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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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viva e empolgante, mas muito mais verda<strong>de</strong>ira. Portanto, dada a escolha <strong>de</strong>sta<br />

meto<strong>do</strong>logia, pu<strong>de</strong> ter diante <strong>de</strong> meus olhos e <strong>do</strong>s olhos <strong>do</strong> leitor a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vislumbrar e conhecer aspectos da realida<strong>de</strong> concreta das histórias <strong>de</strong> vida das<br />

<strong>pessoas</strong> soropositivas, com o intuito <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>r os motivos que dificultam o seu<br />

acompanhamento em um serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. A i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses fatores propiciou-<br />

me a compreensão <strong>do</strong> movimento e da teia <strong>de</strong> relações e significa<strong>do</strong>s que instituem<br />

na sua cotidianida<strong>de</strong>.<br />

A importância <strong>de</strong> enfocar minha pesquisa na vida cotidiana, locus da<br />

construção da história pessoal e coletiva, <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que é no espaço<br />

cotidiano e <strong>do</strong> senso comum, on<strong>de</strong> se dá o jogo das aparências e das experiências,<br />

que acontecem as transformações sociais quan<strong>do</strong> atravessa<strong>do</strong> pelo compartilhar <strong>de</strong><br />

significa<strong>do</strong>s (SARRIERA et al., 2000).<br />

Segun<strong>do</strong> Lukás (1979), não existe socieda<strong>de</strong> sem cotidianida<strong>de</strong> e não<br />

existe homem sem vida cotidiana. Portanto, pelo fato <strong>de</strong> ser insuprível, o cotidiano<br />

não se <strong>de</strong>sagrega <strong>do</strong> histórico. Conseqüentemente, o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> história oral<br />

<strong>de</strong>senha o momento histórico vivi<strong>do</strong> pelo sujeito, que é dinâmico e dialético<br />

(BRIOSCHI e TRIGO, 1987), ou seja, leva em conta as contradições e os conflitos que<br />

permeiam a vida <strong>do</strong>s sujeitos, como também o contexto social.<br />

Destarte, a meto<strong>do</strong>logia da história oral possibilitou-me iniciar uma<br />

<strong>trajetória</strong> rumo a um horizonte a ser <strong>de</strong>scortina<strong>do</strong> por mim e pelos colabora<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong>sta pesquisa, na qual busquei revelar aquilo que não foi dito, percorrer caminhos<br />

ainda não experimenta<strong>do</strong>s, fracassos, silêncio. Compreen<strong>de</strong>r e sentir a vida <strong>de</strong><br />

<strong>pessoas</strong> anônimas e comuns esquecidas e silenciadas <strong>pela</strong> história oficial<br />

armazenada no mun<strong>do</strong> interior <strong>de</strong> cada um, e que po<strong>de</strong>rá reelaborar suas próprias<br />

experiências, por meio <strong>do</strong> diálogo/encontro.<br />

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