a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...
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Diante <strong>de</strong> um fenômeno <strong>de</strong> notória magnitu<strong>de</strong>, ações foram implementadas,<br />
e ao longo <strong>de</strong>sses mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>mia, respostas foram surgin<strong>do</strong>, mitos<br />
foram sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>sbanca<strong>do</strong>s, e se acumularam experiências, reflexões e novas<br />
tecnologias <strong>de</strong> prevenção. Neste senti<strong>do</strong>, vimos surgir no Brasil os Centros <strong>de</strong><br />
Testagem e Aconselhamento, serviços que se mostraram <strong>de</strong> extrema relevância na<br />
questão da prevenção primária <strong>do</strong> HIV, ou seja, na estimulação <strong>de</strong> a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> práticas<br />
mais seguras, em relação ao sexo e ao uso <strong>de</strong> drogas injetáveis com vistas ao<br />
controle da epi<strong>de</strong>mia. Há que se ressaltar que os gran<strong>de</strong>s avanços da ciência médica<br />
nas questões ligadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção <strong>do</strong> HIV e da AIDS nos<br />
mostram, cada vez mais, o quanto é importante a realização <strong>do</strong> diagnóstico precoce<br />
da infecção pelo HIV, e, quan<strong>do</strong> necessário, a a<strong>de</strong>são ao tratamento, visan<strong>do</strong> à<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das <strong>pessoas</strong> <strong>porta<strong>do</strong>ras</strong> <strong>do</strong> vírus.<br />
Com a introdução da terapia anti-retroviral combinada como padrão <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> no tratamento das <strong>pessoas</strong> viven<strong>do</strong> com HIV e a AIDS, a sua a<strong>de</strong>são a<br />
esquemas terapêuticos com múltiplas drogas tornou-se fundamental no manejo clínico<br />
<strong>de</strong>ssa <strong>do</strong>ença. Nos últimos anos, tem si<strong>do</strong> observada uma importante diminuição das<br />
internações hospitalares, na ocorrência <strong>de</strong> complicações oportunistas e na mortalida<strong>de</strong><br />
associada ao HIV em diversos países. A infecção pelo vírus passou a ser vista como<br />
uma <strong>do</strong>ença <strong>de</strong> caráter evolutivo crônico, potencialmente controlável, graças aos<br />
avanços científicos e tecnológicos <strong>do</strong>s últimos anos. Embora isso esteja relaciona<strong>do</strong> a<br />
diversos fatores <strong>de</strong> melhoria no cuida<strong>do</strong> clínico e a alguns aspectos epi<strong>de</strong>miológicos, o<br />
papel da terapia combinada, particularmente com o advento <strong>do</strong>s inibi<strong>do</strong>res <strong>de</strong> protease,<br />
foi fundamental nesse cenário terapêutico (VITÓRIA, 2000).<br />
É interessante salientar que, apesar <strong>de</strong> a a<strong>de</strong>são ao tratamento anti-<br />
retroviral ser um <strong>do</strong>s fatores que promovem um bom controle da infecção pelo HIV, a<br />
não a<strong>de</strong>são ao tratamento está diretamente relacionada ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
resistência viral, com conseqüente falência terapêutica e surgimento <strong>de</strong> cepas virais<br />
multirresistentes (VITÓRIA, 2000). Certamente, é inegável a importância da pessoa<br />
a<strong>de</strong>rir ao tratamento. Porém, manter uma disciplina tão restrita está muitas vezes<br />
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