a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...
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e comunicação, além <strong>do</strong> meu próprio reconhecimento como pesquisa<strong>do</strong>ra diante <strong>do</strong>s<br />
colabora<strong>do</strong>res, pois, como não me conheciam, eu po<strong>de</strong>ria representar uma ameaça no<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> romper com o anonimato.<br />
Foram os militantes das ONG/AIDS que colaboraram nesta difícil empreitada<br />
para achar as <strong>pessoas</strong> ocultas <strong>do</strong> serviço. O primeiro passo da<strong>do</strong> foi o reconhecimento<br />
<strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res, e se correspon<strong>de</strong>ssem aos critérios <strong>de</strong> re<strong>de</strong> e colônia, eram<br />
convida<strong>do</strong>s a participar da pesquisa. Por intermediário <strong>do</strong>s militantes, recebia o telefone<br />
<strong>de</strong> contato <strong>do</strong>s colabora<strong>do</strong>res com anuência <strong>de</strong>les. Então, entrava em contato por<br />
telefone e me certificava <strong>do</strong> seu perfil e mediante o aceite <strong>de</strong> participar da pesquisa,<br />
marcávamos a data, o horário e o local da realização da entrevista. Foram agendadas,<br />
ao to<strong>do</strong>, oito entrevistas; entretanto, três <strong>pessoas</strong> não compareceram aos encontros,<br />
das quais, duas não justificaram o porquê e uma não po<strong>de</strong> ir, pois precisava viajar e não<br />
sabia quan<strong>do</strong> iria retornar a Curitiba. As entrevistas foram realizadas na própria se<strong>de</strong><br />
das ONG, sen<strong>do</strong> que uma <strong>de</strong>las se <strong>de</strong>u no CTA, a pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> colabora<strong>do</strong>r.<br />
No que diz respeito aos aspectos éticos, respeitei as diretrizes e as normas<br />
que regulam as pesquisas envolven<strong>do</strong> seres humanos, estabelecidas <strong>pela</strong><br />
Resolução n. o 196 <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (1996). Encaminhei o projeto <strong>de</strong><br />
pesquisa ao Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Paraná, em<br />
Pesquisa <strong>do</strong> Setor <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> da UFPR, e após obter o consentimento,<br />
que se <strong>de</strong>u em oito <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2004 com registro CEP/SD: 074.SM 037/04-05, iniciei<br />
a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s. Esta aconteceu durante o mês <strong>de</strong> julho e agosto <strong>de</strong> 2004. Atenta<br />
aos aspectos éticos que envolvem a pesquisa com seres humanos, preservei as<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s atores participantes mediante o anonimato. Utilizei uma or<strong>de</strong>m<br />
numérica aleatória para cada colabora<strong>do</strong>r. Elaborei uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong><br />
consentimento livre e esclareci<strong>do</strong> em duas vias, sen<strong>do</strong> uma entregue ao colabora<strong>do</strong>r<br />
(Apêndice 1).<br />
As entrevistas aconteceram em três momentos: o primeiro chama<strong>do</strong> pré-<br />
entrevista que correspon<strong>de</strong>u à etapa <strong>de</strong> preparação <strong>do</strong> encontro em que se <strong>de</strong>u a<br />
gravação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>poimentos por meio <strong>de</strong> grava<strong>do</strong>r <strong>de</strong> fita cassete. Neste momento o<br />
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