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A DECISÃO: FUNDAR UM SEMINÁRIO DAS MISSÕES 34<br />
aos neo-sacerdotes do seminário de São Gabriel/Viena:<br />
“quando se tem o desejo de se deixar guiar inteiramente<br />
pela santa vontade de Deus e, com frequência se lhe pede<br />
luz, Ele mesmo cria em nós um forte impulso interior de<br />
agir de determinada maneira e não de outra. Isto acontece,<br />
sem dúvida, não poucas vezes, por exemplo, quando<br />
jovens, no discernimento da Sua vocação, sentem de repente<br />
que uma claridade luminosa lhes indica que caminho<br />
devem seguir.<br />
2. As obrigações próprias do nosso estado de vida são um<br />
sinal da vontade de Deus para a nossa maneira de agir.<br />
Numa das suas conferências, dizia <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>: “Mediante<br />
a vocação, a voz do Senhor fala ao coração humano”<br />
34 . Nessa linha de pensamento, escreveu numa das<br />
suas cartas para a América do Sul: “Cumpra o seu dever<br />
e procure assim a vontade de Deus”. 35<br />
3. Sinal de autêntico e sábio critério é recorrer ao conselho<br />
de outros. Deus ajuda-nos, com efeito, a discernir a<br />
Sua vontade através de outras pessoas. O Superior Geral<br />
<strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> escreveu em certa ocasião ao P. João<br />
Bodems o seguinte: “Posso assegurar-lhe que faço quanto<br />
posso para não cair em erros. Para este fim reflicto<br />
muito, recolho muitas informações e consulto outras pessoas.<br />
É assim que procuro reconhecer a vontade de<br />
Deus”. 36<br />
4. Para religiosos, a vontade dos superiores é normativa<br />
como expressão da vontade de Deus. Contudo, é digna<br />
de menção a advertência claríssima que o fundador faz<br />
aos superiores, recordando-lhes que não devem, sem mais,<br />
considerar as suas próprias opiniões e ordens como se<br />
fossem a vontade de Deus. Estabeleceu, com efeito, nos<br />
estatutos de 1876: “Se bem que o superior não possa<br />
atrever-se a pensar que cada ordem sua esteja em con-