Medal Parade do Contingente - Exército
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VOLUME 3, EDIÇÃO 1<br />
EDITORIAL<br />
Curiosidades da História<br />
EXPRESSO DO ORIENTE<br />
Aproximamo-nos <strong>do</strong> final da nossa Missão no Teatro de Operações <strong>do</strong> Afeganistão!<br />
Este é, pois, o nosso derradeiro boletim. Nele se inserem diversos registos<br />
deste último terço da nossa presença em território afegão. A diversidade<br />
das nossas actividades está bem ilustrada nos artigos aqui apresenta<strong>do</strong>s<br />
que se constituem, de per si, como um testemunho da extraordinária prestação<br />
<strong>do</strong> nosso “One Team”. A to<strong>do</strong>s quero, uma vez mais, expressar o meu<br />
grato reconhecimento pela forma dedicada, eficaz e exemplar como executaram<br />
as respectivas tarefas / atribuições individuais, contribuin<strong>do</strong> esclarecida<br />
e empenhadamente para o cumprimento da missão <strong>do</strong> <strong>Contingente</strong><br />
Nacional / FND ISAF. Que orgulho sinto em ser o vosso Comandante, um<br />
vosso camarada mais antigo que convosco tem partilha<strong>do</strong> dias inesquecíveis!<br />
Connosco desde há uns dias, já estão presentes e comungam deste dia-adia<br />
muitos <strong>do</strong>s nossos “replacements”. A to<strong>do</strong>s os militares <strong>do</strong> próximo<br />
<strong>Contingente</strong> Nacional reitero os votos de boas vindas e de muito sucesso<br />
na futura missão. Este é, sem dúvida, um perío<strong>do</strong> muito especial. Na nossa<br />
perspectiva, o culminar de uma experiência ao serviço <strong>do</strong> Povo Afegão,<br />
recheada de extraordinários momentos de cariz profissional, humano e<br />
social, em nome das Forças Armadas Portuguesas e de Portugal. Para os<br />
que chegam, o início de um novo ciclo, de mais uma missão, na senda <strong>do</strong><br />
espírito de bem servir e de bem cumprir, timbre <strong>do</strong>s Solda<strong>do</strong>s portugueses.<br />
Boa sorte!<br />
Solda<strong>do</strong>s, nascemos com a própria<br />
Pátria fortes, bravos e galantes,<br />
desde a fundação de Portugal, dan-<br />
<strong>do</strong> as conquistas e quebran<strong>do</strong><br />
encantos <strong>do</strong>s navega<strong>do</strong>res. Misto<br />
guerreiro de fé e de sonho, somos a<br />
pura essência portuguesa, cimen-<br />
tada aos golpes de espadas, aben-<br />
çoada nos braços da cruz, <strong>do</strong>mi-<br />
nan<strong>do</strong> o Mun<strong>do</strong>, saudan<strong>do</strong> em<br />
corajosas aventuras o solo queima-<br />
<strong>do</strong> da África, o panganismo hin-<br />
dustão, as riquezas <strong>do</strong> Brasil, cas-<br />
tigan<strong>do</strong> os crimes na costa chinesa.<br />
Como solda<strong>do</strong> como vós, sei entu-<br />
Coronel António Salgueiro<br />
Comandante <strong>do</strong> CN<br />
siasmar ao falar <strong>do</strong> meu Portugal,<br />
não saben<strong>do</strong> mentir ao rezar as<br />
suas glórias.<br />
É que, meus senhores e Solda<strong>do</strong>s,<br />
quan<strong>do</strong> dentro deste canto aben-<br />
çoa<strong>do</strong> se levanta a figura viril <strong>do</strong><br />
Solda<strong>do</strong>, ela traz dentro de si todas<br />
as virtudes atávicas da Raça, a<br />
valentia de Viriato, o desembaraço<br />
de Sertório, a inteligência arábica,<br />
a aventura finica, o engenho visi-<br />
gótico, a arte grega, a fé romana e<br />
a fidelidade de um cruza<strong>do</strong>! São<br />
estas virtudes herdadas pelos lusi-<br />
tanos <strong>do</strong>s povos que por aqui pas-<br />
PÁGINA 3<br />
saram que escreveram sob o solo<br />
sagra<strong>do</strong> da minha Pátria a profecia<br />
– Portugal é eterno. Foi o que em 9<br />
de Abril sentiram os solda<strong>do</strong>s da<br />
Alemanha ao lançarem oito esco-<br />
lhidas divisões de manobra contra<br />
a 2ª divisão portuguesa.<br />
Solda<strong>do</strong>s! Firmes, olhos na bandei-<br />
ra e enquanto as quinas e castelos<br />
forem o farol de uma Raça que crê,<br />
que combate e que vence, Portugal<br />
será sempre avante!<br />
Excerto <strong>do</strong> discurso de Juramento de<br />
Bandeira no RC 4, em 1923.