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HUMILDADE DE ARNALDO JANSSEN 70<br />
senhor dá-lhes a entender que deveriam ir pensando em voltar para<br />
a missão”. O Superior Geral aceitou a resposta de bom grado e<br />
disse: “não sabia isso”. Ainda no mesmo dia informou-se como estava<br />
a passar cada um, perguntou-lhes pelos seus desejos e procurou<br />
atendê-los 140 . <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> não esqueceu aquela resposta.<br />
Escreveu com efeito ao P. Bodems em 1901: “Vejo-me muitas vezes<br />
na necessidade de pedir a Deus e aos homens que me perdoem por<br />
não conseguir cumprir com tudo como gostaria” 141 .<br />
O Superior Geral não receava pedir desculpa e compreensão<br />
quando falhava nalguma coisa. Vários irmãos testemunham sobre<br />
casos semelhantes. Em certa ocasião tinha censurado um irmão que<br />
fazia trabalhos de medição em St. Wendel. Ao entardecer, pediu-lhe<br />
perdão por esta admoestação. Algo de parecido se passou com o<br />
irmão sacristão da igreja superior de Steyl. O Superior censurou-o<br />
por não terem esperado o tempo suficiente por ele antes de começar<br />
a missa solene. Quando, depois, descobriu que o seu relógio<br />
estava a funcionar mal e marcava a hora errada, <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong><br />
ajoelhou-se com ambos os joelhos, assim relata o P. Germano auf<br />
der Heide, diante do jovem irmão dizendo: “perdoa-me por ter sido<br />
tão exigente” 142 . Noutra ocasião, escrevendo ao P. José Freinademetz,<br />
Provincial na China, a quem, na sua correspondência anterior,<br />
tinha feito uma censura que logo se verificou ser injusta, disse-lhe:<br />
“Rogo-lhe muito sinceramente que me perdoe por tê-lo afligido numa<br />
das minhas últimas cartas” 143 . Outro caso semelhante se deu numa<br />
carta ao P. Guilherme Ricken, neo-sacerdote do ano 1905: “Além<br />
disso, pesa-me muito ter-lhe causado aflição. Peço perdão tanto a<br />
Deus Nosso Senhor como a si se me excedi em qualquer ponto” 144 .<br />
Era sempre de novo impressionante o momento em que o<br />
Superior Geral se ajoelhava diante dos jovens sacerdotes<br />
recém-ordenados para lhes pedir a bênção. Fez o mesmo com o<br />
bispo Agostinho Henninghaus, que tinha sido seu aluno em Steyl. Ao<br />
encontrar-se com ele em Roma, durante a sua primeira viagem à<br />
Europa em 1907, quis ajoelhar-se diante do bispo, mas este não lho