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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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colabora<strong>do</strong>r foi informa<strong>do</strong> quanto à pesquisa, o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho e o âmbito <strong>de</strong><br />

sua participação, assinan<strong>do</strong> o consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> na participação da<br />

pesquisa, bem como a autorização verbal para que os relatos fossem grava<strong>do</strong>s.<br />

Ressalte-se que as entrevistas, após a sua transcrição, foram conferidas pelo<br />

colabora<strong>do</strong>r e convida<strong>do</strong>s a interpor na forma final <strong>de</strong> seu relato.<br />

Ao iniciar a entrevista, procurei criar um clima <strong>de</strong> confiança, aconchego,<br />

confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong> e acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> respeito para com o colabora<strong>do</strong>r, condições<br />

primordiais para que ela pu<strong>de</strong>sse acontecer.<br />

O segun<strong>do</strong> momento foi o da entrevista propriamente dita, ocasião em que<br />

o colabora<strong>do</strong>r era convida<strong>do</strong> a relatar a sua história.<br />

101<br />

O indivíduo como ser social, ao narrar sua história estará interpretan<strong>do</strong> o meio que o cerca<br />

e seu lugar no mun<strong>do</strong>. Apresentará comportamentos, valores (...) atribuirá significa<strong>do</strong>s aos<br />

fatos, as situações, aos acontecimentos, as próprias ações, as <strong>de</strong> seu grupo e <strong>de</strong> sua<br />

comunida<strong>de</strong> (HUMEREZ apud REINALDO, 2003, p.43).<br />

Para a obtenção <strong>do</strong>s relatos, utilizei perguntas nortea<strong>do</strong>ras (Apêndice 2)<br />

buscan<strong>do</strong> encaminhar suavemente o colabora<strong>do</strong>r para o tema pesquisa<strong>do</strong>. Destaco<br />

que as perguntas nortea<strong>do</strong>ras não foram usadas rigidamente, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

engessar os relatos, mas "seguir uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância <strong>de</strong> inscrever os tópicos<br />

principais em análise <strong>do</strong> <strong>de</strong>poente" (MEIHY, 2002, p.146).<br />

A entrevista semi-estruturada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Triviños (1987), em geral, é<br />

aquela que parte <strong>de</strong> certos questionamentos básicos, apoia<strong>do</strong>s em teorias e hipóteses<br />

que interessam à pesquisa, e que, em seguida, oferece amplo campo <strong>de</strong><br />

interrogativas, fruto <strong>de</strong> novas hipóteses que vão surgin<strong>do</strong> à medida que se recebem<br />

as respostas <strong>do</strong> informante. Desta maneira, o mesmo, seguin<strong>do</strong> espontaneamente a<br />

linha <strong>de</strong> seu pensamento e <strong>de</strong> suas experiências <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> foco principal coloca<strong>do</strong><br />

pelo investiga<strong>do</strong>r, começa a participar na elaboração <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> da pesquisa.<br />

O autor comenta que é útil esclarecer, para evitar qualquer erro, que essas perguntas<br />

fundamentais que constituem, em parte, a entrevista semi-estruturada, no enfoque<br />

qualitativo, não nasceram a priori. Elas são resulta<strong>do</strong> não só da teoria que alimenta a

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