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Untitled - Arquidiocese de Florianópolis

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com o uso das forças internas que é possível vencer as <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s existentes em nossa instituição<br />

eclesial e em nossas atitu<strong>de</strong>s. E é com a percepção dos apelos, com seu conhecimento, verificação<br />

e discernimento, que iremos dando uma marca criativa à nossa ação evangelizadora.<br />

I.1 DESAFIOS DE ORDEM SOCIAL<br />

Para po<strong>de</strong>r lançar as sementes do Evangelho em vista da construção <strong>de</strong> um mundo justo e<br />

fraterno, é preciso que a Igreja conheçaefetivamente toda a realida<strong>de</strong> que a envolve, e seja a<br />

primeira <strong>de</strong>fensora e protagonista do efetivo seguimento <strong>de</strong> Jesus. Frente às profundas<br />

transformações da última década no cenário mundial, nacional e estadual, as quais se refletem na<br />

<strong>Arquidiocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Florianópolis</strong>, é preciso que i<strong>de</strong>ntifiquemos os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m social, isto é,<br />

postos à nossa frente pela realida<strong>de</strong> social em que vivemos.<br />

Alguns são consi<strong>de</strong>rados como ameaças, outros como oportunida<strong>de</strong>s, outros como apelos.<br />

Uma vez i<strong>de</strong>ntificados, <strong>de</strong>verão ser consi<strong>de</strong>rados e <strong>de</strong>vidamente trabalhados, para que a ação<br />

evangelizadora em nossa <strong>Arquidiocese</strong> seja eficaz e produtiva, e, além <strong>de</strong> tudo, libertadora, para<br />

realmente realizar o que Jesus mandou: evangelizar para salvar.<br />

AMEAÇAS DE ORDEM SOCIAL<br />

São situações ou fenômenos que se tornam problema para nós, pois ameaçam direta ou<br />

indiretamente a ação evangelizadora, exigindo <strong>de</strong> nós combatê-los e minimizá-los:<br />

• Crise ética em todos os segmentos da socieda<strong>de</strong>: Os valores morais e religiosos são<br />

muitas vezes colocados em segundo plano e até mesmo ignorados, em busca <strong>de</strong> uma vida<br />

mais fácil e hedonista;<br />

• Permissivismo cultural e sexual: Os valores culturais e sexuais <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser<br />

importantes, <strong>de</strong>vido ao relaxamento das consciências e dos costumes, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando<br />

inúmeras distorções maléficas, para as pessoas, as famílias e toda a socieda<strong>de</strong>;<br />

• Contravalores transmitidos pela mídia: Desestruturam ainda mais a socieda<strong>de</strong> em que<br />

vivemos, induzindo as pessoas e famílias a não lutarem pela manutenção <strong>de</strong> valores<br />

importantes, como o sentido <strong>de</strong> pertença à família e à comunida<strong>de</strong>;<br />

• Cultura do consumismo e utilitarismo: Incita à aquisição <strong>de</strong> bens que não são<br />

necessários e nem utilizados; induz os que não têm acesso a <strong>de</strong>terminado produto, a<br />

sentirem-se excluídos;<br />

• Ausência total ou parcial do senso do bem comum e da cidadania: O que conta é a<br />

satisfação da necessida<strong>de</strong> individual, o que serve ao usufruto próprio e imediato; as outras<br />

pessoas não são consi<strong>de</strong>radas como companheiras e necessitadas do mesmo bem, que é<br />

<strong>de</strong> todos;<br />

• Opressão econômica, política, social, cultural, racial e sexual: Só os mais fortes são os<br />

<strong>de</strong>tentores do capital, do po<strong>de</strong>r e do saber, têm vez e voz e dão a última palavra, quase<br />

sempre em benefício próprio;<br />

• Neoliberalismo e globalização econômica: O dinheiro e o lucro postos como objetivo <strong>de</strong><br />

tudo, produzem exclusão social e transformam os costumes, <strong>de</strong>turpam os valores<br />

educacionais, religiosos e culturais. Os direitos básicos dos seres humanos (alimentação,<br />

saú<strong>de</strong>, educação, moradia, trabalho, vestuário) viram mercadoria, à qual só têm acesso os<br />

que po<strong>de</strong>m pagar;<br />

• Dívidas interna e externa: Um dos mecanismos mais brutais <strong>de</strong> exploração das economias,<br />

estas dívidas constituem um urgente <strong>de</strong>safio para a consciência da humanida<strong>de</strong>, pois muitas<br />

vezes po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas imorais;<br />

• Efeitos danosos da migração crescente e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada: Milhares <strong>de</strong> pessoas são<br />

atraídas por uma vida aparentemente melhor, causando o crescimento dos cinturões <strong>de</strong><br />

pobreza ao redor das cida<strong>de</strong>s maiores, on<strong>de</strong> saneamento básico, escola, posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

creche, habitação, vias <strong>de</strong> acesso e lazer são insuficientes ou inexistentes;<br />

• Mercantilização da religião: A religião torna-se um bem <strong>de</strong> venda e consumo. Busca-se o<br />

acesso a esse bem, comofonte <strong>de</strong> satisfação imediata das necessida<strong>de</strong>s puramente<br />

materiais, tornando o prestígio e o sucesso financeiro uma <strong>de</strong> suas principais metas, e<br />

levando ao <strong>de</strong>scompromisso com o social, ao egocentrismo e ao individualismo;

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