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Santo Arnaldo Janssen - verbo divino

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ENTREGUE AO SENHOR 130<br />

ainda, o modo como colocava com profundo respeito a imagem do<br />

Menino Jesus no andor processional para fazer outro tanto na igreja<br />

e recliná-lo no presépio. Tudo isso manifestava directamente emoção<br />

e reverência místicas diante do grande mistério. O P. Germano Fischer,<br />

testemunha e participante, durante anos, dessas celebrações que narra<br />

na biografia do P. <strong>Arnaldo</strong>, conclui a sua descrição com as palavras:<br />

“Quem observasse, naqueles momentos, o sacerdote ancião<br />

ajoelhado no pavimento, diante do Menino Jesus e escutasse as suas<br />

fervorosas orações, enquanto o seu rosto se transfigurava pela devoção<br />

e santa alegria interior, nunca mais podia esquecer a profunda<br />

impressão sentida. Durante o dia, seguramente, o piedoso sacerdote<br />

voltava ao tema da noite anterior, ocasião em que os seus olhos<br />

fulguravam com um brilho sobrenatural que irradiava a sua íntima<br />

felicidade” 279 .<br />

Pôde-se presenciar a mesma fé profunda, acompanhada do<br />

abandono à vontade de Deus, ao encontrar-se o Fundador junto à<br />

urna do P. Jorge Breidenbach, falecido em 1902, quando era o<br />

terceiro reitor do seminário de São Gabriel. O Ir. Gentianus<br />

(1875-1962), que pôde contemplar essa cena inesperada e totalmente<br />

despercebida, conta-nos a sua experiência: “O Fundador,<br />

ajoelhado junto do caixão, manteve, por muito tempo, uma espécie<br />

de diálogo com o falecido. Posso apenas repetir as palavras pelo<br />

contexto da conversa. Primeiro, desejou expressamente ao falecido<br />

felicidade para o regresso ao Pai: ‘De facto, P. Reitor, disse-lhe,<br />

sorrindo, esta foi uma partida difícil! Foram dias duros. Mas agora<br />

já tudo passou, já acabou toda a dor. Que bom é o Senhor! Ele faz<br />

tudo bem’.”<br />

E acariciou a cabeça do sacerdote falecido com o carinho<br />

próprio de uma mãe para com o seu filho. Parecia concentrar-se em<br />

si mesmo como que para recordar a sua própria situação. Pronunciou<br />

palavras de entrega à vontade divina, de total reconhecimento<br />

e conformidade com Deus, ora muito sério e suspirando, ora alegre<br />

e sorrindo. Uma oração, entre sorrisos e lágrimas, de total submis-

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