Jornal 134 - Maio 2008.p65 - Arquidiocese de Florianópolis

16 Geral
Maio 2008 Jornal da Arquidiocese
Pastoral forma agentes para atuar com os migrantes
Primeira etapa da formação para agentes da Pastoral, reuniu 50 participantes que representaram 12 nações de 3 continentes
Paola Martel nasceu no Peru.
Lá estudou e se formou em medicina.
Há três anos veio para o Brasil,
em Curitiba, PR, fazer especialização
em pediatria. Durante o
curso, conheceu quem é hoje o
seu esposo. Então decidiu viver
aqui. Foi aí que os problemas começaram.
Há dois anos tentava
conseguir a documentação para
viver e trabalhar no Brasil legalmente.
Há três meses veio para
Florianópolis e conheceu a Pastoral
do Migrante.
Aqui foi acolhida e orientada
para conseguir a documentação
de que necessita. Ela é agora
uma das voluntárias da Pastoral,
que no dia 26 de abril participou
do curso de formação. “Pensei comigo:
Se fui acolhida com tanta
generosidade, porque não fazer
parte desse trabalho e ajudar outras
pessoas? Se consegui o que
queria, devo isso à Pastoral, e é
minha obrigação retribuir ajudando”,
disse Paola.
Realizada na Catedral, essa foi
a primeira etapa do curso, que
terá outras três etapas (maio, junho
e agosto). O evento contou
com a participação de 50 pessoas,
que representavam 12 nações,
de três continentes. Na primeira
etapa, os participantes refletiram
sobre a dimensão sócio-
cultural-política-econômica da
mobilidade humana. A assessoria
coube à Dra. Dra. Gláucia Gláucia de de Oliv Oliveira Oliv eira
de de de Assis Assis, Assis Assis professora da UDESC, ao
Pe. e. João João Cor Corso Cor so so, so orientador da Pastoral,
e ao Pr Prof. Pr of. Jurandir Jurandir Zamber-
Zamber
lam lam. lam
A abertura do encontro, ficou
por conta de Karam aram Alber Albert Alber
Karam aram aram, aram coordenador da Pastoral,
que fez um breve relato de sua
história de vida. Nascido no Líbano,
há 52 anos veio para o Brasil,
quando tinha 14 anos de ida-
Um novo céu e uma nova terra
Acompanhe na sua rádio o programa radiofônico de nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger. São 15 rádios da Arquidiocese que
transmitem semanalmente suas palavras de amor e esperança.
Participantes ficaram atentos às explanações. Sobre cada mesa, foi
colocada uma bandeira simbolizando os países com migrantes.
de. Aqui passou por todo tipo de
dificuldade e preconceito. Hoje
pode ajudar a outros. “Muitas
pessoas tentam a vida em outros
países, mas não pesam o quanto
custa para se conseguir vencer
na vida”, disse Karam.
O curso é oferecido em parceria
com a Escola de Ministérios
da Arquidiocese. “É bom que
a EMAR está se abrindo para atuar
principalmente nas pastorais
que não tinham pessoas ou grupos
formados”, disse o nosso arcebispo
Dom Dom Murilo Murilo Krieger Krieger, Krieger Krieger que
teve uma breve participação no
encontro.
Em busca da legalidade
Na Arquidiocese, a Pastoral
existe há dois anos, mas desde
1996 temos a presença dos Padres
Carlistas, que têm como
carisma o acolhimento aos
migrantes. Nesses dois anos de
atuação, todas as terças-feiras um
voluntário recebe os migrantes.
São mais de 200 cadastrados. Todos
buscam conseguir a documentação
para poderem viver legalmente
no país.
Também na última quinta-feira
do mês são realizados encontros
entre os migrantes. São momentos
de troca de informações, de
cultura, e partilha. Atualmente, a
Pastoral conta com seis voluntários.
A expectativa é que com o curso,
sejam formados novos agentes
para contribuir com o trabalho.
"Nosso objetivo é que as pessoas
conheçam o fenômeno migratório,
se engajem no grupo e ajudem a
acolher de maneira adequada os
migrantes", disse Pe. João Corso.
Foto JA
Arte Arte Sacra
Sacra
Por que e para que uma Comissão
Arquidiocesana de Arte Sacra
Com o crescimento de nossas
cidades surge, também, a
necessidade de novos espaços
para a celebração litúrgica.
Além disso, as atuais edificações,
muitas vezes, necessitam
de reforma, adaptação ou
ampliação. No intuito de responder
a essas necessidades e alcançar
melhores resultados técnicos
e artísticos, tendo sempre
em mente as orientações litúrgicas,
foi constituída, em nossa
Arquidiocese, a Comissão de
Arte Sacra (CAS).
Enquanto construção arquitetônica,
cada igreja apresenta
suas características próprias
relativas à sua época, ao seu
estilo e sua estrutura, bem
como, a sua concepção artístico-religiosa.
Hoje, quando o assunto
é reforma, readaptação,
ampliação, não é possível decidir
sobre as alterações necessárias
tendo por base somente
a sensibilidade das pessoas ou
as preferências individuais. A
referência não é, apenas, o bonito
ou o conveniente, mas sim,
o litúrgico, o adequado, o legalmente
correto... Diante de tamanho
desafio, a Arquidiocese de
Florianópolis, a partir dos
ensinamentos da Igreja, delineou
orientações gerais para
essa difícil tarefa. Assim, o co-
nhecimento e o cumprimento
dessas orientações são o primeiro
passo em direção a um empreendimento
realizado de acordo
com as normativas teológicolitúrgicas,
as determinações técnicas
e as prescrições legais.
A CAS foi constituída com o
intuito de auxiliar as paróquias e
as comunidades da Arquidiocese
de Florianópolis a obter melhor
resultado nas construções, reformas,
ampliações nos edifícios
que irão acolher o povo para suas
orações e celebrações.
A CAS tem como missão examinar
projetos, orientar planos
de trabalhos, elaborar sugestões,
discutir programas, esclarecer
normas, e atuar na formação
de profissionais envolvidos
no processo de construção e ou
reforma dos espaços celebrativos
(e também nos demais
imóveis pertencentes à Mitra
Metropolitana de Florianópolis).
A CAS tem como meta buscar o
valor artístico autêntico, que alimente
a fé e a piedade e, ao
mesmo tempo, que corresponda
à verdade do seu significado
e aos fins a que se destina.
Mais informações: espacoespaco
celebrativ celebrativo@sidneimachado.
celebrativ o@sidneimachado.
com.br com.br ou pelo fone (48) (48) 3035-
3035-
3773. 73.
Tudo no espaço celebrativo deve seguir as normas litúrgicas. Para
garantir isso, a Arquidiocese criou a Comissão de Arte Sacra
Divulgação/JA