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ARNALDO JANSSEN – CATIVADO E ENVIADO PELO ESPÍRITO<br />
ção minha promover o bem da mesma” 94 . E, aos professores de São<br />
Gabriel, Viena, acentuou: “Como primeiro Superior Geral da Congregação<br />
devo procurar discernir claramente os princípios correctos<br />
que servirão de norma para o futuro” 95 .<br />
Noutra ocasião, já em 1890, exortava os seus sacerdotes<br />
dizendo: “Aonde chegaremos se cada um pode faltar aos exercícios<br />
de piedade como e quando lhe apraz? Que sobrará da nossa observância<br />
religiosa ao cabo de alguns anos? Que responsabilidade cairia<br />
sobre os meus ombros se deixasse passar as coisas desse modo” 96 ?<br />
Em carta aos padres Francisco Tollinger e Luís Köster do Brasil,<br />
escreve: “Sinto o grande peso da responsabilidade do meu cargo” 97 .<br />
E, em termos semelhantes, noutra carta do mesmo dia: “Estou atrelado<br />
a um carro muito grande e não posso realizar tudo como desejo”<br />
98 . Exigia obediência dos seus súbditos, sem levar em consideração<br />
a pessoa. Ao seu irmão João, que estava à frente da casa de<br />
Roma, escreveu em 1888: “Imponho-te como dever de consciência<br />
que mantenhas a estrita observância doméstica, precisamente agora<br />
nos começos” 99 . E ao P. Guilherme Schmidt, que tinha viajado para<br />
Paris e Londres, sem a devida autorização, repreendeu-o severamente<br />
e acrescentou: “Aonde chegaremos se alguém na Congregação<br />
se permite isso sem ser sancionado?” 100 Ao P. Matias Dier,<br />
administrador apostólico do Togo, escreveu em 1896: “Fundei a<br />
Congregação para ajudar as missões. E o melhor para as missões é<br />
entenderem-se bem comigo se sinceramente o desejam. Esse entendimento,<br />
porém, não se poderá estabelecer, apesar do dever de<br />
observar a obediência religiosa, se se faltar gravemente contra ela<br />
em matérias que são evidentes e caem dentro das minhas atribuições”<br />
101 . E, ao bispo João Baptista Anzer, que era, simultaneamente,<br />
superior provincial de Shantung sul, o Superior Geral recordará, em<br />
1896, que é seu dever velar pela unidade entre os missionários e que<br />
deverá auto-corrigir-se, e acrescenta: “O meu cargo impõe-me o<br />
sagrado dever de fazer-lhe este pedido muito decididamente e realçar<br />
a sua absoluta importância para o futuro” 102 .