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HOMEM CONFIANTE EM DEUS<br />
Anjos”. Em 17 de Agosto daquele ano, Anzer, recém-ordenado<br />
dois dias antes, teve a honra de colocar o primeiro tijolo na construção<br />
do novo edifício projectado. Apesar de toda a comunidade<br />
da casa missionária somar apenas 19 pessoas, a saber, quatro sacerdotes,<br />
nove estudantes, duas irmãs da Divina Providência e quatro<br />
trabalhadores, <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> dava assim início à construção da<br />
gran-de casa-mãe, cuja edificação culminaria aproximadamente dez<br />
anos mais tarde. Tais eram a energia e a confiança que animavam o<br />
Fundador.<br />
Mais tarde, falou e escreveu com frequência sobre este tema,<br />
aludindo às convicções que o animavam a começar a obra nos anos<br />
iniciais do seminário das missões. Assim, por exemplo, assinalou nas<br />
suas Reminiscências de 1899: “A primeira construção ensinou-nos<br />
uma coisa extraordinariamente importante para o desenvolvimento<br />
da obra. Daí em diante, ao projectar uma construção, já não nos<br />
perguntávamos se tínhamos dinheiro, mas se era necessária ou não.<br />
E, a seguir, confiantes e de bom ânimo, púnhamos mãos à obra,<br />
mesmo quando não tínhamos reunido mais do que a décima ou a<br />
vigésima parte do dinheiro necessário. E, confiantes em Deus, pudemos<br />
completar as construções e saldar as contas sem necessidade<br />
de recorrer a empréstimos” 61 .<br />
Em termos semelhantes dirigiu-se em 1890 ao P. Becher da<br />
Argentina: “Ao dar início às nossas construções, ainda nunca tivemos<br />
mais do que a décima parte dos fundos necessários. Temos, porém,<br />
seguido adiante, confiantes em Deus. E temos chegado ao fim. Você<br />
deverá proceder do mesmo modo” 62 . Passado algum tempo, tornou<br />
a infundir ânimo ao P. Becher: “Quanto me alegro que se tenha<br />
animado a começar. Não me agrada, porém, que perca noites de<br />
sono. Se eu tivesse tido tão pouca confiança em Deus, ter-me-ia<br />
desgastado e não teria chegado tão longe” 63 .<br />
Referindo-se à razão profunda de tal confiança, escreveu ao<br />
P. Miguel Colling, superior provincial da Argentina: “Não se deve ser<br />
timorato nas coisas que são necessárias, isto é, que Deus deseja. Se<br />
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