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10. PAI DOS SEUS:<br />
ESFORÇO PARA SER AMÁVEL<br />
Nos Apontamentos Pessoais de 1906, também chamados o<br />
seu Testamento Espiritual, escreve <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>: “Com frequência<br />
me propus e me esforcei por ser para todos os meus súbditos<br />
um pai bom e sábio e uma mãe afectuosa. No entanto, Deus<br />
Nosso Senhor sabe como tenho desempenhado mal este propósito<br />
maternal e paternal” 235 . Com estas palavras, diz claramente que estava<br />
consciente da sua natural falta de amabilidade. Outros também lhe<br />
confirmaram essa carência no relacionamento com as pessoas. Estava<br />
certo, porém, que Deus o incumbira da fundação e do crescimento<br />
da obra missionária iniciada em Steyl, chegando a tornar-se<br />
pai espiritual de um grande número de padres, irmãos e irmãs. Por<br />
conseguinte, devia esforçar-se por adquirir esse amor paternal e a<br />
amabilidade que o testemunhasse. Nisto se empenhou honrada e<br />
corajosamente. Essa luta por conquistar um amor compreensivo e<br />
uma cordialidade afável talvez seja o traço mais belo do seu esforço<br />
para adquirir a virtude.<br />
O P. Hilger até acentua, o que à primeira vista poderia surpreender,<br />
que o carácter do Fundador era marcado inicialmente pela<br />
dureza. Disse textualmente numa conferência de 1925: “Devo falar<br />
ainda do amor praticado pelo P. <strong>Arnaldo</strong>? Pois bem, salta aos olhos<br />
que, amando a Deus com afecto íntimo e profundo, também devia<br />
alcançar um grande amor ao próximo pela simples razão de que o<br />
primeiro acarreta o segundo. Mas que teve de travar uma luta bastante<br />
árdua consigo mesmo, só o puderam suspeitar aqueles que,