18.05.2013 Views

a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ingressa<strong>do</strong> no Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> SUS, o que <strong>de</strong> certa forma seria mais fácil, uma<br />

vez que estavam <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> sistema e seriam facilmente encontradas. Contu<strong>do</strong>, um<br />

outro questionamento me fez repensar e acabou me arrebatan<strong>do</strong>, acen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> uma<br />

outra inquietu<strong>de</strong>. A inquietu<strong>de</strong> relacionada às <strong>pessoas</strong> que não se mostram, ou seja,<br />

aquelas que têm conhecimento <strong>de</strong> sua sorologia e não procuram os serviços <strong>de</strong><br />

referência <strong>do</strong> SUS moveram-me a elegê-las como objeto <strong>de</strong> minha pesquisa.<br />

Ao ingressar no Mestra<strong>do</strong> em Enfermagem, em 2002, <strong>de</strong> antemão sabia o<br />

que queria pesquisar, em face das justificativas supracitadas. E nesse ano, houve<br />

uma inversão <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> assistência <strong>do</strong> HIV e da AIDS na SMS, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> muda<strong>do</strong><br />

o fluxo <strong>de</strong> encaminhamento e acompanhamento <strong>do</strong> usuário, que, primeiramente, se<br />

dava nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Referência, passan<strong>do</strong> a se dar, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, nas Unida<strong>de</strong>s<br />

Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />

A partir <strong>de</strong>ssa nova circunstância, comecei a notar que os usuários <strong>do</strong> CTA<br />

mostravam-se resistentes em ser encaminha<strong>do</strong>s aos serviços <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> próximos as<br />

suas residências para acompanhar a sua infecção. Contu<strong>do</strong>, como não havia outro<br />

caminho, pois a lógica <strong>do</strong> sistema não permitia, eram encaminha<strong>do</strong>s às Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> da qual faziam parte, mesmo a sua revelia. Mas, uma pergunta sempre<br />

pairava no ar. Será que essas <strong>pessoas</strong> estão, efetivamente, in<strong>do</strong> a esses serviços?<br />

E foi o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> querer respon<strong>de</strong>r a esta inquietação a mola propulsora para ir ao<br />

encontro das <strong>pessoas</strong> que vivem com o HIV ou a AIDS que não procuram as<br />

Unida<strong>de</strong>s Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, buscan<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong>r o contexto em que vivem, o<br />

movimento <strong>de</strong> suas relações sociais, os significa<strong>do</strong>s que instituem às suas vidas,<br />

principalmente no que tange a sua <strong>trajetória</strong> <strong>de</strong> vida após o conhecimento <strong>de</strong> sua<br />

sorologia reagente para o HIV.<br />

Diante <strong>do</strong> exposto, a questão nortea<strong>do</strong>ra da pesquisa é:<br />

Quais os motivos que dificultam uma pessoa porta<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> HIV e da<br />

AIDS a não procurar os serviços <strong>de</strong> acompanhamento <strong>do</strong> SUS após o<br />

conhecimento <strong>de</strong> sua nova condição sorológica?<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!