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ENTREGUE AO SENHOR 144<br />
pedimos humildade, caridade para com o próximo, mansidão, zelo,<br />
espírito de sacrifício, temperança, continência e pureza. Assim, a<br />
devoção de Junho constituía uma fervorosa petição para sermos<br />
transformados, mediante o Espírito Divino e segundo o modelo do<br />
Coração de Jesus, para podermos continuar eficazmente, no mundo,<br />
o envio do Verbo Encarnado.<br />
Fiel a esta linha de pensamento, <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong> colocou-se<br />
muito conscientemente sob a direcção do Espírito <strong>Santo</strong>, para que<br />
Ele o tornasse capaz de cumprir as tarefas que Deus lhe designara.<br />
Em 3 de Outubro de 1887, precisamente na época das suas repetidas<br />
negociações em Viena para obter a autorização para fundar o<br />
seminário de São Gabriel, consagrou-se ao Espírito <strong>Santo</strong>, na igreja<br />
dos lazaristas, onde residia o P. Medits. A este respeito, escreve nos<br />
seus Apontamentos de 1906: “Consagrei-me ao Espírito <strong>Santo</strong>, em<br />
sacrifício total de corpo e alma (Viena, igreja dos lazaristas,<br />
Kaiserstrasse, segunda-feira, 3.10.87) e pedi-lhe a graça de reconhecer<br />
a grandeza do Seu amor e de viver e morrer unicamente para<br />
Ele. Que Ele me ajude a caminhar por esta vida, limpo de pecados,<br />
e a corresponder perfeitamente em tudo à santa vontade de Deus” 307 .<br />
Nos dois decénios que se seguiram, marcados por uma fecunda<br />
e crescente actividade, o Fundador e Superior Geral viveu cada<br />
vez mais conscientemente sob a moção do Espírito <strong>Santo</strong>. Na Oração<br />
dos Quartos de Hora implorava sempre de novo: “Enviai-me<br />
do Pai o Espírito <strong>Santo</strong>. Concedei-me reconhecer claramente as<br />
Suas santas inspirações e segui-las com perseverança”. Ocupado<br />
com a sua correspondência, interrompia com frequência o ditado e<br />
orava ao Espírito <strong>Santo</strong> a fim de encontrar os termos adequados.<br />
Como já dissemos, celebrava anualmente, em São Gabriel, sete<br />
missas “em honra do Espírito <strong>Santo</strong>” por diversas intenções; a sétima<br />
missa “por mim mesmo, para impetrar sabedoria, caridade, mansidão<br />
e bondade... e a graça de não contristar jamais o Espírito <strong>Santo</strong><br />
e de cumprir sempre fielmente a Sua santa vontade”. Gostava em<br />
especial de rezar, durante a jornada diária, os versos da sequência