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Santo Arnaldo Janssen - verbo divino

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ARNALDO JANSSEN – CATIVADO E ENVIADO PELO ESPÍRITO<br />

Esta apreciação negativa vira-se reforçada para aqueles que<br />

duvidavam do êxito da obra, quando as dificuldades, surgidas na<br />

Primavera de 1896, levaram ao abandono dos três colaboradores<br />

iniciais, considerados co-fundadores pelo próprio reitor da casa.<br />

Tais demissões foram em parte motivadas por pontos de vista divergentes<br />

quanto aos objectivos e estrutura interna do instituto missionário.<br />

Maior, porém, foi a pressão resultante da procedência e dos<br />

caracteres de cada um deles. Junte-se a isto a exiguidade do espaço<br />

em que devia morar, de forma bastante improvisada, a pequena e<br />

pobre comunidade que, além disso, vivia segundo rígidas normas<br />

conventuais.<br />

O P. Germano Fischer descreve franca e pormenorizadamente<br />

o desenrolar das tensões que culminaram com a saída do clérigo<br />

Francisco Reichart e do pároco Pedro Bill e acrescenta no final:<br />

“Todos contribuíram diligentemente para construir a cruz que o reitor<br />

<strong>Janssen</strong> havia de carregar” 56 .<br />

Os factos parecem confirmar a impressão de que <strong>Janssen</strong>, na<br />

altura, não soube intermediar adequadamente as opiniões divergentes<br />

e assim conseguir superar as diferenças. Inclusivamente, um amigo<br />

seu e conselheiro, o professor luxemburguês Domingos Hengesch,<br />

insistiu com ele para não tentar impor a sua autoridade nem defender<br />

as suas ideias face às divergências de opiniões dos co-fundadores<br />

como se fosse o superior formalmente eleito 57 .<br />

Permanece, porém, a verdade que <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>, na sua<br />

qualidade de fundador, possuía um direito especial de defender os<br />

seus planos perante os demais, particularmente diante dos dois jovens<br />

clérigos. Não se deve esquecer que um deles, Francisco Reichart,<br />

representou ao extremo e de modo impertinente e impetuoso o ponto<br />

de vista da oposição. O pároco Pedro Bill, por sua vez, procurou<br />

utilizar como arma contra <strong>Janssen</strong> o direito de propriedade da casa<br />

que o Fundador lhe tinha entregue irreflectidamente. Resumindo,<br />

<strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> sofreu amargamente devido à sua preocupação de<br />

dar a estrutura correcta à obra e imprimir-lhe um bom espírito em

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