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ARNALDO JANSSEN – CATIVADO E ENVIADO PELO ESPÍRITO<br />
modo, o grande rigor, vigente na ainda pequena comunidade da casa<br />
missionária, devido ao estilo e exigência do reitor, não era necessário<br />
nem bom. Entretanto, deve-se levar em conta que, depois de lhe<br />
terem feito ver a sua excessiva severidade e deficiente bondade e<br />
paternidade, aceitou esses reparos e esforçou-se honestamente por<br />
se corrigir e melhorar.<br />
Particularmente nas suas práticas religiosas, <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> foi bem<br />
um homem do seu tempo. Alguns aspectos, até dignos de admiração,<br />
não é necessário imitá-los. Por exemplo, o seu grande esforço<br />
e a recomendação para ganhar o maior número possível de indulgências<br />
em sufrágio dos falecidos. Ou a sua profunda veneração das<br />
relíquias, baseada no respeito pelos corpos dos santos, por terem<br />
sido templos do Espírito <strong>Santo</strong>. Compreende-se facilmente que a<br />
explicação da Sagrada Escritura e o modo de a aplicar na pregação<br />
e na ascese tinham que seguir os conhecimentos próprios da época.<br />
Cabe aqui também recordar a atitude de <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> em<br />
relação aos irmãos, chamados em geral irmãos leigos.<br />
É um facto inegável que, para ele, os irmãos pertenciam a uma<br />
classe social diferente da dos sacerdotes. Isso correspondia ao modo<br />
de pensar reinante na sua época mesmo nas comunidades religiosas.<br />
Como consequência disso, praticararam-se determinadas discriminações<br />
muito “naturais” para aquele tempo. Hoje rejeitamo-las a<br />
partir de uma óptica, segundo a qual, os sacerdotes não devem<br />
reclamar quaisquer privilégios sociais, em discriminação dos irmãos,<br />
dentro do seu próprio instituto religioso. Um coisa porém, é certa:<br />
<strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> elevou de modo significativo a situação do irmão<br />
religioso em comparação com muitas outras comunidades e institutos<br />
religiosos. Para ele, os irmãos não representavam somente forças de<br />
trabalho insubstituíveis. Valorizou-os e proporcionou-lhes formação<br />
como profissionais da imprensa, agricultura e outras artes manuais,<br />
a que se juntaram, naturalmente, outras especializações.<br />
Além disso, inicialmente, quis conferir aos irmão, pelo menos<br />
o direito de voto activo, isto é, de participar na escolha ou indicação