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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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soropositivas, buscan<strong>do</strong> apreen<strong>de</strong>r como se inserem e agem no mun<strong>do</strong> e no grupo ao<br />

qual pertencem, bem como o movimento das relações e significa<strong>do</strong>s que estabelecem<br />

na <strong>trajetória</strong> <strong>de</strong> sua existência. Para atingir semelhante intento, optei por trilhar os<br />

caminhos da história oral, como estratégia meto<strong>do</strong>lógica, mais especificamente a<br />

história oral temática, cuja abordagem encontrou rebôo nas intenções <strong>de</strong>sta pesquisa,<br />

visto que é uma meto<strong>do</strong>logia voltada à experiência vivencial daquele que narra<br />

(QUEIROZ, 1988; MEIHY, 2002), ou na busca <strong>de</strong> informações factuais (MEIHY, 2002).<br />

A história oral <strong>contada</strong> por participantes <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Dezin apud Minayo<br />

(2004) compõe uma tentativa <strong>de</strong> revelar um ambiente intangível <strong>do</strong>s acontecimentos<br />

que fazem parte da experiência <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s grupos sociais. Objetiva <strong>de</strong>scobrir<br />

pontos <strong>de</strong> vista e motivações das <strong>pessoas</strong> na História, logo, protagonistas <strong>do</strong>s fatos<br />

sociais, geralmente excluídas na visão oficial <strong>do</strong>s setores <strong>do</strong>minantes. Ela é <strong>de</strong><br />

particular valor, pois se interessa <strong>pela</strong>s experiências cotidianas e as relações sociais,<br />

e os fatos que as <strong>pessoas</strong> se lembram ou se esquecem são eles mesmos as<br />

sustâncias <strong>de</strong> que é feita a História (THOMPSON, 2002).<br />

Ao fazer a escolha meto<strong>do</strong>lógica da história oral temática, mergulhei na<br />

literatura, e foi o diálogo com a obra <strong>de</strong> Meihy (2002) que me fez concretizar este<br />

percurso meto<strong>do</strong>lógico, traduzi<strong>do</strong> pelo autor <strong>de</strong> forma empolgante, segura, apaixonante<br />

e, sobretu<strong>do</strong>, muito simples e esclarece<strong>do</strong>ra, além <strong>de</strong> oferecer informações e conceitos<br />

claros e objetivos. Constatei que o objeto <strong>de</strong> atenção da história oral veio ao encontro<br />

<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> minha prática profissional, no momento em que dá voz e espaço a<br />

aspectos ocultos das manifestações coletivas, principalmente os grupos discrimina<strong>do</strong>s e<br />

excluí<strong>do</strong>s socialmente. Por meio <strong>de</strong>la, segmentos da população menos favoreci<strong>do</strong>s têm<br />

encontra<strong>do</strong> um lugar para abrigar suas palavras, dan<strong>do</strong> significa<strong>do</strong>s às experiências<br />

sociais vivenciadas sob diversas circunstâncias (MEIHY, 2002).<br />

Na contemporaneida<strong>de</strong>, a história oral vem asseguran<strong>do</strong> a produção <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos e a realização <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s que dizem respeito à vida social das<br />

<strong>pessoas</strong>, ten<strong>do</strong> como pressuposto:<br />

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