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Untitled - Arquidiocese de Florianópolis

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O novo milênio tem-se apresentado bastante <strong>de</strong>safiador para os cristãos. Constata-se que<br />

menos <strong>de</strong> um terço da humanida<strong>de</strong> recebeu o anúncio do Evangelho. Entre os que o receberam,<br />

muitos não o vivem <strong>de</strong> fato. Há outros que <strong>de</strong>ixaram a Igreja, abandonaram a fé, per<strong>de</strong>ram contato<br />

com as fontes da graça que provém do Evangelho. Por outro lado, há muitos cristãos que se fecham<br />

em sua particular experiência <strong>de</strong> Deus, isolam-se em seu movimento, em suaativida<strong>de</strong> pastoral, em<br />

sua vida paroquial. Têm receio <strong>de</strong> que a abertura e o diálogo com o mundo os leve a per<strong>de</strong>r a fé.<br />

Vivem, assim, uma fé infantil e insegura, que não é comunitária nem missionária<br />

Em sua Carta Apostólica sobre o Início do Novo Milênio, o Papa nos convida a lançarmos as<br />

re<strong>de</strong>s para as águas mais profundas. Isso exige coragem, <strong>de</strong>sapego, disposição para novas<br />

atitu<strong>de</strong>s, novas idéias, novo jeito <strong>de</strong> ser Igreja. Há mais tempo se fala em novo ardor, novos<br />

métodos, novas expressões na obra da evangelização. É chegada a hora <strong>de</strong> darmos um passo<br />

<strong>de</strong>cisivo, que seja significativo e perseverante.<br />

Em nossa <strong>Arquidiocese</strong>, queremos que todas as nossas ações tenham um rosto missionário.<br />

Além <strong>de</strong> nos voltarmos para o cultivo <strong>de</strong> nossa própria fé (catequese, formação, celebração...),<br />

queremos dispor-nos para o anúncio da alegria da fé em Cristo, queremos que mais pessoas<br />

<strong>de</strong>scubram ou re<strong>de</strong>scubram o amor do Pai. Para isso, além <strong>de</strong> ações pastorais, voltadas para o<br />

interior da Igreja, precisamos <strong>de</strong> ações evangelizadoras, <strong>de</strong> anúncio, diálogo e serviço, ações que se<br />

voltem para a socieda<strong>de</strong>, para os mundos em que vivem nossos irmãos e irmãs, tantas vezes<br />

ansiosos pelo encontro com a verda<strong>de</strong>ira salvação.<br />

Esses mundos são os novos areópagos, aon<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> nós, o Evangelho <strong>de</strong>verá chegar.<br />

Entre tantos novos areópagos que nos <strong>de</strong>safiam, apontamos alguns, tão próprios <strong>de</strong> nossa<br />

realida<strong>de</strong>, que têm exigido <strong>de</strong> nós uma presença mais efetiva e qualificada: a exclusão dos pobres,<br />

as universida<strong>de</strong>s, o turismo, a política, o funcionalismo público, as escolas, as comunicações, a<br />

ecologia. Se isso não acontecer, aqui e agora, por nossas mãos, em vez <strong>de</strong> motores propulsores<br />

estaremos sendo freio e obstáculo para o anúncio e a efetivação do Reino que Deus quer para<br />

todos.<br />

SENDO IGREJA<br />

Somos a gran<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fiéis cristãos que formam a Igreja Católica na <strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Florianópolis</strong>, em comunhão com a Igreja em Santa Catarina, no Brasil e no mundo. Queremos que<br />

em nossa Igreja arquidiocesana se consoli<strong>de</strong>m as pequenas comunida<strong>de</strong>s, on<strong>de</strong> a convivência cristã<br />

é testemunhada <strong>de</strong> modo visível e concreto, a exemplo das primeiras comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scritas nos<br />

Atos dos Apóstolos. Os Grupos <strong>de</strong> Reflexão <strong>de</strong>vem ser estimulados e fortalecidos, tanto nas ruas e<br />

bairros, como nos condomínios, escolas e locais <strong>de</strong> trabalho, sempre ligados a uma pequena<br />

comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> base (capela) e motivados pelos gran<strong>de</strong>s temas das campanhas da <strong>Arquidiocese</strong> e<br />

da CNBB. Desse modo, fazem parte da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s que compõem a Paróquia e, através<br />

<strong>de</strong>la, a <strong>Arquidiocese</strong>. Além dos Grupos <strong>de</strong> Reflexão, é preciso valorizar outros meios <strong>de</strong> ser Igreja na<br />

base, como grupos <strong>de</strong> jovens, movimentos.<br />

Em nossa <strong>Arquidiocese</strong>, faremos que cada Paróquia seja uma célula vital da Diocese e<br />

encontre na formação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s o essencial para sua vida. Para a formação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s,<br />

não se po<strong>de</strong> pensar somente nos limites geográficos <strong>de</strong> nossas paróquias. À medida que as<br />

comunida<strong>de</strong>s se consolidam, a Paróquia <strong>de</strong>ve ir se transformando numa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s, na<br />

qual a matriz é mediadora <strong>de</strong> serviços (formação permanente <strong>de</strong> animadores e ministros,<br />

celebrações especiais, registros, administração) e não um centro <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r clerical.<br />

Enten<strong>de</strong>mos que nossa Igreja arquidiocesana <strong>de</strong>ve se assemelhar cada vez mais à Igreja dos<br />

tempos apostólicos. As seguintes perguntas irão nos acompanhar nos próximos anos, como <strong>de</strong>safio<br />

permanente ao nosso ser e ao nosso agir: Quais as características que <strong>de</strong>ve ter a Igreja <strong>de</strong> Jesus no<br />

novo milênio, para se parecer com a Igreja do tempo dos Apóstolos? Que qualida<strong>de</strong>s sonhamos<br />

para a Igreja dos nossos tempos? Como Jesus gostaria que fosse a sua Igreja?<br />

Através da leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, dos documentos do Papa e da CNBB e das<br />

atas <strong>de</strong> nossas últimas Assembléias <strong>de</strong> Pastoral, percebemos que nossa Igreja <strong>de</strong>verá tornar-se<br />

cada vez mais:<br />

Santa, para nela po<strong>de</strong>rmos fazer a experiência do encontro afetuoso com Deus-Pai, fonte <strong>de</strong><br />

amor e <strong>de</strong> vida, com Jesus Cristo, o único Senhor da nossa existência, e com o Espírito Santo, fogo<br />

que nos aquece e ilumina.

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