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6. HUMILDADE DE ARNALDO JANSSEN<br />
Quando o pároco Dr. António Luís von Essen afirmou, no<br />
número de Agosto de 1875 da sua revista St. Josephs-Bote (Mensageiro<br />
de S. José), que ainda faltava um homem de grande humildade<br />
para a direcção do projectado seminário das missões, estava<br />
de facto a negar tal condição a <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>. E repetiu este<br />
reparo na Primavera de 1876 ao cortar relações com o Fundador<br />
e escrever que a fundação da casa missionária se realizou sem humildade<br />
122 .<br />
Essa afirmação confronta-se com a opinião de <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong><br />
de que o P. Luís von Essen seria vaidoso. Com efeito, nas suas<br />
Reminiscências (1899), encontramos a seguinte observação ao<br />
referir-se ao seu encontro com Mons. Raimondi em Neuwerk: Inter<br />
parietes (literalmente, entre quatro paredes; o que certamente quer<br />
dizer “entre nós”). “Não quis associar-me ao Dr. von Essen. E<br />
disse-o abertamente. Ele insistiu comigo e quis saber a razão da<br />
minha recusa. Após alguma hesitação, disse-lhe: “Quero dizer-lhe a<br />
verdade: o senhor é vaidoso”. O Dr. von Essen era prelado doméstico<br />
de sua Santidade e todos percebiam bem quanto se esmerava<br />
por fazer valer tal prerrogativa em toda a parte” 123 .<br />
Vamos tentar compreender um pouco melhor estas duas personalidades,<br />
cujos juízos a respeito um do outro acabámos de ouvir,<br />
para depois apreciar o modo como <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> praticou a virtude<br />
cristã da humildade.