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ARNALDO JANSSEN – CATIVADO E ENVIADO PELO ESPÍRITO<br />
bom Salvador, durante o <strong>Santo</strong> Sacrifício. Por isso, quando chegam<br />
os sacrifícios, abraço-os, beijo-os e dou graças a Deus” 221 . E ao P.<br />
Ricken, reitor de São Ruperto, na Áustria, que o tinha informado de<br />
problemas da casa, aconselha: “Fundar obras de Deus é muito penoso<br />
e tanto mais difícil quanto maiores forem as bênçãos que delas<br />
hão--de brotar. Sinto isso em todas as fundações que me toca fazer,<br />
porém, não me queixo e até agradeço a Deus Nosso Senhor pela<br />
parte de cruz que me envia” 222 . Outras expressões muito semelhantes<br />
se encontram em muitas das suas cartas. Gosta de chamar aos<br />
sofrimentos e provações “partículas da Cruz de Cristo” ou cita as<br />
palavras Per aspera ad astra (é duro o caminho para as alturas),<br />
ou Per crucem ad lucem (pela cruz se vai à luz).<br />
Para <strong>Arnaldo</strong> <strong>Janssen</strong>, um motivo forte para a sua paciência e<br />
resignação no sofrimento, foi a consciência de que “Deus o quer”!<br />
“Agrada ao Senhor”! “Não desanime jamais face aos sofrimentos e<br />
às tribulações – exortava a um superior das missões –, mas agradeça<br />
ao Senhor!” Agrada-Lhe provar os Seus servidores para comprovar<br />
se confiam n’Ele” 223 . Numa conferência do ano 1902, disse: “Sem<br />
dor e sofrimento não se pode amar de verdade a Deus, aqui na<br />
terra” 224 . E ao P. Conrado Söger do Chile escreveu: “Deus, Nosso<br />
Senhor, manda os seus escolhidos à escola do sofrimento” 225 . Assim<br />
se entendem melhor as palavras que dirigia aos ordenandos durante<br />
os exercícios espirituais: “O bonito não é levar uma vida livre de<br />
preocupações e sofrimentos, mas sim suportar dificuldades e realizar<br />
coisas difíceis pela virtude do Espírito <strong>Santo</strong> e em união com Jesus”<br />
226 .<br />
Diante de alguma cruz, vivia convencido de que Deus concede a Sua<br />
fortaleza no sofrimento a quem está disposto a fazer sacrifícios. E é<br />
precisamente essa existência da graça divina que nos capacita para<br />
realizarmos grandes coisas pelo Senhor e em benefício do Seu Reino.<br />
“Os sofrimentos que Deus manda”, disse às irmãs, “não ultrapassarão<br />
as forças humanas. Se Deus envia sofrimentos, também concede<br />
a fortaleza e a capacidade para suportá-los” 227 . Entretanto, é neces-