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ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR 1ª SEÇÃO PORTARIA DO COMANDO-GERAL Nº 1.099, de 29 de setembro de 2006 Cria a Medalha de Honra Presidente Carlos Cavalcanti de Albuquerque O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Paraná, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei n.º 6.774, de 8 de janeiro de 1976 (Lei de Organização Básica), e considerando o contido nas Instruções para o Funcionamento da Comissão de Concessão de Medalhas e Diplomas, Uso e Outorga de Condecorações na PMPR, aprovadas pela Portaria CG nº 281, de 3 de abril de 1985, resolve: Art. 1º Fica criada a Medalha de Honra Presidente Carlos Cavalcanti de Albuquerque, de caráter comemorativo, destinada a recompensar militares e civis pela contribuição e pelo auxílio dispensados ao Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná. Art. 2º A Medalha de Honra Presidente Carlos Cavalcanti de Albuquerque, cujo modelo é o constante no anexo A, apresenta as seguintes características: I - Forma: circular com diâmetro de 3,1cm; II - Anverso: efígie circundada com os dizeres nas extremidades – “PRESIDENTE CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE”; III - Reverso: Brasão do Corpo de Bombeiros da PMPR, com as inscrições circundadas nas extremidades – “HOMENAGEM DO CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ”; IV - Material: Confeccionada em Bronze; V - Fita: Em seda, nas cores vermelha, branca e azul, com 5cm de comprimento e 3,5cm de largura, tendo duas faixas verticais laterais, sendo a

ESTADO DO PARANÁ<br />

POLÍCIA MILITAR<br />

ESTADO-MAIOR<br />

1ª SEÇÃO<br />

PORTARIA DO COMANDO-GERAL Nº 1.099, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006<br />

Cria a Medalha <strong>de</strong> Honra<br />

Presi<strong>de</strong>nte Carlos Cavalcanti <strong>de</strong><br />

Albuquerque<br />

O Comandante-Geral da Polícia Militar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, no uso das<br />

atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei n.º 6.774, <strong>de</strong> 8 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1976 (Lei <strong>de</strong><br />

Organização Básica), e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o conti<strong>do</strong> nas Instruções para o<br />

Funcionamento da Comissão <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong> Medalhas e Diplomas, Uso e<br />

Outorga <strong>de</strong> Con<strong>de</strong>corações na PMPR, aprovadas pela Portaria CG nº 281, <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong><br />

abril <strong>de</strong> 1985, resolve:<br />

Art. 1º Fica criada a Medalha <strong>de</strong> Honra Presi<strong>de</strong>nte Carlos Cavalcanti <strong>de</strong><br />

Albuquerque, <strong>de</strong> caráter comemorativo, <strong>de</strong>stinada a recompensar militares e civis<br />

pela contribuição e pelo auxílio dispensa<strong>do</strong>s ao Corpo <strong>de</strong> Bombeiros da Polícia<br />

Militar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná.<br />

Art. 2º A Medalha <strong>de</strong> Honra Presi<strong>de</strong>nte Carlos Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

cujo mo<strong>de</strong>lo é o constante no anexo A, apresenta as seguintes características:<br />

I - Forma: circular com diâmetro <strong>de</strong> 3,1cm;<br />

II - Anverso: efígie circundada com os dizeres nas extremida<strong>de</strong>s –<br />

“PRESIDENTE CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE”;<br />

III - Reverso: Brasão <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros da PMPR, com as inscrições<br />

circundadas nas extremida<strong>de</strong>s – “HOMENAGEM DO CORPO DE BOMBEIROS DO<br />

PARANÁ”;<br />

IV - Material: Confeccionada em Bronze;<br />

V - Fita: Em seda, nas cores vermelha, branca e azul, com 5cm <strong>de</strong><br />

comprimento e 3,5cm <strong>de</strong> largura, ten<strong>do</strong> duas faixas verticais laterais, sen<strong>do</strong> a


vermelha com 0,75cm <strong>de</strong> largura e a branca com 0,25cm <strong>de</strong> largura, e uma faixa<br />

central com 1,5cm <strong>de</strong> largura.<br />

Parágrafo único. Na parte superior da fita <strong>de</strong> seda, a con<strong>de</strong>coração<br />

apresenta um passa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> 4,2cm <strong>de</strong> comprimento e 1,2cm <strong>de</strong> altura, em armação<br />

retangular <strong>de</strong> cobre, com o brasão <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros em sua região central e<br />

<strong>de</strong> forma eqüidistante das extremida<strong>de</strong>s.<br />

Art. 3º Caberá ao Comandante <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros a indicação <strong>do</strong> militar<br />

ou <strong>do</strong> civil a ser agracia<strong>do</strong> com a con<strong>de</strong>coração à Comissão <strong>de</strong> Concessão <strong>de</strong><br />

Medalhas e Diplomas, a quem competirá manifestar-se previamente à outorga pelo<br />

Comandante-Geral.<br />

§ 1º A indicação <strong>de</strong>verá recair em militar que esteja pelo menos no bom<br />

comportamento, em se tratan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Praça, ou em civil cuja conduta seja ilibada.<br />

§ 2º A con<strong>de</strong>coração será entregue nos dias 2 <strong>de</strong> julho e 8 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />

cada ano, datas comemorativas e referentes ao Dia Nacional <strong>do</strong> Bombeiro e ao<br />

Aniversário <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros da PMPR, respectivamente.<br />

§ 3º Serão agraciadas, em cada uma das datas constantes no parágrafo<br />

anterior, até cinco pessoas, <strong>de</strong>ntre militares e civis.<br />

Art. 5º A aquisição das con<strong>de</strong>corações, passa<strong>de</strong>iras e barretas <strong>de</strong> lapela<br />

será feita pelo órgão competente da Corporação por intermédio <strong>de</strong> rubrica própria <strong>do</strong><br />

Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Corpo <strong>de</strong> Bombeiros.<br />

Art. 6º A Medalha <strong>de</strong> Honra Presi<strong>de</strong>nte Carlos Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque<br />

apresenta barreta <strong>de</strong> lapela consoante mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> no Anexo C.<br />

Art. 7º Esta portaria entrará em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação, fican<strong>do</strong><br />

revogadas as disposições em contrário.<br />

Coronel QOPM Nemésio Xavier <strong>de</strong> França Filho,<br />

Comandante-Geral.<br />

ANEXO A


MEDALHA DE HONRA PRESIDENTE CARLOS CAVALCANTI DE<br />

ALBUQUERQUE


ANEXO B<br />

HISTÓRICO<br />

Carlos Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque, filho <strong>do</strong> major Inocêncio José Cavalcanti<br />

<strong>de</strong> Albuquerque e <strong>de</strong> Joaquina da Motta Cavalcanti <strong>de</strong> Albuquerque, nasceu em 22<br />

<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1864, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Seu pai morreu em combate na Guerra <strong>do</strong><br />

Paraguai. Des<strong>de</strong> menino viu-se influencia<strong>do</strong> pelos feitos <strong>de</strong> seus familiares, o que o<br />

levou a seguir a carreira das armas. Guardava lembranças transmitidas pela família<br />

e reverenciava a memória <strong>do</strong> velho major.<br />

Fez o curso <strong>de</strong> humanida<strong>de</strong>s em Neves e Vitória. Mais tar<strong>de</strong>, trazi<strong>do</strong> para<br />

Curitiba por seu tio, padrinho e protetor, general José <strong>de</strong> Almeida Barreto,<br />

freqüentou o Colégio Serapião, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saiu para Porto Alegre, a fim <strong>de</strong> concluir o<br />

curso na Escola <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>tes, em 1879.<br />

Transferi<strong>do</strong> para a Escola Militar da Praia Vermelha, formou-se engenheiro<br />

militar, titulan<strong>do</strong>-se bacharel em ciências físicas e matemáticas.<br />

Exerceu, como oficial, inúmeras comissões técnicas e militares, sempre com<br />

eficiente correção. Casou-se, em Curitiba, com Francisca, irmã <strong>de</strong> Caetano Munhoz<br />

da Rocha.<br />

Ocupou os cargos <strong>de</strong> chefe <strong>de</strong> gabinete da Administração <strong>do</strong> Exército e <strong>do</strong><br />

Ministério da Guerra, chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>-Maior da 1ª Região Militar e comandante <strong>do</strong><br />

1º Regimento <strong>de</strong> Infantaria da Vila Militar. Foi ainda professor catedrático <strong>de</strong><br />

Economia Política da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia <strong>do</strong> Paraná.<br />

Iniciou-se na política em 1890, como oficial <strong>de</strong> gabinete <strong>do</strong> governa<strong>do</strong>r<br />

provisório, Inocêncio Serze<strong>de</strong>lo Correia. Contribuiu no episódio da <strong>de</strong>posição <strong>de</strong><br />

Generoso Marques <strong>do</strong>s Santos, após a queda <strong>de</strong> Deo<strong>do</strong>ro, e se elegeu à<br />

constituinte estadual <strong>de</strong> 1892. Após a Revolução Fe<strong>de</strong>ralista, foi eleva<strong>do</strong>, em 1900,<br />

à Câmara Fe<strong>de</strong>ral, reelegen<strong>do</strong>-se em 1903 e 1909.<br />

Integrou várias comissões técnicas, com reconheci<strong>do</strong> brilho. Em 1910, no<br />

seu terceiro mandato fe<strong>de</strong>ral, insurgiu-se contra a política ferroviária da União, que<br />

favorecia Santa Catarina em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong>s interesses paranaenses. Em dramático<br />

gesto <strong>de</strong> indignação, renunciou ao mandato parlamentar. Essa atitu<strong>de</strong> emocionou o<br />

Paraná e lhe <strong>de</strong>u ampla notorieda<strong>de</strong>. Foi recebi<strong>do</strong> em Curitiba como verda<strong>de</strong>iro<br />

herói em meio a manifestações <strong>de</strong> apreço e simpatia.<br />

Quan<strong>do</strong> se tratou da sucessão <strong>de</strong> Xavier da Silva ao governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, seu<br />

nome surgiu com naturalida<strong>de</strong> como solução conciliatória no Parti<strong>do</strong> Republicano.<br />

Eleito sem adversários em 1911, após vencer algumas resistências internas,<br />

representadas pelas li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong> Alencar Guimarães e Generoso Marques <strong>do</strong>s<br />

Santos, que se opunham ao seu vice, Affonso Camargo, procurou governar acima<br />

<strong>do</strong>s parti<strong>do</strong>s à semelhança <strong>de</strong> um magistra<strong>do</strong>. E realmente o fez. No ano <strong>de</strong> 1912,<br />

criou brilhantemente o Corpo <strong>de</strong> Bombeiros.<br />

Bastava haver contribuí<strong>do</strong>, como realmente contribuiu, para a fundação da<br />

Universida<strong>de</strong>, concretizan<strong>do</strong> o sonho <strong>de</strong> 1892, e já seu nome como homem <strong>de</strong><br />

Esta<strong>do</strong> estaria consagra<strong>do</strong>. Contraiu empréstimo externo para reequilibrar as<br />

finanças combalidas; reconstruiu a estrada <strong>de</strong> Graciosa, implantou escolas e<br />

semeou obras. Seu governo atravessou momentos angustiantes, todavia.


A questão <strong>do</strong> Contesta<strong>do</strong>, que se arrastava há muito tempo, atraía para o<br />

território litigioso bandi<strong>do</strong>s e marginais <strong>de</strong> toda espécie, os quais <strong>de</strong>safiavam e, não<br />

raro, batiam as forças policiais. No seu perío<strong>do</strong> governamental, a expedição <strong>do</strong><br />

coronel João Gualberto Gomes <strong>de</strong> Sá foi dizimada nos faxinais <strong>do</strong> Irani pelos<br />

fanáticos <strong>do</strong> monge José Maria.<br />

Recusou-se a celebrar acor<strong>do</strong>s com Santa Catarina que representassem<br />

mutilação <strong>do</strong> território paranaense. Nisso foi radical. Pregava a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

arbitramento para o litígio com o vizinho Esta<strong>do</strong>. Aliás, era a tese <strong>de</strong> Ubaldino <strong>do</strong><br />

Amaral <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que assumiu o patrocínio da causa paranaense. Mas, dizia: “os<br />

políticos não <strong>de</strong>ixavam”. Alencar Guimarães, por exemplo, <strong>de</strong>sejava um plebiscito.<br />

Outros queriam recorrer à força.<br />

Despreocupa<strong>do</strong> com os assuntos partidários, viu romper-se <strong>de</strong>finitivamente<br />

a Coligação Republicana. Seu 1º vice-<strong>presi<strong>de</strong>nte</strong>, Affonso Camargo, <strong>de</strong> olho na<br />

sucessão, sedimentava terreno para vôos mais altos. Em 1921, Carlos Cavalcanti <strong>de</strong><br />

Albuquerque é eleito sena<strong>do</strong>r, reelegen<strong>do</strong>-se em 1924 e em 1927, interrompen<strong>do</strong><br />

sua carreira somente em 1930 com a Revolução da Aliança Liberal. Na Câmara Alta,<br />

preten<strong>de</strong>u criar o Ministério da Aeronáutica, a que se opôs Santos Dumont, por<br />

enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>snecessária uma estrutura que pu<strong>de</strong>sse servir a fins bélicos. Incentivou<br />

as artes, dan<strong>do</strong> proteção aos talentos e às vocações capazes <strong>de</strong> melhorar o nível<br />

cultural <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Seu <strong>de</strong>sempenho parlamentar, ao longo <strong>do</strong>s anos, trouxe enormes<br />

benefícios ao país, já que se especializou em temas <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa nacional.<br />

Intelectual ilustre, ora<strong>do</strong>r fluente, poeta e professor, passou os últimos dias<br />

<strong>de</strong> vida no Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> faleceu a 23 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1935.<br />

ANEXO C<br />

MODELO DE BARRETA DE LAPELA

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