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Untitled - Arquidiocese de Florianópolis

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Como os gran<strong>de</strong>s missionários da Igreja primitiva (cf. At 10,26; 14, 14-15), <strong>de</strong>vemos recusar<br />

qualquer publicida<strong>de</strong> e mordomia, homenagens exageradas, ostentação, busca <strong>de</strong> interesses<br />

pessoais, cultivo <strong>de</strong> dons extraordinários que sufoquem a simplicida<strong>de</strong> da vida cotidiana.<br />

Como exemplos radicais do testemunho cristão que confirma a fé no po<strong>de</strong>r transformador da<br />

Palavra, lembramos as legiões <strong>de</strong> santos e santas, heróis e mártires, que <strong>de</strong>ram a vida como gesto<br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são total ao divino Mestre e aos seus ensinamentos e práticas.<br />

NA ORAÇÃO<br />

Também neste aspecto seguimos o exemplo dos primeiros discípulos e discípulas <strong>de</strong> Jesus,<br />

que freqüentavam o Templo para rezar (At 2,46), que rezavam os salmos (At 4,27-31). A exemplo <strong>de</strong><br />

Jesus, era com a oração que enfrentavam a tentação. Com a oração, prepararam-se para um novo<br />

Pentecostes (At 4,31). Permaneciam assíduos à oração e à palavra (At 6, 4). Com a oração,<br />

mantinham-se fortes quando eram perseguidos.<br />

A oração garante nossa intimida<strong>de</strong> e experiência pessoal com Deus e seu projeto salvador e<br />

libertador. A leitura orante da Bíblia, pessoalmente e em grupo, os momentos <strong>de</strong> contemplação da<br />

vida em todas as suas dimensões, a meditação sobre alegrias e sofrimentos, e a memória dos<br />

santos e mártires da caminhada são meios que nos mantêm firmes na fé e no ardor da<br />

evangelização. A oração nos ajuda a manter viva a mística da ligação entre fé e vida.<br />

Embora não busquemos resultados, nem esperemos colher os frutos da evangelização, pois<br />

isso compete ao Senhor, sabemos que a vida <strong>de</strong> oração produz efeitos eficazes. Na verda<strong>de</strong>,<br />

somente quando estivermos unidos a Cristo, como ramos na vi<strong>de</strong>ira, é que po<strong>de</strong>remos produzir<br />

frutos, como ele assegurou: “sem mim nada po<strong>de</strong>is fazer” (Jo 15,5).<br />

O resultado perene dos frutos da vida cristã e da evangelização é garantido pela presença do<br />

próprio Deus. Esta presença nós a experimentamos <strong>de</strong> modo autêntico quando vivemos diante da<br />

Palavra e do Espírito <strong>de</strong> Deus. Os diversos chamados e mandatos para a ação evangelizadora<br />

sempre vêm acompanhados com a promessa da presença do Senhor: “Eu estarei contigo,<br />

convosco. Porei minhas palavras em tua boca. É o Espirito Santo que falará em vós. Não temais!”<br />

(Mt 28, 16-20; Mc 16, 19-20; Jr 1,7-8; Mt 10, 19-20; Is 51,16).<br />

Desta forma, a Boa Nova e seus conteúdos jamais po<strong>de</strong>m ser apreciados como resultado do<br />

engenho ou da sabedoria humana, como alerta São Paulo: “Falamos uma sabedoria que não é<br />

<strong>de</strong>ste mundo... ensinamos uma sabedoria divina, misteriosa, escondida, pre<strong>de</strong>stinada por Deus...” (1<br />

Cor 2,6-7). “Tu tens palavras <strong>de</strong> vida eterna” (Jo 6, 68).<br />

Um dos resultados mais palpáveis do valor intrínseco e transformador da evangelização é a<br />

vida <strong>de</strong> oração, a santida<strong>de</strong> e a pureza <strong>de</strong> coração. Isso é visível na felicida<strong>de</strong> dos que recebem o<br />

Evangelho e se <strong>de</strong>ixam dirigir por ele: “Falo essas coisas para que eles participem plenamente da<br />

minha alegria... Santifica-os na Verda<strong>de</strong>, pois a tua Palavra é a Verda<strong>de</strong>... Que o amor com que me<br />

amaste, ó Pai, esteja neles, porque guardaram a tua Palavra” (Jo 17, 6.13.26).<br />

Na vida em família, nos encontros e reuniões, nos cursos <strong>de</strong> formação, na catequese, no<br />

trabalho, a oração <strong>de</strong>verá estar sempre presente. Nossas comunida<strong>de</strong>s, a exemplo das primeiras<br />

comunida<strong>de</strong>s cristãs, <strong>de</strong>vem tornar-se escolas <strong>de</strong> oração, sendo incentivadas a rezar os salmos, em<br />

profunda sintonia com Deus e a Igreja. Os ambientes e eventos eclesiais precisam tornar-se<br />

verda<strong>de</strong>iros encontros <strong>de</strong> oração. A exemplo <strong>de</strong> Jesus, que vivia em relação permanente com o Pai,<br />

assim queremos viver nós hoje, seus seguidores e seguidoras.<br />

NA PARTILHA<br />

Sinal maior da vida cristã é a comunhão que nasce da aceitação da Boa Nova <strong>de</strong> Jesus e se<br />

traduz em partilha <strong>de</strong> vida numa convivência fraterna e solidária. Os primeiros cristãos colocavam<br />

tudo em comum, e já não havia mais necessitados entre eles (At 2, 44-45; 4, 32.34-35). Assim,<br />

cumpriam a Lei que dizia: “Entre vocês não po<strong>de</strong> haver pobre!” (Dt 15, 4). Viviam o mandamento<br />

novo do Senhor e davam testemunho <strong>de</strong> serem seus discípulos: “O mundo conhecerá que sois<br />

meus discípulos, se vos amar<strong>de</strong>s uns aos outros” (Jo 13,35).<br />

O i<strong>de</strong>al da comunhão é chegar a uma partilha não só <strong>de</strong> bens, mas também dos sentimentos, a<br />

ponto <strong>de</strong> ter um só coração e uma só alma (At 4, 32; 1,14; 2,46) e superar as barreiras <strong>de</strong> classe,<br />

sexo, raça e religião (Gl 3,28; 1Cor 12,13). A partilha dos bens espirituais, que são <strong>de</strong> valor perene e

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