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Untitled - Arquidiocese de Florianópolis

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da unida<strong>de</strong>, por conflitos que persistem, pela dificulda<strong>de</strong> para o encontro e o diálogo, pela insistência<br />

em fechamentos nas próprias idéias e práticas, pelo <strong>de</strong>sconhecimento da caminhada comum.<br />

Com a graça do Espírito Santo, que é laço <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> na diversida<strong>de</strong>, queremos garantir maior<br />

comunhão e diálogo entre todas as pessoas e organizações que participam <strong>de</strong> nossa Igreja e<br />

colaboram na missão evangelizadora. Com isto, seremos imagem mais pura e fiel da comunhão<br />

trinitária.<br />

Na ação evangelizadora, partimos do princípio <strong>de</strong> que continuamos a obra <strong>de</strong> Cristo e <strong>de</strong> todos<br />

os gran<strong>de</strong>s evangelizadores que nos prece<strong>de</strong>ram. Queremos integrar o nosso trabalho apostólico no<br />

plano <strong>de</strong> Deus, prosseguido pela Igreja <strong>de</strong> Cristo até o fim dos tempos. Estamos convictos <strong>de</strong> que,<br />

com isso, realizamos uma obra agradável a Deus. Para garantir uma obra comum em uma Pastoral<br />

<strong>de</strong> Conjunto, será necessário assumir a ação pastoral e evangelizadora na perspectiva <strong>de</strong> uma fé<br />

profunda, assumida e vivida. São Paulo, o gran<strong>de</strong> missionário das gentes, nos adverte: “A fé opera<br />

através da carida<strong>de</strong>” (Gl 5,6), e o autor da Carta aos Hebreus acrescenta: “Sem fé é impossível<br />

agradar a Deus”( Hb 11,6).<br />

Como motivação teológica para nossa ação evangelizadora, vivida na comunhão e<br />

participação, bastaria elencar e abraçar o que o próprio Cristo nos aponta nos chamados discursos<br />

missionários, relatados nos Evangelhos sinóticos: Mt 10, 5-42; Lc 10, 1-20; Mc 6,7-12. Encontramos<br />

aí, claramente expostas, as atitu<strong>de</strong>s, a metodologia, as diversas circunstâncias e vicissitu<strong>de</strong>s que<br />

caracterizam a ação dos autênticos evangelizadores. Com proprieda<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ríamos consi<strong>de</strong>rar<br />

essas passagens como orientações e diretrizes para os que assumem o envio <strong>de</strong> Deus.<br />

Na Sagrada Escritura aparece, com clareza, que a iniciativa, o imperativo da ação<br />

evangelizadora não parte <strong>de</strong> nós, <strong>de</strong> nossa inteligência, <strong>de</strong> nossos i<strong>de</strong>ais e propósitos. Decorre <strong>de</strong><br />

um chamado, <strong>de</strong> uma vocação essencialmente divina: “Não fostes vós que me escolhestes. Fui eu<br />

que vos escolhi a vós, para ir<strong>de</strong>s e produzir<strong>de</strong>s fruto e para que esse fruto permaneça” (Jo 15,16).<br />

Esse fruto, por correspon<strong>de</strong>r a um chamado divino, não se restringe ao tempo, mas permanece para<br />

sempre.<br />

A ação evangelizadora nunca é missão individual e isolada. É ação comunitária, conjunta e<br />

solidária, que parte da vida e da oração em comum (Mt 18,20). Trata-se <strong>de</strong> um <strong>de</strong>ver imperioso <strong>de</strong><br />

cada fiel, a ser executado em comunida<strong>de</strong>. É fácil averiguar isso na vocação dos profetas, dos<br />

missionários, dos apóstolos – homens e mulheres – que se <strong>de</strong>votaram e se <strong>de</strong>votam a essa causa,<br />

que transcen<strong>de</strong> nossos esquemas e posicionamentos (Mc 16, 15-18; Mt 28,18-20).<br />

A participação em reuniões, conselhos e assembléias, que envolvem todas as forças vivas da<br />

<strong>Arquidiocese</strong>, com vistas a conhecimento mútuo e <strong>de</strong>cisões comuns para a caminhada, <strong>de</strong>verá fazer<br />

parte da agenda <strong>de</strong> todos os discípulos e discípulas do Senhor, que se preten<strong>de</strong>m chamados à<br />

evangelização em nossa Igreja.<br />

A SERVIÇO DA VIDA PLENA<br />

E DA ESPERANÇA<br />

A vida nos foi dada como dom <strong>de</strong> Deus. Enquanto estamos a caminho da vida plena, na<br />

esperança do Reino <strong>de</strong>finitivo, é nossa missão promover e cuidar da vida terrena, em todas as suas<br />

dimensões e tempos, pois é para isso que Jesus disse que veio morar em nosso meio: “Eu vim para<br />

que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo 10,10). A vida criada por Deus está sob nossa<br />

responsabilida<strong>de</strong>, tanto a vida humana, como a <strong>de</strong> toda natureza. Não po<strong>de</strong>mos ser verda<strong>de</strong>iros<br />

seguidores e seguidoras <strong>de</strong> Jesus, se não tivermos a coragem <strong>de</strong> nos inserir nas transformações<br />

históricas para atingir o gran<strong>de</strong> objetivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a vida com todas as nossas forças e acima <strong>de</strong><br />

todas as mediações (estruturas, instituições, projetos pessoais e coletivos, etc.).<br />

Ao afirmar que estamos a caminho, esperando “contra toda esperança” (Rom 4,18), já<br />

dizemos que nosso <strong>de</strong>stino final não está neste mundo: “Não temos aqui morada fixa, mas<br />

buscamos a que há <strong>de</strong> vir” (Hb 13,14). Cristo instaurou um Reino que está no mundo, mas “não é<br />

<strong>de</strong>ste mundo” (Jo 19,36). A história nos mostra esse Reino em marcha, em consolidação, muitas<br />

vezes em crise, e constantemente em busca <strong>de</strong> um termo final. No Cristo Ressuscitado, na<br />

glorificação <strong>de</strong> Nossa Senhora, no paraíso celestial, temos os inícios e a <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>sse Reino<br />

em fase <strong>de</strong>finitiva: a realização plena e total. Quanto mais a Igreja conseguir transformar a fase<br />

terrena <strong>de</strong>sse Reino num reino <strong>de</strong> justiça, <strong>de</strong> amor, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong> e paz, mais ela conseguirá<br />

apontar – como sinal e instrumento – o estágio final e <strong>de</strong>finitivo <strong>de</strong>sse Reino <strong>de</strong> Cristo.

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