Consenso - Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
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<strong>Consenso</strong> Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 29, Nº 1, 2006 47<br />
tópicos nasais, doses recomendadas e a biodispo-<br />
terói<strong>de</strong>s<br />
sistêmica.<br />
nibilida<strong>de</strong><br />
potência dos corticosterói<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser avaliada in vi-<br />
A<br />
<strong>de</strong> várias maneiras. Recentemente, medidas diretas da<br />
tro,<br />
<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> citocinas (ex IL-4, IL-5, IFN-γ) em<br />
inibição<br />
sadios <strong>de</strong>monstraram que MF e FP inalados a-<br />
voluntários<br />
Quadro 5 - Corticosterói<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso tópico nasal<br />
potências semelhantes e superiores à dos <strong>de</strong>presentaram<br />
corticosterói<strong>de</strong>s. A avaliação da afinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ligação<br />
mais<br />
receptor <strong>de</strong> glicocorticói<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rada a melhor forma<br />
ao<br />
comparação <strong>de</strong> potências, evi<strong>de</strong>ncia em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>cres-<br />
<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> potência a seguinte sequência: FP=MF>BDP=BUD<br />
cente<br />
>TA.<br />
Corticosterói<strong>de</strong> Dosagem e Administração Dose Ida<strong>de</strong><br />
50 e 100mcg/jato<br />
Beclometasona<br />
jatos/narina 1-2 x/dia<br />
1-2<br />
32, 64, 50 e 100mcg/jato<br />
Bu<strong>de</strong>sonida<br />
jatos/narina 1x/dia<br />
1-2<br />
50mcg/jato<br />
Fluticasona<br />
jatos/narina 1x/dia<br />
1-2<br />
50mcg/jato<br />
Mometasona<br />
jatos/narina 1x/dia<br />
1-2<br />
55mcg/jato<br />
Triancinolona<br />
jatos/narina 1-2x/dia<br />
1-2<br />
Efeitos colaterais dos corticosterói<strong>de</strong>s<br />
3.7.2.4.1.<br />
principais efeitos colaterais relacionados com o uso<br />
Os<br />
corticosterói<strong>de</strong>s tópicos nasais estão apresentados no<br />
<strong>de</strong><br />
6. quadro<br />
6 - Efeitos colaterais dos corticosterói<strong>de</strong>s para uso tópico<br />
Quadro<br />
nasal<br />
locais Efeitos sistêmicos<br />
Efeitos<br />
irritação local<br />
• interferência no eixo HPA*<br />
•<br />
• sangramento<br />
• perfuração septal<br />
* hipotálamo-hpófise-adrenal<br />
• efeitos oculares<br />
• efeitos sobre o crescimento<br />
• reabsorção óssea<br />
• efeitos cutâneos<br />
Corticosterói<strong>de</strong>s sistêmicos<br />
3.7.2.4.2.<br />
esterói<strong>de</strong>s sistêmicos po<strong>de</strong>m ser administrados por<br />
Os<br />
oral ou em preparações injetáveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito. Estas<br />
via<br />
embora eficazes, <strong>de</strong>vem ser evitadas, pois po<strong>de</strong>m<br />
últimas,<br />
efeitos colaterais graves que po<strong>de</strong>m não ser re-<br />
acarretar<br />
e causar supressäo da função adrenocortical, se<br />
versíveis<br />
utilizada por período prolongado <strong>de</strong> tempo.<br />
3.7.2.5 Outros medicamentos<br />
Cromoglicato dissódico<br />
3.7.2.5.1.<br />
ação estabilizadora da membrana do mastócito e,<br />
Possui<br />
impe<strong>de</strong> a ação dos mediadores quími-<br />
conseqüentemente,<br />
liberados durante a reação alérgica. Um segundo mecos<br />
seria o aumento da concentração do AMP (a<strong>de</strong>nocanismo<br />
monofosfato) cíclico intracelular, o que evitaria a <strong>de</strong>sina<br />
mastocitária. Este medicamento não tem ação<br />
granulação<br />
fenômeno <strong>de</strong> união do alérgeno à IgE fixada na mem-<br />
no<br />
mastocitária, durante uma exposição alergênica. É<br />
brana<br />
essencial para que ele seja eficaz, que seja utili-<br />
condição<br />
<strong>de</strong> forma profilática por um período antes da exposizado<br />
ao alérgeno. A utilização durante a crise alérgica não<br />
ção<br />
alivia os sintomas. É muito seguro em crianças.<br />
Brometo <strong>de</strong> Ipratrópio<br />
3.7.2.5.2.<br />
ação anticolínérgica nas fibras trigeminais secre-<br />
Possui<br />
tomotoras, que são estimuladas pelos mediadores químicos<br />
100-400mcg/dia > 6 anos<br />
100-400mcg/dia > 4 anos<br />
100-200mcg/dia > 4 anos<br />
100-200mcd/dia > 2 anos<br />
100-440mcg/dia > 6 anos<br />
pela <strong>de</strong>granulação dos mastócitos. Sua ação prin-<br />
liberados<br />
é no controle da secreção, na fase tardia da reação<br />
cipal<br />
tendo pouco efeito sobre o restante dos sintomas<br />
alérgica,<br />
e sobre o olfato. Não disponível em nosso meio a<br />
alérgicos<br />
apresentação para uso tópico nasal.<br />
Antileucotrienos<br />
3.7.2.5.3.<br />
leucotrienos (LTs) são <strong>de</strong>rivados do ácido araquidô-<br />
Os<br />
Os LTs que contêm aminoácido cisteínico, são <strong>de</strong>nonico.<br />
LT-cisteínicos (cys-LT1) e são importantes mediaminados<br />
da resposta inflamatória na rinite alérgica, causando<br />
dores<br />
e conseqüente congestão nasal. Os antago-<br />
vasodilatação<br />
<strong>de</strong> receptores <strong>de</strong> LTs (ARL) competem na ligação<br />
nistas<br />
LTs ao receptor cys-LT1. No Brasil, o antileucotrieno<br />
dos<br />
para o tratamento da rinite alérgica é o monte-<br />
disponível<br />
Estudos clínicos <strong>de</strong>monstraram a eficácia <strong>de</strong> monlucaste.<br />
no tratamento da rinite alérgica, principalmente<br />
telucaste<br />
alívio dos sintomas congestão e secreção nasal, quando<br />
no<br />
ao placebo.<br />
comparado<br />
rinite induzida por ácido acetil-salicílico e outros anti-<br />
A<br />
não hormonais associada a pólipos nasais e<br />
inflamatórios<br />
constitui uma síndrome clínica que po<strong>de</strong> pre-<br />
rinossinusite,<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> asma grave em pacientes prece<strong>de</strong>r<br />
O mecanismo <strong>de</strong>sta hipersensibilida<strong>de</strong> permanedispostos.<br />
controverso, embora tenha sido consi<strong>de</strong>rada expressão<br />
ce<br />
da enzima LTC4 sintetase, com conseqüente<br />
exacerbada<br />
excessiva <strong>de</strong> LTs e exacerbação da rinite e/ou<br />
produção<br />
rinossinusite.<br />
montelucaste po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uma alternativa<br />
O<br />
para os pacientes com asma e rinite alérgica<br />
terapêutica<br />
na rinite induzida pelo ácido acetil-salicílico<br />
concomitantes,<br />
em pacientes com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são aos regimes <strong>de</strong><br />
e<br />
com medicação tópica nasal, consi<strong>de</strong>rando-se<br />
tratamento<br />
benefício quando comparado ao placebo e, principal-<br />
seu<br />
mente, pelo seu perfil <strong>de</strong> segurança.<br />
Imunoterapia<br />
3.8.<br />
imunoterapia específica com alérgenos tem por objeti-<br />
A<br />
reduzir o grau <strong>de</strong> sensibilização e conseqüentemente a<br />
vo<br />
tecidual característica da rinite alérgica. A indi-<br />
inflamação<br />
da imunoterapia <strong>de</strong>ve estar fundamentada em alcação<br />
aspectos principais: comprovação da sensibilização<br />
guns<br />
mediada por IgE, relevância da alergia no <strong>de</strong>sen-<br />
alérgica<br />
<strong>de</strong> sintomas do paciente e disponibilida<strong>de</strong> do<br />
ca<strong>de</strong>amento<br />
alergênico padronizado para o tratamento (quadro<br />
extrato<br />
7).