de epidemia da AIDS no Brasil é, de fato, o somatório de subepidemias microrregionais em interação permanente, devido aos movimentos migratórios, aos fluxos comerciais e de transporte, aos deslocamentos de mão-de-obra, ao turismo, ou seja, de maneira mais geral, à mobilidade da população" (SZWARCWALD et al. apud BRASIL, 2000a, p.3). A velocidade de crescimento da epidemia no país foi de, aproxi- madamente, 36% ao ano no período de 1987/89 a 1990/92, decrescendo para 12%, no período de 1990/92 a 1993/96. Apesar de apresentar as maiores taxas de incidência, a região Sudeste é a que apresenta, atualmente, o menor ritmo de crescimento e a maior tendência à estabilização. A análise da expansão da epidemia, segundo as categorias populacionais dos tamanhos dos municípios, mostra que a epidemia teve início nos grandes centros urbanos, mas que esses mesmos centros detêm o menor aumento relativo do crescimento. Observa-se que os maiores ritmos de crescimento ocorrem entre pequenos municípios, com menos 30

América, aproximadamente 40.000 novas infecções anuais são registradas entre afro-<br />

americanos, e são as mulheres que aumentam esta cifra, pois mantêm relações<br />

sexuais com seus parceiros <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sprotegida; parceiros que, em gran<strong>de</strong> parte,<br />

mantêm relacionamento sexual com outros homens ou consomem drogas injetáveis.<br />

Na Grécia, Alemanha e Países Baixos, o mo<strong>do</strong> mais comum <strong>de</strong> transmissão pelo HIV<br />

se dá pelo relacionamento sexual entre homens, importante característica das<br />

epi<strong>de</strong>mias nos países ricos. Vem se observan<strong>do</strong> nos últimos anos que, nesses países,<br />

o aumento <strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças sexualmente transmissíveis po<strong>de</strong> pressagiar<br />

novos incrementos na incidência <strong>do</strong> HIV (ONUSIDA/OMS, 2003).<br />

FONTE: ONUSIDA/OMS (2003)<br />

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