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Consenso - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia

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48 Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 29, Nº 1, 2006 <strong>Consenso</strong><br />

7 - Fundamentos para imunoterapia específica com alér-<br />

Quadro<br />

genos<br />

sensibilização comprovada a alérgenos ambientais (testes<br />

•<br />

e/ou <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> IgE sérica específica)<br />

cutâneos<br />

• relação entre exposição ao alérgeno e manifestação clínica<br />

• disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extrato alergênico padronizado comprova-<br />

damente potente e eficaz<br />

Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> publicou relatório so-<br />

A<br />

imunoterapia específica com alérgenos no qual <strong>de</strong>fine<br />

bre<br />

a mesma <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada quando os anti-hista-<br />

que<br />

e a medicação tópica nasal não controlam os sinmínicos<br />

em pacientes que não <strong>de</strong>sejam permanecer exclutomas,<br />

sob farmacoterapia ou, quando o uso dos medisivamente<br />

resulta em efeitos in<strong>de</strong>sejáveis (quadro 8). Neste<br />

camentos<br />

<strong>de</strong>staca ainda que a aplicação subcutânea <strong>de</strong><br />

documento<br />

específica altera o curso natural das doenças<br />

imunoterapia<br />

alérgicas.<br />

8 - Indicações da imunoterapia específica no tratamento<br />

Quadro<br />

rinite alérgica<br />

da<br />

• falha na resposta à terapêutica convencional (anti-hista-<br />

mínico H 1 por via oral e corticosterói<strong>de</strong>s tópicos)<br />

• paciente recusa tratamento prolongado e exclusivo com fár-<br />

macos<br />

• efeitos colaterais da farmacoterapia<br />

imunoterapia específica com alérgenos <strong>de</strong>ve ser consi-<br />

A<br />

como parte <strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> tratamento que inclui<br />

<strong>de</strong>rada<br />

<strong>de</strong> controle ambiental e farmacoterapia. Estudos<br />

medidas<br />

<strong>de</strong>monstram seu benefício com alérgenos pro-<br />

controlados<br />

<strong>de</strong> ácaros da poeira doméstica, polens <strong>de</strong> gramívenientes<br />

e <strong>de</strong> proteínas <strong>de</strong> gato. Já foi <strong>de</strong>monstrado que po<strong>de</strong><br />

neas<br />

o surgimento <strong>de</strong> novas sensibilizações, assim co-<br />

prevenir<br />

impedir o surgimento <strong>de</strong> asma em pacientes com rinimo,<br />

alérgica.<br />

te<br />

eficácia da imunoterapia <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da dose utilizada do<br />

A<br />

alergênico. O esquema <strong>de</strong> aplicação da imunote-<br />

antígeno<br />

<strong>de</strong>ve ser individualizado e permanentemente acomrapia<br />

pelo médico. A aplicação da imunoterapia <strong>de</strong>ve<br />

panhado<br />

a um planejamento baseado na intensida<strong>de</strong> da<br />

obe<strong>de</strong>cer<br />

do paciente.<br />

sensibilização<br />

principal via <strong>de</strong> administração da imunoterapia especí-<br />

A<br />

com alérgeno é a injeção subcutânea. No entanto, esfica<br />

recentes também <strong>de</strong>monstram sua eficácia pela via<br />

tudos<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam empregadas doses elevadas<br />

sublingual,<br />

alérgenos, em torno <strong>de</strong> 50 a 100 vezes maiores que as<br />

<strong>de</strong><br />

pela via subcutânea. A maior parte <strong>de</strong>stes estu-<br />

utilizadas<br />

foi realizada em países europeus empregando alérgedos<br />

<strong>de</strong> polens e <strong>de</strong> ácaros da poeira doméstica. Recentes<br />

nos<br />

controlados, avaliados por metaanálise, indicam<br />

estudos<br />

a imunoterapia sublingual resulta em diminuição dos<br />

que<br />

e da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicamentos.<br />

sintomas<br />

ressaltar que as preparações para imunoterapia<br />

Cabe<br />

com alérgenos, para uso subcutâneo ou sublin-<br />

específica<br />

<strong>de</strong>vem ser individualizadas quanto à composição e<br />

gual,<br />

e somente po<strong>de</strong>m ser disponibilizadas por<br />

concentração<br />

médica. Portanto, não são passíveis <strong>de</strong> comer-<br />

prescrição<br />

em farmácias e drogarias.<br />

cialização<br />

benefício da imunoterapia específica <strong>de</strong>ve ser avaliado<br />

O<br />

quanto à qualida<strong>de</strong> da resposta terapêuti-<br />

periodicamente<br />

pela melhora clínica (intensida<strong>de</strong> e freqüência dos sinca,<br />

diminuição do consumo e/ou da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tomas),<br />

Para orientar a aplicação <strong>de</strong> imunoterapia o<br />

medicamentos.<br />

<strong>de</strong>ve ter capacitação específica. A aplicação <strong>de</strong><br />

médico<br />

com alérgenos por qualquer via é acompa-<br />

imunoterapia<br />

<strong>de</strong> riscos. Ao iniciá-la, o paciente <strong>de</strong>verá ser infornhada<br />

<strong>de</strong>sta possibilida<strong>de</strong> e o médico <strong>de</strong>ve estar preparado<br />

mado<br />

tratar reações adversas, que po<strong>de</strong>m ser graves. o<br />

para<br />

imunoterapia está contra-indicada em pacientes com<br />

A<br />

coronariana ou em uso <strong>de</strong> beta-bloqueadores e nos<br />

doença<br />

<strong>de</strong> alterações do sistema imunológico, tais como<br />

casos<br />

e doenças auto-imunes. A imunoterapia<br />

imuno<strong>de</strong>ficiências<br />

é indicada em crianças pré-escolares e nos ido-<br />

raramente<br />

não <strong>de</strong>vendo ser iniciada durante a gravi<strong>de</strong>z, todavia<br />

sos,<br />

em uso <strong>de</strong> imunoterapia, que venham a engravi-<br />

mulheres<br />

po<strong>de</strong>m continuar o tratamento.<br />

dar,<br />

intensa pesquisa para <strong>de</strong>senvolver alérgenos<br />

Existe<br />

potentes e com menor risco <strong>de</strong> induzir reações, assim<br />

mais<br />

para preparar veículos ou adjuvantes que favoreçam<br />

como<br />

mudança da resposta imunológica.<br />

a<br />

Solução salina<br />

3.9.<br />

décadas as soluções salinas têm sido emprega-<br />

Durante<br />

na lavagem nasal, bem como coadjuvante no tratadas<br />

<strong>de</strong> afecções nasais agudas e crônicas. Por ser mémento<br />

barato, prático e bem tolerado tornou-se muito difuntodo<br />

porém pouco estudado. Afecções como rinite alérgica<br />

dido,<br />

rinossinusite crônica <strong>de</strong>terminam prejuízo acentuado da<br />

e<br />

mucociliar, quer seja por alteração na composi-<br />

<strong>de</strong>puração<br />

do muco e/ou por diminuição na freqüência do batição<br />

ciliar. A solução <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> sódio (NaCl) tem a<br />

mento<br />

<strong>de</strong> diminuir a viscosida<strong>de</strong> do muco nasal in<br />

proprieda<strong>de</strong><br />

Entretanto, o mecanismo exato pelo qual a solução<br />

vitro.<br />

hipertônica atua na via aérea não é conhecido. A li-<br />

salina<br />

é escassa no que se refere especificamente à utiteratura<br />

<strong>de</strong> solução hipertônica como coadjuvante no tratalização<br />

da rinite alérgica. Diferentes concentrações <strong>de</strong> NaCl<br />

mento<br />

ser utilizadas na lavagem nasal e não há consenso<br />

po<strong>de</strong>m<br />

o tema.<br />

sobre<br />

à forma <strong>de</strong> administração da solução salina, há<br />

Quanto<br />

métodos bastante difundidos:<br />

três<br />

pressão positiva – paciente faz aplicação da solução<br />

•<br />

dispositivo tipo seringa.<br />

por<br />

pressão negativa – o paciente “aspira” a solução colo-<br />

•<br />

por exemplo, na palma da mão.<br />

cada,<br />

uso <strong>de</strong> aplicadores – nebulizadores ou spray.<br />

•<br />

que comparam a eficiência dos três métodos<br />

Estudos<br />

que as fossas nasais po<strong>de</strong>m ser bem higienizadas<br />

indicam<br />

por qualquer uma das técnicas.<br />

Pontos importantes<br />

Tratamento:<br />

medidas não farmacológicas<br />

•<br />

o controle ambiental<br />

• medidas farmacológicas<br />

o anti-histamínicos<br />

o <strong>de</strong>scongestionantes<br />

o corticosterói<strong>de</strong>s<br />

o outros<br />

• imunoterapia<br />

• solução salina<br />

cromoglicato dissódico<br />

brometo <strong>de</strong> ipratrópio<br />

antileucotrienos<br />

DESENVOLVIMENTO DE DIRETRIZES PARA O TRATA-<br />

4.<br />

DA RINITE ALÉRGICA<br />

MENTO<br />

recomendações terapêuticas <strong>de</strong>vem ser baseadas em<br />

As<br />

portanto em ensaios clínicos randomizados e<br />

evidências,<br />

controlados por placebo (ERCP). A maioria dos estudos

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