ESTRUTURAS DA PROPRIEDADE E CULTURAS REGIONAIS José ...
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IV <strong>ESTRUTURAS</strong> <strong>DA</strong> PROPRIE<strong>DA</strong>DE E <strong>CULTURAS</strong> <strong>REGIONAIS</strong><br />
246<br />
Trás-os-Montes e Alto Douro<br />
Esta região agrária corresponde ao território situado para além das serras do<br />
Noroeste (Larouco, Barroso, Alvão e Marão) e abrange todo o Norte interior,<br />
estendendo-se para leste até à fronteira com a Es panha, formada pela<br />
garganta do Douro. Na parte sul, abrange a bacia do Douro vinhateiro.<br />
Em grande plano, distinguem-se duas regiões naturais, moldadas pela topografia<br />
e pelo clima: a Terra Fria e a Terra Quente. A primeira corresponde ao<br />
altiplano e às serras. A segunda é marcada pelo curso médio do rio e pela<br />
grandiosidade dos socalcos, subindo pelas encostas em sucessivos andares de<br />
vinhas. Ela é o solar do vinho generoso, o Vinho do Porto. Esta divisão,<br />
Terra Fria/Terra Quente, deriva, assim, da grande diversidade agroclimática<br />
da região, a qual se eleva desde o leito dos rios até às zonas planálticas e às<br />
altitudes mais elevadas, com características pré-alpinas. Nestas altitudes, predominam<br />
os pastos sempre húmidos, os «lameiros», e a criação de gado,<br />
principalmente ovino. E em pequenas explorações de economia familiar,<br />
predominam os cultivos tradicionais do centeio e da batata. No planalto<br />
mirandês, a criação de gado bovino (a raça mirandesa) é dominante.<br />
O povoamento florestal é do tipo folhosas das zonas frias e húmidas: castanheiro,<br />
carvalho negral e roble.<br />
Figura 9 – Trás-os-Montes (minifúndio)