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Santo Arnaldo Janssen - verbo divino

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VERACIDADE E FRANQUEZA CORAJOSA<br />

o fundamento, o Superior Geral não ficou de braços cruzados diante<br />

das acusações atribuídas aos seus missionários, considerados como<br />

mentirosos e malvados caluniadores. Pelo contrário, decidiu apresentar<br />

de novo o caso com as provas correspondentes. Isto foi-lhe<br />

facilitado pela súbita morte do cardeal Ledochówski 202 .<br />

Já alguns anos antes, perante o mesmo cardeal, <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong><br />

se tinha visto obrigado a defender o seu próprio irmão João.<br />

Segundo o comunicado do cardeal ao Superior Geral, este tinha-se<br />

comportado de modo inconveniente e proferido heresias sobre uma<br />

pretensa encarnação do Espírito <strong>Santo</strong>, numa audiência com o papa<br />

Leão XIII. Em consequência disso, o seu irmão João <strong>Janssen</strong>, segundo<br />

o cardeal, devia ser removido da reitoria de São Gabriel e<br />

afastado da comunidade. <strong>Arnaldo</strong> respondeu ao cardeal em duas<br />

ocasiões. Defendeu com decisão o seu irmão e pediu ao cardeal que<br />

esclarecesse primeiro o que se tinha passado na audiência. Entre<br />

outras coisas, escreveu: “Ninguém, e muito menos uma pessoa tão<br />

meritória, deve ser condenada ou castigada sem ser ouvida antes”.<br />

Também o cardeal deveria respeitar o “audiatur et altera pars”,<br />

coisa que este fez logo a seguir 203 .<br />

O mesmo ânimo decidido em prol da verdade e de tratamento<br />

justo impeliu o Superior Geral em 1907 a escrever ao cardeal Gotti,<br />

então prefeito da Congregação da Propaganda Fide, que tinha<br />

solicitado providências para a retirada do P. Germano Bücking,<br />

prefeito apostólico do Togo. Tal medida pareceu injusta ao Fundador.<br />

“Os católicos da Alemanha – disse – estão a lutar pela liberdade<br />

da Igreja. Mas, que sucede em Roma?” 204 O cardeal não levou a<br />

mal estas palavras, declarou até numa carta ao P. Bücking em tom<br />

quase de desculpa: “Sinto que é meu dever comunicar-lhe que o<br />

motivo deste proceder da Congregação não se encontra em nenhuma<br />

culpa, descuido ou incapacidade da sua parte, mas foi ditado<br />

única e exclusivamente por outra instância para o bem da Missão”<br />

205 . A “outra instância” era evidentemente Berlim: o governo ou<br />

até o imperador!<br />

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