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O dOMíNiO dA líNGUA - Igreja Batista Central

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Introdução<br />

O domínio<br />

da língua<br />

O tempo passa, porém, há um problema que insiste em permanecer. Os anos começam e terminam, entretanto,<br />

existe uma tendência que insiste em não sair da moda. Os cristãos idosos partem e novos crentes nascem, mas<br />

uma dificuldade continua presente no seio da igreja. Parece ser algo intrinsecamente ligado à natureza humana<br />

corrompida! Estamos falando do domínio da língua, ou melhor, da falta dele. O mau uso da língua, infelizmente,<br />

tem marcado o povo de Deus desde os seus primórdios. Na história da saída de Israel do Egito, registrada em<br />

Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, notamos episódios em que o povo pecou contra Deus murmurando e<br />

reclamando. Ao longo da Bíblia, vemos também relatos de mentiras e fofocas que foram faladas. Não é sem razão<br />

que dois dos Dez Mandamentos se referem à língua: “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão” (Êx<br />

20.7) e “Não dirás falso testemunho contra o seu próximo” (Êx 20.16).<br />

Nos dias atuais, em nossa igreja, para tristeza nossa, podemos apontar casos de confusões e conflitos que se deram<br />

devido ao mau uso da língua. Não é da vontade do nosso Senhor e Pai que isso aconteça! Para tanto, estudaremos<br />

na célula de hoje uma das referências bíblicas que discorrem sobre o tema da língua.<br />

Desenvolvimento do ensino<br />

Texto-base: Tiago 3.2-12<br />

1. O PODER DA LÍNGUA<br />

Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo<br />

Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios<br />

que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro.<br />

Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a<br />

língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só<br />

põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie<br />

de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos<br />

homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero (Tg 3.2-8).<br />

O texto fala por si só. Ele começa nos mostrando de forma contundente o poder da língua e a conseqüente<br />

importância de dominá-la. Conforme Provérbios 18.21, “a morte e a vida estão no poder da língua”. Portanto, o seu<br />

domínio é de importância vital para o homem. Apesar de pequena, ela é capaz de, negativamente ou positivamente,<br />

interferir na vida de uma pessoa e das que estão ao seu redor (assim como um freio na boca de um cavalo, um<br />

leme de navio e uma fagulha em uma floresta, cf. vv. 3-5). Com as palavras podemos construir uma vida ou destruíla.<br />

Sábio é o que sabe dominar a sua língua. Aquele que tem a língua sob controle é considerado um homem<br />

perfeito (maduro), que tem o domínio de todo o seu ser nas mãos (cf. v.2). Conseqüentemente, alguém que não<br />

tem a língua dominada é tido como um homem imperfeito e imaturo, que perdeu o controle de si mesmo e tem<br />

a vida em risco. No Salmo 34.12,13, está escrito: “Quem é o homem que ama a vida e quer longevidade para ver<br />

o bem? Refreia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente”.<br />

1. Você tem consciência do poder que há na sua língua?<br />

2. Você tem a sua língua dominada?<br />

2. O USO DA LÍNGUA<br />

Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca<br />

procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo<br />

lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte<br />

de água salgada pode dar água doce (Tg 3.9-12).<br />

<strong>Igreja</strong> <strong>Batista</strong> <strong>Central</strong> de Belo Horizonte 1


A língua, embora pequena, tem em seu poder a vida e a morte. Sendo assim, saber usa-la bem é de grande<br />

importância. O complemento de Provérbios 18.21, diz que aquele que bem utiliza a língua usufrui das suas<br />

recompensas. Utilizar bem a língua resultará em benefícios para todos, tanto para os que falam quanto para os que<br />

ouvem. Segundo o texto de Tiago, não é conveniente e coerente que da boca de um discípulo de Jesus saia benção<br />

e maldição (Tg 3.10-12). Jesus disse que “a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45). O discípulo, com a<br />

ajuda do Espírito Santo, deve trabalhar para que o seu coração seja cheio da Palavra de Deus e, conseqüentemente,<br />

para que da sua boca saia apenas palavras de benção. Quais são os tipos de palavras de maldição que não devem<br />

sair de nossas bocas? Murmurações, reclamações, fofocas, difamações, falsos testemunhos, mentiras, etc. Nada<br />

disso condiz com a nova vida do filho de Deus. Paulo diz o seguinte aos efésios: “Não saia da vossa boca nenhuma<br />

palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação” (Ef 4.29). O Salmo 37.30 também diz: “A boca do<br />

justo profere a sabedoria, e a sua língua fala o que é justo”.<br />

3. Como você tem usado a sua língua?<br />

4. Nos últimos tempos, você tem estado envolvido em fofocas, difamações, falsos testemunhos, mentiras,<br />

murmurações, reclamações, etc?<br />

ALGUNS PRINCÍPIOS SOBRE O USO DA LÍNGUA:<br />

• Refrear a língua não é simplesmente guardar silêncio, mas sim colocar pensamentos e palavras em obediência<br />

a Cristo (Fp 4.8; Mt 12.33-37; 2Co10.5);<br />

• Evite falatórios e conversações descuidadas (2Tm 2.15-17,24; Pv 10.19; Tg 1.19; Pv 25.11);<br />

• Tome algumas decisões quanto ao uso da língua e persevere nisso até atingir uma mudança de hábito: não<br />

fale mal do seu irmão (Tg 4.11; Cl 3.8); não fale palavras torpes (Ef 4.29; Cl 3.8); não minta (Ef 4.25; Cl 3.9);<br />

não passe pra frente nada que prejudique alguém (um dos “cinco votos para obter poder espiritual”); fale de<br />

maneira educada e gentil (Cl 4.6; Pv 15.1; 16.21);<br />

• A Bíblia diz que há dois tipos de fogo: um posto pelo Espírito Santo (Lc 3.16; At 2.2,3) e outro posto pelo<br />

diabo para destruir tudo o que for bom (Tg 3.5,6). Escolha que tipo de fogo sua língua liberará: edificação, vida<br />

e encorajamento ou destruição, morte e desânimo.<br />

Conclusão<br />

A língua tem em si o poder de construir e destruir. Saber usa-la é algo imprescindível. O salmista diz no Salmo<br />

39.1: “Disse comigo mesmo: guardarei os meus caminhos, para não pecar com a língua; porei mordaça à minha<br />

boca, enquanto estiver na minha presença o ímpio”. Você está disposto, para o seu bem e o das pessoas que estão<br />

ao seu redor, a tomar para si as palavras de Davi, não pecando com a língua e colocando uma mordaça na boca<br />

se necessário for?<br />

<strong>Igreja</strong> <strong>Batista</strong> <strong>Central</strong> de Belo Horizonte 2

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