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ARNALDO JANSSEN – CATIVADO E ENVIADO PELO ESPÍRITO<br />
agradecer e O louvar pela Sua acção nos santos e através deles. Na<br />
segunda parte a oração dirige-se, então, propriamente aos santos.<br />
A Trindade: primeiro e sempre<br />
Apesar do seu acentuado culto à Mãe de Deus, aos anjos e<br />
aos santos, o P. <strong>Arnaldo</strong> realçou, como já se expôs, a adoração<br />
directa a Deus. A veneração dos santos é conscientemente um culto<br />
indirecto a Deus. Fez uma ampla exposição destes pensamentos<br />
numa conferência aos seus sacerdotes de São Gabriel 290 . Nos seus<br />
apontamentos de 1906, denominados Testamento Espiritual, tornou<br />
a versar o tema que, evidentemente, lhe era muito caro. Disse<br />
ali: “A veneração dos santos é católica porque Deus quer que os<br />
Seus amigos sejam amados e venerados e que possam ser invocados<br />
como intercessores... A veneração dos santos é um culto indirecto<br />
a Deus. Ele deseja-o, mas de tal maneira que Ele próprio seja<br />
invocado, adorado e venerado de forma imediata e primacial. Também<br />
não leva a mal que alguma mulher simples, pouco instruída, ao<br />
entrar numa igreja, para ali apresentar os seus pedidos, não procure<br />
de imediato o sacrário mas se dirija à Virgem. De uma pessoa<br />
instruída, porém, espera-se outra atitude”. O sacerdote deve entender<br />
e considerar, continua <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>, que muitos fiéis se sentem<br />
mais atraídos pela nossa carinhosa Mãe Maria. “Os nossos<br />
confrades, porém, devem procurar cultivar principalmente a adoração<br />
e o louvor de Deus e das três Santíssimas Pessoas de forma<br />
directa e imediata” 291 .<br />
A Ir. Maria Renata Heine, SSpS, escreve sobre a importância<br />
do culto da Trindade na vida de <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>: “O Deus do Amor<br />
insondável é a fonte, o foco e a meta da espiritualidade verbita. Este<br />
mistério da nossa fé cristã constituiu a força dominante na vida e<br />
obra de <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>. A certeza de estar cativado pelo mistério<br />
de Deus Uno e Trino não foi para ele um mero conceito teológico