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MISSÃO E RESPONSABILIDADE DO SUPERIOR GERAL 58<br />
<strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> sentia, de maneira muito particular, o peso da<br />
sua responsabilidade em matéria de decisões relativas à admissão e<br />
promoção aos votos dos seus confrades e irmãs religiosas. Durante<br />
muito tempo, reteve para si a última decisão na admissão e promoção<br />
aos votos de confrades jovens e irmãs. O P. Tiago Koch, secretário<br />
do Fundador, entre 1901-1903, testemunha a sua preocupação<br />
e sentido de responsabilidade nos primeiros destinos de pessoal:<br />
“Ao tratar-se da admissão ao noviciado, promoção aos votos<br />
ou destino dos neo-sacerdotes, percebia-se nele uma seriedade fora<br />
do comum e uma atitude verdadeiramente sobrenatural. Deliberava,<br />
perguntava e rezava. E tornava a deliberar, averiguar e rezar. Dava<br />
a impressão que assumia exclusivamente sobre si mesmo, para o<br />
tempo e a eternidade, a responsabilidade inerente a cada uma dessas<br />
decisões” 103 .<br />
Em carta aos conselheiros gerais referiu-se a este tema, dizendo<br />
entre outros assuntos: “A selecção dos neo-sacerdotes deve ser<br />
fruto de uma cuidadosa deliberação que exige considerar muitas<br />
coisas. Para este fim, solicito os pareceres dos padres competentes<br />
e do médico. Levo em conta o seu progresso nos estudos em latim,<br />
filosofia e teologia; também as suas inclinações e pedidos pessoais,<br />
bem como o seu rendimento escolar nas disciplinas opcionais” 104 .<br />
Do seu empenho aplicado nessas circunstâncias, fala numa conferência<br />
aos neo-sacerdotes : “Levo muito a sério o assunto do destino<br />
missionário dos neo-sacerdotes. O estudo do que merece ser considerado<br />
custa-me muitas horas de dedicação. Pergunto: a que lugar<br />
chama Deus a cada um? A que conclusão se chega levando em<br />
conta todas as circunstâncias do caso? Que necessidades existem?<br />
Que qualidades possui cada um? Que lhe falta ainda? Como se vai<br />
desenvolver no futuro?” 105<br />
Ocasionalmente, recorda aos seus confrades como é que chegou<br />
ao destino deles. Assim, por exemplo, escreveu aos padres<br />
Penners, Porten e Kuiter: “Tendo rezado e mandado rezar a outros,<br />
os vossos destinos foram tomadas como se segue...” 106