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a trajetória silenciosa de pessoas portadoras do hiv contada pela ...

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CAPÍTULO 5<br />

POR QUE E COMO OUVIR: O ENTRELACE DA HISTÓRIA ORAL<br />

5.1 ABORDAGEM QUALITATIVA: HISTÓRIA ORAL<br />

94<br />

A história oral respon<strong>de</strong> à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preenchimento <strong>de</strong><br />

espaços capazes <strong>de</strong> dar senti<strong>do</strong> a uma cultura explicativa <strong>do</strong>s<br />

atos sociais vistos <strong>pela</strong>s <strong>pessoas</strong> que herdam os dilemas e as<br />

benesses da vida presente (...) Sem dúvida alguma é a<br />

humanização da vida social que amolece corações e "miolos"<br />

<strong>de</strong> quantos apren<strong>de</strong>m que a história é feita <strong>pela</strong>s <strong>pessoas</strong><br />

comuns, com sentimentos, paixões, i<strong>de</strong>alizações, qualida<strong>de</strong>s e<br />

<strong>de</strong>feitos. (MEIHY)<br />

Para engendrar na o<strong>de</strong> obscura das <strong>pessoas</strong> <strong>porta<strong>do</strong>ras</strong> <strong>do</strong> HIV que não<br />

procuraram os serviços na busca aos cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sua saú<strong>de</strong>, alvoreceu a pesquisa<br />

qualitativa que me permitiu um aprofundamento nos matizes e nas singularida<strong>de</strong>s<br />

proce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> social e humana, que falou através <strong>de</strong> faces ocultas,<br />

na qual busquei reconhecer quais foram as situações <strong>de</strong>sta condição nas suas vidas<br />

que as levaram a ‘escolher’ este caminho.<br />

A investigação qualitativa segun<strong>do</strong> Deslan<strong>de</strong>s et al. (1994), se preocupa<br />

com uma realida<strong>de</strong> que não po<strong>de</strong> ser quantificável por meio <strong>de</strong> variáveis, pois<br />

correspon<strong>de</strong> a um espaço mais profun<strong>do</strong> das relações, <strong>do</strong>s processos e <strong>do</strong>s<br />

fenômenos, no qual se trabalha com o universo <strong>de</strong> crenças, significa<strong>do</strong>s, aspirações,<br />

motivação, valores e atitu<strong>de</strong>s. Por esta razão, o entendimento na pesquisa<br />

qualitativa não se dá <strong>pela</strong> busca da generalização e sim pelo aprofundamento <strong>de</strong><br />

uma investigação para compreen<strong>de</strong>r um indivíduo ou grupo social; fato que não a<br />

coloca em <strong>de</strong>svantagem em relação à pesquisa quantitativa, pois apesar <strong>de</strong> serem<br />

distintas, elas não se contrapõem, ao contrário se complementam.<br />

Para empreen<strong>de</strong>r o objetivo <strong>de</strong>sta investigação, fez-se imperioso ampliar o<br />

mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> alcançar as informações em relação à visão <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> das <strong>pessoas</strong>

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