dançar na escola: uma reflexão a partir do diálogo com alunos de ...

dos ambientes que sistematiza os conceitos e pressupostos, visando a uma educação formal
[...]” (RANGEL, 2002, p.54).
Sendo assim, dialogamos e partilhamos com alguns autores como Marques
(2007), que descreve a importância do processo de escolarização da dança, e entendemos que
através do processo consciente do ensino da dança podemos formar indivíduos autônomos,
críticos e transformadores.
A dança pode ser abordada sobre diferentes aspectos seja enquanto conhecimento
da Arte (Arte/ Dança) ou como conteúdo da Educação Física escolar, esta última engloba o
indivíduo na cultura corporal de movimento e como a dança se configura como uma das
formas dessa cultura corporal de movimento faz-se necessária uma discussão acerca da
relevância da dança nas aulas de Educação Física.
Para tal discussão dialogamos em consonância com Claro (1995), primeiro a
propor a união da dança à Educação Física visando o processo da educação. Ancoramos-nos
também em autoras como Brasileiro (2001), Saraiva (2005 e 2007), Rangel (2002) em busca
de uma discussão consistente da dança na Educação, pois, “no caso da Educação Física,
parece fundamental oferecer alternativas de práticas corporais na busca de englobar o ser
humano de forma mais ampla, permitindo aos envolvidos que sejam participantes ativos no
processo de aprender e fazer em dança” (SARAIVA et al., 2005, p.131).
Defendemos aqui a dança como conteúdo nas aulas de Educação Física escolar,
sem com isso perder o sentido artístico da mesma.
OS PASSOS METODOLÓGICOS
Para concretizar esse estudo adotamos como procedimento metodológico a
pesquisa de campo do tipo descritiva com abordagem qualitativa. Sendo que os sujeitos
envolvidos na pesquisa foram 39 alunos do 2º ano do Ensino Médio, cuja faixa etária foi entre
15 e 18 anos. Utilizamos como recurso o diário de campo em que registramos todas as aulas
observadas. Esta pesquisa foi de observação participante, pois “[...] a técnica de observação
participante se realiza através do contato direto do pesquisador com o fenômeno observado
para obter informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos”
(CRUZ NETO apud Minayo), 1994, p.59). Dessa forma, o pesquisador observador, enquanto
parte do fenômeno observado, estabelece uma relação bem próxima com os sujeitos
observados.
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