Untitled - Arquidiocese de Florianópolis
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Comunitária, capaz <strong>de</strong> criar novas comunida<strong>de</strong>s, sobretudo em lugares <strong>de</strong> aumento<br />
populacional, para que as pessoas possam se encontrar com Deus e entre si e sejam valorizadas<br />
em seus anseios <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>, comunhão, participação e bem-estar; imitadora da Trinda<strong>de</strong> divina;<br />
vivenciadora do amor mútuo, da partilha, sem nenhum tipo <strong>de</strong> discriminação e exclusão.<br />
Missionária, com abertura para ir ao encontro <strong>de</strong> todos, principalmente dos afastados e dos que<br />
não conhecem o Cristo, para anunciar-lhes o Evangelho, por palavras, ações, celebrações e modo<br />
<strong>de</strong> viver.<br />
Ministerial, para aproveitar bem os dons e carismas e a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada qual, para que<br />
ninguém fique <strong>de</strong> fora; uma Igreja <strong>de</strong>spojada <strong>de</strong> estilos e práticas clericais e centralizadoras.<br />
Servidora, em <strong>de</strong>fesa dos que sofrem e dos que não têm <strong>de</strong>fesa, capaz <strong>de</strong> educar para a<br />
prática da justiça e <strong>de</strong> trabalhar para transformar a realida<strong>de</strong> social.<br />
Dialogante, com disposição para falar a linguagem das pessoas <strong>de</strong> hoje, ensinando e<br />
apren<strong>de</strong>ndo, reconhecendo valores que existem também fora <strong>de</strong> suas fronteiras.<br />
Acolhedora, para os que chegam e os que já estão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>la, menos legalista e mais<br />
misericordiosa, com o coração aberto para receber cada pessoa, com suas esperanças e alegrias,<br />
com suas angústias e dificulda<strong>de</strong>s, construindo novas relações e <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado a li<strong>de</strong>rança<br />
autoritária, que não dá espaços para novas pessoas, novas idéias e novas maneiras <strong>de</strong> agir.<br />
Alegre, composta <strong>de</strong> pessoas e comunida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>spertem em seus interlocutores o <strong>de</strong>sejo<br />
<strong>de</strong> experimentar a felicida<strong>de</strong> que provém da fé em Deus e do empenho no anúncio do Evangelho.<br />
Criativa, com entusiasmo para respon<strong>de</strong>r a situações e <strong>de</strong>safios novos, disposta a se<br />
transformar constantemente, atenta a não per<strong>de</strong>r o essencial, fiel à mensagem <strong>de</strong> Jesus Cristo e à<br />
linguagem dos tempos atuais.<br />
Pneumática, dócil e obediente ao Espírito Santo, animada por seu fogo que aquece, e sua luz<br />
que ilumina, reconhecendo que é ele o protagonista da evangelização e que ele sopra on<strong>de</strong>, quando<br />
e como quer.<br />
Profética, com coragem para <strong>de</strong>nunciar os mecanismos que sustentam a socieda<strong>de</strong> idolátrica<br />
em que vivemos, sustentada pelo sistema econômico capitalista que cria, divulga e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> os<br />
ídolos do mundo – dinheiro, po<strong>de</strong>r, prestígio, prazer, etc. –, que nos afastam do Deus da Vida e<br />
levam à morte muitos irmãos e irmãs.<br />
Martirial, disposta a arcar com as conseqüências do anúncio <strong>de</strong> um Reino que não é <strong>de</strong>ste<br />
mundo, sabendo-se, por isso, perseguida, sofrida, incompreendida, pondo sua confiança não nos<br />
bens e pessoas do mundo, mas unicamente no seu Senhor.<br />
Pobre, <strong>de</strong>spojada <strong>de</strong> bens supérfluos, <strong>de</strong>sprendida <strong>de</strong> pretensões triunfalistas, presente nos<br />
meios populares, disposta a partilhar com os menos favorecidos seus bens espirituais e materiais,<br />
pondo-se ao lado dos pobres na luta por melhores condições <strong>de</strong> vida.<br />
SEGUIDORA DE JESUS CRISTO<br />
É a fé em Jesus Cristo e a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> à sua proposta que nos reúnem, nos dão força e nos<br />
impulsionam a pôr o pé na estrada da vida, como seguidores e seguidoras do Caminho. Como disse<br />
SãoPaulo: “Quanto ao fundamento, ninguém po<strong>de</strong> colocar outro diferente daquele que foi posto:<br />
Jesus Cristo” (1Cor 3, 11).<br />
João Paulo II, em sua Carta Apostólica sobre o Início do Novo Milênio, diz que, para nossa<br />
ação, não precisamos inventar um “programa novo”. O programa já existe: é o mesmo <strong>de</strong> sempre,<br />
expresso no Evangelho e na Tradição viva. Concentra-se, em última análise, no próprio Cristo, que<br />
temos <strong>de</strong> conhecer, amar, imitar, para nele viver a vida trinitária e com ele transformar a história,<br />
construindo o Reino <strong>de</strong> Deus, até a plenitu<strong>de</strong> na Jerusalém celeste. A travessia do novo milênio nos<br />
<strong>de</strong>safia a <strong>de</strong>ixarmos <strong>de</strong> lado expressões, mo<strong>de</strong>los e atitu<strong>de</strong>s que não tenham referência imediata e<br />
explícita ao único centro <strong>de</strong> nossa fé: Jesus Cristo. O anúncio explícito <strong>de</strong> Jesus <strong>de</strong> Nazaré, <strong>de</strong> sua<br />
pessoa, mensagem e obra, <strong>de</strong>ve concentrar todos os nossos esforços, num amplo e multiforme<br />
serviço que mostre nosso autêntico seguimento <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />
Ao tomar Jesus Cristo como sentido <strong>de</strong> nossa existência, reconhecemos que o centro <strong>de</strong> nossa<br />
ação evangelizadora consiste na aceitação do mistério da vida, paixão, morte e ressurreição <strong>de</strong><br />
Cristo. É <strong>de</strong> toda a sua vida, culminada na cruz, que brotam as “fontes da salvação”, os “rios <strong>de</strong>