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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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<strong>de</strong> forma linear, uma vez que existe uma sucessão <strong>de</strong> fases e cada uma <strong>de</strong>las ce<strong>de</strong> o<br />

lugar ou <strong>de</strong>saparece quan<strong>do</strong> surge a seguinte. Elas po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritas com mais<br />

precisão como um conjunto <strong>de</strong> círculos concêntricos progressivamente maiores que<br />

fazem parte <strong>de</strong> um momento histórico, nos quais estruturas mais complexas foram<br />

progressivamente se unin<strong>do</strong> ao escopo <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> análise das questões<br />

pertinentes à epi<strong>de</strong>mia <strong>do</strong> HIV e da AIDS (PARKER, 2000). No entanto, o que parece<br />

ficar claro é que, a <strong>de</strong>speito <strong>do</strong> avanço conceitual na noção <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> risco à<br />

vulnerabilida<strong>de</strong> social, a prática <strong>do</strong>s profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ainda está fortemente<br />

subordinada a uma racionalida<strong>de</strong> científica, o que dificulta uma resposta mais efetiva e<br />

eficaz no enfrentamento da epi<strong>de</strong>mia <strong>do</strong> HIV e da AIDS, bem como a redução <strong>do</strong> alto<br />

custo em sofrimento humano que a epi<strong>de</strong>mia vem cobran<strong>do</strong>. O que vivenciamos é<br />

que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duas décadas <strong>de</strong> convivência com a AIDS, <strong>de</strong> pesquisas e <strong>de</strong><br />

ações implementadas, subsiste a triste constatação que a epi<strong>de</strong>mia ainda é soberana<br />

e que ainda há muito que fazer. Como vamos respon<strong>de</strong>r às questões pertinentes a<br />

ela, até que ponto vamos transformá-la, essa vai ser a nossa história nos anos<br />

vin<strong>do</strong>uros, como alu<strong>de</strong> Parker (2000).<br />

1.2 PANORAMA MUNDIAL DA AIDS<br />

A disseminação em massa <strong>do</strong> HIV no mun<strong>do</strong> teve início, segun<strong>do</strong> Mann et al.<br />

(1993), na década <strong>de</strong> 1980. Todavia, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> latência da infecção,<br />

po<strong>de</strong>-se inferir que a <strong>do</strong>ença <strong>de</strong>va ter inicia<strong>do</strong>, <strong>silenciosa</strong>mente, porém <strong>de</strong> forma<br />

significativa, em diversos países na década <strong>de</strong> 1970. Em 1981, quan<strong>do</strong> a AIDS foi<br />

<strong>de</strong>tectada <strong>pela</strong> primeira vez, estavam ocorren<strong>do</strong> infecções pelo HIV em cerca <strong>de</strong> vinte<br />

países, com uma estimativa <strong>de</strong> 100.000 <strong>pessoas</strong> infectadas no mun<strong>do</strong> inteiro.<br />

Passa<strong>do</strong>s apenas <strong>de</strong>z anos, existiam sinais <strong>de</strong> que a epi<strong>de</strong>mia estava per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o<br />

controle, afetan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os continentes habita<strong>do</strong>s, mostran<strong>do</strong> a evidência <strong>de</strong> casos<br />

<strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> AIDS em praticamente to<strong>do</strong>s os países, toman<strong>do</strong> um caráter <strong>de</strong><br />

pan<strong>de</strong>mia, altamente dinâmica e instável.<br />

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